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terça-feira, 29 de outubro de 2013

Pulmão artificial vai substituir animais em testes de medicamentos

O pulmão artificial replica as condições de um pulmão humano, em condições saudáveis ou com condições patológicas específicas, melhor do que qualquer animal de laboratório. [Imagem: Wyss Institute/Harvard University]
Chip que respira

Um "pulmão em um chip", apresentado por cientistas norte-americanos em Novembro passado, acaba de receber reconhecimento internacional pelo seu potencial para substituir os experimentos de medicamentos em animais.

O pulmão artificial, do tamanho de um pendrive, foi criado pela equipe do professor Donald Ingber, da Universidade de Harvard (EUA).

Nesta semana, ele recebeu o Prêmio 3RS, concedido por uma entidade internacional, com sede no Reino Unido, voltada para reduzir o uso de animais em experimento de remédios para uso humano.

O prêmio reconhece e auxilia a adoção dos avanços científicos e desenvolvimentos tecnológicos mais promissores para substituir, reduzir ou aperfeiçoar a utilização de animais em pesquisas e testes de novos medicamentos e cosméticos.


Pulmão em um chip

O pulmão artificial replica com precisão as condições de um pulmão humano, em condições saudáveis ou com condições patológicas específicas.

O biochip contém canais ocos recobertos com células humanas, imitando tanto a interface entre os tecidos quanto o ambiente físico único encontrado em um pulmão real.

A aplicação de vácuo em sua entrada permite que ele "respire", recriando o modo pelo qual os tecidos fisicamente se expandem e contraem durante a respiração.

Alternativa aos modelos animais

Nos primeiros testes, o aparelho foi capaz de reproduzir as condições observadas no edema pulmonar (acúmulo de líquido nos pulmões), e prever os resultados de um novo medicamento para esta condição que é fatal.


Além disso, o biochip já está permitindo aos pesquisadores obter imagens das células em funcionamento, com alta resolução e em tempo real, além de fazer medições precisas do fluxo de fluidos e a formação de coágulos de sangue.
Nada disso pode ser feito facilmente usando cobaias.


"Esse é exatamente o tipo de progresso que as agências reguladoras do governo, como a FDA (Food and Drug Administration) nos EUA, e as empresas farmacêuticas precisam ver a fim de considerar seriamente uma abordagem alternativa aos modelos animais," disse o professor Ingber.

Fonte: Diário da Saúde, 28/02/2013

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Direitos dos Animais: quando o coração prova que suas razões tem base científica

Não no meu nome
O resgate dos beagles, torturados pelo Instituto Royal, trouxe a questão dos direitos dos animais para o centro da opinião pública (felizmente), provocando muita polêmica. Conservadores - aqueles mesmos opositores de pesquisas com células-troncos e embriões - se unem para chamar de criminosos os que defendem a vida de seres plenamente constituídos com consciência, inteligência, emoções análogas às humanas e, sobretudo, que sentem dor.

Cinicamente dizem que quem é contra pesquisas em animais não deveria usar medicamentos testados em animais, o que abrange praticamente toda a alopatia. Falácia da mais escrota porque sabem que não existe escolha, e essa é uma das razões pela qual se quer acabar com testes nos bichos: para que os medicamentos passem a ser produzidos de outra forma. Enquanto for considerado aceitável que se teste em animais, os psicopatas travestidos de cientistas não procurarão outras alternativas nem utilizarão as já existentes. E todos nós, não só esses conservadores execráveis, ficamos obrigados a ser cúmplices à revelia do horror indescritível feito aos animais.

Não no meu nome
Lembrando que a maioria das doenças que mais afetam os seres humanos (câncer, diabetes, pressão alta, enfartes, derrames) é produzida pelos próprios seres humanos contra si mesmos pela via ambiental e hábitos de consumo insalubres. Basta observar que, apesar de todas as campanhas antitabagistas, muita gente ainda fuma. Animais em laboratório são obrigados a inalar a toxicidade dos componentes do cigarro para ver em quanto tempo adoecem e morrem e projetar a estatística sobre os infames que fumam. Poderia citar outras aberrações, mas deixo para outro texto. Reproduzo abaixo textos e vídeos sobre o tema apontando a verdade atrás dos testes e as alternativas a esse horror (com.links para universidades e centros médicos que produzem alternativas aos testes em animais). O texto é do filósofo Paulo Ghiraldelli, os vídeos com o George Guimarães, o Sérgio Greif e a Luisa Mell (contando todo o histórico da ação que culminou com o resgate dos beagles) . De quebra, também o vídeo 'Si j'avais au moins...' de Mylène Farmer que já havia reproduzido aqui no post Cantora francesa faz tocante vídeo contra o uso de animais em laboratório! 

Destaco o seguinte trecho do texto do Paulo:
Deixaremos de usar animais em teste do mesmo modo que temos procurado nos livrar de agrotóxicos e do mesmo modo que não suportamos ver uma pessoa pertencente a uma minoria ser humilhada. Faremos isso exatamente porque sabemos onde está a mentira, e vamos, em cada luta setorial, conquistar mais gente pelo coração, e integrá-los no trabalho da razão. Essas coisas vão andar mais rápido do que se imagina. E a ciência não vai perder com isso, ao contrário, vai sair ganhando. 
Nietzsche dizia que a ciência não pode ser deixada sozinha, sem comando. É verdade! Temos de tirá-la do comando que hoje está nas mãos da Morte e do Dinheiro. Temos de coloca-la sob o nosso comando, os que não querem que para se criar um esmalte ou um tônico capilar fajuto para uma seborreia fajuta, um cão tenha que ter o fígado inchado durante 6 anos, mantido no cativeiro com dores intensas.
A verdade (e a mentira) sobre a utilidade dos testes com animais

Para filósofo, as pesquisas realizadas com animais servem mais para estimular o mercado de consumo com novos produtos que para melhorias na saúde dos seres humanos

A “revolução dos beagles de São Roque” está rendendo. E muito bem. Já estava mesmo na hora de discutirmos nacionalmente também essa questão, a da utilidade ou não de determinados tipos de pesquisa e o envolvimento com a educação para a crueldade, que pode muito estar atrelada ao modo como se prepara a mão de obra para os laboratórios.

Coloquemos então na mesa a questão objetiva do debate: os testes com animais são mesmo uma necessidade?

Os testes de laboratório com animais, de um modo geral, apontam para uma única “moral da história”: sofrimento atrai sofrimento. Os testes submetem nossos parceiros de vida na Terra a dores e incômodos inauditos. Não se trata de feridas apenas. Muito menos a barbárie é só a de arrancar um olho ou forçar um animal a comer até explodir. O que ocorre é a produção de tumores cancerígenos, deformações internas e externas, mal estar durante toda uma vida. Esse sofrimento todo é pago no altar do bem estar humano? Não! A maior parte dos laboratórios que lidam com testes, no mundo todo, fazem pesquisas encomendadas direta ou indiretamente antes pelos setores militares que pelos ditos setores da saúde.

O que se quer saber é o que é que pode dizimar o homem, fazer o homem sofrer, e quanto o homem pode aguentar tendo ingerido substâncias X ou Y. O que se quer é saber como matar de modo mais eficiente. Isso é tão verdade que, hoje, nenhum cientista responsável arrisca afirmar que o HIV, que provoca a AIDS, não foi produzido em laboratórios ligados a tarefas militares.

Bem, mas uma parte dos laboratórios que se utiliza de testes em animais o faz em função das demandas do setor de saúde, não é verdade? Não! A parte da pesquisa que não é direta ou indiretamente atrelada ao campo militar, serve antes ao dinheiro que à saúde. Os próprios cientistas têm insistido nesse dado: mais de 70% das pesquisas que envolvem testes com animais, e que se diz desligada da área militar, se faz não em torno da busca para curas de doenças, mas em torno da criação de variações de produtos que possam induzir novos consumos. Em muitos casos, até parecem ter a ver com doenças. Mas não tem. O que ocorre é que, criado o produto, aí então se inventa uma deficiência orgânica, ou seja, alguma “doença”, e em seguida mostra-se a cura. Em alguns casos a doença é criada junto com a cura! As drogarias são supermercados - todos sabem disso. Mas os conservadores fingem não ver.

