8 de Março:

A origem revisitada do Dia Internacional da Mulher

Mulheres samurais

no Japão medieval

Quando Deus era mulher:

sociedades mais pacíficas e participativas

Aserá,

a esposa de Deus que foi apagada da História

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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Passeando através de diferentes décadas através da dança

Dois filmes e um vídeo sobre dança que retratam, através de diferentes ritmos, períodos da história humana. Em O Baile, de 1983, de Ettora Scola, passeia-se por diferentes épocas, começando em 1920 e seguindo pelos 50 anos seguintes, através da trilha sonora, da maneira de dançar e do figurino dos personagens. Guardadas às devidas proporções, o mesmo se passa com o comercial do shopping londrino que mostra cem anos de moda em cem segundos de imagens. 

Ainda por essa via segue o filme Chega de Saudade (2008), de Laís Bodansky, onde, via flashbacks, o passado e  o presente convivem num mesmo local, através da música brasileira de diferentes gerações e da dança entre os casais, com cada personagem tendo uma música-tema que remete a situações vividas no salão de baile. Para apreciar sem moderação.
  

100 years of fashion in 100 seconds from aneel on Vimeo.
100 years of East London style in 100 seconds. Sept 13th 1911 - Sept 13th 2011.

http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/feira-livre/imagens-em-movimento-a-7a-arte-vai-ao-baile/#more-816037

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Drácula - Episódio 03 – Goblin Merchant Men


Grayson busca descobrir se Lady Jane é uma caçadora de vampiros da Ordem do Dragão. Lucy tenta remendar o coração partido de Mina com absinto, romance e um inebriante passeio pela vida boêmia de Londres. As maquinações de Grayson custam a vida de Lord Laurent e lhe dão um novo e poderoso inimigo. 

 

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Drácula Episódio 02 – A Whiff of Sulfur (Cheiro de Enxofre)


Neste segundo episódio, Um Cheiro de Enxofre, Alexander Grayson (Drácula) se torna amante de Lady Jayne enquanto investiga a conexão que ela tem com a Ordem do Dragão. Grayson também ajuda Mina a encarar um grande desafio na escola de medicina. Van Helsing continua suas pesquisas para desenvolver uma vacina que capacite Grayson a suportar a luz do sol.

Atenção: no segundo player, Vodlocker, fechar o anúncio antes de clicar no play >.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Cachorro e pássaro mostram que uma verdadeira amizade supera todas as diferenças

Pega-rabilonga
Vídeo onde um cachorrinho e um pássaro brincam para valer um com o outro. Pela esperteza e biotipo, o pássaro parece ser da família dos corvos, gaios e gralhas, provavelmente uma pega-rabuda, ou pega-rabilonga, pouco comum no Brasil. Divertido e emocionante!
 

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Série Drácula, 1 episódio - Blood is the Life

Primeiro episódio legendado da série Drácula com Jonathan Rhys Meyers. Drácula é ressuscitado e chega a Londres como o industrial americano Alexander Grayson em busca de vingança contra a Ordem do Dragão. Ironicamente, Alexander apresenta a luz elétrica aos londrinos. Na festa que faz para apresentar a novidade da lâmpada elétrica, contudo, dá de cara com Mina, a encarnação de sua amada morta pela Ordem do Dragão. Abaixo, com duas escolhas de players (a resolução deixa a desejar, mas melhor do que nada).

Atenção:
 no segundo player, Vodlocker, fechar o anúncio antes de clicar no play >.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Gravidade: saga de superação contada com requinte técnico e imagens deslumbrantes

Sandra Bullock e George Clooney em Gravidade

Estreei no 4D, com o filme Gravidade, bem à altura da nova tecnologia. O filme é uma maravilha técnica de imagens deslumbrantes que só mesmo o 3D ou o 4D podem trazer em sua plenitude ao espectador. Então, havendo a possibilidade, assistir preferencialmente em 4D, para chacoalhar um bocado na poltrona e levar lufadas de ar no rosto ao ritmo da história que rola na tela. Se não, em Imax ou simplesmente 3D.

Quanto ao filme, o roteiro é quase um fio de tão simples. Equipe de astronautas do ônibus espacial Explorer, fazendo consertos no telescópio Hubble, é atingida por onda de destroços de um satélite que mata praticamente a todos. Apenas dois da equipe sobrevivem a princípio. Depois apenas uma, a doutora Ryan Stone (Sandra Bullock em atuação inspirada), lutando desesperadamente pela sobrevivência em meio a percalços sem fim. No começo, à deriva no espaço sideral, em claustrofóbico traje de astronauta, seu objetivo é alcançar uma das estações espaciais, em órbita ao redor da Terra, a partir da qual tomar uma cápsula espacial de volta ao planeta.

Gravidade, portanto, relata uma história comum (quantas histórias de sobreviventes já não se viu?), mas contada com um requinte técnico impressionante, imagens muito belas filmadas de perspectivas inusitadas e um ritmo a um tempo frenético e angustiante. No filme do diretor mexicano Alfonso Cuarón, as imagens são soberanas seja nos grandes planos ou nos detalhes, "falando" bem mais do que seus dois personagens. No aspecto simbólico, apresenta a saga de superação dos dramas pessoais da protagonista através de sua luta renhida pela sobrevivência, por sua vida ameaçada até os últimos minutos da história.

Cenas de 2001 - Uma Odisseia no Espaço e Gravidade
Gravidade faz de quebra referência a duas obras-primas da ficção científica: 2001 - Uma Odisseia no Espaço (1968) e Alien - O Oitavo Passageiro (1979). Há quem fale em outras referências, mas fico com estas duas mais evidentes. Óbvio que 2001 tem uma abordagem cerebral, filosófica, que Gravidade, um filme marcadamente sensorial, não tem. Entretanto, ambos tematizam de forma mais ou menos profunda a solidão e a fragilidade humanas diante das adversidades e da imensidão do espaço sideral. Apesar da distância de décadas e técnicas, ambos têm imagens grandiosas e parecidas da Terra vista do espaço, das naves e estações orbitais, dos astronautas à deriva entre as estrelas. Mesmo uma das cenas internas, quando a doutora Ryan flutua pelo interior de uma das estações orbitais em forma de tubo, me fez lembrar uma cena de 2001.

