8 de Março:

A origem revisitada do Dia Internacional da Mulher

Mulheres samurais

no Japão medieval

Quando Deus era mulher:

sociedades mais pacíficas e participativas

Aserá,

a esposa de Deus que foi apagada da História

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quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Boas Festas e Feliz 2014


Nosso blog entra em breve recesso até dia 6 de janeiro, quando volta ao seu ritmo normal. Agradecemos a todas as leitoras e todos os leitores pela companhia em 2013 e desejamos um 2014 pleno de saúde e realizações em todos os aspectos da vida.

 Até 2014. Um abraço!

 Míriam Martinho

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Últimas palavras sobre Mandela e os judeuzinhos comunistas e conspiratórios

Findas as homenagens a Nelson Mandela e a cerimônia de seu sepultamento,cumpre resumir o que escrevi sobre ele. Em Nelson Mandela, admirável mesmo! falei do fla-flu esquerdireitista em torno do grande líder, com os esquerdistas enaltecendo seus tempos de luta armada e os direitistas tentando desmerecê-lo pela mesma razão, acusando-o de comunista e terrorista.

Para provar que era comunista, postaram imagem de Mandela abraçado a Fidel Castro e descontextualizaram historicamente sua luta contra o apartheid, retirando suas ações de sabotagem contra a tirania racista do contexto de terrorismo de Estado mantido pelos afrikaners. Como se fosse possível esquecer que a polícia racista respondia aos atos de desobediência civil pacífica  dos negros metralhando centenas de civis em praça pública (incluindo crianças).

Entretanto, qualquer pessoa minimamente honesta sabe que ter simpatia pelo socialismo ou comunismo, antes da década do muro de Berlim e do colapso dos regimes comunistas no início da década de 90, tem uma conotação totalmente distinta de se dizer simpatizante desta ideologia nos dias de hoje. Pra ficar só em termos de Brasil, muitos dos neocons tupiniquins, alguns que inclusive tentaram desmerecer Mandela por suas tendências marxistas, foram, no mesmo período histórico, também partidários das vertentes vermelhas. O hoje ultraconservador Olavo de Carvalho foi militante comunista. Reinaldo Azevedo foi trotskista, membro do Liberdade e Luta (Libelu), embora sobre a figura de Mandela tenha feito um artigo respeitoso, ainda que realista. E não seria difícil achar outros que passaram do extremismo de esquerda para o de direita.

Em outras palavras, tentar desconstruir Mandela por seu passado de luta armada e sua ligação com o partido comunista africano, postando fotozinhas dele com líderes comunistas, é desonestidade intelectual da grossa. Para apontá-la, fiz a montagem acima onde posiciono, ao lado da foto de Mandela com Fidel, usada para "incriminá-lo como comunista", foto do líder conservador Winston Churchill ao lado de, nada mais nada menos, Joseph Stálin, um dos maiores genocidas que o comunismo produziu. Durante a Segunda Guerra Mundial, para derrotar Hitler, Churchill teria feito aliança com o líder da então União Soviética por ser brilhante estrategista e não ter outra saída.

Essa história, contudo, parece ser mais uma daquelas mal contadas. Segundo artigo postado no Instituto Mises, Rethinking Churchill, o primeiro-ministro britânico via Stálin como mais do que simplesmente um grande sapo a engolir. Nutriu por ele simpatia e o abraçou como amigo, chamava-o de Tio Joe, dizia publicamente que o apreciava e chegou a presenteá-lo com uma espada de cruzado durante a Conferência de Teerã (1943). Lendo esse artigo sobre Churchill, de um insuspeito site de direita, pode-se concluir que, embora Churchill tenha tido papel importante no combate ao nazismo, sua trajetória política foi bem mais controversa do que a de Mandela.

Mandela foi um homem pragmático que buscou vencer o apartheid pelas vias possíveis, nos diferentes momentos de sua vida, muitas vezes de forma aparentemente contraditória. Foi um nacionalista negro e um não-racialista, um adepto das ações não-violentas e um integrante da luta armada, às vezes cabeça quente, às vezes o mais calmo dos homens, simpatizante de ideias marxistas e admirador das democracias ocidentais, parceiro íntimo dos comunistas e, durante sua presidência, igualmente parceiro íntimo dos mais poderosos capitalistas da África do Sul.

Dessa forma, Bill Keller, do New York Times, definiu Mandela, em seu artigo Nelson Mandela, Communist. Disse também que, durante um de seus inúmeros julgamentos, perguntado se era comunista, Mandela respondeu de forma a um tempo elusiva e perfeitamente clara:
Se, por comunista, você quer dizer um membro do Partido Comunista, uma pessoa que acredita na teoria de Marx, Engels, Lênin e Stálin e aderiu estritamente à disciplina  do partido, eu não me tornei comunista.
Obviamente, repetindo meu primeiro artigo sobre o líder sul-africano, as homenagens que o mundo prestou a Mandela não foram baseadas em sua trajetória de adepto da luta armada e por suas inclinações esquerdistas. O mundo o homenageou exatamente pela superação de tudo isso em prol da democratização e da integração racial da África do Sul. Após 27 anos de cadeia, o homem saiu da prisão disposto a transcender sua tragédia pessoal em benefício de seu povo e de seu país. Todas as pessoas de bom senso e sensibilidade política reconheceram nisso sua grandeza, exemplo raro de político no mundo inteiro, sem contudo deixar de apontar seus humanos erros e contradições. Apenas os neocons, em seu fanatismo e cegueira ideológica, procuraram defenestrá-lo e a todos que o homenagearam por sua trajetória excepcional.

Nesse sentido inclusive, registro até que ponto chegaram os adeptos dessa seita, pois o evento muito me impressionou. Tratou-se de caso envolvendo o jornalista Caio Blinder, do Manhattan Connection, que foi agredido, por uma conservadora histérica, em sua coluna da Veja, com a seguinte frase: "Você é um judeuzinho muito asqueroso, mesmo! Assim como os outros da sua laia, todos comunistas e conspiratórios!" Reproduzo o original abaixo.
Érica Medeiros-08/12/2013 às 23:01 
Você é um judeuzinho muito asqueroso, mesmo! Assim como os outros da sua laia, todos comunistas e conspiratórios!
Publicado com fins educacionais, CaioPS- lição encerrada e fracassada. Eu pediria aos leitores que não contestassem esta pessoa, pois não publicarei os comentários a respeito. Tampouco, os comentários dela doravante, abs, Caio
Ele a citou, em uma de suas postagens sobre Mandela, e, após identificar a pérola antissemita, deu-lhe o devido bloqueio. Repassou também o link do artigo que citei sobre o "comunismo" de Mandela, declarando:
Foi uma luta (a de Mandela) complexa e com contradições, algo que funde a cabeça de absolutistas que preferem simplificar ou rotular. Uma leitora da coluna criou celeuma com alguns comentários esbaforidos e infelizes. Disse, entre outras coisas, que sou mancomunado com a aristocracia esquerdista de Nova York. Para ser coerente, ofereço a todos um texto de um príncipe do New York Times, Bill Keller, ex-editor-chefe do jornal e ex-correspondente em Moscou e Johanesburgo. O artigo é sofisticado e não permite avaliações simplórias sobre o prontuário de Mandela, os motivos e nos brinda com um final de história intrigante. Boa leitura.