#Doeumconservadorparaoinstitutoroyal
As indústrias de cosméticos e higiene pessoal, alimentos, suplementos alimentares, drogaria para a geriatria e mesmo a indústria da produção de remédios trabalham com a perspectiva de lucro imediato como prioridade, colocando a questão da descoberta da cura de doenças que realmente nos aflige em segundo plano - às vezes em plano nenhum. Mesmo as universidades públicas, no mundo todo, têm trabalhado nesse sistema. Os financiamentos saem antes para a pesquisa que busca criar produtos para a indução de consumo que para a pesquisa que visa a solução de problemas de saúde da população. Nem mesmo as pesquisas para “doenças de ricos” têm prioridade diante da prioridade da criação de produtos que possam ampliar as possibilidades de consumo.

Desse modo, o supérfluo do supérfluo governa de um lado, o necessário para a indústria da morte governa do outro. Os animais sofrem para que nós, depois, possamos sofrer com a ideia da “guerra segura” e com a péssima ideia de que precisamos comprar mais coisas do que necessitamos. Não há lado bom nessa história. Não há mocinho nesse faroeste.

É bobagem dizer “isso é o capitalismo”. Sim, é. E daí? Dizer isso é dizer o nada. Ou melhor, é dizer o tudo em um grau tão genérico que é dizer o nada. O que é necessário é perceber que nenhum dos dois grandes blocos de interesses - o militar e o financeiro - que sustentam os laboratórios que, por sua vez, causam sofrimentos nos animais, diz a verdade sobre a necessidade de testes em animais. Ter animais em laboratórios nem é uma solução “a mais barata”. Os animais estão lá porque o tipo de pesquisa que se faz não é para nos curar de algo, mas para a guerra e para a ampliação inchada do mercado.

Estamos diante da maior mentira do século. Uma mentira contada por gente que está atrelada à fabricação da paz, que é na verdade a indústria da guerra e da morte. Uma mentira também contada por gente que está atrelada à fabricação do bem estar, que é na verdade a indústria do dinheiro e do falso bem estar. Os estudantes que entram nas universidades em cursos que fornecem mão de obra para os grandes laboratórios do mundo todo devem falar a mesma língua. O jogo é duro. Uma única pequena conversa dissidente, questionando o sofrimento dos animais, e o estudante que a promoveu é visto como “não tendo vocação”. É fundamental que o estudante seja antes de tudo um vocacionado para a tortura, caso não, é tido não como uma pessoa sadia mentalmente, mas como um incompetente para as ciências. Os que negam isso são, dentro dos departamentos das universidades, os que mais zelam para isso aconteça. O policiamento nesse ambiente é uma constante.

Não é necessária uma revolução mundial comandada por algum Che Guevara para parar isso de modo a redirecionar tal indústria de horrores. Basta que a cada dia possamos fazer protestos como os que foram feitos contra o Royal, e que apavorou toda a parte da mídia mais à direita (calando a esquerda, que não raro, na sua parte tradicional, é adepta de um iluminismo tacanho). Ali, no protesto contra o Instituto Royal, um nível de consciência pelos direitos dos animais reapareceu em novo patamar. São passos assim que criam níveis diferenciados e ampliados de consciência. É comum que pessoas de formação científica, inteligentes, diante dos protestos, voltem para as suas casas e comecem a pesquisar sobre o assunto, e então entrem para as fileiras dos que já não podem mais admitir o espalhamento da crueldade como algo banal.

Os protestos não clareiam as coisas somente de um lado, mas de todo tipo de lado. E o número de pessoas que acha que sairá ganhando com a indústria da morte e com a indústria do dinheiro-que-falseia-a-felicidade paulatinamente decresce - isso é uma tendência mundial. Nosso desenvolvimento moderno tem sido assim. Temos reformulado e melhorado nossas práticas de vida, em vários setores, dessa maneira.

Deixaremos de usar animais em teste do mesmo modo que temos procurado nos livrar de agrotóxicos e do mesmo modo que não suportamos ver uma pessoa pertencente a uma minoria ser humilhada. Faremos isso exatamente porque sabemos onde está a mentira, e vamos, em cada luta setorial, conquistar mais gente pelo coração, e integrá-los no trabalho da razão. Essas coisas vão andar mais rápido do que se imagina. E a ciência não vai perder com isso, ao contrário, vai sair ganhando.

Nietzsche dizia que a ciência não pode ser deixada sozinha, sem comando. É verdade! Temos de tirá-la do comando que hoje está nas mãos da Morte e do Dinheiro. Temos de coloca-la sob o nosso comando, os que não querem que para se criar um esmalte ou um tônico capilar fajuto para uma seborreia fajuta, um cão tenha que ter o fígado inchado durante 6 anos, mantido no cativeiro com dores intensas.

Paulo Ghiraldelli, 56, filósofo, escritor, cartunista e professor da UFRRJ

Fonte: IG, Último Segundo, 22/10/2013

Lista de grupos comprometidos com estudos dos métodos substitutivos, seus métodos, os avanços já realizados.

Para quem se interessar, quiser ler, quiser mostrar por aí que existem cientistas empenhados pela ética e pelo fim da ciência medieval. Compartilhe, divulgue."
  1. Frente Brasileira pela Abolição da Vivissecação http://www.fbav.org.br/
  2. Fund for The Replacement of Animals in Medical Experiments http://www.frame.org.uk/
  3. John Hopkins Center for Animal Alternatives http://caat.jhsph.edu/
  4. New England Anti Vivisection Society http://www.neavs.org/
  5. Scandinavian Society for Cell Toxicology http://www.ssct.se/
  6. Americans for Medical Advancement http://afma-curedisease.org/
  7. Physicians Committe for Responsible Medicine http://www.pcrm.org/


Sérgio Greif - Uma discussão sobre a experimentação animal e métodos substitutivos. Parte 02 from Eric Yabiku on Vimeo.


Em caso de demorar a carregar: Seria a maior piada do País, diz Luisa Mell sobre ser presa por furto de beagles

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Bill Gates prova a versatilidade do mercado investindo em carne de frango vegetal

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Enquanto esquerdistas culpam o "capitalismo" pela destruição ambiental ("esquecendo" que o capitalismo somos nós mesmos) e os conservadores consideram preocupações com a natureza e os animais coisa de ecochato e da esquerda caviar, Bill Gates, o bilionário da Microsoft, um dos ícones do empreendedorismo internacional, investe em empresa produtora de uma proteína vegetal absolutamente idêntica à carne de frango com a qual se pretende reduzir drasticamente o número de animais mortos para consumo humano. As “tiras de frango vegetal” da Beyond Meat já estão à venda em diversas partes dos Estados Unidos (confira aqui). E leia mais sobre o assunto no artigo abaixo.

Bill Gates e Biz Stone (co-fundador do Twitter) estão entre os investidores da “carne de frango vegetal”

Idêntica à carne de frango convencional no sabor e textura, porém, sem nada de origem animal, mais barata e mais saudável.

Segundo uma matéria publicada na Revista Fortune (leia aqui, em inglês), o bilionário Bill Gates, um dos fundadores da Microsoft, é um dos entusiasmados investidores da empresa vegana “Beyond Meat” (Além da Carne). Com sede na Califórnia, nos Estados Unidos, a empresa criou uma proteína vegetal absolutamente idêntica à carne de frango e pretende com isso reduzir drasticamente o número de animais mortos para consumo humano.

Fundada pelo vegano Ethan Brown, a “Beyond Meat” surpreendeu Gates, que não é declaradamente vegano mas admite que este é o futuro da alimentação humana. Em seu site, Bill Gates não poupou elogios à empresa de Ethan e disse que simplesmente não conseguiu perceber a diferença entre a carne de frango real e a que foi produzida pela “Beyond Meat” (leia aqui, em inglês). Desde então, Gates investe uma quantia não revelada para que a empresa cresça ainda mais.

Outro entusiasta da “Beyond Meat” é o vegano e co-fundador da rede social Twitter Biz Stone. Diferente de Gates, Stone é declaradamente vegano e faz questão de ajudar santuários como o “Farm Sanctuary” (Fazenda Santuário), a quem atribui seu primeiro passo dentro do veganismo. Segundo ele, o trabalho de dezenas de voluntários resgatando animais que iriam para o matadouro e cuidando deles o sensibilizou. Hoje, ele e sua família são veganos.

As “tiras de frango vegetal” da “Beyond Meat” já estão à venda em diversas partes dos Estados Unidos, confira o site da empresa, clique aqui.