Protagonistas de Alien e Gravidade em momento relax

A referência a Alien fica por conta do roteiro. Em ambos, quem protagoniza a história é uma mulher, única sobrevivente de uma tripulação atingida por um desastre. Em Alien, o desastre é o monstro. Em Gravidade, o desastre são os destroços de um satélite que se multiplicam no choque com outros satélites e estações espaciais. Ambos os desastres vão exigir das heroínas da história uma coragem e tenacidade capazes de superar o medo e as dúvidas quanto à própria condição de lidar com forças que parecem destinadas a sobrepujá-las.

Também ambos os contextos em que atuam são marcados pela claustrofobia. Pelos corredores escuros e estreitos da nave Nostromo prestes a explodir, a tenente Ripley se arrasta quase sem fôlego, com o alien à espreita, para alcançar a nave auxiliar onde supõe estará livre do monstro. Ironicamente na amplidão do espaço sideral, a doutora Ryan também se vê quase sem ar, pois o oxigênio, em seu traje de astronauta, desce a níveis críticos enquanto ela luta, prestes a desmaiar, para chegar a uma das estações espaciais e abrir sua porta salvadora.

Há até uma cena similar. No porto temporariamente seguro da nave auxiliar ou do módulo espacial, as heroínas vão dar um respiro e se sentir relaxadas o suficiente para despir o macacão ou traje de astronauta e ficar só de calcinha (ou shorts) e camiseta. Nesses trajes mínimos, a doutora Ryan inclusive flutua meio adormecida em posição fetal. Naturalmente, trata-se apenas de um tempinho antes da luta pela sobrevivência recomeçar.

A diferença entre as duas protagonistas de Alien e Gravidade reside no grau ou tipo de feminismo de cada uma. Ripley derrota o Alien e sobrevive unica e exclusivamente graças a sua própria capacidade e determinação. Nenhum homem a ajuda ou orienta. Aliás, pelo contrário, em toda a quadrilogia Alien, as referências ao sexo masculino não são nada lisonjeiras. Em Gravidade, porém, a doutora Ryan conta com a inestimável orientação do comandante Matt Kowalsk, interpretado por George Clooney, astronauta experiente que, até em sonho, dá dicas fundamentais para a sobrevivência da novata Stone. Kowalsk parece até um mestre Zen que, mesmo diante da morte iminente, não deixa de admirar a beleza do pôr-do-sol na Terra visto lá de cima.  

Essas similaridades que aponto entre Gravidade (2013) e as obras-primas de Stanley Kubrick (2001 - Uma Odisseia no Espaço, 1968) e  Ridley Scott (Alien, 1979), contudo, não desmerecem em nada o trabalho do diretor  Alfonso Cuarón. Boas citações engrandecem qualquer obra. Gravidade supera esses dois clássicos da ficção científica na perícia técnica, na plasticidade e na verossimilhança. Tudo no filme parece muito real, a despeito de possíveis, mas mínimas, imprecisões científicas e de descrever uma situação que a maioria das pessoas jamais viverá (quantos são os astronautas no mundo?).

Supera os dois clássicos também no apelo aos sentidos e aos sentimentos. Não tem a racionalidade de 2001 ou o terror literalmente visceral de Alien, mas tem a capacidade de fazer o espectador sentir a vertigem de girar no espaço sem rumo e trombar com detritos e estações espaciais (principalmente em 4D). Sobretudo tem a capacidade de emocionar, ainda que com um leve sentimentalismo. Em Alien, vertem-se lágrimas também, mas de puro terror. Em Gravidade, dentro de um dos módulos espaciais, as lágrimas da doutora Ryan, que flutuam em nossa direção pelo efeito 3D, são daquelas que a gente chora pelas mesmas razões da personagem (por saudades de casa, pelo choro de uma criança, o latido de um cachorro, por nossas perdas, pelo medo da morte). 

Em suma, Gravidade se afirma por seus méritos próprios como um novo patamar técnico e artístico não só para os filmes de ficção-científica como para o cinema em geral. Já pode constar no panteão da sci-fi ao lado dos citados 2001- Uma Odisseia no Espaço, Alien, O Oitavo Passageiro e também de Blade Runner, Matrix, entre outros clássicos do gênero. É forte concorrente ao Oscar 2014 pelos prêmios de melhor filme, melhor diretor e melhor atriz. Comentaristas dizem inclusive que se trata da melhor atuação da carreira de Sandra Bullock. Como não acompanho o trabalho da atriz, não tenho como confirmar ou negar essa análise. Mas que ela está muito bem no papel não resta dúvida. Parece que, assim como sua personagem, vive um caso de superação. Enfim, Gravidade é para se ver e rever. Imperdível. 

À guisa de ilustração desse artigo posto vídeos com imagens de Gravidade naturalmente (com depoimentos do diretor e dos atores inclusive) mas também de 2001 e de Alien. Lamento a edição que fizeram da cena em que a tenente Ripley, em Alien, despe-se, na nave auxiliar, mas não encontrei outra. Um mané se empolgou com a Sigourney Weaver de calcinha e deu conotações eróticas a uma cena onde tal elemento não existe. Só para comparar com a imagem da doutora Ryan em situação análoga.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Drácula com Jonathan Rhys Meyers (The Tudors) estreia em outubro e promete


Começa a ser exibida nos EUA, no dia 25 de outubro, a série Drácula, da NBC, com Jonathan Rhys Meyer (The Tudors) no papel do famoso conde da Transilvânia, sedento de sangue e vingança.

