8 de Março:

A origem revisitada do Dia Internacional da Mulher

Mulheres samurais

no Japão medieval

Quando Deus era mulher:

sociedades mais pacíficas e participativas

Aserá,

a esposa de Deus que foi apagada da História

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Ei, Sarney, vai tomar....

No Rock in Rio, a banda Capital Inicial decidiu fazer justa homenagem ao Congresso Brasileiro e, em particular, a José Sarney. Diz o Dinho, a partir dos 01:58, que é o que interessa:

Tinha três coisas que a gente fazia quando moleque que a gente mais se amarrava, velho: era andar de skate, cara, ouvir rock'n'roll e falar mal do governo, cara. Na verdade, os anos foram se passando, e a gente descobriu que a gente gostava de falar mal de qualquer governo. Foda-se! Fosse ele qual fosse: de esquerda, de direita, todos são iguais, cara. A regra básica é nunca confie num político, tá ligado? Essa aqui, velho, é para as oligarquias, cara, que parecem ainda governar o Brasil, que conseguem deixar os grandes jornais brasileiros censurados  durante dois anos, como o Estado de São Paulo, coisas inacreditáveis... Essa aqui é para o Congresso Brasileiro, cara. Essa aqui é em especial para o José Sarney, cara. Isso aqui se chama "Que país é esse?, e vai assim:

E a garotada entoou um refrão à altura do homenageado: Ei, Sarney, vai tomá no cu!  Meus garotos! Agora, só falta ir para às ruas, gente, em todo o Brasil e gritar, bonito assim: Ei, Sarney, vai tomá no cu! Bom demais! Abaixo do vídeo a letra do Que País é Esse?, do Renato Russo (Legião Urbana), para refrescar as memórias!

´

Que País É Esse?
Legião Urbana

Nas favelas, no Senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a Constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?

No Amazonas, no Araguaia iá, iá,
Na baixada fluminense
Mato grosso, Minas Gerais e no
Nordeste tudo em paz
Na morte o meu descanso, mas o
Sangue anda solto
Manchando os papeis e documentos fieis
Ao descanso do patrão
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?

Terceiro mundo, se foi
Piada no exterior
Mas o Brasil vai fica rico
Vamos faturar um milhão
Quando vendermos todas as almas
Dos nossos indios num leilão
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Clipping legal: Comissão de Constituição e Justiça aprova mais de 100 projetos com plenária vazia!

Luiz Couto (PT), o aprovador geral do Brasil
Matéria do jornal O Globo mostra como 118 projetos foram aprovados, em sessão  da Comissão de Constituição e Justiça, no dia 22/09 (quinta última), por um único parlamentar. Observem o absurdo da cena e o total descaso dessa gente com o interesse público. Precisamos instituir o recall, procedimento eleitoral que permite suspender o mandato de parlamentares por não estar cumprindo seu trabalho. Assim como, em empresas, demite-se quem é incompetente ou desonesto. Leiam o texto abaixo e o vídeo correspondente e sintam o sangue ferver.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------

sábado, 24 de setembro de 2011

Samba-canção: entre tapas e beijos


Linda Batista
O samba-canção é uma versão mais melódica do samba tradicional, que também incorporou um pouco da modinha, da seresta e do bolero, com letras pra lá de sentimentais, versando geralmente sobre a famosa dor-de-cotovelo, hoje um pouco fora de moda, mais sempre existente.

Variando do elegante ao brega, o gênero teve seu ápice, na década de 50, e paradoxalmente influenciou o surgimento da sofisticada bossa nova, quando tudo se torna mais leve e a imagem da mulher passa de fatal à musa. (Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça. É ela menina que vem e que passa, num doce balanço, caminho do mar).

De qualquer forma, apesar do tom carregado, o samba-canção deixou belas canções, interpretadas por ícones da MPB, que vale a pena resgatar. É o que pretendo fazer, publicando alguns clássicos do gênero, a partir desta postagem. Minha mãe gostava de ouvi-las no rádio, quando eu era criança, e guardo várias de memória.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Web: Programas divertidos e funcionais

Twusic: Para compartilhar trilha sonora com os amigos do Twitter, agora existe o Twusic  Ainda em versão Beta, mas promete. Acesso pela conta do próprio Twitter.

Concert Crowd: Para encontrar shows de  bandas e artistas em diversos países, acesse Concert Crowd . Via Facebook, o aplicativo busca, de forma automática, pelos concertos que estão ocorrendo nas proximidades do local escolhido. Acesso pela conta do próprio FB.

Screenlocker: Para quem é viciado(a) no computador e até esquece de comer ou ir ao banheiro por causa dele, o negócio é pedir ajuda ao Screenlocker. Como o nome indica, o programa trava a sua tela por alguns minutos (até 60 minutos) para obrigá-la(o) a dar uma pausa e descansar. Ideal para workaholics, geeks e nerds. Hoje em dia, ideal para quase todo o mundo.

Glickr:  Para criar GIFs animados, animações curtas e pequenas  a partir de no máximo 10 imagens e também links do YouTube, uma boa dica é o Glickr . Depois é possível postá-los no Facebook e Twitter, além de compartilhar os vídeos animados com seus amigos. Bem divertido.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Manifestação contra a Corrupção no Rio

Ontem foi a vez do Rio fazer um ato contra a corrupção digno do histórico da cidade. De acordo com a PM, 2500 pessoas se uniram na Cinelândia para gritar contra o estado de degeneração política no país que já custou aos cofres públicos cerca de 40 bilhões. Para os manifestantes, via redes sociais, o número de pessoas era maior. Sinceramente, não importa. O que importa mesmo é que das 50 pessoas que apareceram no 7 de setembro, na mesma Cinelândia, para as 2500 (que seja!) de ontem houve um salto significativo. Agora estão previstas marchas unificadas, em todo o país, para o dia 12 de outubro.

O tema veio para ficar, felizmente, pois já estava mais do que na hora do brasileiro sair da pasmaceira e protestar contra os desmandos da era lulopetista que gerou essa corrupção pandêmica.  Alguns  adiantam que o movimento anticorrupção precisa se politizar (naquela visão estreita de que só política partidária é política), mas ele já começa a definir algumas

Vamos plantá-las? Hoje é Dia da Árvore!

Hoje, dia 21 de setembro, é Dia da Árvore. Que tal plantar uma? Um mundo melhor e mais verde depende da gente. De cada um de nós. Faça parte dessa corrente. Abaixo mais informações sobre esse dia que antecede a mais bela das estações, a Primavera, minha estação preferida. Repito a música Primavera, do Tim Maia, que postei no ano passado, em sua homenagem. Aliás, este artigo é reciclado.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Clipping legal: Outra vez em foco as discutíveis urnas eletrônicas do Brasil

Mais uma vez, tendo em vista as eleições de 2012, retornam os questionamentos sobre a segurança das urnas eletrônicas no Brasil desta vez feitos por advogada representante do PDT no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Eu já havia abordado o tema, em 2010, com o post Risco de fraude nas eleições: a OAB não referenda as urnas eletrônicas! Nesta postagem também podem ser encontrados links para a opinião do engenherio Eng. Amilcar Brunazo Filho, membro do Comitê Multidisciplinar Independente – CMind, que analisou os aparatos eletrônicos. Considerando sobretudo quem está no poder e seu apreço pela ética, essa história de que não se pode fazer auditoria nas urnas não pode continuar. Leiam o texto abaixo e a postagem anterior.