Exatamente: a  luta de Mandela foi complexa e com contradições, algo que funde a cabeça de absolutistas que preferem simplificar ou rotular. E como os absolutistas andam em voga no Brasil de hoje! Antes tínhamos só os socialistas bolivarianos patrulhando e demonizando todo o mundo que simplesmente não concorda com eles. Agora temos também os neocons fazendo a mesmíssima coisa, mostrando como todos os autoritários são no fundo farinha do mesmo saco. 

Mais uma razão, portanto, para celebrar pessoas como Mandela que se caracterizou por construir pontes sobre o impossível em vez de levantar ou reforçar muros intransponíveis ao futuro. Que seu exemplo sirva para o Brasil de hoje tão povoado de estúpidos antagonismos. Descanse em paz, Madiba! Mesmo! 

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Manifestações de 7 de setembro: voltando às ruas para melhorar o Brasil!


Novas manifestações, organizadas nas redes sociais, estão previstas para o dia 7 de setembro próximo em todo o Brasil. As principais bandeiras são o combate a corrupção, ações nas áreas de saúde e educação, reformas políticas, tributárias, entre outras chamadas.

Abaixo, links dos eventos cadastrados e confirmados para cada cidade e um vídeo de convocação do Anonymous para os eventos.

ACRE
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ALAGOAS
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AMAPÁ
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AMAZONAS
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BAHIA
CEARÁ
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DISTRITO FEDERAL
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ESPÍRITO SANTO
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GOIÁS
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MARANHÃO
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MATO GROSSO
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MATO GROSSO DO SUL
https://www.facebook.com/events/292118647592293/
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MINAS GERAIS
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PARÁ
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PARAÍBA
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PARANÁ
https://www.facebook.com/events/469431986481521/ https://www.facebook.com/events/338240642975662/
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PERNAMBUCO
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PIAUÍ
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RIO DE JANEIRO
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RIO GRANDE DO NORTE
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RIO GRANDE DO SUL
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RONDÔNIA
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RORAIMA
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SANTA CATARINA
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SÃO PAULO
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SERGIPE
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TOCANTINS
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EXTERIOR
Fonte: Folha Política, Lígia Ferreira, 02/09/2013

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Há 50 anos Martin Luther King fazia o discurso "I Have a Dream" (Eu tenho um sonho)


Há 50 anos Martin Luther King fazia o discurso "I Have a Dream" (Eu tenho um sonho) que entrou para a História como o corolário do movimento pelos direitos civis dos negros americanos e um verdadeiro mote para todas as pessoas que lutam por igualdade de direitos e oportunidades para todos os seres humanos.

Todo o discurso que transcrevo abaixo, traduzido e em versão original, acompanhado de vídeo com o pronunciamento do reverendo, em 28 de agosto de 1963, no Lincoln Memorial, em Washington, é uma grande peça de oratória cívica e democrática que propõe, a partir dos próprios princípios democráticos, que se passasse do discurso à prática, ou seja, que se efetivasse a igualdade entre negros e brancos perante a lei, igualdade sempre negada aos negros na história americana. 

Em um pronunciamento emocionante, em tom mítico-religioso, pleno de significado e bastante acessível a públicos variados, Martin Luther King propunha simplesmente transformar sonho em realidade. E sua proposta continua a ecoar até hoje, tendo no trecho abaixo o cerne de sua mensagem que deveria ser a bandeira de todos os movimentos sociais, bandeira, contudo, que anda meio rasgada hoje em dia. 

Pode-se trocar o "não julgada pela cor da pele" por qualquer outra particularidade que leve a preconceitos e discriminações que dá na mesma. O sonho de que detalhes que diferenciam as pessoas deixem de ser obstáculos a sua realização como indivíduos nas sociedades permanece tão válido hoje quanto há 50 anos.
Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!
Nesta quarta-feira, a passagem dos 50 anos do discurso de Luther King será lembrada, no mesmo local onde o reverendo o proferiu, pelo Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o que, por razões óbvias, trará mais emoção ainda a essa data já tão marcante.


Eu tenho um sonho

"Eu estou contente em unir-me com vocês no dia que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nossa nação.

Cem anos atrás, um grande americano, na qual estamos sob sua simbólica sombra, assinou a Proclamação de Emancipação. Esse importante decreto veio como um grande farol de esperança para milhões de escravos negros que tinham murchados nas chamas da injustiça. Ele veio como uma alvorada para terminar a longa noite de seus cativeiros.

Mas cem anos depois, o Negro ainda não é livre.

Cem anos depois, a vida do Negro ainda é tristemente inválida pelas algemas da segregação e as cadeias de discriminação.

Cem anos depois, o Negro vive em uma ilha só de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos depois, o Negro ainda adoece nos cantos da sociedade americana e se encontram exilados em sua própria terra. Assim, nós viemos aqui hoje para dramatizar sua vergonhosa condição.

De certo modo, nós viemos à capital de nossa nação para trocar um cheque. Quando os arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam assinando uma nota promissória para a qual todo americano seria seu herdeiro. Esta nota era uma promessa que todos os homens, sim, os homens negros, como também os homens brancos, teriam garantidos os direitos inalienáveis de vida, liberdade e a busca da felicidade. Hoje é óbvio que aquela América não apresentou esta nota promissória. Em vez de honrar esta obrigação sagrada, a América deu para o povo negro um cheque sem fundo, um cheque que voltou marcado com "fundos insuficientes".

Mas nós nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim nós viemos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade e a segurança da justiça.

Nós também viemos para recordar à América dessa cruel urgência. Este não é o momento para descansar no luxo refrescante ou tomar o remédio tranqüilizante do gradualismo.

Agora é o tempo para transformar em realidade as promessas de democracia.

Agora é o tempo para subir do vale das trevas da segregação ao caminho iluminado pelo sol da justiça racial.

Agora é o tempo para erguer nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a pedra sólida da fraternidade. Agora é o tempo para fazer da justiça uma realidade para todos os filhos de Deus.