Nesta versão da mais do que fértil saga vampiresca iniciada por Bram Stoker, com seu romance Drácula, a história ocorre no final do século 19, quando o vampiro-mór chega a Londres se passando por um empresário americano, Alexander Grayson. que quer modernizar a sociedade vitoriana com os avanços da ciência. Ele tenciona investir na nova tecnologia da energia elétrica que promete iluminar a noite (sem queimar vampiros como o faz a luz do sol). 


Na realidade, contudo, o real objetivo de Drácula é se vingar da sociedade secreta, a Ordem do Dragão, que séculos antes, havia assassinado sua esposa enquanto pilhava sua vila, além de tê-lo amaldiçoado com a imortalidade (quem me dera essa maldição).

Para tal, Drácula contará com a ajuda de Renfield, que nessa versão é apenas o valete do vampiro e não mais "o maluco comedor de aracnídeos em algum hospício" da versão original. E contará também com uma ajuda insólita: Van Helsing. O célebre caçador de Drácula e de vampiros em geral se junta ao conde sanguinolento (de fato Van Helsing é quem exuma Drácula nesta história) pelo objetivo comum de se vingar da Ordem do Dragão, também responsável pela execução de sua família (de Helsing). Van Helsing dispõe dos meios para vingar-se, mas precisa da força e da ferocidade do vampiro para implementá-los.

Fora essa parceria herética, igualmente temos Jonathan Harker como um repórter (não mais corretor de imóveis) que se envolve com os negócios de Grayson e Mina Murray, como sua namorada, que no entanto estuda para ser médica. Só a personagem Lucy permanece próxima da história original como uma impetuosa alpinista social.

Os planos de vingança de Drácula, porém, serão conturbados pela paixão que  desenvolve por Mina Murray (Jessica De Gouw), uma espécie de reencarnação de sua falecida esposa. No elenco, além de Meyer, outros rostos conhecidos como Victoria Smurfit (About a Boy), Thomas Kretschmann (King Kong), Jessica De Gouw (Arrow), Oliver Jackson-Cohen (Mr. Selfridge), Nonso Anozie (Game of Thrones) e Katie McGrath (Merlin). O roteiro é de Daniel Knauf (Carnival), que também é produtor-executivo em parceria com Tony Krantz (24 Horas), Colin Callender e Gareth Neame (Downton Abbey).

A série promete porque, entre outras coisas, o belo Jonathan Rhys Meyer tem o physique du rôle perfeito para o papel, além de ser bom ator (combinação pouco comum nos intérpretes das célebres criaturas da noite). E, pelo que se pode observar pelos trailers abaixo e as imagens já liberadas, a produção parece ser caprichada. 

Agora é orar para que também chegue ao Brasil. Nos EUA vai passar depois do Grimm. Por que não aqui também? Com o fim um tanto melancólico de True Blood (decaiu um bocado nas últimas duas temporadas), seria ótimo poder contar com uma recriação perversa, sofisticada e sexy da clássica história de Bram Stoker, provando que algumas coisas nunca morrem mesmo.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

O Pagador de Promessas e outros filmes brasileiros para ver online


O canal do youtube criado por Eduardo Carli de Moraes surpreendeu os navegantes da web nos últimos tempos com 80 filmes brasileiros completos para assistir online. Agora, vai surpreender ainda mais já que foram disponibilizados 169 filmes ao todo – totalmente gratuitos.

Filmes bons, raros, clássicos e necessários estão na lista: “O Cheiro do Ralo”, “O Bandido da Luz Vermelha”, “Cidade Baixa”, “Vidas Secas”, “Estamira”, “A Festa da Menina Morta”, “Batismo de Sangue”, entre muitos outros.

Aproveite para conectar seu computador na sua televisão para aproveitar os longas. Para isso, descubra qual é o tipo de saída do seu pc para o vídeo. Existem cinco delas: HDMI, DVI, S-VIDEO, S-VIDEO (com capacidade de Vídeo Componente) e VGA.

Agora é só preparar baldes e baldes de pipoca, se esparramar no sofá e dar play neste link. Bom filme. Ou melhor, bons filmes.

Fonte: Catraca Livre

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Para começar a semana com emoção: What a Wonderful world!

David Attenborough e chimpanzés
Vídeo produzido pela BBC com David Attenborough narrando a música "What a Wonderful World", escrita por Bob Thiele e George David Weiss e cantada por Louis Armstrong em 1967, com cenas do documentário VIDA.

I see trees of green, red roses too
I see them bloom for me and you
And I think to myself, what a wonderful world

I see skies so blue and clouds of white
The bright blessed days, the dark sacred night
And I think to myself, what a wonderful world

The colors of the rainbow, so pretty in the sky
Are also on the faces of people going by
I see friends shaking hands, saying, "how do you do?"
They're really saying, "I love you"

I hear babies cry, I watch them grow
They'll learn much more, than I'll never know
And I think to myself, what a wonderful world

Yes, I think to myself, what a wonderful world

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Documentário Uma Noite em 67, registro imperdível do III Festival de Música Popular Brasileira


Era 21 de outubro de 1967. No Teatro Paramount, centro de São Paulo, acontecia a final do III Festival de Música Popular Brasileira da TV Record. Diante de uma plateia fervorosa - disposta a aplaudir ou vaiar com igual intensidade -, alguns dos artistas hoje considerados de importância fundamental para a MPB se revezavam no palco para competir entre si. As canções se tornariam emblemáticas, mas até aquele momento permaneciam inéditas. Entre os 12 finalistas, Chico Buarque e o MPB 4 vinham com "Roda Viva"; Caetano Veloso, com "Alegria, Alegria"'; Gilberto Gil e os Mutantes, com "Domingo no Parque"; Edu Lobo, com "Ponteio"; Roberto Carlos, com o samba "Maria, Carnaval e Cinzas"; e Sérgio Ricardo, com "Beto Bom de Bola". A briga tinha tudo para ser boa. E foi. Entrou para a história dos festivais, da música popular e da cultura do País. 