A “Beyond Meat” ainda não é mais barata que a carne de frango, mas, segundo Ethan, será em breve. Quando o produto for idêntico, mais barato e mais saudável, as pessoas provavelmente optarão por ele, fazendo com que as indústrias deixem de criar frangos para o abate.

Fonte: Vista-se, 04/10/2013

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Carne de laboratório pode acabar com matança de animais e destruição da natureza

A semana começou bem com essa notícia. Já não como carne faz tempo, por compaixão pelos animais, questões de saúde e ambientais, mas muita gente come e não dá a mínima para as consequências deste triste hábito. Quando convocada a refletir, sai-se com aquela história de que isso é papo de ecochato. Enfim, aquelas cabecinhas. Então, se essa carne de laboratório puder substituir a derivada da matança, será de fato uma revolução em vários sentidos. Destaco o seguinte trecho, mas todo o artigo é um must. Segue também vídeo da geneticista Mayana Zatz falando sobre as células-tronco. 

"Em algumas décadas, chegaremos a 9 bilhões de pessoas vivendo na Terra. Isso significa que todo o impacto ambiental e todos nossos problemas com produção de alimentos que temos agora crescerá enormemente. E a carne é um dos maiores desses problemas. Hoje em dia, 70% da nossa produção agrícola já é dedicada à pecuária e a produção de carne de boi causa ~15% das emissões anuais de gases responsáveis pelo efeito estufa. Em 2050, estima-se que a demanda de carne crescerá em 73% transformando os problemas atuais em PROBLEMÕES."

Cientistas criam hambúrguer artificial em laboratório (e podem ajudar a diminuir a fome no mundo) 

Não, não é de soja, nem geneticamente modificada, nem tem aditivos químicos, nem envolve clonagem… Segundo o professor Mark Post (foto) e sua equipe da Universidade de Maastricht, na Holanda, trata-se de um grupo de células musculares bovinas nutridas e multiplicadas em laboratório. 100% aquela-velha-carne-de-vaca-que-você-tanto-gosta. Dois voluntários provaram o hambúrguer de laboratório pela primeira vez hoje, em Londres. E a única diferença que eles identificaram é que a carne não tem aquele gostinho de gordura.

Funciona assim: depois de retiradas do animal, as células são abastecidas com nutrientes e se multiplicam até formarem tecido muscular em forma de fiozinhos (biologicamente idêntico ao tecido natural). São necessários 20.000 desses fiozinhos para se fazer um hambúrguer. E, claro, sal, ovo e farinha, igual ao hambúrguer normal. A receita também leva suco de beterraba e açafrão pra dar uma corzinha.

Mas, gente, qual é a necessidade disso?

Bom, a resposta a gente já conhece bem. Mas os cientistas que inventaram o processo fornecem alguns dados que evidenciam ainda mais o problema da pecuária num futuro próximo.

Em algumas décadas, chegaremos a 9 bilhões de pessoas vivendo na Terra. Isso significa que todo o impacto ambiental e todos nossos problemas com produção de alimentos que temos agora crescerá enormemente. E a carne é um dos maiores desses problemas. Hoje em dia, 70% da nossa produção agrícola já é dedicada à pecuária e a produção de carne de boi causa ~15% das emissões anuais de gases responsáveis pelo efeito estufa. Em 2050, estima-se que a demanda de carne crescerá em 73% transformando os problemas atuais em PROBLEMÕES.

Esse hambúrguer não está nos mercados (e ainda vai levar um tempo ♫), mas, segundo o professor Post e sua turma, ele tem o mesmo gosto e textura de um hambúrguer comum. O maior empecilho é um do qual sofre a maioria das novas ciências: o preço. A produção de um bolinho de carne desses custa mais de €250,000.

E olha só: células de uma única vaca podem produzir 175 milhões de hambúrgueres de 110g. Atualmente, 440.000 vacas produzem o mesmo. A nova técnica reduziria o espaço necessário para a produção de carne bovina em 99%.

Fonte: Superinteressante, por Vinícius Giba, 05/08/2013

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Para começar a semana com emoção: What a Wonderful world!

David Attenborough e chimpanzés
Vídeo produzido pela BBC com David Attenborough narrando a música "What a Wonderful World", escrita por Bob Thiele e George David Weiss e cantada por Louis Armstrong em 1967, com cenas do documentário VIDA.

I see trees of green, red roses too
I see them bloom for me and you
And I think to myself, what a wonderful world

I see skies so blue and clouds of white
The bright blessed days, the dark sacred night
And I think to myself, what a wonderful world

The colors of the rainbow, so pretty in the sky
Are also on the faces of people going by
I see friends shaking hands, saying, "how do you do?"
They're really saying, "I love you"

I hear babies cry, I watch them grow
They'll learn much more, than I'll never know
And I think to myself, what a wonderful world

Yes, I think to myself, what a wonderful world

sábado, 27 de abril de 2013

Principais marcas que NÃO testam em animais!


PRESTIGIEM AS MARCAS QUE NÃO TESTAM SEUS PRODUTOS NOS BICHOS E ASSINEM E COMPARTILHEM A PETIÇÃO PEDINDO PARA AS EMPRESAS COLOCAREM O SELO DE NÃO TESTADO EM ANIMAIS EM SEUS RÓTULOS.

NOSSA BELEZA E LIMPEZA NÃO PODEM DEPENDER DA TORTURA A SERES VIVOS!

Queremos o selo NÃO TESTADO EM ANIMAIS em produtos de higiene pessoal e limpeza!


quinta-feira, 14 de março de 2013

Brasileiros também querem fim dos testes em animais na indústria de cosméticos

Façam testes nas senhoras suas mães
Apóie a campanha “Liberte-se da Crueldade” assinando a declaração da Humane Society International (HSI), uma das mais importantes organizações de proteção animal no mundo, que pede ao governo brasileiro a proibição de testes em animais feita pela indústria de cosméticos do país.  

Queremos cuidar do visual sim, mas sem dor e sangue nos produtos, sem peso na consciência. Não queremos ser cúmplices à revelia de monstruosidades que - sempre soubemos - nunca foram necessárias.

Brasileiros também querem fim dos testes em animais na indústria de cosméticos
13 de março de 2013 às 11:40

Por Rafaela Pietra (da Redação)

Foto: Divulgação

Depois da recente decisão da União Européia de proibir a comercialização de cosméticos testados em animais, a Humane Society International (HSI), uma das mais importantes organizações de proteção animal no mundo, pede ao governo brasileiro a proibição de testes em animais para a indústria de cosméticos do país com a campanha “Liberte-se da Crueldade”.

Uma pesquisa, realizada pela HSI, conduzida pelo IBOPE, revela que dois terços da população apoia a mudança na legislação. Cerca de 66% dos brasileiros se diz favorável à proibição nacional dos testes em animais para cosméticos e seus ingredientes no Brasil, que seja compatível com as proibições já em vigor na União Europeia e Israel. Essa mesma porcentagem acredita que as empresas de cosméticos que dizem estar comprometidas com a sustentabilidade, proteção do meio ambiente e uso de ingredientes naturais ou orgânicos também devam garantir que eles não testam seus produtos em animais.

“Os testes em animais para cosméticos são desnecessários e desumanos”, disse Helder Constantino, gerente da campanha “Liberte-se da Crueldade” no Brasil. “A proibição dos testes acabará com o sofrimento de inúmeros animais de laboratório que são submetidos a doses altíssimas de produtos químicos que são aplicados nos olhos ou na pele desses animais. Se esses testes forem proibidos, os consumidores poderão escolher e comprar cosméticos estando seguros de que não estarão apoiando esse tipo de crueldade”, diz.

Ação

Ativistas fantasiados de coelhos e roedores se reunirão em frente ao Ministério da Saúde, hoje, ao meio dia, como parte da campanha nacional “Liberte-se da Crueldade”, para acabar com testes em animais para cosméticos no Brasil. Coelhos e outros roedores são as espécies mais comumente usadas em testes de cosméticos.

Com a colaboração da ProAnima, a HSI levará o ato público e pacífico como marca da semana mundial Liberte-se da Crueldade.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), continua a depender fortemente de testes de toxicidade envolvendo coelhos, porquinhos da índia e outros animais para a avaliação da segurança de ingredientes e até mesmo alguns produtos acabados. No entanto, em outras partes do mundo, incluindo o maior mercado mundial de cosméticos (a União Europeia) os testes animais para cosméticos estão proibidos, o que mostra claramente que a experimentação animal não é necessária para a produção de produtos de beleza seguros.

