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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Retrato trágico da saúde pública no Brasil: 42 mil leitos de internação do SUS foram desativados entre outubro de 2005 e junho de 2012

Mazelas da saúde pública

O Estado de S.Paulo

Há um dado que serve muito bem para demonstrar por que o Sistema Único de Saúde (SUS), cuja situação se torna cada dia mais precária, não tem condições para atender os milhões de brasileiros que a ele recorrem, e que passam horas ou mesmo dias em filas diante de hospitais ou centros de saúde. Segundo levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM), com base em dados do Ministério da Saúde, 42 mil leitos de internação do SUS foram desativados entre outubro de 2005 e junho de 2012.

Em números absolutos, os Estados mais populosos foram os mais afetados. Em São Paulo houve uma redução de 10.278 leitos e em Minas Gerais, de 5.177. E não é verdade, como se alega, que isso tenha sido compensado pela criação de novos leitos no Pará (723), Rondônia (622) ou Amazonas (360). O quadro só não é mais grave por causa do papel decisivo desempenhado pelas Santas Casas e hospitais filantrópicos.

A questão central é o subfinanciamento do SUS. Como as verbas alocadas à saúde são insuficientes, os serviços prestados por hospitais e postos médicos públicos são aqueles minimamente recomendados. O fornecimento de remédios gratuitos é limitado. O paciente deve, portanto, arcar com gastos adicionais, inclusive para exames clínicos mais abrangentes, se tiver meios para tanto. Os pacientes atendidos pelo SUS em hospitais privados têm tratamento algo melhor, mas o reembolso das despesas fica muito aquém dos custos, além de ser feito com atraso.

Os planos do governo nada mencionam sobre a falta de infraestrutura física, ou seja, de hospitais, casas de saúde ou, pelo menos, unidades capazes de funcionar também como prontos-socorros. Nada também sobre as condições de trabalho e remuneração dos profissionais da rede pública. Reportagem do Estado (14/7) mostrou que a reivindicação de muitos municípios, em diversas regiões do País, não é de mais médicos, mas de uma estrutura para atendimento local, de forma a evitar o deslocamento para os grandes centros em emergências. Em muitos casos, as prefeituras não dispõem nem de ambulâncias e o transporte de pacientes tem de ser feito por ônibus.

Em cidades menores, não existe nem o atendimento básico. O que diz a prefeita Daniela Brito, do município paulista de Monteiro Lobato (5 mil habitantes), mostra o descompasso entre os planos do governo e os anseios da população: "Não queremos hospitais nem médico estrangeiro. O que nós precisamos é de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e recursos para pagar melhor".

Quanto ao aumento proposto de 11 mil novas vagas nos cursos de Medicina, nada se falou sobre a qualificação dos futuros médicos. O anúncio dos planos do governo praticamente coincidiu com a divulgação de um documento de coordenadores de faculdades de Medicina, criadas nos últimos dez anos, em universidades federais, e que não dispõem de hospitais-escola. As residências são feitas em hospitais da região, às vezes localizados em cidades próximas à faculdade, sem preceptores capacitados.

No texto, encaminhado ao Ministério da Educação, os coordenadores afirmam que cursos médicos podem ser cancelados em 2014 ou simplesmente fechados por falta de condições adequadas de funcionamento, se o governo não tomar medidas urgentes para aperfeiçoar a formação dos profissionais. "Nas condições atuais", diz o documento, "só é possível a gestão dos cursos de medicina sem hospital por meio de práticas de gestão negligentes e irregulares, se não legalmente questionáveis". O documento considera inviável colocar em prática a proposta de aumento da oferta de vagas para graduação médica no País por aquelas faculdades, criadas nos últimos dez anos como forma de interiorização do ensino médico.

Os planos do governo, porém, não contemplam a construção de hospitais-escola nas novas faculdades federais localizadas em cidades do Centro-Sul, Nordeste e Norte. Implantar escolas de Medicina por decreto, sem lhes dar a infraestrutura indispensável, não pode dar certo.

Fonte: O Estado de São Paulo, 21 de julho de 2013

quarta-feira, 12 de junho de 2013

“Sou fruto de estupro e a favor do aborto”

Filha de um estupro, Claudia Salgado fala sobre sua amarga experiência
Depoimento publicado originalmente no blog Olga que transcrevo aqui pela importância do tema. 

Claudia Salgado, 28 anos, gerente de varejo, fala de forma corajosa sobre a ilegalidade do aborto e suas consequências absurdas. Um viés humano e sincero nesse momento em que se debate o projeto de lei do nascituro.

Minha mãe tinha 18 anos na época em que foi estuprada. Ela não foi a única que sofreu este tipo de violência na família: tenho uma tia que também foi humilhada e estuprada por mais de um homem, mas não teve frutos disso, a não ser o trauma e a vida quebrada.

Somos de uma cidade muito pequena no interior de Santa Catarina. Ela havia saído com minha tia para dançar em uma matinê e, quando voltou para casa, sofreu agressão física muito brutal do avô, que era militar e muito rigído com regras e com relação às filhas saírem de casa. A família era muito grande – eram 5 filhas no total – e havia muita preocupação com relação as filhas ficarem mal faladas.

Estou abrindo isso para mostrar como ignorância só gera ignorância. Meu avô não é má pessoa, mas ele era alcoólatra e muito severo com as meninas.

Minha mãe ficou desesperada depois da surra que tomou e decidiu fugir de casa com minha tia. As duas estavam muito machucadas e vulneráveis e se sentaram desoladas nas escadarias da Catedral no centro da cidade, onde estes dois homens se aproximaram de forma amigável e ofereceram amparo. Elas inocentemente aceitaram e foram passar a noite na casa deles, onde haviam mais homens. Foi quando toda a violência física ocorreu. Minha tia era mais forte e conseguiu fugir, mas minha mãe não conseguiu e foi violentada por mais de um homem. Somos tão parecidas fisicamente que ela mesmo lamenta o fato de nem sequer saber qual deles é meu pai.

Naquela época as coisas não eram bem explicadas – em sua maioria, eram omitidas. Minha mãe não contou a ninguém o ocorrido, pois, além da vergonha, ela ainda se sentia mortificada de medo de que não acreditassem nela. Ela era tão inocente que nem sabia que estava grávida, nem foi atrás de justiça, apenas se fechou. E quando a barriga ficou impossível de disfarçar, ela não pôde mais negar e outra vez passou por mais humilhação. Teve que sair de casa às pressas, pois meu avô queria matá-la. Eu não acho que, para ela, seguir a gravidez foi uma escolha, ela não entendia o que estava acontecendo e só teve essa opção.

Essa história afetou minha vida e a relação com a minha mãe por muitas razões. Ela não tinha a menor estrutura emocional de ter um filho sob aquelas condições e naquela idade. E eu nunca me senti desejada. Minha infância ficou quebrada e minha vida, incompleta. Só soube dessa história quando tinha 11 anos. Até então, ela dizia que meu pai havia morrido num acidente enquanto ela estava grávida, o que eu sempre achei estranho, pois nunca havia visto uma foto ou algum registro de que ele realmente existira.