"É naquele momento que o Tropicalismo explode, a MPB racha, Caetano e Gil se tornam ídolos instantâneos, e se confrontam as diversas correntes musicais e políticas da época", resume o produtor musical, escritor e compositor Nelson Motta. O Festival de 1967 teve o seu ápice naquela noite. Uma noite que se notabilizou não só pelas revoluções artísticas, mas também por alguns dramas bem peculiares, em um período de grandes tensões e expectativas. Foi naquele dia, por exemplo, que Sérgio Ricardo selou seu destino artístico ao quebrar o violão e atirá-lo à plateia depois de ser duramente vaiado pela canção "Beto Bom de Bola". 

O documentário Uma Noite em 67, dirigido por Renato Terra e Ricardo Calil, mostra os elementos que transformaram aquela final de festival no clímax da produção musical dos anos 60 no Brasil. Para tanto, o filme resgata imagens históricas e traz depoimentos inéditos dos principais personagens: Chico, Caetano, Roberto, Gil, Edu e Sérgio Ricardo. Além deles, algumas testemunhas privilegiadas da festa/batalha, como o jornalista Sérgio Cabral (um dos jurados) e o produtor Solano Ribeiro, partilham suas memórias de uma noite inesquecível.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Renato Russo: Eu sou capitalista!

Crédito imagem: Foco Liberal 
Na nova onda de roqueiros posarem de liberais, descolaram o vídeo que posto abaixo do Renato Russo, dizendo com todas as letras que era capitalista. Em outras palavras, que ele precisava ganhar dinheiro para sobreviver. Apenas realismo, mas como virou um anátema alguém se dizer capitalista, sobretudo alguém que nunca se encaixou na visão que se têm dos capitalistas, vale o registro.

Nessa linha, contudo, não me agradou a última "polêmica" envolvendo o roqueiro Lobão que jogou merda no ventilador para promover seu livro recém-lançado, Manifesto do Nada na Terra do Nunca, misturando umas boas verdades com meias-verdades e críticas inadequadas a muitos outros artistas. Aliás, abriu-se um filão de vendas com a escrita e a fala de pseudoprovocadores que, entre palavrões e baixarias, vomitam um monte de clichês retrógrados sob a desculpa esfarrapada de serem rebeldes contra o politicamente correto. Se a princípio havia algo de saudável nessa atitude, ela se perdeu. Hoje o que existe é apenas muito poser fazendo de tudo para aparecer e vender às custas do saco cheio das pessoas com os esquerdiotismos vigentes. Esses posers estão somente acrescentando uma imagem caricata à visão já bem negativa que as pessoas têm dos liberais. Nada além. 

Não sei se Renato Russo, que tinha talento de sobra para se vender, iria descambar para essa vibe marqueteira a todo custo. Especulem, ouvindo o cara abaixo. Aproveito para também deixar uma resenha a respeito do filme 'Somos tão jovens'  sobre a juventude do cantor e compositor.

'Somos tão jovens' estreia e diretor já pensa em novo filme sobre Legião
Antônio Carlos da Fontoura lança longa sobre juventude de Renato Russo.  Ele diz que distribuidoras sondam e família permite 'parte 2': 'Seria bacana'.

"Ainda é cedo", brinca Antônio Carlos da Fontura, diretor de "Somos tão jovens", citando a música de Renato Russo, ao ser questionado sobre uma possível sequência de seu filme. O longa que mostra a juventude do músico, antes do estouro da Legião, estreia nesta sexta (3). Mas Fontoura diz que já foi sondado pelas distribuidoras Imagem Filme e Fox por uma continuidade e que o espólio do cantor dá essa opção. "Existe essa possiblidade e eu acharia muito bacana que isso acontecesse", diz o cineasta em entrevista em vídeo ao G1 (veja a entrevista acima). 


O cineasta também fala sobre a escolha do nome do filme que estreia agora. "O título original era "Religião urbana". mas o Dado e outras pessoas me disseram que o Renato odiava esse nome, porque achavam que estavam gozando ele, que ele era um pregador" Foi Dona Carminha, mãe de Renato Russo, quem exigiu o "Somos tão jovens". "Eu faço tudo o que você quiser pelo filme, porém, mude o título agora", ela disse para Fontoura, segundo o diretor.

Dado Villa-Lobos diz que o filme que estreia agora tem uma ideia bem fechada. "Eu acho que a história desse filme é essa história. O que veio depois todo mundo conhece, sabe mais ou menos o que é. Seria outra história, outro roteiro". Ele falou ao G1 ao lado de seu filho, Nicolau, que o interpreta no filme, e de Marcelo Bonfá, ex-colega de Legião (veja vídeo ao lado).

"Acho que esse outro [filme] vira um road movie, com uma banda e o que aconteceu no cenário dos anos 80 no Brasil", arrisca Dado. Nicolau cita "Almost famous" ["Quase famosos", "road movie" sobre rock de 2000] e Bonfá brinca ao citar "This is Spinal Tap", um falso documentário de 1984 sobre uma banda de heavy metal, completando a fala de Dado.

Nicolau, de 24 anos, diz que teve a dimensão do trabalho de Renato ao fazer o filme. "A coisa que mais me marcou, que eu realizei, é o tamanho da Legião e do Renato. A mobilização das pessoas em Brasília foi gigante para o filme. [Aprendi] a dimensão da Legião, porque eu peguei o finalzinho, sou de 88. Vamos ver o que vai acontecer nos cinemas, eu estou ansioso, e acho que tem tudo para ir muito bem".