Advogada do PDT alerta OAB sobre urnas eletrônicas
A presidência do Conselho Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), através de seu chefe de gabinete, Walter José de Souza Neto, foi alertada ontem (14/9) de que a entidade pode estar sendo usada para legitimar o sistema de votação em uso no Brasil “que não tem transparência e por isso não pode ser considerado seguro”,segundo a advogada Maria Aparecida Cortiz, representante do PDT no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). (Na foto, Aparecida Cortiz e Amilcar Brunazo, na OAB)

Aparecida Cortiz foi recebida ontem em audiência na sede da entidade, em Brasília acompanhada do professor Pedro Antonio Dourado de Rezende, do Departamento da Ciência da computação da Universidade de Brasília (UnB) e do analista de sistemas Frank Varela de Moura, representante do Partido dos Trabalhadores no TSE – todos integrantes, como ela, do Comitê Multidisciplinar Independente (CMind) – que se dedica ao estudo da segurança das urnas eletrônicas brasileiras. Também esteve presente Jardel Moura, assessor da deputada federal Janete Capiberibe (PSB-AP).

A advogada Maria Aparecida Cortiz explicou que o sistema de votação brasileiro “funciona sob restrições de fiscalização” impostas pelo TSE , o que põe em risco “a segurança da manifestação democrática do cidadão por meio do voto”.

Aparecida Cortiz, Pedro Rezende e Frank Varela também solicitaram a OAB que atue como Amicus Curiae na apreciação da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) de Número 4543 impetrada contra o artigo 5º da Lei 12.034/2009 – exatamente o que determina a impressão do voto eletrônico no Brasil a partir das eleições de 2014 – pelo Ministério Público Federal “a pedido dos presidentes do Tribunais Regionais Eleitorais”, conforme consta na peça.

José de Souza Neto explicou à comissão do CMind que a decisão da OAB sobre o assunto só pode ser tomada em reunião de todos os membros do Conselho Nacional, após estudo da Comissão de Estudos Constitucionais da entidade.

Aprovada no Congresso há três anos por iniciativa dos deputados federais Brizola Neto (PDT-RJ) e Flávio Dino (PC do B-MA) e sancionada pelo então presidente Lula, o artigo da Lei 12.034 prevê – através da impressão em papel – a materialização do voto eletrônico a partir da eleição de 2014. Isto vai permitir a auditoria no processo de votação e a recontagem dos votos, caso seja necessária, tornando o processo eleitoral brasileiro mais transparente e seguro.

Hoje, o sistema unicamente eletrônico em uso pela Justiça eleitoral brasileira não permite nenhum dos dois mecanismos de fiscalização – auditoria e recontagem – e não é usado por nenhum outro país além do Brasil e da Índia, sendo expressamente proibido nos Estados Unidos – exatamente por não permitir a recontagem de votos.

Com o artigo 5º da Lei 12.034, explicaram os membros do Comitê Multidisciplinar Independente ao chefe de Gabinete da presidência da OAB, o objetivo do legislador foi “detectar adulteração do software das urnas que leve à Fraude de Desvio de Voto” e “impossibilitar adulteração do software das urnas que resulte na Fraude de Identificação Sistemática do Voto”, portanto, no sentido oposto ao que pretende fazer crer o Ministério Público Federal nas alegações para fundamentar a ADI.

O mesmo Comitê conta que o TSE produziu um vídeo apresentando fatos diferentes dos que seriam possíveis com a aplicação da Lei 12.034 e, por isso, levou os presidentes dos TREs à conclusões diferentes do objetivo da lei, o que teria motivado o pedido ao MPF e, daí, a ADI.

Fonte: PDT, 15/09/2011

domingo, 18 de setembro de 2011

#CorruPTosDay não conseguiu convencer nem os petistas

Imagem compartilhada no twitter por Paty Giani
Após as marchas contra a corrupção que, mesmo ainda incipientes, levaram milhares de pessoas às ruas, o lulopetismo, na esteira da resolução de seu recente congresso (onde voltou com a lenga-lenga de censurar a imprensa), e outros avermelhados decidiram fazer  atos contra a corrupção da mídia. Parece piada, mas não é. Por meio de seus conhecidos blogueiros de aluguel, regiamente pagos com o dinheiro público, como Paulo Henrique Amorim, Luiz Nassif, Luiz Carlos Azenha e Eduardo Guimarães, somados aos petistas disseminados em toda a Internet (blogs pessoais e redes sociais), a petralhada convocou, para os dias 16 e 17 de setembro, atos de repúdio à mídia corrupta e golpista (sic) respectivamente no Rio (Cinelândia) e em Sampa (no MASP).

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Tony Bennett & Amy Winehouse cantam Body And Soul

Nesta última quarta-feira (14), data em que Amy Winehouse comemoraria 28 anos de idade, foi lançado o dueto da cantora com um dos ícones da canção americana, Tony Bennett, interpretando a clássica Body and Soul. A música, gravada em março no estúdio Abbey Road, em Londres, terá parte de sua arrecadação destinada à Fundação Amy Winehouse, também lançada oficialmente no dia 14/09.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

15 de Setembro: Dia Internacional da Democracia

Hoje é Dia Internacional da Democracia. Postei um vídeo abaixo sobre ela em inglês. Fiz uma tradução livre do texto do vídeo! Espero que gostem.

Neste momento delicado em que vivemos, mais do que nunca importante refletir sobre a democracia e celebrá-la.

O que é a democracia?
A democracia não é apenas uma idéia, uma crença, uma série de princípios!
Não fala apenas sobre liberdade, igualdade, segurança.
Não é apenas um sonho.
Não é tão somente uma forma de governo.
A democracia não é simplesmente um meio de empoderamento através do qual as pessoas têm a oportunidade de participar dos processos de tomada de decisão.
A democracia é o sucesso de todos esses fatores mencionados.
Ela é essencial para se viver bem, sustentavelmente, em prosperidade.
A democracia é a chance que temos de construir uma vida melhor!

15 de Setembro – Dia Internacional da Democracia
Apóie o voto distrital e as marchas contra a corrupção que dão mais poder ao povo, ao governo do povo que é a democracia. Vamos cuidar dessa planta com muito carinho para que ela sempre possa florescer!  #DiaInternacionalDaDemocracia

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Saudades da ditadura militar!!??


Volta e meia leio um tweet ou uma postagem de alguém se dizendo saudoso da ditadura militar, que nem sequer teria sido ditadura, onde houve ordem e não essa bandalheira que se vê agora, que teria feito as grandes obras de infra-estrutura no Brasil que nunca mais se repetiram e tantas outras pérolas de igual jaez. Sobretudo com a possibilidade cada vez mais concreta da instalação da chamada Comissão da Verdade, com vistas a apurar o paradeiro dos desaparecidos políticos do regime militar, esse tipo de discurso das viúvas de 64 vem aumentando razoavelmente.


