8 de Março:

A origem revisitada do Dia Internacional da Mulher

Mulheres samurais

no Japão medieval

Quando Deus era mulher:

sociedades mais pacíficas e participativas

Aserá,

a esposa de Deus que foi apagada da História

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

#LeiLobo: Basta de impunidade para quem maltrata animais!

Lobo após amputação da perna

Um rottweiler, chamado Lobo, preso ao carro do dono por uma corda, foi arrastado por quarteirões em Piracicaba (SP), ficando gravemente ferido. Internado em uma clínica e sob os cuidados da ONG Vira-Lata Vira-Vida, o animal teve uma das pernas amputada, mas acabou não sobrevivendo à barbárie que sofreu. 

O dono, um mecânico de nome Claudio César Messias, recebeu multa de 1,5 mil, por sua responsabilidade na violência causada ao animal, mas diz que vai recorrer, pois não teria dinheiro para pagar a penalidade, embora já tenha arrumado advogado. 

Diz agora também que não teve intenção de ferir o cão, que teria caído da caçamba do carro, e ele, Messias não teria percebido. Entretanto, difícil crer que qualquer pessoa que não esteja drogada (dizem que o infame estava bêbado) não teria percebido um animal do porte de um rottweiler ter caído ao chão e o peso que o carro estava arrastando. Seja como for, por crueldade ou negligência, multa para ele é pouco.


Em razão desse caso escabroso de violência contra um animal, que infelizmente não é incomum, abriu-se uma petição pública reivindicando maior severidade nas punições contra quem comete maus-tratos contra os bichos. Segue abaixo o texto, e o link para a assinatura. Já assinei. Assine você também, se tem coração!

Abaixo-assinado #LeiLobo: Basta de impunidade
Para: Qualquer pessoa ou animal
Considerando:

> Que os animais são seres indefesos;
> Que animais domésticos devem sua sobrevivência aos homens responsáveis por cada um deles;
> Que o que se faz ou deixa de fazer a um animal doméstico, as responsabilidades incidem diretamente sobre seu dono;
> Que a legislação atual para maus-tratos é branda;
> Que a sensação de impunidade reina no país;

Este abaixo-assinado foi organizado com 2 propósitos:

1) Repudiar veementemente o recente assassinato do cão Lobo, que foi brutalmente arrastado por um veículo dirigido por seu dono e não resistiu aos ferimentos e ontem faleceu.

Saiba mais, clicando aqui.

2) Exigir mudança nas leis atuais para que tenhamos punições mais SEVERAS, mais justas, nos casos abaixo de:
• Maus-tratos aos animais
• Abandono aos animais
• Mortes com ou sem dolo dos donos

Este movimento propõe o abaixo-assinado para mostrar o tamanho desta indignação. Com as assinaturas em mãos, este manifesto será entregue às autoridades competentes do Executivo, Legislativo e do Judiciário, bem como o Ministério Público.

Vamos divulgar como: #LeiLobo

Os signatários (Clique para ir à página da petição)
*Crédito foto: Antonio Trivelin-8nov2011/Futura Press

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Clipping legal: Os 100 livros essenciais da literatura mundial

A revista BRAVO! enumerou 100 livros de literatura que não podem faltar em sua lista de livros de leitura imprescindível. Para chegar a esses 100 livros, a revista contou com a ajuda de colaboradores e se baseou nos estudos do crítico americano Harold Bloom, autor de O Cânone Ocidental e Gênio, além de rankings anteriores, como os da revista Time e da Modern Library, selo tradicional da editora americana Random House. Como toda a lista de "essenciais", está aberta à crítica e a adendos, possibilitando o surgimento de outras listas. Entretanto, de fato, lendo esses 100 mais, você já pode dizer que conhece um pouco de literatura e, sendo a literatura a antropologia das antropologias, segundo Fernando Cristóvão, da Universidade de Lisboa, que conhece também algo sobre o gênero humano. Listarei os 100 em três postagens.

Abaixo os últimos títulos da lista. A partir do número 67, não colocaram resenha. Mas vale a indicação.