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Sade Adu, bio da cantora e seu último show Bring Me Home

Sade em Bring Me Home (2011)
Uma de minha cantoras preferidas, Sade Adu, ou Helen Folasade Adu, nasceu em Ibadan, na Nigéria, filha de um professor de Economia nigeriano e uma enfermeira inglesa. O casal se conheceu em Londres quando ele estudava na London School of Economics e se mudou para a Nigéria logo depois de se casar.

Quando Sade tinha quatro anos, os pais se separaram, e a mãe a levou e ao seu irmão mais velho, Banji, de volta à Inglaterra, onde cresceram perto dos avós, em Essex. Embora apreciadora do soul americano,  desde menina, Sade se formou em moda, na St Martin's School of Art, e começou a cantar meio por acaso quando amigos de escola a convidaram para ajudar nos vocais de sua banda juvenil.

Sade descobriu que gostava de cantar e de compôr e, superando o medo dos palcos, começou sua carreira  com um grupo de funk chamado Pride (incrível imaginar a Sade num grupo de funk), com o qual percorreu a Inglaterra a partir de 1981. 

Em uma das turnês, o olheiro de uma gravadora descobriu Sade cantando Smooth Operator,  e, um ano e meio depois, lá estava ela assinando contrato com a Epic Records, com a condição de poder levar  três de seus colegas de banda que até hoje a companham: o saxofonista Stuart Matthewman, o tecladista Andrew Hale e o baixista Paul Denman. Em fevereiro de 1984,  Sade já emplacava o single Your Love Is King entre os 10 mais da Inglaterra, apresentando também ao mundo a bela, exótica e sensual figura da cantora.  Logo vieram os álbuns de sucesso, firmando sua carreira bem-sucedida. 

1984: Diamond Life
1985: Promise
1988: Stronger Than Pride
1992: Love Deluxe
2000: Lovers Rock
2002: Lovers Live (ao vivo)
2010: Soldier of Love

As interrupções prolongadas nas gravações entre um álbum e outro, sobretudo a partir dos anos 2000, deveram-se a percalços de sua vida particular, à sua decisão de dedicar-se à filha, nascida em 1996, e à família e à sua mudança de Londres para a região rural de Gloucestershire, onde vive até hoje. Só em 2010, Sade saiu da hibernação, lançou o álbum Soldier of Love e também fez uma turnê, em 2011, chamada Bring Me Home (em 2012, foi lançado o DVD e o CD do show) que posto abaixo. Veio também ao Brasil (e a besta aqui perdeu a chance de vê-la) quando concedeu entrevista ao Zeca Camargo do Fantástico que também se segue.

Avessa ao culto de celebridades, Sade é uma dessas cantoras que se elevou ao panteão das divas por seu estilo único e pela qualidade musical. Vale a pena ver e ouvir seu show. Sabe lá quando e se virá outro.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Festival das cores e da alegria!

Um festival para celebrar a vitória do bem contra o mal
No dia 27 de março, os indianos foram às ruas para celebrar o festival de Holi, o festival das cores. O festival celebra a vitória do bem contra o mal e a chegada da primavera (leia mais sobre a lenda que deu origem ao festival). Única das celebrações que rompe com o rígido sistema de castas indiano (todos os indianos podem participar), também atrai cada vez mais turistas estrangeiros. E já tem versões em vários países ocidentais.

Com muitas cores
Parece uma mistura de flash mob com festival de Woodstok. O pessoal se pinta com esse pó colorido acima que é diluído em água para ser atirado nos participantes da festa. Tem muitos comes e bebes e música, terminando com todo o mundo pintado e se desejando um “Feliz Holi”.

Registro pela exuberância das cores e pela alegria (que ninguém é de ferro para só falar em política). Não seria tão bom se as pessoas se atirassem apenas pós coloridos em vez de insultos e balas?

No vídeo abaixo, a trilha sonora é "Light It Up" do pessoal que produziu o vídeo (meio chatinha, mas o que vale são as imagens). As fotos são de Helmut Gondim.

terça-feira, 26 de março de 2013

Vovó viu a vulva


Mulheres postam fotos de suas genitálias como reação à falsa estética da indústria pornô e às plásticas
Denise Mota

Mulheres de várias partes do mundo alimentam um blog com fotos de suas vulvas, em especial se são tidas como grandes e assimétricas.

Trata-se do "Large Labia Project" (projeto lábios grandes), criado pela australiana "Emma P.", 24, a primeira a publicar a própria vulva com riqueza de detalhes, depois de assistir a um documentário mostrando que lábios vaginais protuberantes eram considerados indesejáveis por censores responsáveis pela liberação de material pornográfico em seu país.

"Tomei como algo pessoal. Meus lábios são grandes e normais. Mas, se fosse uma daquelas modelos em uma revista pornô, minha anatomia teria sido cortada digitalmente", conta a autora à Folha sem revelar o sobrenome.

"Não sou antipornô, mas as garotas comparam sua vulva com a falsa visão que está na tela e acham que algo está errado", diz ela.

O objetivo do blog é reunir a maior diversidade de lábios vaginais grandes como uma espécie de "terapia de grupo" em que as internautas se sintam confortáveis para compartilhar histórias.

Na página, é permitida a publicação de fotos íntimas (sem a exibição do rosto) de mulheres acima de 18 anos.

"O blog dá às mulheres a chance de expressar medos e, às vezes, a raiva que têm de seus lábios vaginais."

ORGULHO E MILITÂNCIA

Na internet pululam páginas com o objetivo de derrubar a noção de genitália perfeita. É o caso do movimento "Pussy Pride" (orgulho da periquita), uma "celebração da beleza que repousa entre as coxas da mulher", como diz sua idealizadora, Molly Moore, escritora e fotógrafa britânica bem conhecida na cena erótica do Reino Unido.