Seria fatal para a nação negligenciar a urgência desse momento. Este verão sufocante do legítimo descontentamento dos Negros não passará até termos um renovador outono de liberdade e igualdade. Este ano de 1963 não é um fim, mas um começo. Esses que esperam que o Negro agora estará contente, terão um violento despertar se a nação votar aos negócios de sempre. 

Mas há algo que eu tenho que dizer ao meu povo que se dirige ao portal que conduz ao palácio da justiça. No processo de conquistar nosso legítimo direito, nós não devemos ser culpados de ações de injustiças. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da xícara da amargura e do ódio. Nós sempre temos que conduzir nossa luta num alto nível de dignidade e disciplina. Nós não devemos permitir que nosso criativo protesto se degenere em violência física. Novamente e novamente nós temos que subir às majestosas alturas da reunião da força física com a força de alma. Nossa nova e maravilhosa combatividade mostrou à comunidade negra que não devemos ter uma desconfiança para com todas as pessoas brancas, para muitos de nossos irmãos brancos, como comprovamos pela presença deles aqui hoje, vieram entender que o destino deles é amarrado ao nosso destino. Eles vieram perceber que a liberdade deles é ligada indissoluvelmente a nossa liberdade. Nós não podemos caminhar só.

E como nós caminhamos, nós temos que fazer a promessa que nós sempre marcharemos à frente. Nós não podemos retroceder. Há esses que estão perguntando para os devotos dos direitos civis, "Quando vocês estarão satisfeitos?"

Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto o Negro for vítima dos horrores indizíveis da brutalidade policial. Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto nossos corpos, pesados com a fadiga da viagem, não poderem ter hospedagem nos motéis das estradas e os hotéis das cidades. Nós não estaremos satisfeitos enquanto um Negro não puder votar no Mississipi e um Negro em Nova Iorque acreditar que ele não tem motivo para votar. Não, não, nós não estamos satisfeitos e nós não estaremos satisfeitos até que a justiça e a retidão rolem abaixo como águas de uma poderosa correnteza.

Eu não esqueci que alguns de você vieram até aqui após grandes testes e sofrimentos. Alguns de você vieram recentemente de celas estreitas das prisões. Alguns de vocês vieram de áreas onde sua busca pela liberdade lhe deixaram marcas pelas tempestades das perseguições e pelos ventos de brutalidade policial. Você são o veteranos do sofrimento. Continuem trabalhando com a fé que sofrimento imerecido é redentor. Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Louisiana, voltem para as ruas sujas e guetos de nossas cidades do norte, sabendo que de alguma maneira esta situação pode e será mudada. Não se deixe caiar no vale de desespero.

Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.

Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais.

Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos desdentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.

Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça.

Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!

Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje!

Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta.

Esta é nossa esperança. Esta é a fé com que regressarei para o Sul. Com esta fé nós poderemos cortar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé nós poderemos transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, para ir encarcerar juntos, defender liberdade juntos, e quem sabe nós seremos um dia livre. Este será o dia, este será o dia quando todas as crianças de Deus poderão cantar com um novo significado.

"Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto.

Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos,

De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!"

E se a América é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro.

E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire.

Ouvirei o sino da liberdade nas poderosas montanhas poderosas de Nova York.

Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania.

Ouvirei o sino da liberdade nas montanhas cobertas de neve Rockies do Colorado.

Ouvirei o sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia.

Mas não é só isso. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia.

Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee.

Ouvirei o sino da liberdade em todas as colinas do Mississipi.

Em todas as montanhas, ouviu o sino da liberdade.

E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:

"Livre afinal, livre afinal.

Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal."

Fonte: DHNET
Martin Luther King's "I Have a Dream" speech, August 28, 1963 
I am happy to join with you today in what will go down in history as the greatest demonstration for freedom in the history of our nation.

Five score years ago, a great American, in whose symbolic shadow we stand today, signed the Emancipation Proclamation. This momentous decree came as a great beacon of hope to millions of slaves, who had been seared in the flames of withering injustice. It came as a joyous daybreak to end the long night of their captivity. But one hundred years later, the colored America is still not free. One hundred years later, the life of the colored American is still sadly crippled by the manacle of segregation and the chains of discrimination.

One hundred years later, the colored American lives on a lonely island of poverty in the midst of a vast ocean of material prosperity. One hundred years later, the colored American is still languishing in the corners of American society and finds himself an exile in his own land So we have come here today to dramatize a shameful condition.

In a sense we have come to our Nation's Capital to cash a check. When the architects of our great republic wrote the magnificent words of the Constitution and the Declaration of Independence, they were signing a promissory note to which every American was to fall heir.

This note was a promise that all men, yes, black men as well as white men, would be guaranteed to the inalienable rights of life liberty and the pursuit of happiness.

It is obvious today that America has defaulted on this promissory note insofar as her citizens of color are concerned. Instead of honoring this sacred obligation, America has given its colored people a bad check, a check that has come back marked "insufficient funds."

But we refuse to believe that the bank of justice is bankrupt. We refuse to believe that there are insufficient funds in the great vaults of opportunity of this nation. So we have come to cash this check, a check that will give us upon demand the riches of freedom and security of justice.

We have also come to his hallowed spot to remind America of the fierce urgency of Now. This is not time to engage in the luxury of cooling off or to take the tranquilizing drug of gradualism.

Now is the time to make real the promise of democracy.

Now it the time to rise from the dark and desolate valley of segregation to the sunlit path of racial justice.

Now it the time to lift our nation from the quicksands of racial injustice to the solid rock of brotherhood.

Now is the time to make justice a reality to all of God's children.

It would be fatal for the nation to overlook the urgency of the moment and to underestimate the determination of its colored citizens. This sweltering summer of the colored people's legitimate discontent will not pass until there is an invigorating autumn of freedom and equality. Nineteen sixty-three is not an end but a beginning. Those who hope that the colored Americans needed to blow off steam and will now be content will have a rude awakening if the nation returns to business as usual.

There will be neither rest nor tranquility in America until the colored citizen is granted his citizenship rights. The whirlwinds of revolt will continue to shake the foundations of our nation until the bright day of justice emerges.

We can never be satisfied as long as our bodies, heavy with the fatigue of travel, cannot gain lodging in the motels of the highways and the hotels of the cities.

We cannot be satisfied as long as the colored person's basic mobility is from a smaller ghetto to a larger one.

We can never be satisfied as long as our children are stripped of their selfhood and robbed of their dignity by signs stating "for white only."

We cannot be satisfied as long as a colored person in Mississippi cannot vote and a colored person in New York believes he has nothing for which to vote.

No, we are not satisfied and we will not be satisfied until justice rolls down like waters and righteousness like a mighty stream.

I am not unmindful that some of you have come here out of your trials and tribulations. Some of you have come from areas where your quest for freedom left you battered by storms of persecutions and staggered by the winds of police brutality.

