quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Tragédias provocadas por enchentes: tudo de novo outra vez

Cidade de Minas
Em janeiro passado, praticamente há um ano, escrevi o texto Verão trágico: a propaganda petista do Brasil-maravilha rolou encosta abaixo Tudo ali descrito se repete este ano mais uma vez: enchentes para todos os lados, perdas materiais e de vidas humanas e animais. 

O fato é que nada foi feito em termos de real prevenção das catástrofes que as chuvas provocam nessa época do ano. E o Brasil tem - como grande desastre natural - apenas as enchentes. Imaginou se tivéssemos furacões, terromotos, tsunamis? 

De fato, me corrijo, o Brasil tem, como grande desastre natural, não apenas nossas enchentes mas também nossos políticos que de concreto somente fazem nos roubar. Na Região Serrana do Rio de Janeiro, local da maior tragédia provocada pelos temporais (quase mil pessoas morreram na ocasião) no ano passado, apesar da liberação de verbas emergenciais, praticamente nenhuma obra foi realizada para resolver os problemas com as enxurradas. Das 70 pontes que deveriam ter sido construídas, apenas uma foi entregue, inaugurada há uma semana no pequeno município de Bom Jardim. 

Este ano, as fortes chuvas que atingem as regiões Norte e Noroeste do Estado já provocaram 15 mortes, ficando a cidade de Campos dos Goytacazes, a mais importante do Norte do Rio, com as ruas alagadas nesta última terça-feira. Pelo menos, neste caso, a chuva também inundou a rua onde está localizada a casa da prefeita Rosinha Garotinho.

Em Minas, 125 municípios se encontram em situação dramática, e o Espírito Santo também sofre com mortes, inundações, deslizamentos de terra. E novamente o governo federal, através de Fernando Bezerra, ministro da Integração Nacional, apenas libera dinheiro para as atuais vítimas de Minas, Espírito Santo e Rio, cerca de R$ 75 milhões, quando deveria ter cuidado para que não houvesse novamente vítimas.

Pior, neste ano, além da informação de que praticamente nada foi feito para evitar novas tragédias, ficamos sabendo que, entre outras tantas razões para a negligência estatal, destacou-se a utilização de 90% das verbas para enchentes, pelo ministro da Integração Nacional (piada esses Ministérios da Dilma), Fernando Bezerra, em seu estado natal, Pernambuco, estado pouco atingido pelos males das enxurradas se comparados com os da região Sudeste. Sem falar, que, na esteira do escândalo do desvio da verba para prevenção das enchentes, surgiram também uma fileira de denúncias contra o Ministro por nepotismo, ou seja, beneficiamento de parentes, como o próprio filho (o deputado federal Fernando Coelho), e o irmão, Clementino Coelho. Bezerra é, aliás, o mais novo candidato à saída do (des)governo Dilma.

Impressionante o descompasso entre as ações dos políticos brasileiros e as necessidades da população do país, sempre tão alienada. Acho que vai ser necessário a economia brasileira ir para o brejo e a situação ficar dramática, como na Grécia, por exemplo, para que as pessoas saiam dessa letargia  em que se encontram diante de tantos descalabros que assistimos mês a mês, ano a ano.

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