Nesses fóruns de militância em prol da coisa como ela é, sempre aparece o desejo de algumas mulheres de se submeter a uma labioplastia.

"Se a labioplastia é feita por razões genuínas, sou a favor. Mas muitas optam pelo procedimento só por achar seus lábios grandes, feios ou diferentes dos que aparecem no mundo pornô", diz Emma.

As propostas de "orgulho da vulva" são bem-vindas, comenta a sexóloga brasileira Carmen Janssen.

"Algumas mulheres se sentem incomodadas com a flacidez nos grandes lábios e optam por cirurgia. Em alguns casos pode ajudar, mas elas precisam se informar mais sobre a sexualidade e o corpo. Assim como os lábios do rosto não são iguais em todas, vulvas também não."

Nesses fóruns, a presença masculina é vista de forma positiva, mesmo que a motivação deles seja a excitação provocada pelas imagens. "Homens gostam de vulvas grandes e pequenas e do que estiver entre uma coisa e outra. Enquanto elas estão obcecadas sobre forma ou tamanho perfeitos, eles só querem estar em algum lugar próximo à vulva", diz Emma.

Antes de fazer uma plástica, a pessoa deve avaliar se há questões não estéticas por trás da sua insatisfação, adverte Janssen. "Nosso aparelho reprodutor é semelhante ao das flores. Ninguém diz que as pétalas das orquídeas devem ser padronizadas."

Nessa sintonia trabalha a artesã norte-americana Jessica Marie, que defende a diversidade da vulva como um símbolo da singularidade feminina. Ela difunde suas convicções em uma loja virtual, a Vulva Love Lovely.

Jessica confecciona anéis, colares, canecas e espelhos alusivos à genitália feminina. Também vende bonecos em forma de útero. "Somos todas diferentes e perfeitas", diz. "As vulvas da indústria pornô são como os dragões: não existem no mundo natural."

SAIBA MAIS
PUSSY PRIDE PROJECT http://mollysdailykiss.com
VULVA LOVE LOVELY http://www.vulvalovelovely.com

Nota da blogueira: Ver também Vulvas Flores
E The Great Wall of Vagina Exhibition do Artista Plástico Jamie McCartney. Abaixo uma mostra de sua exposição de vaginas. Aqui seu site.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Em vídeo, libertários ingenuamente tentam convencer conservadores a ser mais livres.

Socialistas e conservadores: extremos que quase se tocam
Segue abaixo vídeo de libertários tentando convencer conservadores de que deveriam prestar a atenção às ideias libertárias, o que demonstra sua ingenuidade. Conservadores em geral são tão autoritários quanto a esquerda viúva do Muro de Berlim que eles tanto criticam por antidemocrática. 

O que conservadores entendem de liberalismo é meramente a parte econômica, do estado mínimo, defesa da propriedade privada, economia de mercado. E não advogam o estado mínimo por reconhecer racionalmente os perigos para a economia e a democracia que estados grandes apresentam. Sua defesa do estado mínimo se dá porque veem o Estado como um rival da família tradicional que, para eles, é   a única e verdadeira instituição ao redor da qual tudo e todos devem girar.

Do que o liberalismo tem de melhor, ou seja, a defesa da liberdade dos indivíduos frente às forças coercitivas do Estado e de outras instituições, não querem nem saber. São tão chegados a usar o Estado, para impor seus valores a todos, quanto qualquer socialista. Contundentes exemplos disso são a oposição que fazem à descriminação do aborto e das das drogas em geral, aos direitos dos homossexuais e até mesmo ao ambientalismo que, para eles não passa - genericamente - de coisa de ecochato. Você ter posição contrária a esses tópicos é um  direito; querer usar o Estado para impô-la a todos é outra coisa bem diferente.

Aliás, esquerdistas autoritários e conservadores são extremos que se tocam, o famoso efeito ferradura, farinhas do mesmo saco. Basta ver que aqui, no Brasil, eles xingam todo mundo que não concorda com eles, inclusive liberais e libertários, de socialistas, comunistas, esquerdistas, gayzistas, feminazis, enquanto suas contrapartes esquerdistas xingam todo o mundo, que igualmente não concorda com elas,  inclusive outros esquerdistas, de direitistas, reacionários, medievais, fascistas.

De qualquer forma, segue o vídeo dos libertários que - salvo milagre - prega no deserto, mas é interessante de se ouvir. Segue também o texto sobre o vídeo.  

Você é um conservador? Caso a resposta seja afirmativa, o professor Stephen Davies sugere que vale a pena levar em consideração as ideias libertárias. Por exemplo, conservadores tendem a preferir instituições que foram testadas e creditadas, e querem manter e valorizar o modo tradicional de vida atual. Eles também em geral acreditam em um código moral estabelecido. Entretanto, isso não implica que o governo deve impor todas essas coisas. Na verdade, a imposição de tradições e um código moral pelo governo acaba gerando um enfraquecimento desses valores.

Tradução e sincronização de Russ da Silva.
Revisão de Edmilson Frank.
Transcrição de Juliano Torres.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Nosferatu (Nosferatu, Eine Symphonie des Grauens) - filme completo

Nosferatu (1922)
Atenção: Nosferatu, terá sessão ao ar livre e de graça no Parque Ibirapuera (zona sul), nesta sexta-feira (dia 2), às 20h.


Baseado no livro de Bram Stoker, Drácula, o diretor alemão F.W. Murnau fez sua obra-prima expressionista, chamada Nosferatu, em 1922. Como a viúva de Bram Stoker não autorizou Murnau a utilizar o livro do marido, o diretor alterou, a princípio, o nome dos personagens de seu filme para evitar problemas com direitos autorais, sem sucesso de qualquer forma. 