Preocupada com essa abordagem, resolvi refletir sobre o tema aqui no blog. Antes, porém, digo que entendo a indignação de muita gente boa com a tal comissão da verdade, principalmente considerando ser encabeçada pelo partido da mentira (PT) e por gente que até hoje entoa loas à chamada revolução cubana, a pior das ditaduras instaladas, na América Latina, durante  o período militar das décadas de 50 a 80 do século XX. Ontem mesmo, por ocasião das homenagens às vítimas dos ataques terroristas ao World Trade Center, vários esquerdistas, por sua vez saudosos do muro de Berlim, preferiram homenagear a morte de Salvador Allende que, segundo eles, teria sido armada pelos EUA. Em outras palavras, para essa gente torta de espírito, não seria possível ter empatia pelas vítimas do ataque terrorista aos EUA porque elas seriam americanas, e os EUA são até hoje o grande bicho papão dos avermelhados de todo o tipo. Nos vídeos que vi do gênero “ o 11 de setembro que a mídia escondeu”, inclusive Allende é tido como assassinado, embora, como recentemente confirmado pela exumação do cadáver do presidente, ele tenha de fato se suicidado (sua família, aliás, sempre sustentou essa versão).

E claro, nesses vídeos, também o Chile é descrito como um paraíso socialista até que os americanos maus ajudaram os chilenos maus a depor Allende e instalar a ditadura de Pinochet. Quem conhece um pouco a história, contudo, sabe bem que ela está mal contada – só para variar - e que Allende não era nenhum santo. Como os outros esquerdistas que chegaram ao poder na época, Allende seguiu o roteiro socialista-comunista de desapropriação de fazendas,  estatização de empresas e bancos e  nacionalização de companhias estrangeiras, gerando desabastecimento, inflação galopante, caos econômico  e naturalmente acirramento das tensões políticas. Dizem que acreditava na via democrática para a implantação do socialismo (desse jeito?), ao contrário da via castrista, mas, pelo que relatam pesquisadores mais imparciais, ele de fato foi inclusive financiado por Fidel. (Os esquerdistas da época eram em geral apoiados pelos regimes autoritários de Cuba, da União Soviética ou até mesmo da China maoísta. Naturalmente, porém, só o apoio dos americanos aos regimes militares é considerado mau.)

Aqui no Brasil, antes da tomada de poder no Chile pelos militares, em 1973, as coisas iam se encaminhando pela mesma via quando foram interrompidas pela deposição de João Goulart em março de 1964. Bom salientar que os militares daqui foram apoiados sim por boa parte da população brasileira, incluindo jornais, políticos e Igreja, receosos – com toda razão – de ver instalada uma ditadura comunista no país. Ao contrário do que viria acontecer no Chile, não houve episódios de sangue, suor e lágrimas porque Jango fugiu sem opor resistência, para grande frustração de seu cunhado Leonel Brizola. Os militares então assumiram o poder, com a promessa de devolvê-lo aos civis (havia eleições previstas para 1965), mas não cumpriram a palavra, aproveitando-se da situação para instalar a sua ditadura, ditadura que se tornou mais repressiva a partir de 1968, com o AI-5.

Enfim, são muitos os detalhes dessa triste história, para resumi-los numa postagem de blog, mas o que me interessa enfatizar aqui é a verdade histórica que não pode ser distorcida na base de um fla-flu político dos inimigos da liberdade. Não houve bandidos e mocinhos naquela época sombria. Só bandidos. O que de fato ocorreu foi uma guerra, entre autoritários de distintas correntes, pelo poder de Estado, apoiados de um lado ou de outro pelas potências do período da Guerra Fria, a saber os EUA e a URSS e seus satélites pelo mundo. As tiranias comunistas tentaram se expandir pelo continente latino-americano, a exemplo do que ocorrera em Cuba, em 1959, e se chocaram com a resistência dos militares, aqui no Brasil de ideologia positivista, apoiados pela sociedade. De forma alguma, contudo, pode-se negar que os regimes militares tenham formado uma ditadura porque hoje se está revoltado com os descalabros do PT e de outros esquerdistas anacrônicos. Em vários países latino-americanos, formaram-se sim ditaduras de fardados que fecharam os congressos, censuraram a imprensa, perseguiram dissidentes, torturaram e mataram gente em calabouços sombrios.

Em nosso país, do ponto de vista econômico, a ditadura militar teve um momento de expansão razoável, com o chamado milagre econômico, mas depois se afundou em seu modelo super-estatista e nacional-desenvolvimentista, deixando uma inflação enlouquecida como herança, além de canteiros de obras inacabadas por todo o país. Aliás, ironicamente, o período que mais se assemelha ao da ditadura militar é exatamente este do lulopetismo: ambos igualmente estatistas, nacional-desenvolvimentistas, patrimonialistas, oligárquicos (Sarney sempre presente), corruptos e autoritários. A diferença está em que o regime militar era uma ditadura escancarada e o lulopetismo uma democracia de fachada, mas ambos têm muito mais semelhanças do que sonham as vãs filosofias. Naturalmente também, como Lula e sua turma copiaram boa parte da estrutura do governo FHC (plano econômico, programas sociais), a economia até agora pode se manter estável e florescer, embora – graças ao que é de fato de autoria petista  – mesmo essas conquistas não estejam lá mais tão seguras. Dificilmente, com um Estado tão obeso como o atual, fora a corrupção, a gente vai escapar de outra crise, cedo ou tarde, ainda mais com o contexto internacional turbulento em que estamos vivendo.

Então, não vamos nos deixar engabelar pelo canto de sereia das viúvas nem de 64 nem do Muro de Berlim. No fundo, todos os autoritários são farinha do mesmo saco sujo de fezes e de sangue. Vamos lutar para manter e aperfeiçoar a democracia representativa brasileira, com respeito ao Estado de Direito, à liberdade de expressão e de mercado. Com todos seus defeitos (porque criação humana), a democracia permanece sendo o melhor sistema político que a humanidade já inventou para gerenciar a sociedade e as relações entre as pessoas, principalmente porque ela permite a diversidade de ideias, condição sine qua non para que as coisas evoluam. Quando ela se enfraquece, por qualquer razão, como a História nos ensina, o que sobrevém é a barbárie autoritária, geralmente de uniforme mas também às vezes à paisana, diga-se de direita ou de esquerda.

Ao contrário de outras grandes nações, como os EUA, o Brasil nunca teve tradição democrática. Pelo contrário, desde o início da República, temos vivido vários períodos autoritários entremeados de alguns curtos períodos democráticos. Precisamos impedir que essa alternância negativa continue ocorrendo para que só as liberdades democráticas, em seu mais amplo sentido, subsistam e se tornem uma regra inquebrantável em nosso país. Para tal, devemos, no momento, reforçar as marchas contra a corrupção, que ameaça as estruturas de nossa frágil democracia, e também apoiar o projeto do voto distrital

domingo, 11 de setembro de 2011

11 de Setembro: um ataque à democracia e suas consequências

Em setembro de 2001, eu estava de repouso em casa por causa de uma contratura nas costas que me dificultava o movimento do braço. Tinha dormido mal, pela dor, e estava meio sonada, pelo efeito dos antiinflamatórios que tomara antes de deitar. Entrei na Internet, de manhã, a fim de ver as notícias do dia nos portais, quando fiquei sabendo que os Estados Unidos estavam sob ataque. A imagem que eu vi era a do primeiro avião que atingira uma das torres do World Trade Center.