“Os coelhos e os reodores da HSI e da ProAnima trazem uma mensagem séria para o governo: o sofrimento e as mortes dos animais em laboratórios no Brasil são desnecessários e cruéis. Proibir os testes em animais para cosméticos irá acelerar o desenvolvimento de métodos alternativos mais seguros e éticos. Europa e Israel já fizeram isso, a Índia está prestes a fazer o mesmo. O que o Brasil espera?”, declara Helder.

Os voluntários estão engajados em campanhas para promover a conscientização da população para o respeito a todos os animais, a aplicação da legislação existente e o avanço em legislação e políticas públicas para o fim da exploração, crueldade e abuso destes seres.

Simone de Lima, diretora da ProAnima, acredita que a falta de informação é a culpada de tanto sofrimento. “Creio que quase ninguém, em sã consciência, defenda a necessidade de testes cruéis em animais para poder usar um xampu, um batom ou um creme. Basicamente, o uso de produtos testados em animais decorre da falta de conhecimento sobre como são estes testes e sobre as alternativas existentes. Estamos muito felizes com a proibição dos testes na Europa e trabalharemos para que no Brasil a indústria evolua e siga o exemplo de tantas empresas que já aderiram à beleza sem crueldade”, diz.

Você pode participar da campanha “Liberte-se da Crueldade” assinando a declaração, para mostrar que você apoia a proibição dos testes de cosméticos em animais no Brasil.

Compre produtos livre de crueldade e não compre produtos que foram testados em animais.

A consciência é a única saída.

Fonte: ANDA 

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

11 de março: data marcada para proibição de testes em animais na UE

A mais justa das causas porque fala por quem não tem voz
A proibição de testes em animais na UE já tem data marcada
Por Liliana Pinho

A luta

Em 1991, a organização BUAV (fundadora da Cruelty Free International) criou a Coligação Europeia para a Abolição das Experiências com Animais em toda a Europa (ECEAE), com o objetivo de acabar com os testes de cosméticos em animais. Em 1993, a The Body Shop foi a primeira empresa de produtos de beleza a solidarizar-se com a campanha e a abolir as experiências animais. Em 1996 foi apresentada uma petição à Comissão Europeia, com quatro milhões de assinaturas, e que continua a receber subscrições. Em 2012, a BUAV deu vida à Cruelty Free International, a primeira organização mundial dedicada exclusivamente a banir os testes de cosméticos em animais no mundo.

11 de março pode ser o dia em que a União Europeia (UE) vai proibir a importação e venda de produtos cosméticos testados em animais, segundo um comissário europeu. As organizações de defesa dos animais já estão em contagem decrescente.

A luta dos ativistas pelos direitos dos animais pode estar perto de uma nova vitória. Segundo Tonio Borg, Comissário Europeu da Saúde e Defesa do Consumidor, que deu a conhecer a informação, a importação e venda de cosméticos testados em animais vai mesmo ser proibida na União Europeia (UE), a partir de 11 de março deste ano.

“Acredito que a proibição deverá entrar em vigor em março de 2013, pois o Parlamento e o Conselho já decidiram”, lê-se na carta que Borg endereçou aos ativistas, divulgada pela Newswire. O comissário acrescenta ainda que a proibição não deve ser “adiada ou revogada”, já que esta decisão já vinha sendo planejada e consequentemente adiada desde 2009.

Esta medida vai impedir a venda de todos os produtos e ingredientes cosméticos na União Europeia, dos sabonetes às pastas de dentes, que tenham sido testados em animais – seja qual for a parte do mundo em que tal tenha acontecido.

Várias organizações já estão em contagem decrescente

A novidade está a deixar várias entidades satisfeitas, principalmente a cadeia The Body Shop e a organização Cruelty Free International que há mais de 20 anos levam a cabo uma campanha pelo fim dos testes em animais.

Paul McGreevy, diretor de valores internacionais da The Body Shop, realçou a “grande conquista” que considera como o esperado “encerramento de um capítulo”, já que, afirma, “o futuro da beleza deve ser sem crueldade”. Michelle Thew, diretora executiva da Cruelty Free International, garante que esta decisão é só o começo e diz continuar a lutar “para garantir que o resto do mundo seguirá o mesmo caminho”, disse .

Os defensores dos animais já estão em contagem decrescente para a data marcada e já têm algumas iniciativas comemorativas programadas. Mais mais importante ainda, esperam conseguir assim “inspirar” outros países a banir os testes em animais, como é o caso da China.

Fonte: JPN

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Mais um golpe no antropocentrismo: “A pesquisa científica com animais é uma falácia”, diz médico Ray Greek

Dr. Ray Greek
Anda cada vez mais difícil para os antropocêntricos, que acham que a natureza está aí para nos servir, o que inclui os animais, sustentar seus anticompassivos pontos de vista.

Hoje não só ativistas de direitos dos animais mas inclusive cientistas levantam suas vozes contra os maltratos (muitas vezes verdadeiras abominações) cometidas pelos humanos contra nossos vizinhos de planeta. Em meados deste ano, cientistas redigiram um manifesto onde declaram que animais têm consciência (veja o vídeos ao fim da postagem). Qualquer dono de pet sabe bem disso, mas não somos "otoridades" científicas para merecer crédito.

Em outubro, foi a vez do médico Ray Greek contestar o uso de animais em laboratório (essa aberração) não em nome da ética mas da ciência. Reproduzo sua entrevista abaixo e destaco o trecho onde ele diz a verdadeira razão para a existência de testes em animais: a ganância e a corrupção.

Destaque: Se isso fosse verdade os cientistas já teriam abandonado o modelo animal. Por que isso não aconteceu ainda? 
Porque o trabalho deles depende disso. Nos Estados Unidos, a maior parte da pesquisa médica é financiada pelo Instituto Nacional de Saúde [NIH, em inglês]. O orçamento do NIH gira em torno de 30 bilhões de dólares por ano. Mais ou menos a metade disso é entregue a pesquisadores que realizam experimentos com animais. Eles têm centenas de comitês e cada comitê decide para onde vai o dinheiro. Nos últimos 40 anos, 50% desse dinheiro vai, anualmente, para pesquisa com animais. Isso acontece porque as próprias pessoas que decidem para onde o dinheiro vai, os cientistas que formam esses comitês, realizam pesquisas com animais. O que temos é um sistema muito corrupto que está preocupado em garantir o dinheiro de pesquisadores versus um sistema que está preocupado em encontrar curas para doenças e novos remédios.

“A pesquisa científica com animais é uma falácia”, diz o médico Ray Greek

Médico americano afirma que a pesquisa com animais atrasa o avanço do desenvolvimento de remédios

Há 20 anos, Ray Greek abandonou o consultório para convencer a comunidade científica de que a pesquisa com animais para fins médicos não faz sentido. Greek é autor de seis livros, nos quais, sem recorrer a argumentos éticos ou morais, tenta explicar cientificamente como a sua posição se sustenta. Em 2003 escreveu Specious Science: Why Experiments on Animals Harm Humans(Ciência das Espécies: Por que Experimentos com Animais Prejudicam os Humanos, ainda não publicado no Brasil) e o mais recente em 2009: FAQs About the Use of Animals in Science: A Handbook for the Scientifically Perplexed (Perguntas e Respostas Sobre o Uso de Animais na Ciência: Um Manual Para os Cientificamente Perplexos). Ele garante que sua motivação não é salvar os animais, mas analisar dados científicos. 

Além disso, Greek uniu esforços com outros médicos americanos e fundou a Americans for Medical Advancement, uma organização sem fins lucrativos que advoga métodos alternativos ao modelo animal. Em entrevista para VEJA, ele diz porque, na opinião dele, a pesquisa com animais para o desenvolvimento de remédios não é necessária.

O senhor seria cobaia de uma pesquisa que está desenvolvendo algum remédio?
Claro. Se a pesquisa estivesse sendo conduzida eticamente eu seria voluntário. Milhares de pessoas fazem isso todos os dias. Por vezes elas doam tecido para que possamos aprender mais sobre uma doença, em outros momentos ingerem novos remédios para o tratamento de doenças na esperança que a nova droga apresente alguma cura.