You have been the veterans of creative suffering. Continue to work with the faith that unearned suffering is redemptive.

Go back to Mississippi, go back to Alabama, go back to South Carolina go back to Georgia, go back to Louisiana, go back to the slums and ghettos of our modern cities, knowing that somehow this situation can and will be changed.

Let us not wallow in the valley of despair. I say to you, my friends, we have the difficulties of today and tomorrow.

I still have a dream. It is a dream deeply rooted in the American dream.

I have a dream that one day this nation will rise up and live out the true meaning of its creed. We hold these truths to be self-evident that all men are created equal.

I have a dream that one day out in the red hills of Georgia the sons of former slaves and the sons of former slaveowners will be able to sit down together at the table of brotherhood.

I have a dream that one day even the state of Mississippi, a state sweltering with the heat of oppression, will be transformed into an oasis of freedom and justice.

I have a dream that my four little children will one day live in a nation where they will not be judged by the color of their skin but by their character.

I have a dream today.

I have a dream that one day down in Alabama, with its vicious racists, with its governor having his lips dripping with the words of interpostion and nullification; that one day right down in Alabama little black boys and black girls will be able to join hands with little white boys and white girls as sisters and brothers.

I have a dream today.

I have a dream that one day every valley shall be engulfed, every hill shall be exalted and every mountain shall be made low, the rough places will be made plains and the crooked places will be made straight and the glory of the Lord shall be revealed and all flesh shall see it together.

This is our hope. This is the faith that I will go back to the South with. With this faith we will be able to hew out of the mountain of despair a stone of hope.

With this faith we will be able to transform the jangling discords of our nation into a beautiful symphony of brotherhood.

With this faith we will be able to work together, to pray together, to struggle together, to go to jail together, to climb up for freedom together, knowing that we will be free one day.

This will be the day when all of God's children will be able to sing with new meaning "My country 'tis of thee, sweet land of liberty, of thee I sing. Land where my father's died, land of the Pilgrim's pride, from every mountainside, let freedom ring!"

And if America is to be a great nation, this must become true. So let freedom ring from the hilltops of New Hampshire. Let freedom ring from the mighty mountains of New York.

Let freedom ring from the heightening Alleghenies of Pennsylvania.

Let freedom ring from the snow-capped Rockies of Colorado.

Let freedom ring from the curvaceous slopes of California.

But not only that, let freedom ring from Stone Mountain of Georgia.

Let freedom ring from every hill and molehill of Mississippi and every mountainside.

When we let freedom ring, when we let it ring from every tenement and every hamlet, from every state and every city, we will be able to speed up that day when all of God's children, black men and white men, Jews and Gentiles, Protestants and Catholics, will be able to join hands and sing in the words of the old spiritual, "Free at last, free at last. Thank God Almighty, we are free at last."

Prepared by Gerald Murphy (The Cleveland Free-Net - aa300) Distributed by the Cybercasting Services Division of the National Public Telecomputing Network (NPTN).

quinta-feira, 7 de março de 2013

8 de março: Canteiro de obras humanizado

Maria Beatriz Kern
Os mais de 20 anos de trabalho em coordenação de eventos e uma boa remuneração não foram suficientes para satisfazer Maria Beatriz Kern. A falta de capacitação profissional na área de construção civil e a insatisfação de mulheres que não conseguiam suprir as carências de suas famílias motivaram a gaúcha, de 48 anos, a dar vida a um projeto desafiador: a ONG Mulheres em Construção, em Porto Alegre.

A qualificação de mulheres de baixa renda na prática de pequenos reparos domésticos logo tomou maiores proporções. Com o apoio da iniciativa privada, o projeto de Maria Beatriz já profissionalizou gratuitamente mais de três mil mulheres. O interesse do público feminino é surpreendente. “Em 2006, para 25 vagas oferecidas para o curso de pintura predial, surgiram mais de 300 interessadas”, conta. No ano passado, outra surpresa: a prefeitura de Canoas, no Rio Grande do Sul, doou um terreno para o projeto, futura sede da primeira escola profissionalizante de construção civil para mulheres.

Leia a entrevista abaixo

Mulheres em Construção: aulas práticas
Instituto Millenium – O que motivou a senhora a iniciar o projeto?

Maria Beatriz Kern – Ao longo da minha experiência de trabalho no Terceiro Setor, percebi a insatisfação das mulheres com projetos que não traziam resultados efetivos para a vida delas. Não traziam salários para atender suas carências e as de suas famílias. A minha vontade de entender mais sobre pequenos consertos domésticos uniu essa percepção ao fato de que não existia oferta de cursos dessa natureza exclusivos para mulheres. Além disso, busquei mostrar que a mulher tem a mesma capacidade de trabalhar na construção civil que o homem. Apesar de não possuir a mesma força física, as mulheres têm outras qualidades que lhe são peculiares e que são necessárias nas obras.

Imil – Por exemplo…

Bia Kern - Organização, comprometimento, dedicação e capricho.

Instituto Millenium – Quando você deu início ao projeto, sentiu algum tipo de preconceito ou estranheza, inclusive por parte das próprias mulheres?
Bia Kern – Muitas pessoas acharam uma ideia ousada demais, no entanto, quando iniciei a divulgação do projeto nas comunidades a adesão foi imediata. Até me surpreendi com a vontade delas de aprenderem o ofício. Em 2006, para 25 vagas oferecidas para o curso de pintura predial, surgiram mais de 300 interessadas. Depois veio o “Cimento de Batom”, oficina com objetivo de cadastrar mulheres dispostas a fazer cursos na área. Somente num dia reunimos 1.250 inscrições. Os homens estranharam um pouco, mas já estão mudando suas atitudes. Todos acabam ganhando. O canteiro de obra está mais humanizado e as arquitetas e engenheiras sentem mais segurança com a presença de mais mulheres nas construções.

Imil – Dados do IBGE mostram que a quantidade de pedreiras mulheres no país subiu 119% nos últimos cinco anos. Em 2007, eram 109 mil. Em julho de 2012, já passava de 239 mil. A que você atribui esse crescimento?
Bia Kern – Ao grande salto no número de mulheres chefes de família. Segundo o próprio IBGE, a proporção de famílias comandadas por mulheres cresceu mais do que quatro vezes nos últimos dez anos. Somada a isso, a falta de mão de obra fez com que as construtoras reavaliassem o conceito de ter apenas o sexo masculino nas obras.

Atitudes como a nossa de estímulo à capacitação feminina fez com que elas abandonassem os bicos, os trabalhos com menos remuneração e partir para um salário mais digno e mais bem remunerado. Trabalho pesado não as assusta. Grande parte delas já trabalhava na roça, recolhia sucata ou auxiliava em pequenas obras. Outras viviam de faxinas que também demanda esforço físico.

