sábado, 7 de julho de 2012

Foro de São Paulo: Lula e Valter Pomar exaltam Chávez

Manifesto das Farc e biografia de Manuel Marulanda
são divulgados no encontro da esquerda em Caracas
(Alexandre Schneider) 

Peguei um resfriado daqueles (fazia três anos que não pegava nenhum) e ainda estou me recuperando devagarzinho. Entretanto, não podia deixar de registrar as falas de seu Lula da Silva e do Valter Pomar, secretário internacional do PT, no famigerado Foro de São Paulo, clube das viúvas do Muro de Berlim, fundado por Lula e o genocida Fidel Castro, de Cuba, em 1990.

As falas dos dois fedepês petistas mostram a quem eles de fato servem: não obviamente aos interesses de nosso país mas sim os do Foro de São Paulo. Estão agora empenhados na reeleição do tirano Chávez, peça-chave (sem trocadilhos) para o projeto de poder desse clube de liberticidas, herdeiros legítimos do velho comunismo que levou para a cova mais de 100 milhões de pessoas. Tudo que eles dizem deve ser lido ao contrário. Deixo, à guisa de comparação, um texto (14/02/12) sobre a Venezuela real e a pregada por esses dois vigaristas do PT. 

Leiam o texto, vejam os vídeos e sintam o drama. Lula, agora com a aparência refletindo sua verdade interior, desfia um rosário de mentiras, para apoiar o amigo Chávez, e Pomar, num portunhol vergonhoso, convoca até uma marcha a favor do caudilho venezuelano, no dia 24 de julho, fora tuitaços mundiais, etc. O que não se sabe é se tudo isso vai adiantar alguma coisa, já que a imprensa internacional afirma que o câncer anda comendo vivo o "presidente" venezuelano, com expectativa de vida de poucos meses.

Com Chávez e petróleo, economia da Venezuela fica imprevisível

FABIANO MAISONNAVE
da Folha de S. Paulo, em Caracas (Venezuela)

Na semana passada, durante o programa de TV dominical, gravado na praça Bolívar, centro de Caracas, Hugo Chávez apontou o dedo para uma esquina e perguntou: "E esse edifício?". "Tem um comércio privado de joalheria", respondeu um assessor. "Exproprie-se", ordenou o presidente venezuelano, que agora quer montar ali o Museu Bolivariano.

Três dias depois, todos os 90 comerciantes de ouro e joias do edifício La Francia, alguns no mesmo local desde os anos 1950, já haviam esvaziado todas as vitrines e fechado as portas. Cerca de 2.000 pessoas trabalhavam no prédio.

"Isso foi intempestivo, nos pegou de surpresa", diz a comerciante Belinda Romero, 28. A família de seu marido mantinha a joalheria Arte Guyana no local havia 44 anos. Sentada diante da loja vazia, disse que estava ali para o caso de algum funcionário do governo aparecer, já que a única notificação havia sido do próprio Chávez.

Obrigada a viver com altos e baixos econômicos por causa da dependência quase total do petróleo (94% das exportações), a economia venezuelana também tem sido refém da volatilidade imposta pela "revolução socialista bolivariana" imposta por Chávez.

Desde 2007, ele promove uma agressiva e imprevisível onda de nacionalizações e expropriações, que incluiu os setores elétrico, de telecomunicações e até o maior shopping do país, o Sambil La Candelaria, que estava a semanas de ser inaugurado e tinha quase todas as lojas comercializadas.

Além disso, em 11 anos, Chávez alterou o marco regulatório de praticamente todos os setores da economia --em vários casos, mais de uma vez.

"Na Venezuela, há um fator determinante, o comportamento do preço do petróleo, que sempre vai afetar qualquer decisão econômica", diz José Saboin, da consultoria Ecoanalítica. "E, desde Chávez, está a ideologização, mantendo a economia rentista, mas adaptada à socialização dos setores produtivos. Basicamente, o país tem essas duas variáveis."

As constantes mudanças na economia e o ímpeto estatizante têm afastado investimentos estrangeiros.

Segundo a Cepal (ONU), a Venezuela, quarta economia latino-americana, captou só US$ 5,8 bilhões entre 2004 e 2008. No mesmo período, a pequena República Dominicana, cerca de US$ 7 bilhões.

O desânimo atingiu inclusive a Petrobras, apesar da proximidade entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Chávez.

A estatal deixou de lado até o projeto Carabobo, numa das maiores reservas de petróleo do mundo, em parte pelo difícil convívio com a PDVSA --foi obrigada a ceder à estatal venezuelana o controle acionário de quatro empresas em 2006.

Sem investimento externo e com o preço do petróleo longe dos recordes de meados de 2008, a Venezuela passa por um momento difícil, com um cenário de recessão ao lado da inflação mais alta da América Latina --mistura batizada de estagflação pelos economistas.

Para este ano, a Ecoanalítica prevê um crescimento de 0,9%, movido principalmente pelo aumento do gasto público em ano eleitoral (o Congresso será renovado em setembro).

"Num país normal, o longo prazo é de cinco anos", afirma o economista Pavel Gómez, do Iesa (Instituto de Estudos Superiores de Administração). "Na Venezuela, é de um ano."

Fonte: FSP


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