terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Hugo Chávez: crônica de uma morte anunciada

Mulher segura imagem de Chávez ao
rezar pelo presidente em igreja de Caracas
O site do diário espanhol ABC diz, em artigo intitulado Crónicas de una enfermedad anunciada por ABC, que desde 23 de janeiro de 2012 divulgara que o presidente da Venezuela Hugo Chávez teria cerca de doze meses de vida se continuasse se recusando a fazer o tratamento adequado do câncer que o acometia, deixando temporariamente as funções presidenciais.

Chávez ridicularizou a informação dizendo tratar-se de invenções de um certo diário espanhol. Entretanto, durante os meses das operações que o caudilho realizou em Cuba, em junho de 2011, o jornal teve acesso a informes elaborados por canais de inteligência a partir de diagnósticos dos médicos. Além do câncer na próstata, Chávez desenvolvera metástases no cólon, ossos e medula.

Apesar das negativas do chavismo sobre essas notícias, em fins de fevereiro de 2012, Chávez foi submetido a uma nova operação para retirada de um tumor na zona pélvica. Novamente passada a cirurgia, os chavistas negaram a continuidade dos problemas de saúde do comandante. Outra vez o ABC publicou, em junho, nova informação dando conta de que o rabdomiosarcoma do presidente permanecia alastrando-se por seus ossos. Informava também que, para suportar as dores e manter a atividade eleitoral da campanha presidencial de 2012, Chávez estava tomando fentanil, substância cem vezes mais potente do que a morfina, fora altas doses de esteroides. 

No dia 29 de novembro passado, o periódico igualmente informou a recidiva do câncer na mesma região onde o presidente já havia sido operado anteriormente, notícia desta vez confirmada pelo próprio Chávez, em sua última aparição pública antes da nova operação realizada em Cuba, no último dia 11 de dezembro.

Também só agora o governo chavista admitiu a severa infecção pulmonar que acometeu o caudilho, após a última intervenção cirúrgica, embora continue negando a metástase em seus ossos e medula bem como o recente achado de células cancerígenas na parede interna do abdômen e da bexiga.

Em outras palavras, Chávez está em estado terminal, há mais de 20 dias internado no hospital CIMEQ (Centro de Investigações Médico Cirúrgicas), em Havana, Cuba, mas seus partidários continuam se recusando a dar notícias oficiais sobre seu estado. O hospital citado se encontra sob segurança máxima para evitar o vazamento de informações. Estão ganhando tempo para elaborar forma de impedir as novas eleições presidenciais que constitucionalmente devem ser convocadas pelo presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, em 30 dias contados da morte ou renúncia do atual mandatário.

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