Imil – Em geral, a eficiência das mulheres em obras têm sido reconhecida?
Bia Kern - Sim. Elas são caprichosas e determinadas. Conquistam, cada vez mais, este espaço tradicionalmente masculino. Elas lutam pelos mesmos direitos e é natural que queiram exercer todo o leque de profissões. O reconhecimento dos empresários da construção civil é tanto que as profissionais empregadas por eles recebem porcentagem para indicar mais mulheres dispostas a entrar no ramo.

Imil – A vida dessas mulheres que aderiram ao projeto melhorou? Como viviam e como vivem hoje?
Bia Kern - São muito positivos os retornos das mulheres que fazem estes cursos, pois se formam e ingressam no mercado de trabalho. Se ontem a frase mais ouvida era: “Vendo almoço para comprar janta”, hoje, a realização dos sonhos toma outra dimensão. Houve crescimento da autonomia e conquista da independência financeira. Muitas mulheres recebiam o Bolsa Família e agora sustentam seus lares com mais dignidade. Essas mulheres valorizam as conquistas propiciadas pelo trabalho, lotam o carrinho de supermercado, estão integradas à comunidade, viajam com a família, são livres para investir e realizar sonhos.

Imil – E os benefícios materiais vêm acompanhados de autoconfiança…
Bia Kern - Cada participante é uma “Mulher em Construção”. É normal iniciarem cabisbaixas e tímidas; no final, é visível a transformação em resposta a todo tratamento multidisciplinar que lhes é apresentado. Formamos uma rede de apoio com parcerias públicas e privadas, fundamentais no processo. As mulheres têm se mostrado muito satisfeitas em serem protagonistas na história da construção.

Fonte: IMIL

quarta-feira, 6 de março de 2013

8 de março: Mulheres movimentam mais de 700 bi no mercado brasileiro

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Ana Fontes
A participação das mulheres no universo corporativo tem crescido nos últimos anos. Segundo dados divulgados pela Pesquisa Cenários 2020 realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em São Paulo, a atuação das mulheres na categoria empregadores (empreendedores com empregados) será de 42% em 2020, contra 24% em 2000. As mulheres representam uma fatia considerável da movimentação econômica no Brasil. De acordo com o instituto Data Popular, as representantes do sexo feminino são responsáveis pela circulação de R$ 741 bilhões.

Com a intensificação da presença feminina no mundo dos negócios surgiu a demanda por espaços específicos para o debate sobre o empreendedorismo feminino. Nessa matéria, o Instituto Millenium apresenta o trabalho de importantes associações da área como a Rede Mulher Empreendedora (RME), coordenada por Ana Lúcia Fontes, e o Conselho da Mulher Empresária (CME), dirigido por Fádua Sleiman.
Formada em marketing e Relações Internacionais (RI) pela Universidade de São Paulo (USP), Ana explica que o trabalho desenvolvido pela RME, fundada em 2010, é fundamental para a difusão de conhecimento e informação para as mulheres conseguirem desenvolver melhor seus negócios. Já a empresária e palestrante internacional, Fádua Sleiman, afirma que o propósito do CME é trabalhar para o fortalecimento da mulher no mercado de trabalho e principalmente no comércio.
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Fádua Sleiman
A coordenadora do RME, Ana Fontes, explica que todas as colaboradoras do grupo tem uma formação diferenciada em comunicação. As integrantes do RME trocam informações de forma constante por meio de um grupo fechado do Facebook. Fádua Sleiman diz que do CME atende tanto pessoas que não tiveram oportunidades de capacitação sobre o mundo corporativo quanto aquelas que já atuam no mercado e que tem seu próprio negócio. Slemein afima ainda que a sua meta pessoal é capacitar 1000 novas empreendedoras nos próximos cinco anos.
Apesar de ressaltar os desafios como a falta de políticas públicas de incentivo ao setor, as dificuldades de acesso ao crédito e aos programas de ponta como o “10 mil mulheres” oferecido pela Fudanção Getulio Vargas (FGV ), Ana acredita que o cenário vem mudando nos últimos anos.
Fádua critica a falta de políticas governamentais que estimulem a permanência das mulheres no mercado, mas também chama atenção para a importância do papel dos empresários na valorização do trabalho feminino. Na opinião de Fádua, ainda precisamos superar velhos problemas como a discriminação no mercado de trabalho e a falta de oportunidades de negócios de tecnologia avançada.
Fonte: IMIL

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Feliz Ano Novo! E até 2013!














Prezadas leitoras e leitores do Contra o Coro dos Contentes, vamos dar uma pausa para balanço e descanso. Agradecemos as visitas ao blog e os comentários às postagens durante 2012.

Voltaremos a partir de 7 de janeiro de 2013!

Desejamos a todas e todos muita saúde, amor e sucesso em 2013. Felicidades gerais e irrestritas!

E claro também esperanças renovadas de que possamos conquistar um Brasil mais justo e mais democrático no ano que se aproxima! Inté!

Abraços!

Míriam Martinho

quarta-feira, 4 de julho de 2012

O 4 de julho e a declaração de independência dos EUA

Hoje os americanos do norte comemoram sua independência, ratificadas por uma declaração que figura entre os mais importantes documentos históricos da humanidade.

 Calcada no respeito às liberdades individuais e na ideia inovadora à época (e ainda não incorporada por muitos povos, incluindo o nosso) de que governos são instituídos entre os homens, derivando seus justos poderes do consentimento dos governados, a declaração lança o espírito de uma das democracias mais sólidas do mundo, democracia, essa instituição que, apesar de suas limitações, permanece o que de melhor as sociedades inventaram para se autoadministrar.

Por isso, vale a pena relembrá-la e entender porque, entre outras coisas, os americanos têm orgulho de ser americanos (ver Beyoncé cantando Proud to Be An American no vídeo ao final).

A propósito, esse negócio de chamar americano de estadunidense é jequice esquerdista. Nos fomos Estados Unidos do Brasil constitucionalmente por muito tempo, mas somos conhecidos como brasileiros, né mesmo? 

No Congresso, 4 de julho de 1776
Declaração Unânime dos Treze Estados Unidos da América

Quando, no curso dos acontecimentos humanos, se torna necessário a um povo dissolver os laços políticos que o ligavam a outro, e assumir, entre os poderes da Terra, posição igual e separada, a que lhe dão direito as leis da natureza e as do Deus da natureza, o respeito digno para com as opiniões dos homens exige que se declarem as causas que os levam a essa separação.

Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a procura da felicidade.

