terça-feira, 2 de abril de 2013

Reforma política: apenas 35 dos 513 deputados foram eleitos com os próprios votos


A matéria é antiga, mas vale a pena reler para lembrar da impossibilidade de se ter uma democracia realmente representativa quando apenas 35 dos 513 deputados foram eleitos com os próprios votos. Este ano haverá, agora em abril, a votação de projeto de reforma política, onde o PT tentará emplacar o voto em lista fechada que tira mais ainda o poder dos eleitores.

Parece que não vai rolar, mas vai dar o que falar. Sobre o fim do voto obrigatório, porém, não se escuta nada. Aproveitando, uma boa conhecer também a proposta do voto distrital agora que a página voltou ao ar.

Apenas 35 dos 513 deputados foram eleitos com os próprios votos

Levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) indica que, segundo o resultado preliminar das eleições, apenas 35 dos 513 deputados federais eleitos alcançaram individualmente o quociente eleitoral nos seus estados. Em 2006, 32 foram eleitos ou reeleitos com os seus próprios votos, sem precisar dos votos das suas coligações.


Bahia, Pernambuco e Minas Gerais elegeram cinco parlamentares cada nessa situação. Ceará, Goiás, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo têm dois eleitos cada. Acre, Distrito Federal, Piauí, Paraná, Rondônia e Roraima contam com um representante cada.

Considerando os partidos, PT e PMDB elegeram sete cada; PSB, cinco; PR, quatro; PSDB, DEM e PP, dois; e PTB, PPS, PDT, PSC, PSol e PCdoB, um.

Casos excepcionais
O humorista Tiririca, que conquistou 1,3 milhão de votos pelo Partido da República em São Paulo, teve votos suficientes para ajudar a eleger mais 3,5 deputados de sua coligação.

Por outro lado, deputados com votação expressiva não foram eleitos. No Rio Grande do Sul, a deputada Luciana Genro (Psol) não conseguiu ser reeleita, apesar de ter recebido 129 mil votos - a deputada não eleita mais votada do Brasil.

Para o líder do Psol na Câmara, deputado Ivan Valente (SP), o sistema atual cria distorções “monstruosas” quando se trata de coligações partidárias, porque nem sempre o candidato “puxado” segue a mesma ideologia do mais votado.


Matéria atualizada em 22/10 às 17h20.
Reportagem - Ralph Machado
Edição - João Pitella Junior

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