terça-feira, 19 de julho de 2011

Cantora francesa faz tocante vídeo contra o uso de animais em laboratório!

Mylene Farmer
A cantora francesa, Mylene Farmer, fez um clipe arrasador, porque bonito e sensível, contra o uso de animais em laboratório, já com mais de 1 milhão de views.

Reproduzo abaixo o vídeo e a letra da música, tudo muito lindo, triste e tocante demais. A dra. Mayana Zatz, nossa famosa biogeneticista, que me perdooe, mas não há nada, neste mundo, que justifique tanta abominação. Ela defende o uso de animais em laboratório, pois diz não haver, de momento, outra solução. Outros cientistas, contudo, inclusive alguns que sequer são ligados aos direitos dos animais,  afirmam que essas pesquisas em animais não se justificam cientificamente por causa das diferenças entre as espécies. Há muitas diferenças, entre seres humanos e animais, a refutar a tese da necessidade de se testar produtos em animais para depois serem usados por humanos. Pior, sabe-se que boa parte dessas experiências é jogada na lata do lixo, ou seja, milhares de animais são sacrificados à toa. Por outro lado, sabe-se também que muitos remédios, comprovadamente cancerígenos em animais, são colocados no mercado farmacêutico de qualquer forma.

Controvérsias técnicas à parte, o certo é que o uso de animais em laboratório se dá mais pela premissa de que os animais estão aí para que nós os usemos do que por real necessidade, embora se saiba cada vez mais o quanto eles são sencientes, inteligentes, capazes de linguagem própria. Se houvesse a premissa de que é monstruoso usar seres que, como nós, sentem medo e dor, em experiências ditas científicas, já se teriam encontrado outras formas de fazer ciência.

Até o século XIX, achava-se perfeitamente natural escravizar pessoas, o que se justificava porque certas "raças", negros e indígenas, por exemplo, seriam inferiores, não teriam alma, etc. Já no século XX, nazistas pensavam o mesmo dos judeus e, com base nessa premissa, além de matá-los de baciada, usaram-nos em experiências científicas abomináveis. E o que se perpetra contra animais hoje, em laboratórios, impunemente, faz os campos de concentração nazistas e outros parecerem brincadeira de criança.

Precisamos mudar essa premissa antropocêntrica com urgência. A forma como os humanos tratam os animais faz com que a gente perca até a vontade de viver. E olha que eu adoro viver! Só me consolo ao ver que, como eu, outras pessoas se tocam que essas coisas são intoleráveis. O que a cantora faz no fim do clipe, um dos meus grandes sonhos, como uma Deusa da compaixão e da liberdade, me dá esperança de que conseguiremos nosso propósito  de vencer um dia os partidários das trevas. Que lindo esse vídeo!!!!

É preferível impedir que sofra um animal a permanecer sentado nas cavernas contemplando os males do universo. Sidarta Gautama (o Buda)



Si j'avais au moins revu ton visage
Qui n'a connu
Douleur immense
N'aura qu'un aperçu
Du temps
L'aiguille lente
Qu'il neige ou vente
L'omniprésente
Souligne ton absence
Partout

Qui n'a connu
L'instable règne
Qui n'a perdu
Ne sait la peine
Plus de réserve, du tout
Ni dieu, ni haine, s'en fout
Plus de superbe, j'ai tout
D'une peine…
Un enténèbrement

Tous mes démons
Les plus hostiles
Brisent des voix
Les plus fragiles
De tous mes anges
Les plus devoués
Et moi l'étrange paumée
Fiancée à l'enténèbrement…

[i]Si j'avais au moins
Revu ton visage
Entrevu au loin
Le moindre nuage
Mais c'est à ceux
Qui se lèvent
Qu'on somme « d'espoir »
Dont on dit qu'ils saignent
Sans un aurevoir, de croire
Et moi pourquoi j'existe
Quand l'autre dit je meurs
Pourquoi plus rien n'agite
Ton cœur …
Se tivesse ao menos revisto teu rosto
Quem não conheceu
Dor imensa
Não terá mais do que um lampejo do tempo
O agulhar lento
De neve ou vento
O onipresente
Sublinha tua ausência
Por toda a parte

Quem não conheceu
O reino instável
Quem não perdeu
Não sabe o castigo
Além da reserva, de tudo
Nem deus, nem ódio, se importam
Mais que magnífico, tenho todo
O castigo
Um crescimento das trevas

Todos os meus demônios
Os mais hostis
Quebram as vozes Mais frágeis
De todos os meus anjos
Os mais dedicados
E, eu, a estranha de mãos abertas
Comprometida com o crescimento das trevas

Se tivesse, ao menos,
Revisto teu rosto
Num relance, ao longe
Um mínimo detalhe
Mas é aos
Que se levantam
Que se soma a esperança
Dos quais se diz que sangram
Sem um adeus, com fé
E eu, porque eu existo
Quando outro alguém diz eu morro
Porque não mais se agita
Teu coração...

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