51. Tartufo, de Molière
Foi com Tartufo que Molière (1622-1673) passou a ser acusado de imoral, libertino e diabólico pela burguesia e pela Igreja francesas, incomodadas com as críticas de seus personagens quase reais. Atentar contra a moral e os bons costumes era um crime sério nos idos do século 17 - tanto que um padre sugeriu que o autor fosse queimado vivo. A solução foi mais simples: Molière, já um dramaturgo famoso entre as massas, adaptou o fim da peça para dobrar o clero e levar às graças do público seu hilariante Tartufo.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

III Marcha contra a Corrupção em Sampa, apesar da chuva contínua!


Não pude ir à marcha contra a corrupção ontem. Nem foi por causa da chuva, mas sim por problema de coluna. De vez em quando, ela entorta e só me resta ficar de molho. 

De qualquer forma, fiquei torcendo pelo pessoal que foi à Paulista porque a chuva que caiu em Sampa, por todo o dia, não esteve para brincadeiras. No melhor dos momentos, ficou fininha, mas nunca sequer intermitente. Era esperada, portanto, uma diminuição considerável do número de pessoas protestando contra a corrupção, mas não é que até teve 300 (vamos lembrar que 300 conseguiram inclusive deter o exército persa...hehehe). A essa brava gente brasileira, meus cumprimentos redobrados. Seguem algumas fotos que "roubei" do blog Voluntário da Democracia. Vejam outras fotos lá! E na próxima dou um jeito de ir nem que seja para andar umas poucas quadras! Avante!




Marco Tempest e a mágica da tecnologia

Marco Tempest é um mágico dos tempos digitais que mescla os tradicionais truques de mágica, e a perfomance de showman do ramo, com imagens geradas por computador, vídeos e outros gadgets, como iPods, IPhones, etc.. Começou cedo na carreira e, já aos 22 anos, ganhou a prestigiosa taça mundial da mágica (New York World Cup of Magic), adquirindo crescente proeminência internacional desde então.

Veja, nos vídeos abaixo, a apresentação dele, na Campus Party de 2010, e outra com iPods. Conheçam também mais sobre o artista em seu site, Magician Marco Tempest. Mais um exemplo de como gente criativa é capaz de transformar pedra em leite, por assim dizer.







terça-feira, 15 de novembro de 2011

Refletindo sobre a corrupção: Bolívar Lamounier: “Temos no Brasil um Congresso medíocre”

Para cientista político, problema sempre ocorreu, mas foi intensificado no governo Lula, que ‘perdeu o controle’.

Mesmo desfocado e com pouco impacto nas ruas, o movimento anticorrupção no Brasil tem dado um recado claro aos políticos sobre a insatisfação da sociedade com os malfeitos do Legislativo e do Executivo. Esta é a opinião do cientista político e sociólogo Bolívar Lamounier, que critica os que veem um viés de direita no movimento afirmando que, desde os anos 50, os protestos contra a corrupção são chamados de “direitistas”, “udenistas”, “lacerdistas”. “Estão defendendo a Constituição”, diz Bolívar, citando o artigo que trata da probidade do poder público.

Como vê o movimento anticorrupção?

Bolívar Lamounier: Há intensidade no protesto, principalmente na internet. O problema é o que você faz com ele, para onde canaliza o protesto. Se vai à rua contra o ministro que superfaturou, é um protesto contra a Dilma ou a favor? Ninguém sabe. Ela toma providências, então o protesto pode ser interpretado como apoio ao que ela está fazendo. Outros pensam protestar contra o governo. Não há foco.

Acredita que o movimento seja mais contra a política que contra a corrupção?

Lamounier: Exatamente. E este é o lado ruim da história. Política virou um nome feio, no mundo inteiro, e o Legislativo é o nome mais feio. É muito mais transparente, é mais fácil saber o que aconteceu. O Legislativo é o Judas da História. Esse é o mecanismo pelo qual a corrupção enfraquece a democracia. Por infeliz coincidência, estamos tendo no Brasil um Congresso muito medíocre. Nunca vi nada igual. A corrupção aumentou monumentalmente.