Minha infância ficou incompleta porque me faltou a figura paterna, minha mãe era instável emocionalmente, me senti enganada e não consegui assimilar quando ela me contou a minha origem. Me sentia humilhada quando via minhas amigas com seus pais num lar ajustado.

Sentia raiva da minha mãe porque ela me teve sem ter me desejado, embora existisse o respeito por saber que ela nunca deixou nada me faltar e sempre fez o possível para que eu crescesse com dignidade, tivesse uma boa educação e nada me faltasse.

Sempre tive o sentimento de que ela se importava comigo, mas não me amava… E até hoje tenho este sentimento, mas hoje é mais compreensível porque, com o tempo, adquiri maturidade para entender o quanto isso foi danoso e o quanto deve ter sido difícil para ela ter que conviver com o fantasma de um ato bárbaro. É muito difícil lidar com a dor da rejeição, ela nos deixa realmente miseráveis… E mesmo que você tente se agarrar a seu orgulho, esbravejar que está tudo bem e ser indiferente a situação, não tem como: aquilo está ali, é a realidade da sua vida e você precisa aceitar.

Acho que nesse caso é visível que a ignorância gerou tudo isso. Se ela tivesse mais abertura em casa e direito de expressão, mais compreensão da parte dos pais, nada disso teria acontecido.
Não sei se cabe dizer que ela poderia ter escolhido interromper a gravidez, pois acredito que ela nem se quer sabia que isso era possível naquela altura. E também sei que no fundo ela não se arrependeu, porque não fui uma filha ruim e nunca dei trabalho ou fiz algo que pudesse fazer com que ela se arrependesse de eu ter nascido. Pelo contrário, minha chegada na família foi recebida com muito amor, inclusive meu avô aceitou e foi um pai para mim. Quem me criou foram meus avós, minha mãe teve mais um papel de provedora, pois sempre trabalhou muito para garantir que nada me faltasse.

Acho apenas que ela deveria ter se empenhado mais em achar estes bandidos, mas, ao mesmo tempo, acredito que ela estava muito fragilizada naquele momento e não tinha condições de lutar por nada além da nossa sobrevivência. E devo confessar que sou uma pessoa de sorte, pois não tive um pré-natal e nasci muito saudável.


Acho esse projeto de lei um grande equívoco. Acredito que as mulheres deveriam ter suporte financeiro e emocional do governo para tomarem a decisão que melhor fosse conveniente a elas, especialmente num caso de estupro, em que deveria ser totalmente amparada e ter o direito de escolha de continuar ou interromper a gravidez. Não se trata apenas de receber uma esmola do governo, vai muito além disso… 


A FAVOR DO ABORTO


Por ser fruto de um estupro, me sinto até mesmo no direito moral de ser a favor do aborto. Eu sei o quanto foi horrível e quantas vezes desejei não ter nascido, pois acredito que a vida da minha mãe teria sido muito melhor se isso não tivesse acontecido. Ela teria tido mais tempo para concluir os estudos, fazer coisas que uma jovem da idade dela faria se não tivesse um filho nos braços. Ela não teria passado pela dor da reprovação, pela humilhação que passou e teria muito mais chance de ter formado uma família e ter um lar ajustado. Demorou muitos anos até que ela conseguisse (eu já era adolescente quando ela conheceu uma pessoa, com qual ela já está há 12 anos e tem outra filha). Ela também acabou de se formar em Direito, aos 47 anos de idade. Acho muito mais digno interromper uma gravidez indesejada do que colocar uma criança no mundo para sofrer e passar necessidades.

Eu fiquei extremamente sequelada, e não sinto a menor vontade de ser mãe. Não acredito que poderei ser boa o suficiente. Me sinto extremamente insegura e tenho muita resistência ao assunto. Sempre digo que só terei um filho se algum dia estiver em uma relação estável com alguém que queira muito, que me passe essa segurança.


O QUE PODEMOS FAZER


Eu acho que falta promover a igualdade, no sentido de que nós, mulheres, tenhamos autonomia sobre nossos próprios corpos e que possamos decidir por nós mesmas como ter um filho afetará nossas vidas e a da criança inocente. Sem interferência de religião, a mulher necessita ter esse direito e centros de apoio moral e psicológico. Vamos supor que homens pudessem engravidar, vocês acham que o aborto já não estaria legalizado?

Leis como essa são criadas, pois vivemos num mundo cheio de pessoas ignorantes e incapazes de pensar no dano que um estupro causa à história de uma pessoa.

Devemos promover discussões saudáveis e positivas sobre o assunto em um aspecto geral, derrubar dogmas e aumentar a consciência de um assunto que é importante na vida de muitas pessoas. Trabalhar com comunidades locais oferecendo suporte psicológico, oferecer uma plataforma neutra onde a mulher tenha espaço, sem ser julgada, e analisar realisticamente os prós e contras da gravidez. E que a mulher possa fazer sua própria decisão.

Fonte: Olga

sexta-feira, 31 de maio de 2013

A formação dos médicos cubanos e os moldes de sua exportação para países compañeros

Em cada 140 médicos cubanos 10 paramilitares
Qualquer pessoa minimamente informada sabe que a tal saúde exemplar da ilha cubana é apenas mito. Sabe também que os médicos cubanos exportados para o exterior têm formação precária e seus salários em boa parte confiscados pelo regime comunista, além de viajar acompanhados de agentes da polícia política castrista,

Abaixo texto do jornalista Sandro Vaia relata a história de um desses médicos e de como ele se safou das garras de seus algozes. Aponta também o que aguarda o Brasil com a importação desses "médicos" se não passarem pelo exame de revalidação de seus diplomas pelo Conselho Federal de Medicina. Deixo ainda vídeo com a fala do deputado federal Luiz Henrique Mandetta, que é também médico, sobre o tema. Vale a audiência!

História de um médico cubano

O Dr. Gilberto Velazco nasceu em 1980 em Havana e recebeu seu diploma de médico em 15 de julho de 2005.
No depoimento que me deu por e-mail e por telefone, disse que a sua graduação foi antecipada em um ano depois de uma “formação crítica e gravemente ruim”, excessivamente teórica, feita através de livros desatualizados, velhos, rasgados, faltando páginas, além de “uma forte doutrinação política”.

No hospital onde fez residência havia apenas dois aparelhos de raio X para atender todas as ocorrências noturnas de Havana e não dispunha sequer de reagentes para exames de glicemia.

Pouco adiantava prescrever remédios para os pacientes porque a maioria deles não estava disponível nas farmácias.

A situação médica no país é tão precária que Cuba está vivendo atualmente uma epidemia inédita de cólera e dengue.

Em 2 de fevereiro de 2006 foi enviado à Bolívia numa Brigada Médica de 140 integrantes -14 grupos de 10 médicos cada - que iria socorrer vítimas de inundações que nunca chegou a ver.

No voo entre Cuba e a Bolívia conversou sobre assuntos médicos com o vizinho de poltrona e descobriu que ele não era médico, mas provavelmente oficial de inteligência cubana. Calcula que em cada 140 médicos 10 eram paramilitares.