Até despertei da minha letargia pelo espanto diante daquela imagem chocante e até então só imaginável em filmes-catástrofe. Imediatamente liguei a televisão em busca de outras informações e fiquei o dia inteiro de olho pregado na tela, vendo todo o horror que se desenrolava. Até o Bush me pareceu razoável, naquele dia fatídico, tal foi minha empatia pela dor dos americanos.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Estão voltando as flores: Manifestações contra a corrupção põem jovens na rua de novo!

Ontem - como não se via há muito tempo - jovens sobretudo, acompanhados de gente boa de diferentes gerações, foram às ruas do Brasil para protestar contra a corrupção que ameaça as estruturas da democracia brasileira, sempre tão frágil. Sem sindicalistas e movimentos sociais pelegos, sem partidos, organizada fundamentalmente pelas redes sociais da Internet, a garotada vestiu preto e pintou a cara de verde e amarelo para protestar contra a sangria da vigarice que degenera o país. A corrupção no Brasil drena entre R$50,8 bilhões e R$84,5 bilhões por ano dos cofres públicos, algo em torno de 1,4% a 2,3% do PIB de 2010. Essa quantidade enorme de dinheiro que sai do bolso de quem trabalha, na forma de impostos vários, está enriquecendo uma minoriade vigaristas enquanto hospitais continuam sucateados, com gente morrendo na fila sem atendimento, escolas e universidades continuam apenas em obras, metade da população não tem saneamento básico, a infraestrutura do país, também sucateada, onera a economia brasileira, e a segurança pública é um desastre.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Clipping legal: 7 de setembro contra a corrupção! Vá de preto!

Para amanhã, dia 7 de setembro, estão marcadas marchas contra a corrupção em todo o Brasil. Inclusive a OAB, a CNBB e a ABI estão dando seu apoio às manifestações no que pode ser - e vai ser - uma retomada da participação verdadeiramente popular (não de organizações paragovernamentais que se arrogam a falar pela população) nos rumos do país.

Por falta da extirpação necessária, seguida de potente quimioterapia, o câncer da corrupção deu metástase, ou seja, se espalhou por todo o tecido social, ameaçando a vida da nação, além de drenar bilhões de reais dos cofres públicos, dinheiro que deveria ser empregado em saúde, escola, segurança e infraestrutra de qualidade.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Google homenageia os 65 anos de Freddie Mercury com animação!

O Google decidiu homenagear o aniversário de 65 anos do líder do Queen, Freddie Mercury, nome artístico de Farrokh Bulsara, nascido a 5 de setembro de 1946 em Zanzibar, com um Doodle musical ao som de "Don't stop me now". Uma forma diferente de produzir os já famosos doodles que são variações do logo do Google em homenagem a personalidades e eventos famosos. Ficou bem legal. Assista abaixo:

domingo, 4 de setembro de 2011

Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Brasileiros propõe golpe de Estado

Irritado com reportagem da revista VEJA da semana passada que apresentava seu bunker secreto em hotel de luxo em Brasília, um dos maiores mafiosos do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Brasileiros (vulgo PT), José Dirceu, resolveu fazer, do 4º Congresso Nacional do partido, evento de desagravo à sua formosa pessoa.  Ele, que não entra e não sai de locais públicos em São Paulo pela porta da frente, para não ser - no mínimo - vaiado, foi ovacionado pela companherada de sua mesma laia  aos gritos de "Dirceu, guerreiro do povo brasileiro." Do povo brasileiro!!!??? Foi mais aplaudido que o capo-mór, Lula da Silva, e sua pupila, Dilma Roussef, mas não conseguiu que o desagravo fosse transformado em moção de apoio por escrito. Que pena, Zé!

Mas se não houve nada por escrito em apoio a sua excrescente pessoa, no congresso petralha, houve em apoio à censura aos meios de comunicação, agora com o nome de marco regulatório da imprensa, e até à extinção do Senado, cuja existência feriria o princípio da soberania popular (sic). O Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Brasileiros (PT) inclusive propõe campanha pública para aprovar uma série de 13 “leis cidadãs”, com destaque para a "participação popular", em todos os governos, por meio de conferências e orçamentos participativos (ou seja conferências das comadres e dos compadres das organizações paragovernamentis pelegas), para a reforma política, com financiamento público de campanha e voto em lista fechada, para censura aos meios de comunicação, fim da autonomia do Banco Central e reforma agrária (nos moldes de ataque à propriedade privada).

Em outras palavras, as propostas configuram um verdadeiro golpe de Estado, se forem além da bravata com vistas a atemorizar a imprensa de modo que não denuncie a corrupção siderada da máfia bolchevique da estrelinha. Por via das dúvidas, a sociedade precisa ficar alerta e reagir a qualquer desses atentados contra a democracia e o Estado de Direito. Tudo isso poderia ser visto apenas como delirante, não estivesse essa corja no poder. O petismo é descendente da fina flor de cáctus da esquerda totalitária e nunca se sentiu à vontade com as estruturas democráticas. Quer roubar à vontade, sem ser importunado, e sempre desejou investir na estruturação de uma ditadura no país. Essa gente escrota já foi co-protagonista da ditadura militar, mas eles não se emendam.

Fica aqui o link para o tal blog da Dilma  e o do documento final do convescote fascista onde as propostas golpistas estão mais detalhadas! É ver para crer. Como chegamos de novo a esse ponto!!??   

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Aprender idiomas pela Web

Para quem deseja aprender um idioma, mas está sem tempo ou sem dinheiro para fazer um curso presencial, o ensino online pode ser uma boa pedida. Confira abaixo alguns links de sites gratuitos de aprendizagem de línguas estrangeiras. 

Language Guide é o ideal para os iniciantes, com foco no vocabulário, na gramática e na leitura de textos da língua escolhida. A interface não é da mais amigáveis, mas dá conta do recado.

O Web Línguas é um centro de idiomas online, onde os usuários podem testar e aprimorar seus conhecimentos em vários idiomas, como inglês, francês ou espanhol. As lições focam situações cotidianas, pronúncia, vocabulário, jornais, jogos, etc. Também é possível checar as respostas dos exercícios imediatamente para saber como está seu desempenho.

Livemocha é a maior comunidade de aprendizado de idiomas online do mundo, oferecendo cursos de idiomas pagos e gratuitos em 35 línguas para mais de 10 milhões de membros em mais de 196 países ao redor do mundo.

Babel Mundo tem lições de inglês, exemplos de pronúncias, testes interativos e possibilidade de o usuário se comunicar com falantes da língua inglesa de várias partes do mundo. O visual deixa a desejar, mas vale a pena tentar o aprendizado. 

BBC Languages é ideal para quem já tem conhecimento de inglês, pois as aulas são totalmente na língua da Rainha. Mais tem textos e vídeos, com explicações para determinados termos e sua pronúncia. Se você quer manter ou melhorar seu inglês, vale a visita. 

Gato gordo fecha amigo em caixa de papelão! \lol/

Mais uma de gatinhos para os felinófilos. Para quem não sabe, gatos têm paixão por sacos e caixas, qualquer coisa em que possam adentrar ....rsss E acabam por caber nos espaços mais exíguos graças à sua natureza extraordinária.

