sexta-feira, outubro 30, 2009Míriam MartinhoNo comments
O site The Auteurs disponibiliza filmes clássicos e independentes de todas as nacionalidades gratuitamente. Basta se inscrever. Depois é só logar e assistir filmes com imagem e som excelentes. Para cinéfilo nenhum botar defeito. Incrível!
No momento, numa parceria com a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, o site está disponibilizando alguns dos filmes do festival. Neste ano, são mais de 400 filmes, incluindo um concurso para novos cineastas, retrospectivas, tributos e um enfoque especial sobre o cinema sueco.
quinta-feira, outubro 29, 2009Míriam MartinhoNo comments
O mundo deveria se tornar vegetariano para combater com sucesso a mudança climática, já que o efeito estufa do gás metano liberado por vacas e porcos é 23 vezes mais potente que o do dióxido de carbono, segundo uma das maiores autoridades britânicas no assunto.
Em declarações ao jornal "The Times", lorde Stern, autor de um relatório sobre a economia da mudança climática encomendado pelo Governo do Reino Unido, disse que a pecuária destinada ao consumo de carne representa "um desperdício de água e contribui poderosamente para o efeito estufa".
quarta-feira, outubro 28, 2009Míriam Martinho1 comment
O PLC/122, de combate à homofobia furou, a Previdência Social não vai mais pagar pensão para parceiros homossexuais e os políticos brasileiros não param de dar show de homofobia. É um festival de "ingnorança" e preconceito inacreditáveis. Há pouco houve a troca de xingações entre o Carlos Minc e o governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), onde a palavra 'viado' e outras declarações heterossexistas rolaram para lá e pra cá.
Agora foi a vez do governador, do Paraná, Roberto Requião (PMDB), a propósito de ações contra o câncer de mama, em tom de piada, declarar (em reunião de seu secretariado mais assessores de primeiro escalão, realizada ontem (27/10) e transmitida pela Rádio e Televisão Educativa):"A ação do governo não é só em defesa do interesse público. É da saúde da mulher também. Embora hoje o câncer de mama seja uma doença masculina também. Deve ser consequência dessas passeatas gay".
É mole? Será que o governador acredita que, nas passeatas gays, os homens ficam tomando estrogênio daí o aumento das mamas e do câncer nas mesmas? Não bastasse o festival de besteiras de sua Insolência, Lula da Silva, ainda temos o resto das "otoridades" do país desfilando um rosário de grosserias e boçalidades sem limite. Abaixo deixo link para fala do Jabor sobre o assunto e o vídeo do governador do Paraná fazendo gracinha. Teve gente que riu.
Ao lecionar sobre o nazismo e o holocausto, o professor de História Burt Ross fica sem saber explicar aos alunos como os alemães concordaram com todo o horror do Terceiro Reich. Buscando uma resposta, Ross aprofunda-se no nazismo e decide pôr em prática, com seus estudantes, o que aprendeu, realizando uma arriscada experiência pedagógica que reproduz na sala de aula a doutrinação nazista: com base no slogan 'Poder, Disciplina e Superioridade', cria um símbolo gráfico chamado 'A onda' para o grupo, exorta a disciplina e a coletividade em detrimento das individualidades e se auto-intitula líder. A experiência "cola", e o fanatismo toma conta de toda a escola, excluindo quem não entrava na Onda.
O filme de 45 minutos, feito para a TV, foi baseado num experimento real ocorrido em uma escola de Palo Alto, na Califórnia, em 1967. A experiência virou livro em 1988 e, no ano passado, o filme alemão Die Welle (A Onda) que está em cartaz nos cinemas brasileiros desde fins de agosto. Uma boa comparar a versão original - que posto abaixo - com a atual das bilheterias. Ambos alertam para o fascínio que a manada exerce, sobre as pessoas, e seus perigos.
Para ver o filme em tela inteira, clique sobre o símbolo com as setinhas no canto inferior direito. A imagem fica um pouco desfocada, mas é possível escalonar a tela. No formato abaixo, o filme fica bem nítido. Filme: “A onda” [ The wave] – Dur.: 45 minutos – Direção: Alex Grasshof - País: EUA - Ano: 1981 Elenco: Bruce Davison, Lori Lethins, John Putch, Jonny Doran,Pasha Gray, Valery Ann Pfening.
domingo, outubro 25, 2009Míriam Martinho2 comments
Nestes tempos bicudos, de retorno de autoritarismos que pensávamos sepultados, de racistas e racialistas, é sempre bom checar alguns sites e blogs que iluminam a escuridão dos tempos. Sobre o racialismo (ou racismo), vale checar o blog de vários autores, entre eles o sociólogo Demétrio Magnoli, onde se encontram muito bem fundamentadas as razões para se combater essa sandice que quer nos dividir em brancos ou negros, isso num país fundamentalmente mestiço como o Brasil. O blog se chama contra a racialização do Brasil. Imprescindível. Nele encontrei também o site da associação de Antropologia Americana, Race: Are we so different? (Raça: Somos assim tão diferentes?) que, a partir de várias perspectivas, demonstra como esse negócio de raça é uma tremenda bobagem. Pra quem lê em inglês, também imprescindível.
quarta-feira, outubro 21, 2009Míriam Martinho2 comments
A foto ao lado (de Wilson Júnior, Agência Estado) dá bem uma dimensão de a quantas anda a guerra do narcotráfico no Rio. Crivaram um fulano de balas e botaram num carrinho de supermercado na via pública. Crianças e uma senhora observam a curiosa compra. Rapazes ao fundo parecem conversar alheios ao presunto.