Na Bolívia, onde lhe disseram que iria permanecer por 3 meses, ficou sabendo que deveria ficar no mínimo por 2 anos, recebendo 100 dólares de salário por mês e que a família receberia 50 dólares em Cuba - quantia que, segundo ele, nunca foi paga.

Viveu e trabalhou em Santa Cruz de la Sierra e em Porto Suarez, na fronteira com o Brasil.

Todos os componentes da Brigada recebiam um draconiano regulamento disciplinar de 12 páginas, dividido em 11 capítulos, que fixava desde horários e requisitos para permissões de saída até regras para relações amorosas com nativos e punia contatos com eventuais desertores.

Os médicos verdadeiros eram vigiados pelos falsos médicos que, segundo Gilberto, andavam com muito dinheiro e armas. Ainda assim, o Dr. Gilberto, em 29 de março de 2006, conseguiu pedir formalmente asilo político à Polícia Federal em Corumbá e foi enviado a São Paulo, onde ficou 11 meses.

Pediu à Polícia Federal a regularização de sua situação para poder fazer os Testes de Revalidação Médica exigidos pelo Conselho Federal de Medicina, mas o pedido de asilo foi negado.

Como o prazo de refúgio concedido pelo Conare - Comitê Nacional para os Refugiados - terminava em fevereiro de 2007, pediu asilo aos EUA no consulado de São Paulo, e em 2 de janeiro de 2007 viajou para Miami, Flórida, onde vive agora.

A família do Dr. Gilberto foi penalizada por sua deserção com 3 anos de proibição de viagem ao exterior, mas atualmente vive com ele na Flórida.

Ele trabalhou para uma empresa internacional de seguros de saúde, onde chegou a receber 50 mil dólares anuais, e atualmente está estudando para concluir os exames de revalidação de seu diploma médico nos EUA.

Sandro Vaia é jornalista. Foi repórter, redator e editor do Jornal da Tarde, diretor de Redação da revista Afinal, diretor de Informação da Agência Estado e diretor de Redação de “O Estado de S.Paulo”. É autor do livro “A Ilha Roubada”, (editora Barcarolla) sobre a blogueira cubana Yoani Sanchez. E.mail: svaia@uol.com.br

Fonte: Blog do Noblat

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Porque vale a pena ser contra o coro dos contentes: a descoberta da causadora da gastrite e da úlcera

Os pesquisadores australianos Barry J. Marshall e J. Robin Warren
receberam o Prêmio Nobel de Medicina de 2005
 pela descoberta da bactéria causadora da úlcera e da gastrite
A humanidade evolui por conta de indivíduos ou grupos de indivíduos que olham para o mundo que nos circunda de uma forma diferente da tradicional. A princípio são ridicularizados, hostilizados, até mesmo perseguidos e mortos, mas suas ideias são em geral depois incorporadas ao ideário comum. E isso se dá não só no terreno dos costumes mas também no das ciências.

Giordano Bruno, Copérnico e Galileu Galilei, precursores da visão heliocêntrica e da que o universo era infinito e povoado por estrelas, como o Sol, a Terra e outros planetas, tiveram sérios problemas com a nada santa madre Igreja que considerou suas teorias como heresias e os puniu via Tribunal da Inquisição (no caso de Giordano Bruno com a morte na fogueira). Obviamente, eles estavam certos, e a Igreja, errada. E seus insights e invenções foram decisivos para a ciência como hoje a conhecemos.

Mas não é preciso ir tão longe no tempo para mostrar o quanto a humanidade em geral se apega ao conforto das tradições e teme o novo que lhe pode ser bem mais propício. Lendo sobre um assunto relativamente prosaico, a gastrite, aquela inflamação da mucosa do nosso estômago que afeta a tantos de nós, descobri que uma de suas principais causas, a bactéria Helicobacter pylori (HP), foi negada por muitos cientistas no período de sua descoberta em 1979.

Os pesquisadores australianos Robin Warren e Barry Marshall conseguiram identificá-la, na biópsia de pacientes com gastrite crônica e úlcera péptica, e passaram a apontá-la como uma das causas dessas doenças e não apenas outros fatores (como pimenta e estresse) até então tidos como única origem das moléstias.

Como a comunidade médica se recusou a aceitar a pesquisa, Marshall decidiu inclusive bancar a cobaia de sua própria teoria e ingeriu uma cultura da bactéria, o que o levou  a desenvolver um quadro de gastrite aguda em pouco tempo. Mais estudos se seguiram, e o repúdio dos tradicionalistas à  nova descoberta  foi se diluindo. Obviamente, Warren e Marshall estavam certos, e os conformistas errados. 

O resultado da pesquisa dos dois foi o fim das cirurgias de remoção de parte do estômago de pacientes acometidos por úlceras e gastrites, solução encontrada para um problema  aparentemente incurável até a descoberta da H. Pylori. Seu trabalho, por fim, foi considerado de tal relevância  para a medicina, que eles foram laureados com o Nobel em 2005. 

Moral da história: ao buscar o novo, ao romper com o rotineiro, esses cientistas fizeram a humanidade dar mais um passo na direção do controle sobre as doenças que nos afetam, no caso no controle de uma enfermidade deveras dolorosa e debilitante que, em boa parte dos casos, precisa apenas ser combatida com um antibiótico.

Vejam abaixo um vídeo onde o próprio Marshall relata a trajetória que o levou ao prêmio Nobel por desafinar do coro dos contentes. E siga o exemplo!
 

Com informações do ScienceBlogs 

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Homens querem impedir que criancinhas inocentes sejam mortas? Façam menos guerras e mais vasectomias

Queda em vasectomias pode ter elevado abortos na Grã-Bretanha

Mudança comportamental parece ter relação com muitas variáveis, incluindo aumento no uso de outros contraceptivos.

O número de vasectomias realizadas na Grã-Bretanha caiu mais de 50% nos últimos dez anos, apontam registros do Sistema Nacional de Saúde (NHS) público britânico.

Em 2001/2002, 37,7 mil homens britânicos fizeram o procedimento que impede a passagem dos espermatozoides. Já em 2011/2012, a cifra passou para 15,1 mil, menos da metade.

Analisando os números de 2010/2011, a taxa atual mostrou queda de 16%.

Os dados, compilados com base em registros públicos, foram publicados pelo Serviço Britânico de Aconselhamento na Gravidez (BPAS, na sigla em inglês, ONG de saúde reprodutiva que presta serviços ao NHS) e não incluem os procedimentos feitos em clínicas particulares.

Em comparação, a taxa de abortos para mulheres entre 30 e 44 anos, que era de 9,1 a cada mil na Inglaterra e no País de Gales em 2001, subiu cerca de 10%, para 10 por mil em 2011 nas mesmas nações.

Os pesquisadores do BPAS dizem que o declínio no número de vasectomias pode ser uma das razões por trás do aumento na taxa de abortos entre as mulheres mais velhas, mas ressaltam que muitas variáveis podem ajudar a explicar essa mudança de comportamento dos homens na Grã-Bretanha.