Que a fim de assegurar esses direitos, governos são instituídos entre os homens, derivando seus justos poderes do consentimento dos governados; que, sempre que qualquer forma de governo se torne destrutiva de tais fins, cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo, baseando-o em tais princípios e organizando-lhe os poderes pela forma que lhe pareça mais conveniente para realizar-lhe a segurança e a felicidade. Na realidade, a prudência recomenda que não se mudem os governos instituídos há muito tempo por motivos leves e passageiros; e, assim sendo, toda experiência tem mostrado que os homens estão mais dispostos a sofrer, enquanto os males são suportáveis, do que a se desagravar, abolindo as formas a que se acostumaram.

Mas quando uma longa série de abusos e usurpações, perseguindo invariavelmente o mesmo objecto, indica o desígnio de reduzi-los ao despotismo absoluto, assistem-lhes o direito, bem como o dever, de abolir tais governos e instituir novos Guardiães para sua futura segurança. Tal tem sido o sofrimento paciente destas colónias e tal agora a necessidade que as força a alterar os sistemas anteriores de governo. A história do actual Rei da Grã-Bretanha compõe-se de repetidas injúrias e usurpações, tendo todos por objectivo directo o estabelecimento da tirania absoluta sobre estes Estados. Para prová-lo, permitam-nos submeter os factos a um mundo cândido.

Recusou assentimento a leis das mais salutares e necessárias ao bem público.

Proibiu aos governadores a promulgação de leis de importância imediata e urgente, a menos que a aplicação fosse suspensa até que se obtivesse o seu assentimento, e, uma vez suspensas, deixou inteiramente de dispensar-lhes atenção.

Recusou promulgar outras leis para o bem-estar de grandes distritos de povo, a menos que abandonassem o direito de representação no legislativo, direito inestimável para eles e temível apenas para os tiranos.

Convocou os corpos legislativos a lugares não usuais, sem conforto e distantes dos locais em que se encontram os arquivos públicos, com o único fito de arrancar-lhes, pela fadiga, o assentimento às medidas que lhe conviessem.

Dissolveu Câmaras de Representantes repetidamente porque se opunham com máscula firmeza às invasões dos direitos do povo.

Recusou por muito tempo, depois de tais dissoluções, fazer com que outros fossem eleitos; em virtude do que os poderes legislativos incapazes de aniquilação voltaram ao povo em geral para que os exercesse; ficando durante esse tempo o Estado exposto a todos os perigos de invasão externa ou convulsão interna.

Procurou impedir o povoamento destes estados, obstruindo para esse fim as leis de naturalização de estrangeiros, recusando promulgar outras que animassem as migrações para cá e complicando as condições para novas apropriações de terras.

Dificultou a administração da justiça pela recusa de assentimento a leis que estabeleciam poderes judiciários.

Tornou os juízes dependentes apenas da vontade dele para gozo do cargo e valor e pagamento dos respectivos salários.

Criou uma multidão de novos cargos e para eles enviou enxames de funcionários para perseguir o povo e devorar-nos a substância.

Manteve entre nós, em tempo de paz, exércitos permanentes sem o consentimento dos nossos corpos legislativos.

Tentou tornar o militar independente do poder civil e a ele superior.

Combinou com outros sujeitar-nos a uma jurisdição estranha à nossa Constituição e não reconhecida pelas nossas leis, dando assentimento aos seus actos de pretensa legislação:

para aquartelar grandes corpos de tropas entre nós;

para protegê-las por meio de julgamentos simulados, de punição por assassinatos que viessem a cometer contra os habitantes destes estados;

para fazer cessar o nosso comércio com todas as partes do mundo;

por lançar impostos sem nosso consentimento;

por privar-nos, em muitos casos, dos benefícios do julgamento pelo júri;

por transportar-nos por mar para julgamento por pretensas ofensas;

por abolir o sistema livre de leis inglesas em província vizinha, aí estabelecendo governo arbitrário e ampliando-lhe os limites, de sorte a torná-lo, de imediato, exemplo e instrumento apropriado para a introdução do mesmo domínio absoluto nestas colónias;

por tirar-nos nossas cartas, abolindo as nossas leis mais valiosas e alterando fundamentalmente a forma do nosso governo;

por suspender os nossos corpos legislativos, declarando-se investido do poder de legislar para nós em todos e quaisquer casos.

Abdicou do governo aqui por declarar-nos fora de sua protecção e fazendo-nos guerra.

Saqueou os nossos mares, devastou as nossas costas, incendiou as nossas cidades e destruiu a vida do nosso povo.

Está, agora mesmo, a transportar grandes exércitos de mercenários estrangeiros para completar a obra de morte, desolação e tirania, já iniciada em circunstâncias de crueldade e perfídia raramente igualadas nas idades mais bárbaras e totalmente indignas do chefe de uma nação civilizada.

Obrigou os nossos concidadãos aprisionados no mar alto a tomarem armas contra a própria pátria, para que se tornassem algozes dos amigos e irmãos ou para que caíssem em suas mãos.

Provocou insurreições internas entre nós e procurou trazer contra os habitantes das fronteiras os índios selvagens e impiedosos, cuja regra sabida de guerra é a destruição sem distinção de idade, sexo e condições.

Em cada fase dessas opressões solicitamos reparação nos termos mais humildes; responderam a nossas petições apenas com repetido agravo. Um príncipe cujo carácter se assinala deste modo por todos os actos capazes de definir um tirano não está em condições de governar um povo livre.

Tão-pouco deixamos de chamar a atenção de nossos irmãos britânicos. De tempos em tempos, os advertimos sobre as tentativas do Legislativo deles de estender sobre nós uma jurisdição insustentável. Lembramos-lhes das circunstâncias de nossa migração e estabelecimento aqui. Apelamos para a justiça natural e para a magnanimidade, e conjuramo-los, pelos laços de nosso parentesco comum, a repudiarem essas usurpações que interromperiam, inevitavelmente, nossas ligações e a nossa correspondência. Permaneceram também surdos à voz da justiça e da consanguinidade. Temos, portanto de aceitar a necessidade de denunciar nossa separação e considerá-los, como consideramos o restante dos homens, inimigos na guerra e amigos na paz.

Nós, por conseguinte, representantes dos ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, reunidos em CONGRESSO GERAL, apelando para o Juiz Supremo do mundo pela rectidão das nossas intenções, em nome e por autoridade do bom povo destas colónias, publicamos e declaramos solenemente: que estas colónias unidas são e de direito têm de ser ESTADOS LIVRES E INDEPENDENTES; que estão desobrigados de qualquer vassalagem para com a Coroa Britânica, e que todo vínculo político entre elas e a Grã-Bretanha está e deve ficar totalmente dissolvido; e que, como ESTADOS LIVRES E INDEPENDENTES, têm inteiro poder para declarar a guerra, concluir a paz, contrair alianças, estabelecer comércio e praticar todos os actos e acções a que têm direito os estados independentes. E em apoio desta declaração, plenos de firme confiança na protecção da Divina Providência, empenhamos mutuamente nossas vidas, nossas fortunas e nossa sagrada honra.