E se o medicamento nunca tivesse sido testado em animais?
A falácia nesse caso é de que devemos testar essas drogas primeiro em animais antes de testá-las em humanos. Testar em animais não nos dá informações sobre o que irá acontecer em humanos. Assim, você pode testar uma droga em um macaco, por exemplo, e talvez ele não sofra nenhum efeito colateral. Depois disso, o remédio é dado a seres humanos que podem morrer por causa dessa droga. Em alguns casos, macacos tomam um remédio que resultam em efeitos colaterais horríveis, mas são inofensivos em seres humanos. O meu argumento é que não interessa o que determinado remédio faz em camundongos, cães ou macacos, ele pode causar reações completamente diferentes em humanos. Então, os teste em animais não possuem valor preditivo. E se eles não têm valor preditivo, cientificamente falando, não faz sentido realizá-los.

Mas todos os remédios comercializados legalmente foram testados em animais antes de seres humanos. Este não é um caminho seguro?
Definitivamente não. As estatísticas sobre o assunto são diretas. Inclusive, muitos cientistas que experimentam com animais admitiram que eles não têm nenhum valor preditivo para humanos. Outros disseram que o valor preditivo é igual a uma disputa de cara ou coroa. A ciência médica exige um valor que seja de pelo menos 90%. 

Esses remédios legalmente comercializados e que dependeram de pesquisas científicas com animais já salvaram milhões de vidas...
A indústria farmacêutica já divulgou que os remédios normalmente funcionam em 50% da população. É uma média. Algumas drogas funcionam em 10% da população, outras 80%. Mas isso tem a ver com a diferença entre os seres humanos. Então, nesse momento, não temos milhares de remédios que funcionam em todas as pessoas e são seguros. Na verdade, você tem remédios que não funcionam para algumas pessoas e ao mesmo tempo não são seguros para outras. A grande maioria dos remédios que existe no mercado são cópias de drogas que já existem, por isso já sabemos os efeitos sem precisar testar em animais. Outras drogas que foram descobertas na natureza e já são usadas por muitos anos foram testadas em animais apenas como um adendo. Além disso, muitos remédios que temos hoje foram testados em animais, falharam nos testes, mas as empresas decidiram comercializar assim mesmo e o remédio foi um sucesso. Então, a noção de que os remédios funcionam por causa de testes com animais é uma falácia. 

Se isso fosse verdade os cientistas já teriam abandonado o modelo animal. Por que isso não aconteceu ainda? 
Porque o trabalho deles depende disso. Nos Estados Unidos, a maior parte da pesquisa médica é financiada pelo Instituto Nacional de Saúde [NIH, em inglês]. O orçamento do NIH gira em torno de 30 bilhões de dólares por ano. Mais ou menos a metade disso é entregue a pesquisadores que realizam experimentos com animais. Eles têm centenas de comitês e cada comitê decide para onde vai o dinheiro. Nos últimos 40 anos, 50% desse dinheiro vai, anualmente, para pesquisa com animais. Isso acontece porque as próprias pessoas que decidem para onde o dinheiro vai, os cientistas que formam esses comitês, realizam pesquisas com animais. O que temos é um sistema muito corrupto que está preocupado em garantir o dinheiro de pesquisadores versus um sistema que está preocupado em encontrar curas para doenças e novos remédios.

Onde estaria a medicina se não fosse a pesquisa com animais?
No mesmo lugar em que ela está hoje. A maioria das drogas é descoberta utilizando computadores ou por meio da natureza. As drogas não são descobertas utilizando animais. Elas são testadas em animais depois que são descobertas. Essas drogas deveriam ser testadas em computadores, depois em tecido humano e daí sim, em seres humanos. Empresas farmacêuticas já admitiram que essa será a forma de testar remédios no futuro. Algumas empresas já admitiram inúmeras vezes em literatura científica que os animais não são preditivos para humanos. E essas empresas já perderam muito dinheiro porque cancelaram o desenvolvimento de remédios por causa de efeitos adversos em animais e que não necessariamente ocorreriam em seres humanos. Foram bilhões de dólares perdidos ao não desenvolver drogas que poderiam ter dado certo.

Como as pesquisas deveriam ser conduzidas?
Deveríamos estar fazendo pesquisa baseada em humanos. E com isso eu quero dizer pesquisas baseadas em tecidos e genes humanos. É daí que os grandes avanços da medicina estão vindo. Por exemplo, o Projeto Genoma, que foi concluído há 10 anos, possibilitou que muitos pesquisadores descobrissem o que genes específicos no corpo humano fazem. E agora, existem cerca de 10 drogas que não são receitadas antes que se saiba o perfil genético do paciente. É assim que a medicina deveria ser praticada. Nesse momento, tratamos todos os seres humanos como se fossem idênticos, mas eles não são. Uma droga que poderia me matar pode te ajudar. Desse modo, as diferenças não são grandes apenas entre espécies, mas também entre os humanos. Então, a única maneira de termos um suprimento seguro e eficiente de remédios é testar as drogas e desenvolvê-las baseados na composição genética de indivíduos humanos. Para se ter uma ideia, a modelagem animal corresponde a apenas 1% de todos os testes e métodos que existem. Ou seja, ela é um pedaço insignificante do todo. O estudo dos genes humanos é uma alternativa. Quando fazemos isso, estamos olhando para grandes populações de pessoas. Por exemplo, você analisa 10.000 pessoas e 100 delas sofreram de ataque cardíaco. A partir daí analisamos as diferenças entre os genes dos dois grupos e é assim que você descobre quais genes estão ligados às doenças do coração. E isso está sendo feito, porém, não o bastante. Há também a pesquisa in vitro com tecido humano. Virtualmente tudo que sabemos sobre HIV aprendemos estudando tecido de pessoas que tiveram a doença e por meio de autópsias de pacientes. A modelagem computacional de doenças e drogas é outra saída. Se quisermos saber quais efeitos uma droga terá, podemos desenvolvê-la no computador e simular a interação com a célula.

Mas ainda não temos informações suficientes para simular o corpo humano no computador...
Temos sim. Não temos informações suficientes para criar 100% do corpo humano e isso não vai acontecer nos próximos 100 anos. Mas não precisamos de toda essa informação. O que precisamos é saber como e do que um receptor celular é constituído — isso já sabemos — e a partir daí podemos desenvolver, no computador, remédios baseados nas leis da química que se encaixem nesses receptores. Depois disso, a droga é testada em tecido humano e depois em seres humanos. Antes disso acontecer, contudo, muitos testes são feitos in vitro e em tecidos humanos até chegar em um voluntário humano.

Um computador não é um sistema vivo completo. Como é possível garantir que essa droga, que nunca foi testada em animais, não será nociva aos seres humanos?
A falácia nesse argumento é que os macacos e camundongos, por exemplo, são seres vivos, mas não são seres humanos intactos. E esse argumento seria muito bom, se ele não fosse tão ruim. Drogas são testadas em macacos e camundongos intactos por quase 100 anos e não há valor preditivo no sentido de dizer quais serão os efeitos da droga no ser humano. O que essas pesquisas têm feito, na verdade, é verificar o que essas drogas causam em macacos e em seres humanos separadamente e não há relação. Por isso, o que dizem é meramente retórico, não há nenhuma base científica.

O senhor já fez experimentos com animais. O que o fez mudar de ideia?
Meu posicionamento mudou apenas uma década depois que terminei a faculdade de medicina. Minha esposa é veterinária e comecei a notar como tratávamos nossos pacientes de maneira muito diferente. Comecei a notar também que alguns remédios funcionam muito bem em animais, mas não funcionam em humanos e algumas drogas funcionam em humanos, mas não podem ser usadas em cães, mas podem ser usadas em gatos e assim por diante. Não estou dizendo que os animais e os humanos são exatamente opostos, não é isso. Eles têm muito em comum.

A semelhança genética de 90% entre humanos e camundongos não é suficiente? 
Aparentemente não. Porque os dados científicos dizem que não. Não me interessa se somos suficientemente semelhantes aos animais para fazer testes neles ou não. A minha interpretação é científica. E a ciência diz que não somos. Na minha experiência clínica isso é verdade porque não conseguimos prever nem quais serão os efeitos de um remédio no seu irmão, realizando testes em você. Algumas drogas que você pode tomar, seu irmão não pode, por exemplo. Contudo, eu não sou contra todo tipo de experimento com animais. É possível recorrer aos animais para utilização de algumas partes. Por exemplo, podemos utilizar a válvula cardíaca de um porco para substituir a de seres humanos. Além disso, é possível cultivar vírus, insulina, mas isso não é pesquisa. O fracasso está em utilizar modelos animais para prever o que irá acontecer com um ser humano. Um ótimo exemplo disso é a Aids. Os animais não desenvolvem essa doença, de jeito nenhum. Eles sofrem de doenças parecidas com a Aids, mas por causa de vírus completamente diferentes. E os sintomas são muito diferentes dos manifestados em pacientes aidéticos. Por isso, não há correlação.

