Os racistas brancos do século XIX e mesmo da primeira metade do século passado eram contra a miscigenação porque a consideravam a causa do subdesenvolvimento do país. A mistura da "raça" superior branca com as "raças" inferiores negra e indígena, resultando no mestiço, degenerava a todas, em especial a primeira, naturalmente, e produzia gente incapaz de levar o Brasil adiante. Nas palavras do naturalista suíço Louis Agassiz (1807-1873), citado por um famoso racista "científico", Nina Rodrigues, em seu As raças humanas e a responsabilidade penal no Brasil (1894):
“Qualquer um que duvide dos males da mistura de raças, e inclua por mal-entendida filantropia, a botar abaixo todas as barreiras que as separam, venha ao Brasil. Não poderá negar a deterioração decorrente da amálgama das raças mais geral aqui do que em qualquer outro país do mundo, e que vai apagando rapidamente as melhores qualidades do branco, do negro e do índio deixando um tipo indefinido, híbrido, deficiente em energia física e mental” (Citado em O Espetáculo das Raças, de Lilia M Schwarcz).
Os racistas negros, deste início de século XXI, responsáveis pelas cotas raciais em universidades, serviços públicos e em qualquer lugar onde essa absurdidade venha a ser aceita também são contra a miscigenação. Nas palavras de um de seus expoentes, o antropólogo Kabengele Munanga, professor titular na USP:
"Os chamados mulatos têm seu patrimônio genético formado pela combinação dos cromossomos de branco e de negro, o que faz deles seres naturalmente ambivalentes, ou seja, a simbiose (...) do branco e do negro. (...) os mestiços são parcialmente negros, mas não o são totalmente por causa do sangue ou das gotas de sangue do branco que carregam. Os mestiços são também brancos, mas o são apenas parcialmente por causa do sangue do negro que carregam.
"...Se no plano biológico, a ambiguidade dos mulatos é uma fatalidade da qual não podem escapar, no plano social e político-ideológico eles não podem permanecer (...) branco e negro; não podem se colocar numa posição de indiferença ou de neutralidade quanto a conflitos latentes ou reais que existem entre os dois grupos, aos quais pertencem, biológica e/ou etnicamente." (Citado em Monstros Tristonhos, de Demétrio Magnoli).
Este último parágrafo deixa claro que o racista negro Munanga, considera a mistura étnica uma fatalidade a qual o mestiço deve renegar, no plano político-ideológico, assumindo-se como branco ou negro. Se se assumir como negro, receberá, como num experimento comportamentalista, as benesses, dadas pelos engenheiros sociais negros, aos que endossam seu projeto de institucionalizar o racismo no Brasil. Se não se assumir, perderá as mamatas decorrentes da anuência com essa infâmia.
Com os vídeos abaixo, do site Nação Mestiça, exemplifico o que digo. Incrível que tenhamos chegado a esse ponto com a concordância da suprema corte do país. Nosso futuro tem tudo para ser bem negro.
Com os vídeos abaixo, do site Nação Mestiça, exemplifico o que digo. Incrível que tenhamos chegado a esse ponto com a concordância da suprema corte do país. Nosso futuro tem tudo para ser bem negro.