terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Policial destemperado ajuda os que querem a polícia fora da USP

Policial saca arma contra aluno na USP


















O espaço do antigo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da USP, fechado em 2006 para reformas, havia se tornado espaço de convivência até de gente de fora da universidade. No ano passado, foi invadido por estudantes em protesto contra a ação da polícia que levou presos, para autuação, alguns deles flagrados fumando maconha no campus. No dia 5 de janeiro, o prédio, ocupado então por punks, foi novamente desocupado, e novamente os estudantes resolveram ocupá-lo em protesto.

Na segunda-feira passada, 9 de janeiro, mais uma vez policiais foram até o prédio requisitar que os alunos desocupassem o local. O que começou com uma conversa, contudo, virou abuso de poder por parte de um policial que, ao solicitar a carteira de um estudante negro, teve como resposta a frase: "Eu tenho minha palavra." O policial interpretou a fala como provocação e perdeu a cabeça, pegando o estudante pela blusa e até sacando do revólver contra ele.

Como hoje em dia, tudo se grava, a triste cena foi parar na Internet e na mídia escrita e televisiva. No mesmo dia, tarde de segunda, o Comando Geral da Polícia Militar, no Centro de São Paulo determinou abertura de sindicância, para investigar o incidente, e informou que os policiais envolvidos na ação truculenta seriam afastados das ruas e sujeitos à avaliação psicológica. Segundo o comando também, a sindicância que dura 40 dias pode acarretar até a expulsão dos policiais da corporação.

O pior desse entrevero é que o fato será longamente explorado pelos estudantes esquerdiotas e profissionais da USP (os que estão lá para atuar por partidos) como prova da necessidade de retirada dos policiais da universidade, medida tomada pelo reitor após reiterados assaltos, estupros e até a morte de um estudante por bandidos da redondeza. 

Truculência tem havido de ambas as partes, mas a polícia não pode se deixar levar por provocações reais ou imaginárias e responder na base do sopapo e da arma em punho. Neste embate, quem perde é o bom senso e a maioria silenciosa da USP, pois a retirada da polícia trará de volta a insegurança pessoal. Por outro lado, para a manutenção da PM na universidade, é necessária uma preparação psicológica e tática de seu pessoal. Caso contrário, ainda podem ocorrer fatos mais graves provocados inclusive por quem tem a intenção de criar tumultos por questões ideológicas e políticas (estamos em ano de eleições). 

Abaixo, em vídeo, as cenas da ação lastimável do policial:

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