A BPAS disse à BBC Brasil que não é possível estabelecer com certeza uma relação direta entre a a redução das vasectomias e o aumento nos abortos entre mulheres mais velhas, mas afirma que, como os dois fenômenos ocorrem simultaneamente, parecem estar relacionados.

"Outros países com altas taxas de vasectomias muitas vezes apresentam menores taxas de aborto entre essas mulheres, e vice-versa", diz a ONG. "Mas outros fatores podem estar envolvidos, como o fato de ações de prevenção ao aborto serem focadas geralmente em mulheres mais novas, em detrimento das mais velhas".

Variáveis
Outras variáveis são um esforço de redução de custos públicos colocado em prática pelo governo britânico -- o que pode levar a uma redução no número de vasectomias -- e o maior estímulo ao uso de contraceptivos femininos como a pílula e o DIU (Dispositivo Intrauterino).

Além disso, há um crescente número de homens que se divorciam e optam por um segundo casamento, situação na qual um método contraceptivo permanente como a vasectomia pode ser indesejada. Operações para reverter o procedimento nem sempre são bem-sucedidas ou mesmo pagas pelo sistema público de saúde.

No Brasil, de acordo com números do SUS (Sistema Único de Saúde), os números de vasectomias vão no sentido oposto. Somente na rede pública o número desses procedimentos passou de 7,7 mil, em 2001, para 34 mil em 2011, um aumento de mais de 300%.

O SUS, que tem metas de aumentar a taxa de realização desse tipo de procedimento, só permite que essa cirurgia seja realizada em homens com mais de 25 anos e que já tiveram no mínimo dois filhos.

Decepção
A relação entre a queda do número de vasectomias e o aumento da taxa de abortos é algo notado também na França, onde poucas cirurgias do tipo são feitas, mas muitas mulheres mais velhas optam pelo aborto.

Tradicionalmente, cerca de 16% dos homens com menos de 70 anos fazem o procedimento na Inglaterra, e a taxa de abortos para mulheres com mais de 30 anos tem se mantido relativamente baixa.

Ann Furedi, presidente do BPAS, se disse decepcionada com os números da pesquisa.

"A vasectomia é um método confiável e seguro que dá aos homens a oportunidade de ter um papel ativo na contracepção. É decepcionante que o único método de longo prazo que permite aos homens ter esse papel esteja em queda. Nós devemos garantir que todos os casais que queiram usar esse método possam ter acesso a ele prontamente no NHS, reconhecendo que ele não é o melhor para todos. Ter mais escolhas é vital", afirmou.

Fonte: G1 - Ciência e Saúde

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Interrupção da gravidez: uma escolha de Sofia e das Sofias

A interrupção voluntária da gravidez, ou aborto, é uma escolha de Sofia, ou seja, uma escolha para qual não há uma solução realmente satisfatória. Por isso, não poderia ser tratada nos termos absolutos em que os que se dizem "defensores da vida" a tratam. (Ver sinopse e cena do filme A Escolha de Sofia ao fim da postagem).

Para a pretensa “defesa da vida” poder ser tratada em termos absolutos, precisaríamos viver num mundo perfeito, com pessoas perfeitas (e não são os conservadores que proclamam a imperfectibilidade humana?). Pessoas que jamais esquecessem de tomar contraceptivos, que estes jamais falhassem, num mundo onde homens não estuprassem meninas, mulheres e até senhoras, inclusive dentro do lar amargo lar, onde a fatalidade nunca produzisse fetos com anomalias irreversíveis. Um mundo onde toda a população, com bom grau de educação formal e sexual, soubesse perfeitamente como controlar gravidezes indesejadas e tivesse um sistema de saúde em condições de prover métodos contraceptivos para todos. 

Obviamente, esse mundo não existe, mas os conservadores fingem que sim. Vi um deles, outro dia, dizendo que só engravida quem quer (sic) porque leu numa página do Ministério da Saúde que o governo distribui contraceptivos a granel. Entretanto esse mesmo conservador, no que diz respeito a outros tópicos sobre saúde pública, nunca se esquece de comentar o estado precário dos serviços dessa área em nosso país.

Mas retornando, então a questão do aborto só poderia ser tratada em termos de “o valor absoluto da vida humana” se vivêssemos num vácuo e não em uma sociedade onde sobretudo as mulheres ainda se veem às voltas com muitas adversidades apenas por serem mulheres. Como vivemos numa sociedade de situações complexas e não numa bolha divina, a abordagem sobre a interrupção da gravidez, portanto, deve ser relativa, e o direito de decidir por ela de quem vivencia esse dilema literalmente na própria carne.

O que impressiona na abordagem conservadora sobre esse tópico é a absoluta desconsideração da mulher como ser humano. Na perspectiva conservadora, a mulher é apenas uma incubadeira e, como tal, sem sentimentos ou vontade, cuja única função é manter o ambiente ideal para o cultivo do feto até seu nascimento. Como exemplos mais contundentes dessa visão, destacam-se a tentativa de até criar leis para dar auxílio financeiro a mulheres, para manterem gravidez oriunda de estupro (porque afinal o feto não tem culpa de ser resultado de uma violência) e a oposição à descriminação do aborto no caso de fetos anencéfalos (porque só Deus tem o direito de tirar a vida!!!). 

Aliás, o caso da oposição desses conservadores à interrupção da gravidez até em caso de fetos anencéfalos (que têm graus variados de danos encefálicos, ou, popularmente, que não têm cérebro) mostra claramente como essa história de “defesa da vida” é uma balela. Mesmo que uma mulher leve a termo a gravidez de um feto com esse grau de anomalia, a criatura nascida não sobreviverá por muito tempo e, em seu curto período de vida, será um vegetal e não uma vida humana. 

Confrontados com essa realidade, conservadores se saem com a história de que, se descriminado o aborto de fetos com anomalias, serão abertas as portas da eugenia, da eliminação dos menos capacitados. Além da enorme distância entre uma coisa e outra, observa-se aqui mais uma vez a perspectiva conservadora onde só o fruto interessa mas a árvore não deve ser levada em conta. Obviamente, qualquer ser humano minimamente sensível entende o que significa para uma mulher manter uma gravidez derivada de um estupro ou de um feto descerebrado. 

De qualquer forma, encontram-se mulheres que encampam as ideias conservadoras e só nos resta respeitá-las. Me nego até a analisar as razões de suas escolhas, embora não me faltem argumentos. Igualmente acho que só resta a elas e a eles, conservadores, respeitar quem não compactua com suas ideias e tem o direito de deliberar sobre o tema com base em outra visão de mundo. Outra visão de mundo onde sagrado é o direito de as mulheres (de qualquer ser humano) decidirem sobre seu próprio corpo, de decidirem responsavelmente se tem ou não condições psicológicas, físicas, financeiras de arcar com uma gravidez e suas futuras consequências (para dizer o mínimo, porque uma criança precisa ser amada e bem cuidada). Só escravos não têm direito a administrar seu patrimônio natural, ou seja, seu próprio corpo. Está mais do que na hora de se proclamar uma nova Abolição neste país, agora a do sexo feminino. 