O senhor é contra o eventual sacrifício de animais em pesquisas científicas com o objetivo de salvar milhões de vidas humanas? 
Eu não tenho nenhum problema com isso. Meu problema com pesquisa animal não é de cunho ético e sim, científico. É como dizer que estamos em um cruzeiro atravessando o oceano Atlântico e um indivíduo cai na água e está se afogando. Ele precisa é de um salva-vidas mas não temos nenhum, então vamos arremessar 1.000 cães na água. Por que arremessar os cães na água já que eles não vão salvar a vida da pessoa? Você pode construir um argumento ético dizendo que é aceitável afogar esses cães mas o que eu quero dizer é que a pessoa precisa de um salva-vidas e não 1.000 cães afogados. E é exatamente isso que estamos fazendo com a pesquisa animal. Estamos matando cães pelo bem de matar cães. Não porque matá-los irá trazer a cura para doenças como a Aids ou o Alzheimer.


Fonte: Veja,16/10/2010;

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Tire os óculos e preste atenção em mim!!

De fato, queria os óculos para mim
Momento fofura, só para espairecer! Gatinho quer fazer carinho na dona e acha que seus óculos (dela...rss) atrapalham. Então não deixa os óculos no nariz da mami. Vejam só!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Festival de vídeos de gatos na internet

Proteja os pretinhos nesta sexta 13
Quem pode ser ao mesmo tempo bonito, elegante, fofo e divertido? Só mesmo um gato, essa criatura que também é considerada, segundo o Animal Planet, o maior predador do planeta.

Pensou que o maior predador fosse o leão, o tigre, o tubarão!? Não, é aquele fofo que está ali deitado em sua cama, no sofá, em cima da mesa, nos lugares mais impossíveis.

Acontece que tamanho não é mesmo documento, e o pequeno felino é considerado o maior predador da Terra porque simplesmente caça tudo que pode no ar, na terra e até na água (alguns encaram a água principalmente quando é para obter um peixe fresquinho).

De qualquer forma, não é por suas habilidades de predador supremo que os gatos são o maior sucesso na Internet, com vídeos que alcançam milhões e milhões de acessos. É por suas fofura e traquinagens que eles imperam soberanos nesse inóspito território virtual.

O sucesso é tanto que já gerou uma divisão específica de uma agência de publicidade, a John St.,  onde se pretende vender de tudo tendo como garotos-propaganda os gatos, gatos-propaganda (só espero que nessas não abusem dos bichanos). Gerou também um festival de vídeos de gatos na internet com versão offline, chamada Open Field, a ser realizada, em Minneapolis, nos Estados Unidos, no dia 30 de agosto.

E você pode participar indicando, até o dia 30 de julho, seus vídeos preferidos, com gatos como protagonistas, para serem exibidos no festival. Basta copiar o endereço (URL) do(s) vídeo(s) e colá-lo(s) no formulário de indicação do Festival.

Todos os gatos merecem essa homenagem, dos vira-latas pretinhos que, nesta sexta-feira 13, precisam de especial proteção contra os humanos de má índole (Azar é não ter o amor de um gato preto), até os suntuosos maine coons.

Como exemplo de um vídeo do gênero, segue abaixo as imagens de um gatinho em slow motion, já exercitando sua natureza de caçador.   

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Por isso uma imagem vale mais do que mil palavras


Bebê gorila dorme no aconchego de sua mãe num Zoológico de Frankfurt. Uma foto que diz tanta coisa que nem precisa ser comentada.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Para os cegos antropocêntricos verem seu real tamanho: a beleza e a grandiosidade da Natureza

Não sou nenhuma "melancia" (verde por fora e vermelha por dentro), mas levo a questão ambiental a sério. Não atentar para o impacto da ação humana no meio ambiente - achando que a Natureza está aí para nos servir - é tão imbecil quanto simplesmente culpar o capitalismo pelos problemas ecológicos e pregar sua destruição por conta disso. O capitalismo somos nós que produzimos e consumimos. E somos nós que podemos e precisamos criar uma economia sustentável.  

Entretanto, quando se vê que até para trocar as sacolinhas plásticas no supermercado pelas retornáveis, que, aliás, são bem mais práticas do que as plásticas, cria-se um tremendo escarcéu, a gente fica muito pessimista. O egoísmo e a alienação humanos usurpam o futuro da humanidade e da vida no planeta. A humanidade precisa mudar seus paradigmas e se dar conta de seu real tamanho face à grandiosidade da Natureza. E aprender  a conviver com ela em vez de querer submetê-la. O vídeo abaixo mostra o quanto. Beleza pura!

 Veja em tela inteira. Resolução em até 720p HD.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Clipping legal: Profetas do apocalipse

Economia sustentável
sem profetas do apocalipse
Texto equilibrado do agrônomo Xico Graziano sobre este tema tão complexo e tão importante que é o tema ambiental. Não resta dúvida do quanto é falacioso culpar o "capitalismo" pela destruição ambiental. Afinal, o "capitalismo" somos todos nós que produzimos e consumimos. Ele não existe como um senhor que anda por aí destruindo o planeta. Por isso mesmo, também não tenho dúvida de que a economia de mercado pode se tornar sustentável, mas, para isso, torna-se imprescindível, em primeiro lugar, mudar o paradigma antropocêntrico que vemos em muitos discursos liberais do tipo a natureza está aí "para nos servir".

A natureza não serve a ninguém, a não ser a si mesma. Chove porque chove, não para dar de beber aos seres humanos ou irrigar suas plantações. Da mesma forma, quando se convulsiona em terremotos, furacões, tsunamis, etc., não o faz para castigar nossa espécie. A natureza é impessoal. Nós a personalizamos por razões estilísticas, mas ela é totalmente impessoal e indiferente ao destino dos que habitam sua crosta terrestre.

Da mesma forma que, antes de ter criado o homo sapiens, já havia gerado outros seres que viveram na Terra durante milhares de anos sem nossa presença, a natureza pode hoje criar um vírus tão letal aos humanos e tão rapidamente transmissível que os cientistas não tenham tempo de produzir uma vacina que salve nossa espécie da extinção. E apesar da nossa ausência, a natureza continuará existindo e seus outros filhos também, talvez até mais à vontade sem nossas ações predatórias.

Não sei como resolver o problema de diminuir a pobreza e criar uma economia sustentável sem mudar essa visão antropocêntrica, sem alterar o padrão atual de consumo e sem enfrentar a necessidade de refrear o crescimento populacional humano, principalmente considerando que este último tópico levanta fortes objeções tanto à "direita" quanto à "esquerda", de tal forma que sua mera citação já leva a rotulações simplistas de neomalthusianismo.

O que sei com certeza, contudo, é que igualmente não será às voltas com os profetas do apocalipse que chegaremos a algum lugar como bem explica o texto do Xico Graziano. Vale a leitura.

Profetas do apocalipse

Xico Graziano

Acabou a Rio+20. Afora as frustrações advindas da falta de ousadia, esquentar o tema do desenvolvimento sustentável foi o grande mérito da conferência. Jamais tantas notícias socioambientais se destacaram no mundo. Por outro lado, a profusão de discursos criou uma espécie de Torre de Babel ecológica. Todos falam, mas poucos se entendem. Haverá tempo para salvar o planeta?

Começa pela arrogância humana a série de controvérsias que permeia o recente debate ambiental. Querer "salvar o planeta" exibe uma soberba incomparável na história da humanidade. Tal ideia, absurda, radicaliza a visão antropocêntrica, creditando ao ser humano uma prepotência acima de qualquer outra atribuída a ele, dono do universo e dos planetas. Imagine.

Na Idade Média, o Iluminismo deu força à razão. O intelecto, alimentado pela ciência, livrou o homem do desígnio divino, subjugado pela natureza bruta. Seu destino começou a ser moldado com ajuda da tecnologia, representando, ao sair das trevas medievais, passo fundamental da civilização. Floresceu o humanismo.