No vídeo abaixo, um gato branco (quase todo branco) se mete numa caixa. E até aí nada de incomum. O divertido da história fica por conta do outro gato que fecha a tampa da caixa e, depois, senta em cima dela, prendendo o amigo. E fique todo cismado sem entender bem a situação  \lol/ E também surge um outro gato, para ver o que estava se passando, que foi tosquiado para parecer um leão. \lol/ 2 
 

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Clipping legal: 29 de Agosto - Dia Nacional de Combate ao Fumo

Rita Hayworth em Gilda. Fumar já foi glamouroso até a medicina revelar que dava câncer
Veja foto-montagem de ícones do cinema sem o cigarro que os acompanhava
RIO - Estima-se que cinco milhões de pessoas morrem por ano no mundo por doenças decorrentes do tabagismo, 200 mil só no Brasil, segundo informações do Ministério da Saúde. Ainda em escala global, 70% dos óbitos por câncer de pulmão acontecem por causa do cigarro e 42% no caso das doenças respiratórias, números importantes de serem lembrados nesta segunda-feira, Dia Nacional de Combate ao Fumo. O governo brasileiro tem ampliado as ações para atrapalhar a vida de quem insiste neste hábito. Na última semana, foi regulamentada a Medida Provisória 540/2011, que prevê aumento na carga tributária dos cigarros, além da fixar preço mínimo de venda no varejo.

A meta é reduzir a frequência de fumantes em diferentes grupos, incluindo adolescentes e adultos. Pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde em 2010 apontou 15% de fumantes na população adulta do Brasil. Já um levantamento que estuda os indicadores entre os adolescentes revelou que 6,3% dos estudantes do 9º ano (13 a 15 anos de idade) relataram ter fumado nos 30 dias anteriores à entrevista.

Ainda nesta segunda, o Ministério lança um estudo sobre a situação do tabagismo, que traz informações novas a respeito dos avanços do hábito de fumar no país.

Para quem já experimentou as mazelas de se viciar no cigarro e agora pensa em parar, Vera Colombo, da Divisão de Tabagismo no Instituto Nacional do Câncer (Inca), lista as três alternativas disponíveis hoje que são recomendadas pelo Ministério da Saúde. Segundo Vera, de 90% das pessoas que tentam parar de fumar, apenas 3% conseguem fazer isso sozinhas.

- O tabagismo tem um componente psicológico e de condicionamento. Os medicamentos não tratam esses aspectos, que precisam ser trabalhados. A pessoa tem que entender que a tentativa de parar provoca reações, lentidão, sonolência, irritação. É preciso aprender a lidar com esses sintomas, que levam em torno de três semanas para sumir - explica ela.

Confira abaixo a lista de tratamentos para fumantes validadas pelas autoridades no país:

Goma de mascar: Ela é dura, como um chiclete velho. Depois de um tempo de mastigação, a pessoa a coloca do lado da boca, e é quando a nicotina passa a ser liberada. A periodicidade de uso depende da necessidade do indivíduo. Não precisa de prescrição médica.

Adesivos: são repositores de nicotina. O indivíduo recebe a substância, mas fica livre de todas as outras muito nocivas à saúde. Ela vai se diluindo até a pessoa conseguir parar de fumar. Isso dura em torno de três meses. O adesivo precisa ser trocado a cada 24 horas. Também não requer prescrição médica.

Bupropiona: É um antidepressivo que foi descoberto por acaso. Os pacientes faziam uso da medicação e paravam de fumar. Precisa de prescrição médica.

Fonte: O Globo

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Memória não retém atrocidades do comunismo

23 de agosto é o Dia da Memória das vítimas de todos os regimes autoritários e totalitários,  estabelecido porque,  em 23/08/1939, Hitler e Stálin, firmaram o pacto nazi-comunista de divisão da Europa. Mais infos: http://bit.ly/mS3ag3

Entretanto, apesar dos laços familiares que unem os dois monstros sanguinários do século passado, nazismo e comunismo, apenas o nazismo foi definido como o Mal encarnado, mas não seu irmão comunista. Tal fato tem possibilitado não só a falta de punição para os criminosos vermelhos como também a permanência de suas ideias, entre nós, como algo aceitável.

Como uma homenagem às vítimas do terror comunista, mais de 100 milhões de pessoas (as cifras vêm aumentado com novas descobertas de arquivos), transcrevo abaixo texto do cientista político francês, Alain Besançon, que explica os porquês dessa diferença de tratamento entre os dois gêmeos malignos. É longo, mas vale a pena a leitura. Notas ao fim do texto.

Memória não retém atrocidades do comunismo

Apesar de comunismo e nazismo serem `gêmeos heterozigotos', a memória histórica só registra os horrores nazistas, enquanto os comunistas caem no esquecimento

ALAIN BESANÇON[i]
Especial[ii]

Existe um acordo bastante geral entre os historiadores sobre o grau de conaturalidade entre o comunismo do tipo bolchevique e o nacional-socialismo. Acho feliz a expressão de Pierre Chaunu: gêmeos heterozigotos. Essas duas ideologias assumiram o poder no século 20[1].
Elas têm por objetivo chegar a uma sociedade perfeita, extirpando o princípio mau que se opõe a isso. Em um caso o princípio maligno é a propriedade e, conseqüentemente, os proprietários, e depois, como o mal subsiste após a "liquidação enquanto classe" destes, a totalidade dos homens, corrompidos pelo espírito do "capitalismo", que acaba de se insinuar dentro do próprio partido comunista. No outro caso, o princípio maligno está localizado nas raças ditas inferiores, em primeiro lugar os judeus, e depois, uma vez que o mal continua a subsistir após seu extermínio, é preciso persegui-lo em outras raças, incluindo a própria "raça ariana", cuja "pureza" está poluída. Comunismo e nazismo invocam para sua legitimidade a autoridade da ciência. Propõem-se a reeducar a humanidade e criar um homem novo.

Essas duas ideologias dizem-se filantrópicas. O nacional-socialismo quer o bem do povo alemão e declara prestar serviço à humanidade, exterminando os judeus. O comunismo leninista quer diretamente o bem da humanidade inteira. 

É o universalismo do comunismo que lhe confere uma vantagem imensa sobre o nazismo, cujo programa não é exportável. As duas doutrinas propõem ideais elevados, próprios para suscitar devoção entusiasta e atos heróicos. Elas ditam, entretanto, também o direito e o dever de matar. Para citar Chateaubriand e suas palavras aqui proféticas: "No fundo desses diversos sistemas repousa um remédio heróico confesso ou subentendido: este remédio é matar[2]." E Victor Hugo: "Você pode matar este homem com tranqüilidade."

Ou categorias inteiras de homens. Foi o que essas doutrinas fizeram quando acederam ao poder, a uma velocidade desconhecida na história. É por isso que, aos olhos daqueles que são estranhos ao sistema, nazismo e comunismo são criminosos. Igualmente criminosos? Por ter estudado a ambos e conhecendo os recordes de intensidade no crime do nazismo (a câmara de gás) e em extensão do comunismo (mais de 70 milhões de mortes), o gênero de perversão das almas e dos espíritos operada pelos dois, creio que não devemos entrar nessa discussão perigosa. E que é preciso responder simplesmente e com firmeza: sim, igualmente criminosos.

UMA PERGUNTA
O que indagamos é o seguinte: como é possível nos dias de hoje que a memória histórica os trate com desigualdade e a ponto de parecer esquecer o comunismo? A respeito desta desigualdade não precisamos nos estender. Desde 1989, a oposição polonesa, liderada pelo primaz da Igreja Católica, recomendava o esquecimento e o perdão.

