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no Japão medieval

Quando Deus era mulher:

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Aserá,

a esposa de Deus que foi apagada da História

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Alberta Hunter, grande dama do blues, canta The Love I have for you (O amor que tenho por você)

Alberta Hunter
Grande dama do blues e do jazz, Alberta Hunter  nasceu em Memphis, Tennessee, no dia primeiro de abril de 1895 e veio a falecer em Nova York no dia 17 de outubro de 1984, aos 89 anos. Foi cantora,  compositora, atriz e, curiosamente, também enfermeira. Iniciou sua carreira musical por volta de 1920,  tornando-se uma cantora de grande sucesso, aclamada pela crítica e pelo público, por seu talento e apresentações bem humoradas.

No início da década de 50, retirou-se dos palcos, tornando-se enfermeira em Nova York. Retornou apenas em 1977, novamente com grande sucesso. Mais informações sobre a diva no site Red Hot Jazz bem como no Clube de Jazz. No primeiro, inclusive, é possível baixar o áudio de alguma das músicas da cantora do início de sua carreira.

Resolvi lembrá-la porque me peguei cantando uma de suas músicas, The love I have for you, que faz parte da trilha sonora da minha vida. Abaixo segue a letra e o vídeo com a música bem como também a canção My Man Is Such A Handy Man, onde ela capricha no bom humor. Assisti na TV a gravação de algumas de suas apresentações, e pude constatar porque, ainda em vida, já havia se tornado uma lenda do blues. 

The Love I Have for You
Alberta Hunter

The love I have for you
makes my burdens light.
The love I have for you
makes my blue days bright.
Asleep or awake dear
your face I see,
your sunshine and smile is a guide for me.

The love I have for you
is within my heart.
The love I have for you
is a thing set apart.
You can search the universe,
but my dear if you do,
you’ll never find a love like the love I have for you.

I never fret a worry.
At no time am I blue.
I spend my days rejoicing
because of the love that I have for you.

You can search this universe
but my dear if you do
you’ll never find a love like the love I have for you.



Publicado originalmente em 15/01/2014

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

As Divas da década de 40: Tributo a Lauren Bacall!

Lauren Bacall (16/09/1924-12/08/2014)
Johnny Mercer (cujo centenário se completou em 18 de novembro) escreveu letras para alguns dos maiores compositores americanos, como, por exemplo, Henry Mancini em Moon River e Days of wine and roses, e  David Raksin em Laura (postei a música abaixo com Carly Simon). Clique aqui para saber mais sobre esse letrista.

De fato, Laura é música tema do filme Laura de 1944, um filme noir com Gene Tierney, Dana Andrews, Vincent Price, Clifton Webb e Judith Anderson. Como bom film noir, tem uma história detetivesca no enredo, romance e  um visual enevoado, como num sonho, somado aos contrastantes preto-e-branco. É super-elegante e traz a beleza etérea da pivô de toda a história, Laura, interpretada pela atriz Gene Tierney.

Ao ouvir a música e lembrar do filme e da atriz Gene Tierney, lembrei também de outra diva hollywoodiana dos anos 40, Lauren Bacall, que recebu o Oscar honorário, em 14/11/09, pelo conjunto de sua carreira.  Reunindo todas essas lembranças, ponderei sobre o registro de beleza das divas da década de 40, do cinema americano e internacional, e fiquei aqui divagando sobre aquela aura de magia que rodeava essas mulheres. Dizem que essa aura se deve ao trabalho de alguns fotógrafos geniais, mas acho que vai além disso. Essas mulheres tinham uma mistura de beleza, sensualidade e elegância que simplesmente foi para o brejo. Hoje também existem mulheres belíssimas passeando pelas telas de cinema, passarelas da moda, etc., mas aquele clima de mistério, beleza, sensualidade e elegância não é mais encontrado.

Sempre me amarrei nessas divas da década de 40, especialmente em Lauren Bacall. Confesso que o marido dela, Humphrey Boggart, foi a pessoa que mais invejei no mundo..rsss Que linda, nooossa! Também acho que a beleza da diva era algo não só exterior tanto que envelheceu, nunca fez plástica (como Liz Taylor), por exemplo, e permaneceu bonita até idade avançada, uma velha bonita e elegante.

Por fim, acho que deveriam solicitar  uma célula qualquer dela, preservar como patrimônio da humanidade, clonar, cultivar e depois distribuir aos fãs e aos carentes de beleza, para amenizar ao menos este mundo tão feio. Uma laurenzinha para mim, por favor!!

Abaixo, além da música Laura, lindíssima também, um vídeo com imagens de Lauren Bacall e outro com a famosa cena onde ela manda Humphrey Bogart assobiar, com aquela voz caliente. Aliás, o Oscar que recebeu foi merecido. À parte a beleza, ela também foi boa atriz.





