segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Humanos não são os donos do planeta

Entre os "argumentos" que os homofóbicos utilizam para tentar justificar seu fanatismo antidemocrático, um se destaca pelo total irrealismo: o de que casais homossexuais não procriam e, se aceitos, levarão a humanidade à extinção. Baseiam-se em geral na Bíblia, para justificar seu credo da intolerância, ou numa pseudo natureza, embora exista também homossexualismo na natureza.

Os textos bíblicos que condenam relações entre pessoas de mesmo sexo foram escritos por judeus há cerca de uns 3500 anos. Nessa época, judeus eram um dos poucos povos monoteístas, numa região de crenças politeístas, e viviam em guerra com seus vizinhos, tendo sido inclusive escravizados no Egito. Para esse povo, o "crescei e multiplicai-vos" era fundamental, pois precisavam de mão-de-obra constante para seus exércitos. Não podiam se dar ao luxo do sexo não-reprodutivo, por amor e prazer somente.

No mundo de hoje, contudo, vivemos uma situação totalmente inversa. O "crescei e multiplicai-vos" não só não é uma questão de sobrevivência como bem ao contrário ameaça a subsistência da espécie humana e a do planeta. A Terra já dá claros sinais de que não nos aguenta mais. Somos 7 bilhões de humanos e continuamos crescendo e destruindo o habitat natural de outras espécies. Somos apenas uma entre as cerca de 8,7 milhões de espécies do mundo, mas achamos, em nossa arrogância antropocêntrica, que devemos ter primazia sobre as demais.  O "crescei e multiplicai-vos" não faz mais sentido. Precisamos substitui-lo pelo "diminui-vos e sobrevivei".

O vídeo abaixo é um mero exemplo da ação nefasta da ação humana sobre a natureza e nossos vizinhos bichos. Já é a segunda vez que onças aparecem em casas e árvores de municípios, em São Paulo, porque os humanos estão invadindo o que resta da casa desses animais. Fatos como esse acontecem, em todo o mundo, e, em muitos casos, ainda por cima o sacrificado é o sem-teto. Isso precisa acabar urgentemente.

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