Hoje o número de mortos chegou a 33, e um dos policiais do helicóptero abatido na batalha foi enterrado, entre lágrimas e salvas de tiro, como herói.
No sábado, em entrevista à Globo, uma líder comunitária só sabia dizer que a situação era fruto do abandono da população à própria sorte pela sociedade e o governo. Que, se as autoridades investissem no "social", isso não existiria. Como se o narcotráfico fosse uma decorrência estrita da pobreza. Falta explicar porque, em todas as favelas, a maioria da população de baixa renda não está envolvida com a bandidagem. Bem ao contrário, é uma das grandes vítimas dela.
E é sempre a mesma história: enquanto a dita "esquerda" vem com essa ladainha vitimista, a "direita" quer simplesmente o bandido morto e acabou. Como em tudo mais, está na hora de superar essa dicotomia e buscar soluções que combinem apoio social e repressão mesmo (dentro da legalidade). Depois de tantos anos de negligência, agora não vai mais se conseguir resgatar os morros cariocas só com ações sociais. Muito menos com um presidente da república que vai para a Bolívia visitar o amiguinho Evo Morales e bota um colar de folhas de coca para demonstrar seu apoio às culturas ilícitas.
Mercedes Sosa(Tucumán, 9 de julho de 1935 — Buenos Aires, 4 de outubro de 2009), foi uma cantora argentina de música folclórica, entre outras, apelidada de La Negra pelos longos e lisos cabelos negros,que fez muito sucesso na época das ditaduras militares na América Latina (décadas de 60 a 80).
Tinha voz de contralto e vasto repertório engajado, combinando com seu ativismo de esquerda, tendo se tornando uma das grandes expoentes da chamada Nueva Canción, um movimento musical latino-americano da década de 60, com raízes africanas, cubanas, andinas e espanholas. Atuou com conterrâneos como os músicos León Gieco, Charly García, Antonio Tarragó Ros, Rodolfo Mederos e Fito Páez, e outros latino-americanos como Milton Nascimento, Fagner e Silvio Rodríguez, além de Beth Carvalho.
No Brasil, ficou mais conhecida pela música Gracias a LaVida que Elis Regina também gravou em português. Pessoalmente, sempre preferi uma de suas interpretações não tão famosas, Te Recuerdo Amanda, uma canção de amor que, embora não deixe de ser engajada, é fundamentalmente uma canção de amor, que fala da fragilidade e da impermanência humanas. Abaixo a letra e o vídeo com a música, como um pequeno tributo a essa cantora que também marcou a minha juventude.
Te recuerdo Amanda la calle mojada corriendo a la fabrica donde trabajaba Manuel
La sonrisa ancha, la lluvia en el pelo, no importaba nada ibas a encontrarte con el, con el, con el, con el, con el
Son cinco minutos la vida es eterna, en cinco minutos
Suena la sirena, de vuelta al trabajo y tu caminando lo iluminas todo los cinco minutos te hacen florecer Te recuerdo Amanda la calle mojada corriendo a la fabrica donde trabajaba Manuel
La sonrisa ancha la lluvia en el pelo no importaba nada, ibas a encontrarte con el, con el, con el, con el, con el
Que partió a la sierra que nunca hizo daño, que partió a la sierra y en cinco minutos, quedó destrozado
Suenan las sirenas de vuelta al trabajo muchos no volvieron tampoco Manuel
Te recuerdo Amanda, la calle mojada corriendo a la fábrica, donde trabajaba Manuel.
sexta-feira, outubro 02, 2009Míriam Martinho3 comments
Reportagem sobre os efeitos daninhos das cotas raciais na África do Sul: o país conseguiu produzir uma classe média negra com elas, mas a maioria dos negros permaneceu pobre e, sobretudo, brancos começaram a ser discriminados no mercado de trabalho e se tornaram pobres também. O vídeo está em francês, mas é legendado em português. Postei uma versão já legendada, mas, caso não apareça para você, basta ir ao You Tube e clicar no triângulo no canto direito da tela do vídeo. Fundamental para nós, brasileiros, que estamos às voltas com essa história de cotas por aqui.
Aproveito para indicar o livro do professor Demétrio Magnoli, Uma Gota de Sangue, que acaba de ser lançado, sobre este tema. No site Millenium, estão vendendo a obra com um bom desconto. Clique aqui para acessar. Para que o nosso Brasil continue a ser o mulato inzoneiro que sempre cantamos em nossos versos. A melhoria da vida de negros e pardos em nossa terra passa pelo acesso destes à boa educação acadêmica não pela mamataria ou pela mediocracia. O mesmo se diga para os brancos pobres e para tod@s as/os cidadãs e cidadãos do nosso país.