Publicado originalmente em 22/11/09, republicado em 13/08/13 e 18/01/2015 e reeditado em 16/09/2016

terça-feira, 6 de setembro de 2016

PT quer semear caos no país para voltar ao poder

Enquanto tentam nos convencer de que estamos às vésperas de um novo 1964,
petistas almejam nos levar para 1984
Petistas não se conformam com a demissão de Dilma do cargo de Presidente da República e ameaçam semear o caos no país para tentar provocar uma ruptura institucional que os devolva ao poder. Várias manifestações tipo "Fora Temer", com atos de vandalismo em variados graus, vêm ocorrendo na esteira do impeachment meia-sola de Dilma. Abaixo reproduzo texto e vídeo de O Antagonista informando sobre os objetivos da greve dos bancários que hoje se inicia:
Marcelo Rodrigues, presidente da CUT-RJ, revela que a greve geral dos bancários, convocada a partir de hoje, tem como verdadeiro objetivo incendiar o país contra Michel Temer.

Eu tenho o maior orgulho de estar na assembleia que vai dizer que nós vamos mudar o rumo desse país. E que esses golpistas de m... vão ser relegados ao lixo da história."
A greve é por tempo indeterminado. Vamos para luta, convocando mais do que bancários e bancárias, todos os trabalhadores, a vir para rua para dizer 'Fora, Temer'."

Assim como os antagonistas, considero essas declarações abuso do direito de greve que merecem uma reação enérgica. Também como nos dois editoriais do Estadão abaixo penso que as autoridades precisam ter a coragem de adotar medidas duras para impedir essa escalada de violência petista alimentada pelo ressentimento e pelo revanchismo que pode colocar em risco, real e imediato, as liberdades fundamentais dos cidadãos.


A tentação totalitária do PT
A crise que culminou com o impeachment da presidente Dilma Rousseff parece ter estimulado o PT a adotar estratégias típicas de movimentos totalitários

A crise que culminou com o impeachment da presidente Dilma Rousseff parece ter estimulado o PT a adotar estratégias típicas de movimentos totalitários. Numa delas, a realidade percebida pelos sentidos é rejeitada in limine (inteiramente), pois é considerada como uma mentira construída pelos inimigos do povo para realizar seu perverso projeto de dominação. Em seu lugar, o PT oferece a “verdadeira” realidade, aquela que se constitui do que não é perceptível, do que está escondido, do que não se dá a conhecer senão por meio da revelação dos que passaram pelo adequado treinamento ideológico. A ideologia petista dá a seus simpatizantes o conforto de substituir o mundo real, com suas contradições e seus acidentes, por um mundo em que tudo faz “sentido”, graças ao discurso que lhe empresta coerência, mesmo que nada disso tenha a mais remota conexão com a realidade.

É com esse viés que os petistas, derrotados pela Constituição e pela democracia, querem fazer acreditar que o País viveu um “golpe”, com a destituição da presidente Dilma Rousseff, e que agora está em curso um processo que culminará em breve num “estado de exceção”, semelhante ao da ditadura militar.

De acordo com essa estratégia, é preciso apostar na confusão moral. A manutenção da ordem, dever da polícia, é tratada como repressão arbitrária – e qualquer ato da polícia nesse terreno, mesmo que no estrito cumprimento do seu dever, é logo apropriado e divulgado de forma estridente pela máquina de propaganda partidária com o objetivo de construir a realidade que lhe interessa.

Assim, uma manifestante que teve ferimentos num olho em razão de estilhaços de uma bomba de gás lacrimogêneo atirada pela polícia, no último dia 31 de agosto, foi imediatamente convertida em mártir petista. Sua vida deixou de lhe pertencer. Ela passou a servir como ilustração do “golpe de Estado dado no País”, como afirmou Dilma em seu perfil no Twitter. A moça foi “vítima da violência policial que tenta reprimir manifestações democráticas”, disse Dilma, sem se ater ao fato de que a bomba que feriu a jovem foi atirada para dispersar vândalos e baderneiros, que não estavam fazendo nenhuma “manifestação democrática” e tinham de ser contidos, como manda a lei.

Mas Dilma não tem nenhum interesse no mundo real. Seguindo a delirante cartilha de seu partido, ela colhe acontecimentos aqui e ali conforme estes se encaixem na tese lulopetista de que está em andamento uma grande conspiração para estabelecer uma ditadura no Brasil, como a de 1964. “As pessoas vão para as ruas e vem a repressão. Cegam uma menina. Depois, matam alguém, como foi com o estudante Edson Luís”, disse Dilma em entrevista a jornalistas estrangeiros, fazendo absurdo paralelo do caso atual com o do assassinato de Edson Luís em março de 1968 pelas forças do regime militar. Mas ela foi adiante: “O terrorismo de Estado é gravíssimo. O poder dele para reprimir é muito forte. Assim começam as ditaduras”.

É com essa lógica rasteira que os petistas pretendem convencer os brasileiros de que estamos às portas de um regime de exceção. O objetivo é criar uma atmosfera favorável à defesa de soluções que, a título de preservar a democracia, representariam na verdade uma ruptura, ou seja, um golpe, cujo objetivo é restituir o poder aos que, em respeito à Constituição, dele foram apeados. É o caso da proposta de antecipação das eleições presidenciais, que o PT agora encampou sob o título “Diretas Já” – alusão malandra ao nome do movimento que há mais de 30 anos ajudou a enterrar a ditadura militar.