Por fim, muitos conservadores fazem o que chamo de samba do conservador doido: misturam a luta pela descriminação do aborto com conspirações comunistas para acabar com a democracia, a família e a cristandade (sic). Claro, trata-se de uma “viagem”. O aborto já foi descriminado tempos atrás em vários países capitalistas, que eram e continuaram capitalistas, muitos dos quais de tradição cristã  (a exemplo dos católicos Espanha, Itália, Portugal), tradição que também continuou obviamente existindo após a descriminação do aborto bem como a família e a propriedade. Nos EUA, a descriminação foi resultante de campanha realizada por feministas liberais, obviamente não engajadas em instalar "comunismos" em seu país.

Abaixo reproduzo vídeo que mostra graficamente o que digo, pois marca cronologicamente as regiões do globo onde a descriminação do aborto foi ocorrendo através do tempo. Está um pouco defasado porque para em 2007, mas serve perfeitamente para exemplificar meu argumento. Espero que o Brasil logo figure em gráficos assim.


A Escolha de Sofia é um filme americano (1982), dirigido por Alan J. Pakula, com base no romance de mesmo nome (1979) do escritor William Styron. A história trata do dilema de Sofia, uma mãe polonesa, que presa num campo de concentração durante a Segunda Guerra, é forçada, por um soldado nazista, a escolher um de seus dois filhos para ser morto (veja a cena abaixo). Caso se recusasse a escolher um, ambos seriam mortos. Ela decide salvar o menino, numa escolha tão sem escolha que a marcará para o resto da vida. Meryl Streep, que interpreta a mãe polonesa na fita, ganhou o Oscar por sua interpretação nessa história pungente que questiona muito dos lugares comuns sobre o amor e o livre arbítrio. O filme foi e continua sendo tão marcante que seu título virou expressão empregada em situações onde, seja o que for que se decida, o resultado não será satisfatório. Relembre a cena citada no vídeo abaixo. Infelizmente só consegui essa versão em espanhol passível de ser incorporada. 

quarta-feira, 21 de março de 2012

O caso da corrupção na saúde

Reportagem do Fantástico (segue abaixo) denunciou a tentativa de suborno por empresas prestadoras de serviços para ganhar licitações de emergência do Hospital Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). As corruptas são: Toesa Service (locadora de veículos), Locanty Soluções (coleta de lixo), Bella Vista Refeições Industriais e Rufolo Serviços Técnicos e Construções. 

Em decorrência da reportagem, o governo do Estado informou que os eventuais contratos com as empresas serão cancelados. A prefeitura do Rio fez o mesmo e informou que buscará substituí-las. Também o Ministério da Saúde disse que vai suspender os contratos com as empresas que ofereceram propina, decisão publicada ontem no Diário Oficial da União.

Igualmente, em nota, o Tribunal de Contas da União (TCU) informou que investigará a denúncia da TV Globo. Confirmada a denúncia, a empresa fraudadora pode ser impedida de participar, por até cinco anos, de licitações com órgãos públicos federais. E para evitar fraudes, O TCU recomendou  o uso de pregão eletrônico que dificulta o  favorecimento de licitantes.

Pergunta: e para a roubalheira já realizada, nada será feito? Como se pode constatar pelo vídeo abaixo, o assalto ao dinheiro da saúde vem sendo perpetrado há tempos. No Brasil, a corrupção é uma pandemia.

Vale também ouvir a fala do professor de ética da UNICAMP, Roberto Romano, sobre a corrupção no Brasil no portal de conteúdo da Cultura

sábado, 5 de novembro de 2011

#LulaNoSUS sim, senhor!

A reação da imprensa baba-ovo e da oposição pusilânime que temos quanto ao protesto popular, manifesto pela campanha Lula no SUS, demonstra que o “mito” Lula não foi construído apenas pelo petismo e seus asseclas. Senão como explicar a particular deferência com a qual vem sendo tratada, por esses entes públicos, sua “santidade” do Hades, Lula da Silva, a ponto de definirem a tag #LulaNoSUS como ataque ao ex-presidente?

Pior que nem se preocupam em disfarçar a própria incoerência. Então, se  mandar Lula se tratar no SUS é um ataque mesquinho e torpe, nos dizeres de um editorial do Estadão, então é porque o SUS é muito ruim, não? E se é tão ruim, torpe é quem diz o contrário, considerando o que ele significa para  saúde dos milhões de brasileiros que são obrigados a utilizá-lo. Não deveria portanto a imprensa, supostamente a serviço dos interesses do povo e não de governantes pretéritos e presentes, aproveitar a deixa da campanha e trazer inúmeras reportagens sobre o tema em vez de ficar adulando quem mente descaradamente sobre a situação real dos serviços públicos dessa área? É torpe reivindicar que Lula se trate no SUS, cobrando-lhe coerência, mas não é torpe se omitir sobre o tratamento que a população recebe nesses órgãos?

A tag #LulaNoSUS e a campanha correspondente (agora no Facebook) são exatamente em protesto contra as absurdas declarações de Lula sobre a saúde pública brasileira. Todos sabem muito bem que Lula nem precisa nem tem a obrigação de se tratar no SUS. Entretanto, ele afirmou, entre as inúmeras besteiras ditas em seus infindáveis discursos, que a saúde pública brasileira beirava à perfeição, chegando a aconselhar, com sua falta de senso de ridículo costumeira, ao presidente dos EUA, Obama, que copiasse o modelo para seu país. Trata-se de um verdadeiro escárnio, um sarro da cara dos brasileiros que dependem dos serviços de saúde governamentais, considerando a situação em que se encontram hospitais e outros serviços de saúde, a ponto da população apelidá-los de “açougues ou matadouros”.

Em casos de câncer, onde a presteza no atendimento pode significar a diferença entre a vida e a morte, pacientes chegam a esperar dois meses por uma consulta, não sei mais quantos meses por uma radio ou quimioterapia. Quantos não são os casos de pacientes que já não morreram sem atendimento nas filas de hospitais públicos do país em função do descaso em relação a seu estado de saúde? Acompanhei o caso de uma colega que teve câncer de mama e pude ouvir seu médico particular aconselhá-la a não fazer radioterapia num conhecido hospital público aqui de Sampa, pois os aparelhos de rádio estão obsoletos, e ela corria o risco de ver o seio queimado. Sim, exatamente nesses termos. Vejam aqui mais informações sobre o assunto: Doente de câncer espera até quatro meses para iniciar tratamento pelo SUS

E então, quando a população consciente expressa sua revolta contra esse estado de coisas, protestando contra as declarações inconsequentes e insensíveis de Lula sobre o assunto, inclusive por sua responsabilidade na situação, pois foi presidente da república, vem essa gente covarde e baba-ovo ainda por cima desqualificar os que protestam!? Mesquinha e torpe é essa gente escrota que não precisa do SUS para se tratar, mas por certo precisa muito abanar o rabo para seus donos a fim de não perder pelo menos o osso. Total vergonha alheia.