Na maioria dos países que saíram do comunismo nunca se falou em castigar os responsáveis que haviam matado, privado da liberdade, arruinado, embrutecido seus súditos durante duas ou três gerações. Salvo na Alemanha Oriental e na República Checa, os comunistas foram autorizados a continuar seu jogo político, o que lhes permitiu retomar o poder aqui e ali. Na Rússia e em outras repúblicas, os membros do corpo diplomático e da polícia foram mantidos. No Ocidente, essa anistia de fato foi julgada favoravelmente.
Comparou-se a confirmação da nomenklatura à evolução dos antigos jacobinos.
Há algum tempo, a mídia voltou a falar naturalmente da "epopéia do comunismo". [3] O passado kominterniano do Partido Comunista, devidamente exposto e documentado, não o impede de ser aceito pela democracia francesa.
Em comparação, a damnatio memoriae (supressão da memória do condenado à morte por crime infamante) do nazismo, longe de conhecer a menor prescrição, parece agravar-se todos os dias. A vasta biblioteca aumenta a cada ano.
Museus, exposições alimentam - e com razão - o horror do crime.[4]
Consultemos, na Minitel, o serviço de documentação de um grande vespertino. [5] Selecionemos a partir de palavras-chave os "assuntos", que foram processados de 1990 a 14 de junho de 1997, dia de minha consulta. Para "nazismo", havia 480 ocorrências. Para "stalinismo", 7. Para "Auschwitz", 105. Para "Kolyma", 2, para "Magadan", 1, para "Koroupaty", 0. Para "fome na Ucrânia" (5 a 6 milhões de mortos, em 1933), 0. Essa pesquisa só tem um valor indicativo.
Alfred Grosser, a respeito de seu livro La Mémoire et L'Oubli (A Memória e o Esquecimento), declarava em 1989: "O que peço é que quando pesamos a responsabilidade dos crimes passados, apliquemos os mesmos critérios a todos."[6]  É verdade, mas é muito difícil e é como simples historiador e não como juiz que eu queria hoje apenas sine ira ac studio (sem ira nem parcialidade), tentar interpretar os fatos. Não posso sonhar em esgotar o assunto. Mas posso pelo menos enumerar uma lista não limitativa de fatores.
SETE EXPLICAÇÕES 1 - O nazismo é mais bem conhecido que o comunismo porque o armário de cadáveres foi aberto pelas tropas aliadas e porque vários povos europeus ocidentais tiveram com ele uma experiência direta. Perguntei com freqüência a platéias de estudantes se tinham tomado conhecimento da fome artificial organizada na Ucrânia em 1933. Eles nunca haviam ouvido falar nisso. O crime nazista foi principalmente físico. Não contaminou moralmente suas vítimas e suas testemunhas, das quais não se exigia uma adesão ao nazismo. Ele é portanto demarcável, flagrante. A câmara de gás concebida para exterminar artificialmente uma porção delimitada da humanidade é um fato único. O Gulag, o Laogai continuam envoltos em mistério e permanecem como objeto distante, indiretamente conhecido. Uma exceção: o Camboja, cujas pilhas de mortos descobrimos na atualidade[7].
2 - O povo judeu assumiu a memória da Shoah. É para ele uma obrigação moral que se inscrevia na longa memória de perseguições: uma obrigação religiosa ligada ao louvor ou à interrogação apaixonada, à maneira de Jó, do Senhor que prometeu proteger seu povo e pune a injustiça e o crime. A humanidade inteira deve, portanto, agradecer à memória judia por ter conservado piedosamente os arquivos da Shoah[8]. O enigma existe para os povos que esqueceram - e falarei disso no momento certo. Acrescentemos o fato de que o mundo cristão procede desde esse acontecimento a um exame de consciência e sente-se intimamente atingido por uma ferida indelével.[9]
3 - A inclusão do nazismo e do comunismo no campo magnético polarizado pelas noções de direita e de esquerda. O fenômeno é complexo. De um lado, a idéia de esquerda acompanha a entrada sucessiva das classes sociais no jogo político democrático. Mas é preciso observar que a promoção da classe operária americana excluiu a idéia socialista, e a classe operária inglesa, alemã, escandinava, espanhola, ao mesmo tempo que aumentava seu poder, opôs uma recusa majoritária à idéia comunista. Foi apenas na França e na Checoslováquia, imediatamente antes da guerra, e mais tarde na Itália, que o comunismo pode pretender se identificar com o movimento operário e tornar-se, assim, um dos membros de direito da esquerda. Acrescentemos que na França, como lembrou François Furet, historiadores como Mathiez, admiradores da Grande Revolução, fizeram imediatamente um paralelo entre Outubro de 1917 e 1792, comparando o terror bolchevique com o terror jacobino.
Por outro lado, muitos historiadores de antes da guerra tinham uma consciência viva das raízes socialistas ou proletárias do fascismo italiano e do nazismo alemão. Invoco o testemunho de Elie Halévy em seu livro clássico, História do Socialismo Europeu, publicado em 1937. O capítulo III da quinta parte é dedicado ao socialismo na Itália fascista. O capítulo IV, ao nacional-socialismo. Este último regime, ao dizer-se anticapitalista, despojando ou eliminando as antigas elites; ao conferir a si próprio uma forma revolucionária, tinha algum motivo para constar em uma história do socialismo, o que hoje seria inconcebível.
4 - A guerra, ao amarrar uma aliança militar entre as democracias e a União Soviética, enfraqueceu as defesas imunológicas ocidentais contra a idéia de comunismo, apesar de serem muito fortes no momento do pacto Hitler-Stalin, e provocou uma espécie de bloqueio intelectual. Para empreender uma guerra com o coração, uma democracia precisa que seu aliado tenha um certo grau de respeitabilidade; se necessário, ela lhe empresta. O heroísmo militar soviético assumia, encorajado por Stalin, uma forma puramente patriótica e a ideologia comunista, mantida na reserva, ficava escondida. Ao contrário da Europa Oriental, a Europa Ocidental não havia tido a experiência direta da chegada do Exército Vermelho. Esta foi, portanto, vista como libertadora, da mesma forma que os outros exércitos aliados, o que não correspondia à visão dos bálticos, nem dos poloneses. Os soviéticos foram juízes em Nuremberg.[10] As democracias concordaram com sacrifícios muito pesados para abater o regime nazista. Só aceitaram depois sacrifícios mais leves para conter o regime soviético e, por fim, para ajudá-lo a manter-se, movidas pelo afã da estabilidade. O nazismo desabou por si mesmo, e sobre seu próprio vazio, sem que as democracias tivessem muito a ver com isso. Sua atitude não podia ser a mesma, nem seu julgamento igual nem sua memória imparcial.
5 - Um dos grandes sucessos do regime soviético é ter difundido e imposto pouco a pouco sua própria classificação ideológica dos regimes políticos modernos. Lenin os reduzia à oposição entre socialismo e o capitalismo. Até os anos 30, Stalin conservou essa dicotomia. O capitalismo, também chamado de imperialismo, englobava os regimes liberais, os regimes social-democratas, os regimes fascistas e, finalmente, o nacional-socialismo. Isso permitia aos comunistas alemães equilibrar a balança entre os "social-fascistas" e os nazistas. Mas, ao decidir a política dita das frentes populares, a classificação passou a ser a seguinte: o socialismo (ou seja, o regime soviético), as democracias burguesas (liberais e social-democratas) e finalmente o fascismo. Sob o nome de fascismo estavam agrupados o nazismo, o fascismo de Mussolini, os diversos regimes autoritários que dominavam na Espanha, em Portugal, na Áustria, na Hungria, na Polônia, etc. e, finalmente, as extremas direitas dos regimes liberais. Uma cadeia contínua ligava, por exemplo, Chiappe a Hitler, passando por Franco, Mussolini, etc. A especificidade do regime nazista foi apagada. Além disso, ele estava fixado à direita, sobre a qual projetava sua luz negra. Tornou-se a direita absoluta, enquanto o sovietismo era a esquerda absoluta.
O fato espantoso é que, num país como a França, essa classificação tenha se incrustado na consciência histórica. Consideremos os manuais franceses de história, destinados ao ensino secundário e superior. A classificação é geralmente a seguinte: o regime soviético; as democracias liberais, com sua esquerda e sua direita; os fascismos, ou seja o nazismo, o fascismo italiano, o franquismo espanhol, etc.
É uma versão atenuada da vulgata soviética. Em compensação, não encontramos com freqüência nesses manuais a classificação correta, sobre a qual os historiadores atuais estão de acordo, mas que havia sido proposta desde 1951 por Hannah Arendt, ou seja: o conjunto dos dois únicos regimes totalitários, comunismo e nazismo, os regimes liberais, os regimes autoritários (Itália, Espanha, Hungria, América Latina) que dizem respeito às categorias clássicas da ditadura e da tirania descritas desde Aristóteles.[11]