Mas a evolução tecnológica combinada com a explosão populacional gerou, séculos depois, um crescimento econômico agressivo aos recursos naturais. O homem, que pensava tudo poder, começou a sofrer as consequências da destruição de seu próprio habitat. A crise ambiental lhe ofereceu pílulas de humildade que, ingeridas com mínima visão holística, fizeram bem à humanidade. Surgiu o conceito do desenvolvimento sustentável.

Na abertura da Conferência da ONU no Rio de Janeiro, o vídeo Bem-vindo ao Antropoceno retomou, noutro nível, esse debate filosófico. Vai esquentar a discussão. Quem propõe substituir a atual era geológica do Holoceno - que vige desde o último período glacial, há 12 mil anos - pela nova denominação assume que as atividades humanas se sobrepõem às forças cósmicas. Representa a maior das ousadias da mente humana. E, talvez, o pior dos equívocos.

Tem sido terrível perceber a queda na compreensão de que o perigo ecológico ronda a civilização humana, não o planeta Terra. Até então a dubiedade, elementar, permanecia quase que restrita às salas de aula, afetando principalmente crianças, estimuladas pelo idealismo dos mestres a defenderem o meio ambiente. Nestes dias, porém, pulularam campanhas e matérias jornalísticas dando dicas de como "salvar o planeta". Uma bobagem inigualável.

Os problemas ecológicos afetam, e comprometem, isso, sim, o futuro da humanidade. A pressão sobre os recursos naturais, se continuar aumentando, trará reveses na qualidade da existência humana. Em certas partes do mundo, populações padecem com a falta de água potável, sofrem com a poluição da atmosfera, amargam com a desertificação. O planeta nem liga. Basta uma dose de insignificância humana para perceber a diferença.

Esconde-se, aqui, um lamentável engano. O ambientalismo começou a tratar o gás carbônico (CO²), conhecido na biologia e na agronomia como o "gás da vida", como um vilão planetário, responsável pelo efeito estufa da Terra. Ora, a absorção do CO² através dos estômatos das plantas permite realizar a fotossíntese, processo vital que transforma energia solar em energia química, base dos carboidratos e proteínas vegetais. Libera, ademais, oxigênio no ambiente.

Entrou na moda "neutralizar" as emissões de CO² à busca de um certificado de boa conduta ambiental. Noutro dia, um ônibus circulava nas ruas da capital paulista entupindo a atmosfera com fumaça preta, embora ostentando logo acima do sujo escapamento um lindo dizer: "carbono neutro". Licença para poluir.

A teoria do aquecimento global anda crescentemente contestada pelos cientistas "céticos". Veremos qual o fim dessa polêmica. Em qualquer hipótese, porém, é inaceitável considerar o gás carbônico no capítulo da poluição. Esse absurdo conceitual embaralha a mente das pessoas e alivia a barra dos verdadeiros poluidores. Há quem acredite, por exemplo, ser o arroto bovino mais danoso à atmosfera que o escapamento dos automóveis. Risível.

O caldo das novas formulações está criando uma charada indecifrável. Sem entender direito dos assuntos, as pessoas tendem ao repeteco dos chavões, onde tudo se mistura, se confunde, se banaliza na vontade de, orgulhosamente, ajudar a "salvar o planeta".

Que ninguém duvide: graves ameaças ecológicas afetam a civilização humana. O conflito entre a população, que continua crescendo, e os finitos recursos planetários tende ao colapso. O avanço tecnológico auxilia, constantemente, na superação dos obstáculos. Mas, como diria o caboclo do interior, o buraco é mais embaixo. Em algum momento deverá haver radical modificação no modo de vida.

Por que algumas sociedades tomam decisões desastrosas? A intrigante pergunta faz Jared Diamond nos capítulos finais de Colapso, seu famoso livro. Na resposta, obviamente, se encontram variadas razões. Nem sempre foram capazes de diagnosticar corretamente seus problemas. Muitas vezes seus líderes foram imediatistas, não estadistas, que olham longe.

Jamais, porém, aconteceu de as sociedades pregressas apostarem no atraso para vencer seus desafios. O dilema civilizatório atual somente se resolverá na base do conhecimento aliado ao convencimento, uma mistura de liderança visionária com educação ambiental. A solução passa longe do vandalismo demonstrado pelo MST ao destruir, no último dia da Rio+20, o stand da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA). Atitude fascista.

Pior. Espanta perceber a atração de certo ambientalismo - aquele messiânico - por esse viés autoritário. Urge distância desses (falsos) profetas do apocalipse.

* AGRÔNOMO, FOI SECRETÁRIO DE AGRICULTURA E SECRETÁRIO DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO. E-MAIL: XICOGRAZIANO@TERRA.COM.BR  FONTE: ESTADÃO

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Azar é não ter o amor de um gato preto

Cléo Pires e um lindo gato preto
Meu primeiro gato, melhor gata, foi preto. Eu a encontrei na calçada de uma galeria de artes que havia na esquina da rua Bela Cintra com a Av. Paulista. Era um bebê que fora largada ali ou tinha escapado de algum dos prédios. A primeira hipótese é a mais provável. 

Eu estava passando de carro quando a avistei. Não resisti a socorrê-la, embora não entendesse nada de gatos. Parei o carro onde pude e fui resgatar a gata. Eu a peguei sem jeito, inepta que era com felinos e, assustada, ela me arranhou, mas consegui colocá-la no carro e levá-la para meu apartamento. Escondeu-se sob um dos assentos do carro e deu um trabalhão para tirá-la de lá. Minha ideia era entregá-la para uma amiga que a levaria para casa da mãe que morava numa casa e tinha outros gatos.

Mas a amiga acabou me convencendo a ficar com a gata. Disse que gatos eram muito limpinhos. Bastava pôr uma caixinha com areia que lá eles iam fazer suas necessidades e depois cobri-las com todo o asseio. E que gatos dormiam a maior parte do tempo e consumiam pouco. Enfim, não davam trabalho nem grandes custos.

Assim fiquei com a pretinha, achando que ela seria apenas mais um enfeite das almofadas. Dei a ela o nome de Catarina. Para minha surpresa, contudo, Catarina se revelou bem mais do que um enfeite de almofadas e me introduziu no mundo maravilhoso desses pequenos felinos. Sobretudo, derrubou um dos mitos mais tolos a respeito dos gatos: o de que eles não são apegados aos donos e sim à casa. Pode ser que eles gostem das casas também, mas o que apreciam mesmo é o dono ou dona, ou melhor, os amigos humanos com que convivem.  Querem ficar no nosso colo, na nossa cama, e até nos acompanhar ao banheiro. Deitam-se no sofá, quando vemos TV, postam-se ao nosso lado,  ou em cima da mesa, se houver, quando trabalhamos em frente ao computador. 

Há 11 anos agora, moro em uma casa bem espaçosa com quintal, jardim, muito lugar para tomar sol, o que os gatos adoram. Quando cheguei, fiz um gatil para eles na garagem com toda privacidade e conforto. Nunca quiserem ficar por lá. Querem mesmo é estar junto da gente, e assim passaram a morar dentro de casa...rsss 

Quanto a serem dorminhocos, é fato. Principalmente depois de adultos, dormem um bocado, um sonho de anjos de largos bigodes. Mas também brincam, principalmente quando pequeninos. No primeiro ano de vida, os gatinhos são um azouge (palavrinha velha essa, hem?), super-agitados e brincalhões. Matam a gente de rir de tanto que aprontam com suas estrepolias e capacidades mágicas. Mas, mesmo depois de adultos, ainda se (e nos) divertem com qualquer pedaço de barbante, bolinhas de pingue-pongue, caixinhas de papelão.

E cada um tem sua personalidade e inteligência. Catarina era muito esperta e toda elegante, embora um pouco geniosa. Brincava com tanta graça que até lhe dediquei um versinho em que dizia: "Catarina quando brinca tem tanta graça que até penso que Deus existe". Aprendeu a abrir as portas dos cômodos das casas se pendurando nas maçanetas e ensinou a uma outra gata, que depois lhe arrumei de companhia, a fazer o mesmo. Foi necessário arrumar chaves para todas as portas a fim de evitar a invasão felina em momentos inadequados.