Entretanto, porém, todavia, contudo, como, ao contrário de muitos, não perdi o senso de justiça e este blog é contra o coro dos contentes, mais do que nunca #LulaNoSUS

domingo, 30 de outubro de 2011

A doença de Lula e a hipocrisia brasileira


Ontem, os jornais foram tomados pela notícia do diagnóstico de câncer na faringe de Lula. Como li certa feita em um texto budista, as doenças e a morte ocorrem todo o dia e são, portanto, o que de mais natural existe, mas não cansamos de nos espantar com elas. Também fiquei surpresa com a notícia e vislumbrei a possibilidade de a doença tirar Lula da cena política. Sonhar não custa.

Sim, digo isso sem qualquer constrangimento. Como pessoa física, o que pode acontecer com Lula não me interessa. Não torço por ele, pois não gosto dele e não sou hipócrita de agora posar de compungida por seu infortúnio, porém, também não lhe desejo mal. Seu futuro está nas mãos do destino assim como o meu, à parte nossas diferentes condições orçamentárias para lidar com o fado. Não sou eu que irei julgá-lo por via dessa situação.

Agora, como persona política, sim, desejaria muito que a doença o aposentasse precocemente de seu ofício. Lula é um líder negativo, populista, autoritário e o padroeiro da corrupção pandêmica que assola o país. Disse ontem pelo twitter quanto era irônico seu câncer ser logo na laringe, já que ele nada fez, em seus dois mandatos e até agora, a não ser empregar a voz rascante para disseminar o câncer da mentira e da mistificação, o câncer da difamação e da calúnia contra adversários políticos, o câncer da discórdia entre brasileiros de norte a sul, o câncer do combate à imprensa e à liberdade de expressão e, sobretudo, o câncer da corrupção e da impunidade. E agora é exatamente a perda da voz seu maior risco, já que o de vida parece ser mínimo. E que ninguém se iluda. Três meses de quimioterapia e provável radioterapia afetarão a voz de Lula de qualquer forma. A extensão do dano é que não se pode prever. Dificilmente, porém, veremos esse senhor novamente vociferar contra inimigos reais e imaginários (sobretudo estes), vermelho e espumando como se estivesse à beira de um ataque apoplético.

De qualquer forma, vale ressaltar que ele não está com câncer na garganta em decorrência da justiça divina que resolveu puni-lo por seus incontáveis malfeitos. Está nessa condição pelas artimanhas do imponderável a quem ele deu uma boa força fumando e bebendo demais. O melhor dos homens, caprichando no fumacê e na garrafa, corre um bom risco de se ver na mesma situação. As doenças afetam qualquer ser vivo e não têm qualquer relação com valores morais. Se não fosse assim, crianças e animais, sem máculas de maldade, não teriam câncer, entre outras enfermidades, mas têm, como todos sabem.

Então, a doença de Lula não significa nada, muito menos o absolve de seus inúmeros defeitos e delitos. No entanto, ele e sua tchurma já começaram a transformar o câncer em um espetáculo deprimente de marketing político, a alimentar o mito do presidente mais popular que o Brasil já teve, agora também mártir. Se conseguir manter um fio de voz, Lula e a petralhada vão inclusive utilizar o infortúnio do câncer para fins eleitoreiros no futuro pleito presidencial, vide o que fizeram com Dilma Roussef. Preparem-se para cenas bem lastimáveis e demagógicas, centradas na suposta extraordinária capacidade de superação do ex-presidente. Fora que, caso venha a falecer, embora não me pareça o caso, petistas e outros avermelhados seguramente vão requisitar sua canonização à Igreja .

Nada que espante considerando com quem estamos lidando. O que espantou, porém, foi a reação de muitos jornalistas e políticos de “oposição” quanto ao caso de Lula, o que inclusive ajuda a entender como esse homem chegou aonde chegou em termos de imagem mistificada. Mesmo alguns jornalistas que vivem, no sentido de ganhar dinheiro mesmo, de criticar Lula e seus desmandos bem como os do PT e de seus aliados se saíram com embaraçosas declarações de apoio ao ex-presidente por meio de vivas e até promessas de rezas por sua saúde. Os grandes portais fecharam a área de comentários, abaixo das notícias sobre o tema, para que os muitos brasileiros que não gostam de Lula, por inúmeras razões, não pudessem expressar seus reais sentimentos sobre o tema. Respostas no twitter à notícia, com a tag #LulaNoSUS, foram tidas como mera baixaria, coisa de gente quase-humana, nos dizeres de um petista.

Quanta hipocrisia desses jornalistas e políticos de oposição (?) e, em alguns casos, quanta incoerência. Todos sabem que Lula e os petralhas trabalham há anos para acabar com a oposição e a liberdade de imprensa. Ontem mesmo, li um tuíte de um petralha (@peu93) que, à guisa de dar força ao ex-presidente, dizia: "Vamos tratar esse tumor como a oposição, vamos destroçá-lo e sair mais forte dele." Essa é a mentalidade antidemocrática de Lula e de toda a quadrilha que o cerca. Lula rebaixou o país ao seu nível e ao nível de sua turma. Nunca vi o Brasil tão medíocre, tão fanático, tão corruPTo, tão cheio de rancor. Não há razão alguma para desconsiderar toda essa obra de Lula só porque, agora, ele padece de uma doença que afeta milhares de pessoas no Brasil todos os anos, pessoas que, ao contrário dele, às voltas com o sistema público de saúde do país, jamais terão o tratamento de ponta que ele terá no Sírio-Libanês, um dos mais caros e renomados hospitais brasileiros. Vamos lembrar que só os 85 bilhões de reais roubados da população brasileira, no ano passado, pela via da corrupção, seriam mais do que suficientes para recuperar todos os hospitais públicos do Oiapoque ao Chuí e dotá-los de capacidade para atender dignamente a população que hoje em dia literalmente morre sem atendimento médico. Isso sem falar em outros hospitais que esse dinheiro poderia criar. (Vejam aqui a realidade da saúde pública brasileira: Falta de leitos em hospitais públicos levam pacientes à morte no Brasil).