Na versão abaixo, contudo, a referência ao livro está presente, e os personagens com os nomes que aparecem na obra literária. Para quem ainda não conhece, um corretor de imóveis, Harker (Gustav von Wagenheim), vai vender um imóvel, da capital londrina, para um conde, chamado Drácula, (Max Schreck), em seu sinistro castelo nos Montes Cárpatos (Transilvânia). Ainda no castelo, o corretor se dá conta de que seu anfitrião não é humano ao vê-lo acomodar-se em um caixão para a viagem de navio à sua nova casa. 

Antes de chegarem a seu destino, toda a tripulação do navio é morta pelo vampiro. Na sequência, uma série de mortes misteriosas, atribuída a uma praga, passa a ocorrer em Londres (no início do filme, contudo, citam Bremen, na Alemanha). A esposa do corretor, Nina (Greta Schroeder), sabe que as mortes são causadas por Nosferatu. Percebendo que ela o atrai, oferece-se em sacríficio, para mantê-lo entretido até o raiar do sol, levando-o à destruição. 

Filmado em locações da Europa Central, com sombras dramáticas e ângulos baixos que intensificam a impressão de que o vampiro sobrepuja já em tamanho suas vítimas, além do espanto que provoca a maquiagem medonha aplicada à Max Schreck, Nosferatu mantém um clima de terror  atemporal. Sua originalidade técnica influenciará outros famosos diretores como Orson Welles e o mestre do suspense, Alfred Hitchcock. Fora que no remake do filme, feito por Werner Herzog em 1989, Nosferatu, o Vampiro, o ator Klaus Kinski usará a mesma maquiagem do Nosferatu original, apenas mais aprimorada. 

Abaixo, o vídeo do filme completo e sua ficha resumida.

Título original: (Nosferatu, Eine Symphonie des Grauens)
Lançamento: 1922 (Alemanha)
Direção: F.W. Murnau
Atores: Max Schreck, Greta Schröder, Karl Etlinger, John Gottowt.
Duração: 80 min
Gênero: Terror

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O Fantasma da Ópera!

Minhas paixões musicais ou cinematográficas são assim: à primeira vista ou audição e à segunda ou terceira vista ou audição. No caso do filme O Fantasma da Ópera, de 2004, foi o segundo caso que me ocorreu. Gostei principalmente das músicas, na primeira vez que assisti o filme; na segunda, gostei mais ainda das músicas, mas também dos cenários, do figurino e dos personagens. Gosto de personagens intensos, meio dark, meio outsider, como o gótico fantasma da ópera e sua triste história, um dos maiores sucessos de bilheteria de todos os tempos seja em teatro ou cinema.

O filme é baseado na conhecida e bem-sucedida  peça musical de Andrew Llyod Webber que, por sua vez, foi baseada na obra homônima de Gaston Leroux (clique aqui para baixar). No filme, o gênio da música desfigurado, o Fantasma (Gerard Butler), que vive nas galerias do luxuoso Teatro de Paris, tutela, nas sombras, a jovem Christine Daaé (Emmy Rossum),  a fim de torná-la cantora de suas músicas. Quando a diva temperamental La Carlotta (Minnie Driver) abandona os ensaios do espetáculo da ópera em cartaz pouco antes da estreia, Christine é indicada para o papel principal por intermédio do Fantasma.

Na noite da estreia, enquanto o Fantasma assiste ao début de sua protegida em um dos camarotes, um amigo de infância de Christine, o Visconde Raoul de Chagny (Patrick Wilson), que se tornara financiador do teatro, também se encanta com o talento da moça e a reconhece dos tempos de criança. Inicia-se aí uma espécie de triângulo amoroso entre a jovem, o Visconde, moço bonito mas insosso, e o dramático e passional Fantasma da Ópera. Christine acaba descobrindo o rosto desfigurado de seu tutor, que chamava "Anjo da Música", e prefere o moço bonitinho, embora seu coração permaneça meio balançado  até o fim do filme. Enciumado e rejeitado, o Fantasma sequestra a amada, após fazer um dueto com ela, no palco do teatro, quando interpreta Don Juan, uma das cenas mais bonitas e sensuais da história, e literalmente bota fogo no circo. No fim, por amor, ele abdica da moça e a deixa seguir com o Visconde.

Posto abaixo, em vídeo, a cena citada,  de quando o Fantasma interpreta Don Juan num dueto com Christine, na música The Point of No Return, seguida da letra, uma verdadeira alegoria da sedução. E aqui um senão importante que vejo no filme. O Fantasma aparece com uma máscara completa nessa cena, cobrindo os dois lados do rosto, onde se observa, em ambos, uma costeleta bem definida e o cabelo escuro e penteado todo para trás por igual. Ao final do dueto, Christine retira a máscara do Fantasma e, de repente, a costeleta some, parte do cabelo também, devido à face desfigurada do personagem, e ele de bela estampa passa a péssima em alguns segundos. Reparem. Embora o Fantasma usasse uma espécie de aplique para cobrir a parte do couro cabeludo sumida pelo desfiguramento, a transformação não convence! Tanto cuidado com os figurinos e um erro desses. Mas dá para relevar porque a música e a cena são muito bonitas.

Vale a pena ver e rever o Fantasma da Ópera. Belo filme, lindas músicas!



The Point of No Return
Fantasma da Ópera
Composição : Andrew Lloyd Weber / Charles Hart
DON JUAN (PHANTOM )
Passarino - go away!
For the trap is set and waits for its prey . . .

You have come here
in pursuit of your deepest urge,
in pursuit of that wish, which till now
has been silent...
Silent...

I have brought you, that our passions
may fuse and merge - in your mind
you've already succumbed to me
dropped all defences
completely succumbed to me
now you are here with me:
no second thoughts, you've decided...
Decided ...

Past the point of no return -
no backward glances:
our games of make-believe are at an end...
Past all thought of "if" or "when" -
no use resisting:
abandon thought,
and let the dream descend ...