John Hancock.

Fonte: História Net

terça-feira, 6 de março de 2012

Ayn Rand: homenagem a uma mulher notável no dia internacional da mulher!

Escrevi o texto abaixo em março do ano passado e o republico hoje por ser aniversário da morte de Ayn Rand e por estarmos às vésperas do Dia Internacional das Mulheres, quando feministas esquerdistas estarão novamente misturando a luta pelos direitos das mulheres com uma suposta luta anticapitalista.

Essa mistura espúria serve apenas para alimentar os argumentos conservadores contra o feminismo que, segundo eles seria fruto do marxismo cultural da Escola de Frankfurt, instituto  de pesquisa alemão (de inspiração marxista) das primeiras décadas do século XX, embora as lutas das mulheres tenham se iniciado a partir de ideias liberais, em particular à época da Revolução Francesa (1789-1799), e sob essa bandeira tenham se dado as conquistas do direito a estudar, trabalhar e votar e ser votada, entre outros, para o sexo feminino.

Dizer que o feminismo é fruto do marxismo cultural, em função da atual predominância de ideias esquerdistas no movimento, é o mesmo que dizer que o Brasil é fruto de governos socialistas só porque, desde 2002, temos um governo com essa tendência. Enfim, o que não faltam são mentirosos de "esquerda" e de "direita". Como não faço parte desse fla-flu de autoritários, busco apresentar os fatos sem esse comprometimento ideológico excessivo. Fiquem, então, mais uma vez, com a história dessa mulher notável e polêmica que foi Ayn Rand. (06/03/12)


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Neste momento em que o mundo celebra mais um dia - agora por extensão mês – internacional da mulher e um bando de absurdas (feministas socialistas) vai às ruas para pregar contra o capitalismo, o sistema que mais proporcionou às mulheres autonomia e liberdade, torna-se imprescindível lembrar Ayn Rand (vi a pregação anticapitalista em chamada para a manifestação pela data, no dia 12, em São Paulo). Torna-se imprescindível não só porque ela foi uma mulher extraordinária, por suas vida e obra, mas também por ter sido uma das maiores defensoras das liberdades individuais, da racionalidade, da livre expressão e da democracia liberal.

Podemos não concordar com tudo que ela diz, em sua obra de ficção e não-ficção, da corrente filosófica que iniciou, chamada Objetivismo, mas não podemos deixar de admirar sua inteligência e a incrível influência que suas idéias exerceram – e exercem ainda - na sociedade norte-americana, inclusive em nível governamental. Basta lembrar que sua obra-prima, A Revolta de Atlas (Atlas Shrugged), continua sendo o livro mais lido nos EUA, depois da Bíblia, e um best-seller no mundo inteiro, com 11 milhões de exemplares vendidos. Qual outra mulher exerceu tanta influência em qualquer dos países ocidentais? E por que uma mulher como Ayn Rand nunca teve sua biografia e obra divulgadas pelo movimento feminista brasileiro? Provavelmente porque quem sai às ruas para pregar contra o capitalismo, sem ter a menor idéia do que colocar no lugar dele, não tem mesmo condições de falar sobre Ayn Rand.

Quem foi Ayn Rand (1905–1982)?
Nascida Alissa Zinovievna Rosenbaum, em São Petersburgo (Rússia), em 1905, Ayn Rand deixou seu país, ao completar 21 anos de idade, rumo aos Estados Unidos, supostamente para visitar parentes, mas, de fato, com a intenção de por lá ficar. Na terra natal, com a revolução russa e a vitória final dos comunistas, sua família de classe-média, que fugira para a Criméia, teve seus bens confiscados e ficou na miséria. Mesmo assim, de volta a Petrogrado, Alissa conseguiu se formar, em 1924, em Filosofia e História na universidade local e, no ano seguinte, 1925, logrou obter permissão para visitar parentes nos EUA, a terra da liberdade, como aprendera nas aulas de história ainda no secundário. Nunca mais retornou.

Nos EUA, após passar alguns meses com parentes em Chicago, praticando inglês, mudou-se para Hollywood em busca de trabalho. Foi quando adotou o nome Ayn Rand (Ayn se pronuncia com “mine” em inglês) e conheceu, por um golpe de sorte, em seu segundo dia na cidade, o legendário diretor Cecil B. DeMille, que lhe deu trabalho como extra no filme Rei dos Reis (King of Kings, 1927). O contato com DeMille lhe rendeu, além de trabalho, conselhos de como se tornar roteirista em Hollywood e o encontro com o ator Frank O’Connor, nos sets de filmagem, com o qual passaria a namorar e se casaria em 1929.

Ilustração de Nick Gaetano
Antes de se tornar escritora profissional, Ayn Rand trabalhou como analista de roteiros, arquivista nos estúdios cinematográficos e atendente no departamento de figurinos da RKO Pictures. Entretanto, apenas quando produziu o roteiro O peão vermelho (Red Pawan), vendido para a Universal Pictures, em 1932, e nunca filmado, ela conseguiu dinheiro suficiente para se manter apenas como escritora. Daí em diante, não parou de produzir romances e contos até chegar ao monumental Atlas Shrugged (A revolta de Atlas) que lançou em 1957. Depois disso, deixou a literatura para se dedicar a trabalhos de não-ficção, sobretudo referentes à sua filosofia, o Objetivismo, e outros temas como o capitalismo, as esquerdas, o trabalho intelectual.

Mesmo após sua morte, em 1982, A influência de Ayn Rand não se extinguiu. Pelo contrário, trabalhos literários e acadêmicos sobre sua obra continuaram sendo produzidos (Journal of Ayn Rand Studies) e organizações devotadas às suas ideias foram criadas, como o Centro objetivista (The Objectivist Center) e o Instituto Ayn Rand (Ayn Rand Institute).

Ayn Rand no Brasil
Em nosso país, Ayn Rand é pouco conhecida, embora tenha fãs ilustres e ilustrados, mas duas de suas principais obras, A Nascente (The Fountainhead) e A Revolta de Atlas (Atlas Shrugged), foram traduzidas para o português e lançadas respectivamente, em 2008 e em 2010, pelas editoras Landscape e Sextante. Atlas Shrugged já havia sido traduzido e publicado em 1987, pela Editora Expressão e Cultura, com o título Quem foi John Galt?, mas só se encontram exemplares dessa edição em sebos e por preços astronômicos. Os três volumes da edição atual, da Sextante, podem ser comprados por R$69,00 nas melhores livrarias.