Quando? No governo Dilma, Lula, Fernando Henrique?

Lamounier: A afirmação é contundente, mas aumentou no governo Lula. Chegou um número grande de pessoas, não digo que todas mal-intencionadas, mas com pouca experiência política, experiência da máquina, muitas mal-intencionadas. Começou um processo de relaxamento das normas de licitação, contratação e superfaturamento. Lula, que tem 80 qualidades, a meu ver tem uns 60 defeitos. Se tivesse tomado providências no início, logo no caso Waldomiro Diniz (CPI dos Correios), teria controlado 50% do problema.

O governo Fernando Henrique também é criticado no caso das privatizações.

Lamounier: Nada foi provado. Fizeram uma bateria de fuzilamento contra o Eduardo Jorge (Caldas) e não tem acusação contra ele. A mesma coisa contra o Luiz Carlos Mendonça de Barros. O PT, que fazia fiscalização 24 horas por dia no governo FH, não conseguiu provar nada. Não estou dizendo que o Brasil nunca teve corrupção. Isso seria uma bobagem. Estou dizendo que agora saiu de controle. O governo Lula perdeu o controle.

E o governo Dilma?

Lamounier: Vejo a Dilma galopando em dois cavalos. Com um pé ela faz a faxina, e, com outro, agrada à base aliada. Do jeito que está indo, todo mês tem acusação contra alguém. Ela vai lá e faz faxina. O dia em que bater em alguém graúdo do PMDB ou do PT, vai fazer o quê? É capaz de se desmoralizar. O governo tem de mandar para a rua o sujeito com acusações graves e criar mecanismos de reduzir o problema.

Há viés de direita nesses movimentos, como dizem setores de esquerda?

Lamounier: No Brasil existe tradição de rotular todo protesto contra a corrupção como de “direita”. Vem dos anos 50, quando o Partido Comunista e todo o grupo nacionalista, quando começava uma crítica à administração do Getúlio, que era do PSD, diziam: “isso é lacerdismo”, “é udenismo”, “é protesto da classe média moralista”. Eu achava que já tinham esquecido isso, mas não. Eles se esquecem de ler o artigo 37 da Constituição. Ali está escrito que a administração pública se pautará pela probidade, pela impessoalidade e pela eficiência. Protestar a favor da Constituição é ser de direita? Não dá pé, né?

Esta é uma manifestação moralista?

Lamounier: Não tem ninguém propondo ou protestando contra um programa de governo. O problema é a corrupção, que é suficientemente importante. É uma questão moral, é uma questão do uso do seu dinheiro, a carga tributária é muito pesada. É também um protesto de auto-interesse e de cumprimento da Constituição, pela reforma do gasto público. É um protesto moral, mas moralista, não.

O movimento vai evoluir?

Lamounier: Acho que vai permanecer, mas não sei se vai evoluir no sentido de trazer novas bandeiras. Para mim, é irreversível. Está ligado com a consciência tributária do cidadão. Agora, acho que vai crescer e se transformar. Mas precisa achar uma espinha dorsal. Sem bandeiras mais concretas, ele se perde.

A nova classe C está engajada nesse protesto?

Lamounier: O que chamamos de classe C, estatisticamente, corresponde a algo mais que 40% da população. Então, é muito diferenciada internamente. Tenho certeza de que grande parte dela está protestando. Acho que no início foi uma boa idéia dizerem que não querem partidos. Querem caracterizar que é um protesto de cidadãos, de gente que paga imposto. É um movimento predominantemente preocupado com a tributação e o gasto público. A válvula pela qual vem essa ira é a corrupção.

Muitos políticos acham que é um movimento menor.

Lamounier: A mensagem anti-política eles já estão recebendo. A indignação e o ressentimento contra a classe política estão à vista de todos. Basta abrir os olhos. Os políticos demorarem muito a enxergar também não me surpreende. É comum no Brasil.  

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