Se, por questões de civilidade, não cabe soltar rojões pela doença de Lula e ficar lhe desejando o pior dos destinos (a tag #LulaNoSUS é obviamente política, um protesto pelo descaso ao qual esse senhor e sua pupila Dilma Roussef relegaram e relegam a saúde pública brasileira), também não cabe tratá-lo de forma adulatória e falsamente compungida. Para aqueles e aquelas que não gostam dele – e razões não faltam para tal - cabe apenas discrição sobre o assunto, mesmo porque qualquer um(a) de nós pode se ver às voltas com o mesmo mal, mesmo não fumando ou bebendo. Por outro lado, do ponto de vista político, não deixo de reafirmar meu desejo, citado no início deste texto, certa de que, se o universo me atender, o Brasil é que se beneficiará. Nós não temos oposição política. Quem sabe a oposição do destino não nos faça um pouco de justiça.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Notas políticas e outras notas 05/10

Segundo estudo, álcool faz mais mal
do que heroína e crack 
Ideias:
Uma petição nacionalista: http://bit.ly/q2w95B
Ouça o Millenium em Revista #8: http://bit.ly/raMivr

Política nacional:
A lição inoportuna de Dilma: http://bit.ly/oc8J2r
Mais novo partido do Brasil, PPL foi criado por membros do MR-8 http://glo.bo/qpoxkc
Itapecerica da Serra aprova lei da Ficha Limpa - Notícias -Jornal Na Net: http://bit.ly/qBA9G8
Reforma política foi para o brejo e votação dos royalties do pré-sal foi adiada - CBN: http://glo.bo/oYRppv

Política internacional:
A oposição está mais unida do que nunca contra Chávez' http://bit.ly/q8HlxU

Saúde:
Saiba como o álcool afeta seu corpo http://bit.ly/p4IUEK
Álcool é mais prejudicial do que a heroína ou o crack , diz estudo http://bit.ly/cMQgmg

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Clipping legal: 29 de Agosto - Dia Nacional de Combate ao Fumo

Rita Hayworth em Gilda. Fumar já foi glamouroso até a medicina revelar que dava câncer
Veja foto-montagem de ícones do cinema sem o cigarro que os acompanhava
RIO - Estima-se que cinco milhões de pessoas morrem por ano no mundo por doenças decorrentes do tabagismo, 200 mil só no Brasil, segundo informações do Ministério da Saúde. Ainda em escala global, 70% dos óbitos por câncer de pulmão acontecem por causa do cigarro e 42% no caso das doenças respiratórias, números importantes de serem lembrados nesta segunda-feira, Dia Nacional de Combate ao Fumo. O governo brasileiro tem ampliado as ações para atrapalhar a vida de quem insiste neste hábito. Na última semana, foi regulamentada a Medida Provisória 540/2011, que prevê aumento na carga tributária dos cigarros, além da fixar preço mínimo de venda no varejo.

A meta é reduzir a frequência de fumantes em diferentes grupos, incluindo adolescentes e adultos. Pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde em 2010 apontou 15% de fumantes na população adulta do Brasil. Já um levantamento que estuda os indicadores entre os adolescentes revelou que 6,3% dos estudantes do 9º ano (13 a 15 anos de idade) relataram ter fumado nos 30 dias anteriores à entrevista.

Ainda nesta segunda, o Ministério lança um estudo sobre a situação do tabagismo, que traz informações novas a respeito dos avanços do hábito de fumar no país.

Para quem já experimentou as mazelas de se viciar no cigarro e agora pensa em parar, Vera Colombo, da Divisão de Tabagismo no Instituto Nacional do Câncer (Inca), lista as três alternativas disponíveis hoje que são recomendadas pelo Ministério da Saúde. Segundo Vera, de 90% das pessoas que tentam parar de fumar, apenas 3% conseguem fazer isso sozinhas.

- O tabagismo tem um componente psicológico e de condicionamento. Os medicamentos não tratam esses aspectos, que precisam ser trabalhados. A pessoa tem que entender que a tentativa de parar provoca reações, lentidão, sonolência, irritação. É preciso aprender a lidar com esses sintomas, que levam em torno de três semanas para sumir - explica ela.

Confira abaixo a lista de tratamentos para fumantes validadas pelas autoridades no país:

Goma de mascar: Ela é dura, como um chiclete velho. Depois de um tempo de mastigação, a pessoa a coloca do lado da boca, e é quando a nicotina passa a ser liberada. A periodicidade de uso depende da necessidade do indivíduo. Não precisa de prescrição médica.

Adesivos: são repositores de nicotina. O indivíduo recebe a substância, mas fica livre de todas as outras muito nocivas à saúde. Ela vai se diluindo até a pessoa conseguir parar de fumar. Isso dura em torno de três meses. O adesivo precisa ser trocado a cada 24 horas. Também não requer prescrição médica.

Bupropiona: É um antidepressivo que foi descoberto por acaso. Os pacientes faziam uso da medicação e paravam de fumar. Precisa de prescrição médica.

Fonte: O Globo

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Notas políticas e outras notas! 28/07

O destaque do dia vai para o resultado de pesquisa do IBOPE revelando que 55% da população brasileira consultada é contra a união estável entre pessoas de mesmo sexo. Trata-se de uma boa nova, contudo, já que indica uma evolução no pensamento da sociedade brasileira, em geral conservadora no que diz respeito à moral e aos costumes. Quase metade da população brasileira já aceita o direito básico das pessoas homossexuais ao casamento. Revelaram-se, como os mais preconceituosos, os homens, os velhos, os evangélicos e os de baixa escolaridade.

Política nacional:Petralhas nem sequer falam mais com as bases: PT e PSDB trocam de papel em prévias, dizem analistas http://t.co/k6yjww1
Ótima essa: Jobim votou em Serra. Petistas estão constrangidos e indignados com Jobim: http://bit.ly/qQu3YA
Lá se vão os anéis’, um texto de Dora Kramer http://bit.ly/nBHMP7

Política internacional:
Entenda a crise que anda tirando o sono dos americanos. http://migre.me/5mW3M
Pelo menos, fazem uma distinção entre direita e extrema-direita nessa notícia: A escalada da extrema direita na Europa http://t.co/nA43slv

Cidadania:
Precisamos de outro movimento libertário: Da Inconfidência Mineira ao “Chega de tanto de imposto”: http://t.co/m3KPd7x
Temos direito à informação: O desvio (de informações) no site do Dnit http://t.co/d9lVGx8
Boa leitura: Ética flexível: http://t.co/K5yx2Ji
Homens, velhos, evangélicos e os de baixa escolaridade são os mais preconceituosos: Ibope: 55% da população é contra união civil gay http://t.co/H11ZPRU

Saúde:
Boa noite, TL amiga! Brasileiro consome menos frutas e legumes do que o ideal http://t.co/gyabvX3

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Notas políticas e outras notas! 27/06

A roubalheira envolvendo a futura Copa do Mundo a ser realizada no Brasil é o destaque de hoje. Os gastos serão segredosos para facilitar o roubo. E os brasileiros bovinamente dizem amém. Estão mais preocupados em combater os direitos dos homossexuais (ou defendê-los), mas em combater a corrupção nem tanto.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Drogas: reprimir ou liberar?

Já era para ter escrito sobre o tema antes, quando FHC deu entrevista sobre o documentário Quebrando o Tabu, que estreou recentemente, mas acabou passando a hora. Agora, com a liberação da Marcha da Maconha pelo STF (ontem, dia 15/06) decidi dar meu pitaco sobre o assunto.

Primeiro, adianto que a droga mais forte que tomo é cafeína, na forma de capuccino e pó-de-guaraná, na hora do cansaço, seguida do álcool presente em copo de vinho para acompanhar a refeição. Destilados raramente. Enfim, sou careta. E não tenho simpatia por dependências, de qualquer coisa, nem por dependentes de qualquer coisa.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Notas políticas e outras notas 06/06


A agonia do Ministro da Casa Civl, Antonio Palocci, continua, mas, ao que tudo indica, seus dias estão contados. Não tem apoio entres os "cumpanhero" do partido do trambique, não conseguiu se explicar na TV e, ainda por cima, a revista Veja trouxe a público mais uma história de apartamentos e empresas em nome de uns seus laranjas. E sua presença está ameaçando o poder do PT, agora às voltas com outro partido-bandido à sua altura, o PMDB.

sábado, 21 de maio de 2011

Notas políticas e outras notas!

