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Ponte Octavio Frias de Oliveira |
A sociedade brasileira de 1964 apoiou a deposição do Jango porque o país estava degringolado (mais do que hoje) e havia SIM ameaça de golpe comunista no ar. Estava-se na época da Guerra Fria, e o comunismo era um perigo real, não um delírio mofado como hoje (atualmente o que nos ameaça de fato é um populismo autoritário de esquerda). As pessoas não queriam entrar nessa fria e apoiaram os militares que, por sua vez, seguindo sua tradição no país, aproveitaram para instalar uma ditadura fardada.
Depois que os militares deixaram claro que não devolveriam o poder aos civis, a imprensa e outras instituições da sociedade civil, que os apoiaram a princípio, passaram a lhes fazer oposição e foram censuradas e perseguidas. Então, o Octavio Frias de Oliveira e o Vladimir Herzog estiveram do mesmo lado do embate boa parte do tempo. Fora que, se for para se falar de cumplicidade com a ditadura militar, vai se encontrar muita gente que até hoje se diz esquerdista e que foi bancada pelo sistema de então. Os militares chamavam a isso de estratégia da panela de pressão, ou seja, diminuíam a pressão dos descontentamentos soltando ar em forma de tostões para uns e outros da oposição, deixando os menos perigosos para o regime a levar suas vidinhas de contestadores de botequim. Vender-se ao poder de ocasião é uma tradição no Brasil.
Esse tipo de manifestação do vídeo visa apenas dar respaldo a tal democratização da mídia, eufemismo de socialista bolivariano bananeiro para censurar a grande imprensa. Não há clima democrático no país para se fazer uma avaliação correta e objetiva do que se precisa mudar nos meios de comunicação sem descambar para a censura, como têm acontecido em países vizinhos. E esse tipo de manifestação exemplifica bem isso, não é mesmo?
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