segunda-feira, 14 de maio de 2012

Querem acabar com a nossa raça: obrigando os mestiços a se dizerem negros

Os racistas brancos do século XIX e mesmo da primeira metade do século passado eram contra a miscigenação porque a consideravam a causa do subdesenvolvimento do país. A mistura da "raça" superior branca com as "raças" inferiores negra e indígena, resultando no mestiço, degenerava a todas, em especial a primeira, naturalmente, e produzia gente incapaz de levar o Brasil adiante. Nas palavras do naturalista suíço Louis Agassiz (1807-1873), citado por um famoso racista "científico", Nina Rodrigues, em seu As raças humanas e a responsabilidade penal no Brasil (1894):

“Qualquer um que duvide dos males da mistura de raças, e inclua por mal-entendida filantropia, a botar abaixo todas as barreiras que as separam, venha ao Brasil. Não poderá negar a deterioração decorrente da amálgama das raças mais geral aqui do que em qualquer outro país do mundo, e que vai apagando rapidamente as melhores qualidades do branco, do negro e do índio deixando um tipo indefinido, híbrido, deficiente em energia física e mental” (Citado em O Espetáculo das Raças, de Lilia M Schwarcz). 

Os racistas negros, deste início de século XXI, responsáveis pelas cotas raciais em universidades, serviços públicos e em qualquer lugar onde essa absurdidade venha a ser aceita também são contra a miscigenação. Nas palavras de um de seus expoentes, o antropólogo Kabengele Munanga, professor titular na USP:

"Os chamados mulatos têm seu patrimônio genético formado pela combinação dos cromossomos de branco e de negro, o que faz deles seres naturalmente ambivalentes, ou seja, a simbiose (...) do branco e do negro. (...) os mestiços são parcialmente negros, mas não o são totalmente por causa do sangue ou das gotas de sangue do branco que carregam. Os mestiços são também brancos, mas o são apenas parcialmente por causa do sangue do negro que carregam. 

"...Se no plano biológico, a ambiguidade dos mulatos é uma fatalidade da qual não podem escapar, no plano social e político-ideológico eles não podem permanecer (...) branco e negro; não podem se colocar numa posição de indiferença ou de neutralidade quanto a conflitos latentes ou reais que existem entre os dois grupos, aos quais pertencem, biológica e/ou etnicamente." (Citado em Monstros Tristonhos, de Demétrio Magnoli).

Este último parágrafo deixa claro que o racista negro Munanga, considera a mistura étnica uma fatalidade a qual o mestiço deve renegar, no plano político-ideológico, assumindo-se como branco ou negro. Se se assumir como negro, receberá, como num experimento comportamentalista, as benesses, dadas pelos engenheiros sociais negros, aos que endossam seu projeto de institucionalizar o racismo no Brasil. Se não se assumir, perderá as mamatas decorrentes da anuência com essa infâmia.

Com os vídeos abaixo, do site Nação Mestiça, exemplifico o que digo. Incrível que tenhamos chegado a esse ponto com a concordância da suprema corte do país. Nosso futuro tem tudo para ser bem negro. 





4 comentários:

sou da raça humana não da negra, branca ou mestiça. sou humanista e acho que a humanidade precisa apenas aprender a respeitar seu semelhante seja
rico, pobre, branco, negro, homem, mulher... todo o mundo merece respeito e não ser dividido nisso ou naquilo.

Todo mundo merece respeito...Então me diga por que razão fui espancado ao sair da escola quando tinha 8 anos, só porque era branco???

ninguem tem direito de bater em ninguem por raca ou ate descriminar, nao existe uma lei que diga que eu nao posso me dizer ser alguem que sou!!
se alguem quiser me dizer que sou negra, sou sim com orgulho, que sou parda sou sim ... se quiser fazer piadas faca a vontade so nao esqueca que tudo vai volta..e nao faca com os outros o que nao gostaria de receber!!!

Querer botar índios, africanos e mestiços juntos, todos num mesmo "saco", e chamar todos eles genericamente de "negros", na verdade, é uma forma terrível de racismo. Então os indígenas e seus descendentes não merecem reconhecimento oficial? Absurdo, isto é simplesmente aceitar a premissa nazista de que para alguém ser considerado branco não pode ter nem "uma gota" de sangue que não seja 100% ariano (caucasiano, de pele sem qualquer pigmentação e olhos claros). Segundo esse pensamento, se o seu tataravô foi um mulato ou indígena, você já não é mais branco "puro", mesmo que tenha a pele branca. No fundo, tais pessoas defendem aquela ideia maldita de "sujar" o sangue: "sujou" o sangue já não é mais branco. Não pode haver preconceito racial maior do que este num país miscigenado como o Brasil. Fora das ideologias, na realidade objetiva, temos o povo africano, os povos indígenas e o povo mestiço, e todos eles merecem ser devidamente reconhecidos.
Não me engana que eu não gosto. Sou bisneto de índios e tenho orgulho disso. Sou neto de europeus e tenho orgulho disso também. Não sou "negro": sou brasileiro mestiço; esta é a simples verdade dos fatos, que essa ideologia igualitária patética não quer aceitar.

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