What raging fire shall flood the soul
What rich desire unlocks its door
What sweet seduction lies before us?

Past the point of no return
The final threshold
What warm unspoken secrets
Will we learn
beyond the point of no return?

You have brought me
To that moment when words run dry
To that moment when speech disappears
Into silence...
Silence...

I have come here,
Hardly knowing the reason why
In my mind I've already imagined
Our bodies entwining
Defenseless and silent,
Now I am here with you
No second thoughts
I've decided...
Decided...

Past the point of no return
No going back now
Our passion-play has now at last begun.

Past all thought of right or wrong
One final question
How long should we two wait before we're one?

When will the blood begin to race
The sleeping bud burst into bloom
When will the flames at last consume us?

Past the point of no return
The final threshold
The bridge is crossed
So stand and watch it burn
We've passed the point of no return.

O Fantasma da Ópera (2004)
Atores: Gerard Butler, Emmy Rossum, Patrick Wilson, Miranda Richardson, Minnie Driver, Simon Callow, Ciarán Hinds, Jennifer Ellison, James Fleet, Victor McGuire; Direção Joel Schumacher,  141 minutos, EUA

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

A revolta de Atlas, o filme!

A Revolta de Atlas Parte 1
Em março deste ano, atualizei uma postagem sobre Ayn Rand, Ayn Rand: homenagem a uma mulher notável no dia internacional da mulher!, de onde transcrevo o trecho que se segue à guisa de apresentação da versão cinematográfica da primeira parte da trilogia A Revolta de Atlas (a segunda está prevista para outubro nos EUA).

Ainda que o filme, que posto abaixo, tenha sido muito criticado, por razões várias, ele pode dar uma ideia da obra da autora russa-americana e servir como introdução à leitura (fundamental) da famosa trilogia. Como mais um incentivo à leitura, adianto que o cenário descrito por Ayn Rand, em seu livro, lembra muito o espírito dos tempos que temos vivido no Brasil desde 2003.  Posto ainda outro vídeo sobre as lições de A Revolta de Atlas para nossas sociedades atuais.   

A Revolta de Atlas (Atlas Shrugged, 1957)

A Revolta de Atlas é a obra-prima de Ayn Rand e considerada um dos grandes romances de ideias de todos os tempos. Nela, através de um enredo que mescla suspense e filosofia, a escritora russa-americana expõe seu ideário. Num mundo governado por repúblicas autoritárias coletivistas, os EUA rumam para o mesmo destino, com seu governo criando tantos obstáculos à livre iniciativa das pessoas, sob pretexto de igualitarismo, que os principais líderes da indústria, do empresariado, das ciências e das artes, liderados por um misterioso John Galt, decidem fazer uma greve de cérebros.

Em outras palavras, aqueles que sustentam o país (daí a referência à figura de Atlas, o titã da mitologia grega, que sustenta o mundo nos ombros) somem literalmente do mapa deixando a sociedade à própria sorte. O Estado se apossa de suas propriedades e invenções, mas não é capaz de mantê-las funcionando porque não tem competência para tal, atravancado pela burocracia e pela corrupção e infestado de medíocres e parasitas de toda ordem (qualquer semelhança com o Brasil de hoje não é mera coincidência). Para saber o resultado dessa greve, é preciso ler os três volumes desse épico da liberdade que é A Revolta de Atlas.

Abaixo link para a segunda e terça partes de A Revolta de Atlas
https://www.dropbox.com/s/u2xikcvoe6j7rss/Atlas.Shrugged.2.2012.avi?dl=0 https://www.dropbox.com/s/dkctn7ojj9co5u1/A%20Revolta%20de%20Atlas%20III.mp4?dl=0
Fonte: Portal Libertarianismo

terça-feira, 3 de abril de 2012

Animação com fatias de torradas e dançarinos de acordo com o cenário

Ok Go
A banda norte-americana OK Go, de rock alternativo, ficou mais famosa por seus videoclipes criativos do que pelas músicas, embora uma de suas composições, Shooting the Moon tenha feito inclusive parte da trilha sonora do filme Lua Nova.

Nos vídeos que posto abaixo, tanto as músicas quanto os clipes são bem legais, embora o destaque continue por conta dos clipes: o primeiro, uma animaçao em stop motion, feita com 2 mil fatias de torradas,  para a música Last Leaf; o segundo, uma dança a la tango, onde a roupa dos dançarinos muda de cor conforme a cor do cenário, para Skyscrapers. Bem legal ou como dizem os gringos, cool


quarta-feira, 28 de março de 2012

Comercial com Hitler provoca protestos

Hitler como garoto propaganda
A humanidade tem um grande fetiche pelo nazismo e seus fetiches. Eles de fato tinham parentesco direto com o demônio, mas inauguraram a propaganda moderna (chegaram a concorrer com Hollywood em produção de filmes) e arrasavam no visual. Queriam mostrar sua suposta superioridade já na roupa. Até o exército regular era todo aprumado. As tropas de elite então... uaauu!!

Então, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, num misto de atração e horror, o mundo inteiro não deixa de revisitar essas figuras e seus mal-feitos. Todavia há limites para essa revisão. Usar a figura de Hitler, por exemplo, mesmo à guisa de humor, costuma provocar muita controvérsia.

Esse é o caso de um comercial de shampoo exibido na TV turca que foi postado na Internet em 21 de março. Nele, Hitler aparece em um daqueles seu esbravejantes discursos, dizendo, em turco: 

Se você não usa roupa de mulher, também não devia usar shampoo de mulher. Aqui está. Um shampoo para homens de verdade. Biomen. Homens de verdade usam Biomen.

A comunidade judaica internacional protestou e o spot saiu do ar na TV turca, embora continue circulando pela Web. O publicitário que criou a peça disse que a intenção era ridicularizar Hitler, mas a resposta não colou. E você o que acha?

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