A resolução do PT que anunciou a tal “Diretas Já” nem se dá ao trabalho de dizer como essas eleições seriam realizadas, já que contrariam a Constituição. Mas o pensamento petista prescinde da razão – esta, aliás, é sua inimiga mortal e deve ser combatida com todas as forças e por todos os meios. Assim, sempre que alguém renuncia à capacidade de pensar e abraça a lógica oferecida pela doutrina petista, o exército de liberticidas se adensa, e o cerco pernicioso à democracia se fecha um pouco mais.

Fonte: Estado de SP, 02/09/2016


A baderna como legado

Dilma Rousseff é, finalmente, carta fora do baralho, apesar da trama, urdida por Renan Calheiros com apoio dos petistas e a benevolência de Ricardo Lewandowski, para lhe garantir a manutenção dos direitos políticos
Se “a mais firme, incansável e enérgica oposição que um governo golpista pode sofrer” – como prometeu em seu discurso de despedida a ex-presidente Dilma Rousseff – inclui insuflar irresponsavelmente a escalada da violência nas ruas, como tem acontecido em São Paulo e outras capitais do País, a própria banida e as chamadas “forças progressistas” que se alinharam contra o impeachment terão de assumir que a barbárie é um meio plenamente justificado para defender “os interesses populares”. Esse, na verdade, é o argumento daqueles que pregam a adoção de regimes de força ou o emprego de meios do terror para dobrar a sociedade a seus desejos – ou “sonhos”, como gostam de dizer.

O que está acontecendo nas ruas – mas também em repartições públicas e universidades – é extremamente preocupante. Em primeiro lugar, porque pode ser o prenúncio de uma grave disruptura política e social cuja simples possibilidade é preciso exorcizar. Em segundo lugar, porque ocorre no momento em que a pacificação nacional é indispensável para que toda a energia do governo e da sociedade se concentre no enorme desafio da reconstrução nacional.

A ex-presidente já se havia dedicado, com sua incompetência, arrogância e sectarismo, a levar o País à beira do abismo. Alardeando sua condição de “mulher honesta”, ela se beneficiou sem hesitação do ambiente de corrupção generalizada que sempre esteve ao seu redor tanto para se reeleger como, no primeiro mandato, para manter uma base parlamentar que coonestou todas as barbaridades da “nova matriz econômica”. Agora, ela própria dá um passo adiante, incitando os brasileiros à divisão, por todos os meios. Despenca no abismo que ela própria abriu a seus pés, mas quer ser seguida pela Nação.

Dilma Rousseff é, finalmente, carta fora do baralho, apesar da trama, urdida por Renan Calheiros com apoio dos petistas e a benevolência de Ricardo Lewandowski, para lhe garantir a manutenção dos direitos políticos. Ela muito dificilmente conseguirá ter voz ativa em qualquer articulação política de oposição ao governo. Mas os insensatos frequentemente sofrem a tentação do abismo e, infelizmente, não perdem a capacidade de convencimento e arregimentação de quem pensa – ou pensa que pensa – como eles. O discurso de despedida da ex-presidente, por exemplo, é um claro estímulo à extrapolação dos limites legais para as manifestações de protesto contra o governo.

Cabe às autoridades constituídas reprimir a baderna e impedir que a desordem se torne rotina. É preciso saber distinguir o legítimo e democrático direito a manifestação no espaço público da baderna que atenta contra o direito da população de viver seu cotidiano em paz. No primeiro caso, o poder público tem o dever de oferecer aos cidadãos a garantia de se manifestar pacificamente. No segundo, tem a obrigação de impedir a ameaça potencial ou a ação daqueles que infringem a lei. A baderna nas ruas, longe de ser uma forma legítima e democrática de manifestação popular, é um grave atentado ao direito fundamental que os cidadãos, o povo, têm de viver em paz.

Agrava a configuração criminosa das manifestações de crescente violência nas ruas o fato de que, como se tem visto em São Paulo, os confrontos com a polícia são deliberadamente provocados pelos próprios baderneiros, que têm sistematicamente descumprido os acordos previamente estabelecidos com a polícia a respeito de percursos a serem cumpridos, exigência óbvia de qualquer esquema de segurança pública.

O que se viu na quarta-feira nas ruas de São Paulo e ontem em pleno recinto do Senado Federal – onde baderneiros interromperam os trabalhos de uma comissão presidida pelo senador Cristovam Buarque – são exemplos de que os movimentos “populares” estão a transgredir de forma abusiva os limites estabelecidos pela lei. Pois não há “direito” que justifique a violência nas ruas ou a ela sobreviva.

Se as autoridades responsáveis – de modo especial o governador paulista, sempre hesitante nesse assunto – não tiverem a coragem de adotar medidas duras, mas necessárias para impedi-la, essa escalada da violência alimentada pelo ressentimento e pelo revanchismo colocará em risco, real e imediato, as liberdades fundamentais dos cidadãos.

Fonte: Estado de SP, 02/09/2016

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