Catarina morreu aos 16 anos de câncer no pulmão. Tive que sacrificá-la, pois seu sofrimento era  muito intenso. Embora eu seja muito apegada à vida, nesse dia senti de fato vontade de morrer também. Racionalmente, sei que fiz o correto, pois ela já nem conseguia respirar direito, e os animais não tem o apoio médico que os humanos em estado terminal têm. Mas, emocionalmente, meu coração ficou em frangalhos, e a vida me pareceu sem sentido por um bom tempo.

Agora, em defesa dos bichos, celebridades estão promovendo uma campanha "fashion" (veja dados abaixo). Numa das imagens, a que veem no início do post, Cléo Pires aparece com um lindo gato preto. Na chamada da foto se lê: Azar é não ter o amor de um gato preto. É mesmo! Eu tive muita sorte.

A campanha é composta de exposição que será aberta hoje, no shopping Iguatemi, em São Paulo. São 12 fotos, 12 temas, com fotos de gente famosa e de integrantes da ONG Ampara Animal, que organiza e empresta o nome à mostra. Até o próximo dia 22, a exposição fica no Espaço Fashion do Iguatemi. Depois, segue para os shoppings Villa-Lobos e o Higienópolis. A mostra é aberta ao público. Uma caixinha estará à disposição para receber doações. Veja outras fotos e mais informações.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Urgente: Assinar petição contra revogação de leis que criminalizam maltratos contra animais

Integrantes da Adote Um Gatinho
Abaixo texto de newsletter que recebi e que muito me preocupou. Os maltratos contra os animais costumam ficar praticamente sem punição. E não é que agora tem gente querendo ainda por cima abrandar as punições? Veja o texto abaixo, entenda o que se passa e assine a petição contrária a esse absurdo pelo site do Crueldade Nunca Mais ou por este link.

Queridos amigos, 

Essa newsletter é para pedir ajuda para algo muito, muito importante. Vocês sabem que a Justiça no Brasil deixa muito a desejar e a impunidade reina. Quando se trata de defender os animais, tudo vira piada e saibam que a situação pode ficar ainda pior!

Hoje os animais domésticos e silvestres são protegidos pelo artigo 32 da Lei dos Crimes Ambientais 9605/98. Uma lei que precisa ser melhorada, detalhada e prever punição diferente para os diversos tipos de maus tratos. Está em discussão a reforma do Código Penal Brasileiro e há notícias de que essa lei seria encampada, ou seja, anulada no Novo Código Penal. Além disso, fala-se que as condutas já previstas como crime passariam a serem consideradas apenas meras infrações administrativas. Isso significa que não haveria mais punição, prisão, nada do tipo: o infrator seria punido apenas com multas.

A situação pode se tornar ainda mais grave. Existe o risco dos animais domésticos serem tirados do artigo 32 ou ainda o artigo 32 pode desaparecer completamente. Resultado: os animais ficariam totalmente desprotegidos, sem amparo legal algum. E sabem o que acontece com a moça de Goiânia que espancou o Yorkshire na frente da filha? Sabem o que acontece com a Dalva, a assassina de centenas de animais na Vila Mariana? NADA, porque se maus tratos aos animais não for mais crime elas não têm ao que responder! E de que adiantou toda a mobilização na imprensa, a nossa revolta, a manifestação na Avenida Paulista com 20 mil pessoas e em tantos outros lugares? NADA!

Não podemos permitir esse retrocesso e, por isso, as ONGs e todos os amantes dos animais estão se reunindo em um único abaixo-assinado. Temos pouquíssimo tempo para mostrarmos que somos milhares, milhões de pessoas que se importam com os animais e que somos contra a descriminalização dos maus tratos. Temos muito pouco tempo para fazermos muito barulho e chamarmos a atenção. Temos que mostrar que a população se importa com os bichos, que quer punição. A causa tem que ser notada lá em Brasília para que os animais tenham uma chance. A ideia é nos juntarmos, mostrarmos que estamos aqui por eles e pressionar para que ao menos tudo continue como está. Triste demais, mas é a realidade.

Então, por favor, assinem a petição no site do Movimento Crueldade Nunca Mais: www.crueldadenuncamais.com.br Os dados são sigilosos, fiquem tranquilos: os emails cadastrados não serão usados de nenhuma forma!

Se quiserem ajudar mais, divulguem a campanha. No site www.crueldadenuncamais.com.br, a versão impressa da petição está disponível para download ; conversem com seus amigos; passem o abaixo-assinado para a sua família ou na sua sala de aula; colem um cartaz no mural da sua escola ou trabalho. Cada assinatura vale ouro, ou melhor, vidas.

No video abaixo, Fernanda Paes Leme, Paulo Vilhena, Débora Nascimento e Thaila Ayala mostram sua adesão à campanha.

Contamos com a sua ajuda, pois o momento é agora! Nós, do Adote um Gatinho, já assinamos a petição. Assine você também AGORA: www.crueldadenuncamais.com.br

Susan, Juliana e voluntários do Adote um Gatinho

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Crueldade Nunca Mais: 22 DE JANEIRO DE 2012 (DOMINGO) - HORÁRIO: 10h00

A gente nunca sabe ao certo, nos casos de violência contra humanos ou animais, se foram os casos que aumentaram ou se o que aumentou foi a visibilidade dada ao assunto. Recentemente, a imprensa divulgou vários episódios de verdadeira barbárie contra animais, culminando com o vídeo, circulado pela Internet, da enfermeira louca que espancou um yorkshire até a morte na frente da filha e, até onde se sabe, apenas foi multada em R$3000,00, se é que de fato foi.

Revoltados, os defensores dos direitos dos animais vão organizar uma manifestação nacional solicitando penas mais graves contra a violência contra os animais. Todos que tem consciência ambiental não podem deixar de participar e divulgar essa muito bem-vinda iniciativa. Abaixo vídeo-convite para a manifestação, texto sobre a mesma e link dos locais de participação no texto. E também, naturalmente, link para a página do Crueldade Nunca Mais.



DATA DA MANIFESTAÇÃO: 22 DE JANEIRO DE 2012 (DOMINGO) - HORÁRIO: 10h00

Todos juntos sairemos na luta pelo respeito aos animais. A manifestação acontecerá simultaneamente em várias cidades do Brasil. CLIQUE AQUI para ver todas as cidades e locais confirmados.

Protetores, organizem a manifestação em suas cidades e mandem o endereço de onde será realizada para o e-mail: info@crueldadenuncamais.com.br
Então divulgaremos aqui o nome de sua cidade como participante da manifestação nacional CRUELDADE NUNCA MAIS!

REIVINDICAÇÃO:
PENALIZAÇÃO CORRETA E EFETIVA PARA QUEM COMETE CRUELDADES E MAUS TRATOS AOS ANIMAIS!

OS ANIMAIS PEDEM JUSTIÇA!
A lei atual é branda e não pune devidamente quem comete crimes contra animais. Esta manifestação é o início de uma série de ações para uma penalização correta contra a crueldade aos animais. A petição oficial do movimento (abaixo assinado) tem por objetivo coletar 1 milhão e meio de assinaturas em todo país, e já está sendo elaborada.Para assiná-la, cadastre seu e-mail no site www.crueldadenuncamais.com.br e aguarde nosso contato.

SUA PARTICIPAÇÃO É FUNDAMENTAL!
JUNTE-SE A NÓS E LUTE POR ELES!

NORMAS:
- A manifestação CRUELDADE NUNCA MAIS é um movimento PACÍFICO e respeitador das leis, idealizado e organizado pelos protetores de animais do Brasil, o qual será o início de uma série de ações que visam a penalização correta para crimes de maus tratos aos animais.
- Os animais não deverão ser levados à manifestação.
- Cada cidade organizará o formato da manifestação de acordo com as normas e condições locais.
- Os manifestantes deverão levar sacolinhas para a coleta do lixo.
- Os manifestantes poderão levar cartazes e faixas com as seguintes frases:

OS ANIMAIS PEDEM JUSTIÇA!
CRUELDADES CONTRA ANIMAIS: LEIS MAIS RÍGIDAS E CADEIA!
OS ANIMAIS NÃO VOTAM, MAS NÓS SIM!
CRIMES CONTRA ANIMAIS DEVEM SER PUNIDOS COM RIGOR!
CHEGA DE IMPUNIDADE PARA CRIMES CONTRA ANIMAIS!
BRASIL, MOSTRA A TUA CARA LIMPA DE CRUELDADE!

- As faixas deverão ter no máximo 2m de largura.
- Frases ofensivas e que incitam a violência não serão permitidas.

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