O mal sempre esteve centrado nos nazistas
A memória do comunismo permanece confusa, mas a das atrocidades na Alemanha é recorrente  
6 - A fraqueza dos grupos capazes de conservar a memória do comunismo.
O nazismo durou 12 anos. O comunismo europeu, dependendo dos países, entre 50 e 70 anos. A duração tem um efeito auto-anistiante. Durante esse tempo imenso, a sociedade civil foi atomizada, as elites foram sucessivamente destruídas, substituídas, reeducadas. Todo mundo, ou quase, de cima para baixo, adulterou, traiu, degradou-se moralmente. E, mais grave ainda, a maior parte daqueles que teriam condições de pensar foi impedida de conhecer sua história e perdeu a capacidade de análise. Ao ler a literatura russa de oposição, que é a única literatura verdadeira do país, ouvimos uma queixa pungente, a expressão comovente de um desespero infinito, mas quase nunca encontramos uma análise racional.[12] A consciência do comunismo é dolorosa, mas permanece confusa.
Hoje, os jovens historiadores russos interessam-se pouco por esse período condenado ao esquecimento e ao repúdio. O Estado, aliás, esconde os arquivos. O único setor que poderia ter conservado a memória lúcida do comunismo é o da dissidência, nascida por volta de 1970. Mas ela se decompôs rapidamente em 1991 e não foi capaz de participar do novo poder. Foi por essa razão que sua tentativa de criar um memorial não deitou raízes nem pôde desenvolver-se.
É de fato necessário que o órgão que tem por função conservar a memória atinja uma certa massa crítica, pelo número, o poder, a influência. Os armênios não atingiram de forma alguma uma certa massa crítica.[13] E menos ainda os ucranianos, os casaques, os chechenos, os tibetanos, sem falar de tantos outros.
CONSCIÊNCIA MORAL Nada é tão problemático, após a dissolução de um regime totalitário, quanto a reconstituição da consciência moral e da capacidade intelectual normais de um povo. A esse respeito a Alemanha pós-nazista encontrava-se em melhor posição que a Rússia pós-soviética. A sociedade civil não teve tempo de ser destruída em profundidade. Julgada, punida, desnazificada pelos Exércitos ocidentais, ela foi capaz de acompanhar esse movimento de purificação, julgar-se a si mesma, lembrar-se e arrepender-se.
Não foi assim na Europa Oriental, e o Ocidente tem sua parte de responsabilidade nisso. Quando os comunistas russos transformaram sua posse geral dos bens em propriedade legítima, quando legitimaram seu poder de fato pelo sufrágio universal, quando substituíram o leninismo pelo nacionalismo mais chauvinista, o Ocidente julgou inoportuno pedir-lhes explicações. Foi o pior que poderiam ter feito pela Rússia. A ubiqüidade das estátuas de Lenin nas praças públicas da Rússia é apenas o sinal visível de um envenenamento das almas cuja cura levará anos.

ACIDENTE METEOROLÓGICO
Do lado ocidental, a vulgata histórica deixada pelo Komintern das frentes populares está longe de ser apagada. O fato de a idéia leninista ter sido envolvida pela idéia de esquerda, que teria todavia horrorizado Kautski, Bernstein, Léon Blum, Bertrand Russell e mesmo Rosa Luxemburgo, faz com que hoje essa idéia seja equiparada a um avatar infeliz, ou a uma espécie de acidente meteorológico dessa mesma esquerda, e agora que ela desapareceu, permanece como um projeto respeitável que não deu certo.
7 - A amnésia do comunismo leva à hipermnésia do nazismo e, reciprocamente, quando a memória simples e justa basta para condenar um e outro. É um traço da má consciência ocidental, há séculos, que o centro do mal absoluto deve encontrar-se em seu seio. A opinião mudou sobre essa localização. O mal se localizou umas vezes na África do Sul do apartheid, na América da Guerra do Vietnã. Mas sempre esteve centralizado na Alemanha nazista. [14] 
A Rússia, a Coréia, a China e Cuba eram sentidas como externas, ou empurradas para fora na medida em que se preferia desviar os olhos. O vago remorso que acompanhava esse abandono era compensado por uma vigilância, uma concentração ferrenha da atenção sobre tudo que tinha entrado em contato com o nazismo, sobre Vichy em primeiro lugar ou sobre essas idéias perversas que supuram em alguns núcleos das extremas direitas européias.
O PERIGO DAS FALSIFICAÇÕES
Um dos traços do século 20 é não apenas - além de sua história ter sido horrível, no que diz respeito ao massacre do homem pelo homem - que a consciência histórica, o segundo explica o primeiro, teve uma dificuldade particular em orientar-se corretamente.
George Orwell observou que muitos se haviam tornado nazistas por um horror motivado do bolchevismo, e comunistas por um horror motivado do nazismo.
Isto mostra o perigo das falsificações históricas. Presenciamos uma que se está formando e seria pena se legássemos ao próximo século uma história deturpada.
O inverossímil, o impensável - Para concluir, uma esperança. Foram necessários anos para se tomar uma consciência completa do nazismo porque ele superava tudo o que acreditávamos ser possível e a imaginação humana foi impotente para compreendê-lo. Isso poderia também acontecer com o comunismo, cujas obras abriram um abismo igualmente profundo, e foram protegidas, como Auschwitz o foi até o ano de 1945, pelo inverossímil, pelo incrível, pelo impensável. O tempo, cuja função é desvendar a verdade, desempenhará talvez, mais uma vez, seu papel. (A.B.)