A Nascente (The Fountainhead, 1942)

A Nascente foi o primeiro romance de Ayn Rand a ser conhecido internacionalmente e onde ela já apresenta, de forma mais consistente, as idéias que seriam melhor elaboradas em A Revolta de Atlas e que gerariam a filosofia do Objetivismo. O protagonista do livro, o arquiteto Howard Roark é um homem criativo e idealista que constrói projetos ousados, cujo brilhantismo, porém, atrai mais inveja do que reconhecimento, como a sentida pelo influente jornalista do periódico The Banner, Elsworth Toohey, que o persegue a ponto de deixá-lo sem clientes.

Entre quedas e recuperações, Roark mantém sua integridade, chegando a dinamitar um conjunto habitacional que construíra por causa das mutilações feitas no projeto original, mutilações que afetariam a qualidade de vida dos moradores. Essa atitude polêmica lhe causa uma série de vicissitudes, não só com os invejosos costumeiros mas também com a namorada e a Justiça. Roark é o modelo ideal de pessoa, na ótica de Ayn Rand: o indivíduo movido pela razão e pela criatividade, colocadas em prática através do esforço próprio, e que, se necessário, enfrenta a tudo e a todos para afirmar sua individualidade, não aceitando quaisquer tentativas de suborno ou dominação. O livro foi transformado em filme, em 1949, pelo diretor King Vidor (no Brasil, apareceu com o nome de Vontade Indômita), estrelado por Gary Cooper e Patricia Neal. Melodrama típico dos anos 40 e 50, o destaque da fita é a cena antológica de Howard Roark explicando, num tribunal, as razões que o levaram a implodir a própria obra. 



A Revolta de Atlas (Atlas Shrugged, 1957)

A Revolta de Atlas é a obra-prima de Ayn Rand e considerada um dos grandes romances de ideias de todos os tempos. Nela, através de um enredo que mescla suspense e filosofia, a escritora russa-americana expõe seu ideário. Num mundo governado por repúblicas autoritárias coletivistas, os EUA rumam para o mesmo destino, com seu governo criando tantos obstáculos à livre iniciativa das pessoas, sob pretexto de igualitarismo, que os principais líderes da indústria, do empresariado, das ciências e das artes, liderados por um misterioso John Galt, decidem fazer uma greve de cérebros.

Em outras palavras, aqueles que sustentam o país (daí a referência à figura de Atlas, o titã da mitologia grega, que sustenta o mundo nos ombros) somem literalmente do mapa deixando a sociedade à própria sorte. O Estado se apossa de suas propriedades e invenções, mas não é capaz de mantê-las funcionando porque não tem competência para tal, atravancado pela burocracia e pela corrupção e infestado de medíocres e parasitas de toda ordem (qualquer semelhança com o Brasil de hoje não é mera coincidência). Para saber o resultado dessa greve, é preciso ler os três volumes desse épico da liberdade que é A Revolta de Atlas.

Nele, Ayn Rand desafia algumas de nossas crenças mais arraigadas, seja em função de nossa formação judaico-cristã seja em razão da influência das ideias de esquerda em nossa sociedade. Como lemos na contra-capa da caixa que contém os três volumes do romance, em A Revolta de Atlas, a autora apresenta os princípios de sua filosofia: a defesa da razão, do individualismo, do livre mercado e da liberdade de expressão, bem como os valores segundo os quais o homem deve viver – a racionalidade, a honestidade, a justiça, a independência, a integridade, a produtividade e o orgulho.... Sua mensagem transformadora conquistou uma legião de leitores e fãs: cada indivíduo é responsável por suas ações e por buscar a liberdade e a felicidade como valores supremos.

No site da editora Sextante, que lançou A Revolta de Atlas, no ano passado, é possível baixar o primeiro capítulo do romance em *.PDF. E na página da editora, no Youtube também é possível assistir a própria Ayn Rand falando sobre sua obra e suas idéias numa entrevista ao jornalista Mike Wallace em 1959. Clique aqui para assistir a entrevista em 3 partes: Parte 1:  Parte 2: Parte 3:

Há também um site sobre Ayn Rand, em português, com sua biografia e obras, elaborado por Eduardo Chaves, Professor de Filosofia da Faculdade de Educação da UNICAMP, hoje aposentado. Clique aqui para seguir até lá. 

Ainda se pode ter uma introdução ao pensamento de Ayn Rand com o livro do economista Rodrigo Constantino, intitulado Egoismo Racional, O Individualismo de Ayn Rand, de 2007, que pode ser encontrado nas boas livrarias do país.

Ayn Rand, contra todos os autoritários
Ilustração de Nick Gaetano

Finalizando esta postagem, que é uma lembrança e uma homenagem a essa mulher brilhante e polêmica, neste dia internacional da mulher, vale lembrar que a escritora e filósofa Ayn Rand era particularmente contrária ao comunismo (socialismo) pela experiência traumática que teve com a revolução russa em sua terra natal, não usufruindo  obviamente de  prestígio com as esquerdas em geral. Entretanto, Rand também não gozava de popularidade junto à direita religiosa e conservadora, pois era ateia e igualmente pregava a liberdade dos indivíduos frente às instituições religiosas.

Suas ideias deram origem ao libertarianismo americano, uma espécie de retomada do liberalismo clássico, que inclusive veio a se concretizar como partido, de difícil definição no espectro político tradicional: de direita por defender o capitalismo, como o sistema que melhor possibilita uma sociedade livre?; de esquerda por possuir uma pauta de apoio, por exemplo, aos direitos da mulher, dos homossexuais, à liberação das drogas, ao aborto, etc.?

Como se vê, o que não falta na vida e na obra de Ayn Rand e no trabalho de seus seguidores é polêmica. Muitas das pessoas que leram livros seus como A Nascente e A Revolta de Atlas afirmam que suas vidas nunca mais foram as mesmas. Vamos ler também e ver o que nos acontece? Abaixo vídeo sobre Ayn Rand nos Simpsons. Apenas um reparo à legendagem. No início, onde se lê "que evitava compromisso" de fato é "que se recusava a conceder."

Fontes: Várias fontes, já apontadas nos links e citações do texto, e o Cato Institute.
Outras bibliografias: Objetivismo, a Filosofia de Ayn Rand. Leonard Peikoff. Editora Ateneu Objetivista. Clique aqui para mais informações e compra.

A Virtude do Egoísmo
por OnLine Assessoria em Idiomas, revisão de Winston Ling e Cândido Mendes Prunes, publicado pela Editora Ortiz e pelo Instituto de Estudos Empresariais, Porto Alegre, 1991)


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