Palocci continua em destaque
A fortuna repentina do Ministro da Casa Civil, Antonio Palocci continua dominando as manchetes e as especulações sobre quem vazou o milagre da multiplicação do patrimônio do ministro para a imprensa.

Enquanto isso, na Espanha, a população, cansada dos políticos, da corrupção e de tudo o mais, faz o que os brasileiros deveriam fazer: ir às ruas protestar. Estamos precisando de uma faísca para pegar no rastilho de pólvora da cidadania adormecida dos brasileiros.

E como nem tudo são espinhos, A Amazon, uma das maiores vendedoras de livros e outros produtos on-line anuncia sua chegada ao Brasil. Vejam também os outros clippings.

Política:
Ainda o affair Palocci: a Dra. Dilma podia ao menos imitar o “atrasado” Itamar Franco http://bit.ly/j5QESH
Parceira da Petrobrás fez contrato com Palocci http://t.co/jFGZH8F
O laranja de Romero Jucá http://t.co/BrLSqWk

Cidadania: Para encurtar o caminho para a democracia http://t.co/ArUBGAD
União homoafetiva: uma pequena vitória para a liberdade http://goo.gl/a4SvV
Nos EUA, maioria apoia casamento gay http://goo.gl/q1uPV
Folha de S.Paulo - Conversão de união homossexual ainda é polêmica - 21/05/2011 http://goo.gl/mcslV
Quem deve decidir sobre os recursos públicos? – Mulher 7 x 7 – ÉPOCA http://t.co/brIRpYR
“Indignados” tomam ruas e praças da Espanha em protesto inédito — e deixam campanha eleitoral falando sozinha http://t.co/dVw8aDs
Crime na USP http://t.co/4aUReYJ

Saúde: Para reflexão sobre saúde: O Brasil gasta pouco com saúde?: http://t.co/A57a70V
Cultura: Amazon está chegando ao Brasil. E não vai vender só livros - Tecnologia - EXAME.com http://t.co/JUPwxfX

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Como o mundo mudou nos últimos 200 anos (com os gráficos animados de Hans Rosling)

Hans Rosling (nascido em Uppsala, na Suécia, a  27 de julho de 1948 ) é um médico sueco, acadêmico, estatístico e orador. Ele leciona Saúde Internacional no Instituto Karolinska e é diretor da Fundação Gapminder, criadora do Trendalyzer, software que converte estatísticas internacionais em gráficos móveis, interativos. Também tem sido  conselheiro da WHO, UNICEF e várias agências de auxílio humanitário.  Suas palestras sobre o desenvolvimento mundial,  utilizando o gráfico do Gapminder, ganharam vários prêmios. As animações estão disponíveis gratuitamente no website da Fundação.

O vídeo abaixo (de dezembro de 2010) é sobre o quanto o mundo mudou em termos de renda e saúde nos últimos 200 anos. Vejam que impressionantes os efeitos visuais e de como eles ajudam a tornar dados estatísticos em algo bem palatável. Legal mesmo!

domingo, 29 de agosto de 2010

29 de Agosto: Dia Nacional de Combate ao Fumo

O Dia Nacional de Combate ao Fumo é comemorado no dia 29 de agosto e tem como objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população brasileira para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais ocasionados pelo tabaco.

Para marcar este Dia nacional de Combate ao Fumo (29/08/10), o Inca (Instituto Nacional de Câncer) divulgará, na segunda-feira (30), o relatório final da Pesquisa Especial de Tabagismo (PETab) em pessoas de 15 anos e mais. De acordo com o estudo, o total de fumantes no país corresponde a 17,2% da população nessa faixa etária. O tabagismo causa 200 mil mortes anuais no Brasil.

No ano passado, o então governador José Serra (PSDB), atual candidato à Presidência,  assinou a lei antifumo, 13.541/09, que proíbia o fumo em locais fechados de uso coletivo, públicos ou privados, válida para o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos. Os fumódromos também deixaram de ser permitidos.

A lei causou certa polêmica quando implementada, mas hoje tem a aprovação de 99,7% da população paulista. A partir da iniciativa de São Paulo, várias outras cidades do Brasil implementaram leis semelhantes.
Hoje quase todos os Estados brasileiros (com exceção de Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais e Rio Grande do Sul) tomaram a mesma iniciativa. Atualmente tramita no Congresso o Projeto de Lei 315/08 para tornar o Brasil, como um todo, um país livre de tabaco.

O vídeo abaixo é da  campanha de 2009, mas a ideia apresentada continua sendo ótima.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Dia Mundial sem Tabaco 2010: Mulher você merece coisa melhor que cigarro!


Pessoal, a pra lá de maléfica indústria tabagista vem focando seus esforços de vendas junto ao público feminino, que ainda fuma bem menos do que o masculino. Por isso, a OMS escolheu para o dia de hoje, Dia Mundial sem Tabaco, uma campanha de conscientização das mulheres sobre os males do cigarro. O nosso Instituto Nacional do Câncer (INCA) produziu vários materiais gráficos e manuais sobre o tema que você pode acessar clicando aqui. Abaixo texto do INCA a respeito do Dia Mundial sem Tabaco, 31 de maio, de 2010. Vamos divulgar essa iniciativa!


Esse ano, a Organização Mundial da Saúde, OMS, escolheu como tema para as atividades comemorativas do Dia Mundial sem Tabaco, 31 de maio, "Gênero e tabaco com ênfase no marketing para mulheres".

As ações visam a alertar sobre as estratégias que a indústria do tabaco utiliza para atingir o público feminino e acerca dos males que seus produtos causam à saúde da população e ao meio-ambiente.
No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer, INCA, desenvolveu peças promocionais para uma campanha com o slogan “Mulher, você merece algo melhor que o cigarro!”. As peças trazem a imagem de flores como um contraponto à do cigarro. As flores representam proteção ao meio-ambiente, beleza e qualidade de vida, contrastando com o cigarro que representa desmatamento, envelhecimento precoce e problemas de saúde.

Fonte: INCA

sábado, 29 de agosto de 2009

29 de agosto - Dia Nacional de Combate ao Fumo

Neste dia nacional de combate ao fumo, vale sempre lembrar a necessidade de conscientizar também as lésbicas sobre a importância de não fumar. Entre as mulheres que fumam, o número de lésbicas é praticamente o dobro das demais fumantes. Leiam o texto que fiz sobre o assunto no site da Um Outro Olhar.

Participem também do abaixo-assinado do INCA-ACTBR pelo Brasil livre de fumo em ambientes fechados. O tema deste ano do dia nacional de combate ao fumo é "Quem não fuma não é obrigado a fumar."

Quem não fuma não é obrigado a fumar

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