[1] Ambas têm suas raízes na filosofia romântica alemã, embora não pertençam à mesma família. Os grandes filósofos românticos não têm evidentemente nenhuma responsabilidade sobre estes rebentos bastardos e monstruosos.
Gêmeos eles são certamente, entre seu nascimento existe uma distância de aproximadamente 15 anos - da ascensão de um e de outro ao poder. Isto faz com que o nazismo seja analisável em parte (só em parte, pois ele não se reduz a isso) a uma reação ao bolchevismo. Imitou-o em várias de suas instituições: polícia política, campos de concentração, propaganda.
Inversamente, algumas vezes Stalin seguiu a escola de Hitler. Assim, foi "A Noite dos Longos Punhais" que lhe sugeriu o grande expurgo que começou em dezembro de 1934. Generosamente, ele multiplicou o número de vítimas por mil.

[2] E Chateaubriand acrescenta: "Massacrem impiedosamente tudo que impede o gênero humano de avançar. A cura de todos os males, diz o homem, é a morte. Mas a morte deixa viver o mal e só mata o perverso; o céu havia dito: É a paciência. A paciência mata o mal e deixa morrer o perverso" (Memórias de Além Túmulo. IV, XII, 7).
[3] Os voluntários das Brigadas Internacionais receberam na França o status de antigos combatentes. Alguns deles, depois de ter combatido na Espanha, permaneceram em casa durante todo o tempo em que os alemães ocuparam seus países.
[4] O menor contato intelectual com o nazismo, mesmo em uma época em que sua criminalidade não era ainda conhecida ou estava apenas em gestação, basta para desonrar artistas e escritores célebres, como Cioran. No mesmo ano em que as atividades de Cioram antes da guerra eram reveladas, as obras de Aragon eram publicadas na Pléiade, em meio a um concerto unânime de louvores, sem que se fizesse referência, a não ser para desculpá-lo, a sua longa performance stalinista.
[5] Código: 3617 LMDOC.
[6] Le Figaro, 16 de novembro de 1989.
[7] Nunca ouvi dizer que os jornalistas que aprovaram a "libertação de Phnom Penh" e elogiaram Pol Pot, torturados pelo remorso, tenham entrado para o convento.
[8] O célebre filme sobre a Shoah, disse-me Henri Amoureux, nunca foi projetado na União Soviética, nem mais tarde na Rússia. No tempo do sovietismo era proibido fazer menção aos judeus em particular, uma vez que de acordo com a classificação geral dos regimes, só existem "vítimas do fascismo". Hoje, existe talvez a preocupação de não suscitar entre os espectadores a lembrança de fatos semelhantes de que foram testemunhas.
[9] Não é o caso dos muçulmanos, que não se sentem tão atingidos.
[10] Sabemos que o procurador soviético quis a condenação dos dirigentes nazistas pelo crime de Katyn. Os juízes americanos, ingleses e franceses conseguiram que esta questão, sobre a qual já tinham aliás uma opinião formada, não fosse levantada. Foi preciso esperar a queda do comunismo na Rússia para que a responsabilidade do governo soviético fosse oficialmente reconhecida. Nenhum dos que cometeram o crime foi processado.

[11] Temos de notar aqui duas outras versões. A primeira, que foi em um determinado momento preferida por De Gaulle, tendia a afastar o fato ideológico. Permanecia, portanto, o fato nacional e a tradição histórica, a Rússia, a Alemanha, o acordo das nações, a simetria dos dois impérios - o russo e o americano. Esta interpretação possuía um certo valor prático, mas deixava de lado muitos fatos e expunha a alguns perigos. A segunda teve, após o Concílio Vaticano II, um certo sucesso no mundo cristão. Ela aceitava mais ou menos conscientemente a versão soviética, na medida em que admitia o fato de que o mundo estivesse dividido entre uma sociedade socialista e uma sociedade capitalista. Ora, não existe sociedade socialista, só existem regimes de tipo soviético, e, por outro lado, o mundo ocidental não se deixa reduzir ao conceito de capitalismo. Feita esta concessão, restava propor a utopia de uma terceira via diferente e eqüidistante do socialismo e do capitalismo, eles próprios sem outra realidade nem substância, a não ser ideológica.

[12] É isto que faz o valor de um texto como o de Andrei Amalrik: A União Soviética Sobreviverá em 1984?, tradução para o francês de Michel Taru e prefácio de Alain Besançon (Fayard, 1970) e alguns dos ensaios de Alexandre Zinoviev.
[13] Sabemos que eles não conseguem fazer com que a Turquia reconheça o genocídio de que foram vítimas em 1915.
[14] Um exemplo, na edição de Esprit de junho de 1997, dedicada aos problemas religiosos de nosso tempo, fala-se freqüentemente no mal absoluto tal como ocorreu em nosso século. A referência é sempre o nazismo, e nem uma vez, por mais que eu tenha lido este número, ao comunismo, embora os autores não tenham provavelmente simpatia por este regime. Mas não pensaram nisto em suas análises. 










[i] Cientista político, o francês Alain Besançon (Paris, 25 de abril de 1932) notabilizou-se, como professor da Universidade de Paris ( É diretor de estudos da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris, entre outras instituições), por seus profundos estudos e conhecimento da história da Rússia e da antiga União Soviética. Antigo comunista na época do stalinismo, passou a adotar uma posição crítica à ideologia comunista e outras ideologias totalitárias.

Sem formação de economista, ele conseguiu fazer uma das análises mais bem estruturadas do funcionamento da economia da ex-União Soviética, desde os tempos de Lenin, com uma visão própria. Como um dos historiadores franceses mais originais, ele agiu como um cirurgião, afastando pouco a pouco os tecidos, para expor a "raiz profunda do mal". Em 1981, num seminário sobre filosofia política em São Paulo, ele previu o desmoronamento da URSS. "É melhor morar numa favela de São Paulo do que em Leningrado", disse.
[ii]  Publicado em O Estado de São Paulo - 15/02/98 

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

19 de agosto: Dia do Orgulho das Lésbicas no Brasil!

Cansadas dos abusos, incluindo violência policial, dos donos do bar que freqüentavam, o Ferro’s Bar, que as impediam de vender seu boletim dirigido às lésbicas, num bar sustentado por lésbicas, mulheres do Grupo Ação Lésbica Feminista fizeram uma demonstração de protesto em frente a esse estabelecimento, no dia 19 de agosto de 1983, com apoio de ativistas gays, feministas e parlamentares da época. Primeira demonstração do gênero no Brasil, foi chamada por publicações LGBT da época de nosso pequeno Stonewall Inn (28 de junho), resgatada por grupos lésbicos e gays e também celebrada e relembrada anualmente.

Como o dia internacional do orgulho gay, 28 de junho, ambas as datas têm muito em comum: ocorreram em dois grandes centros urbanos, Nova York e São Paulo, em tempos sombrios (no Brasil ainda vivíamos sob a ditadura militar), quando a homossexualidade era considerada doença, pecado ou sem-vergonhice e vítima de intensa repressão. Ambas as datas foram tiradas da plenária da Vida e não das plenárias dos interesses espúrios de partidos e movimentos oportunistas. Por isso, delas temos orgulho hoje e sempre!
Veja abaixo o vídeo que resume a história da data!

Compartilhe

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites