sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Salário máximo para eles, mínimo para nós!

Na quarta-feira, dia 16,  na Câmara de Deputados, aconteceu a já prevista aprovação da proposta de salário mínimo de R$545,00, do governo Dilma, com 361 votos a favor e 120 contra. Lembremos que, em 15 de dezembro passado,  último dia de votação na Câmara, suas insolências da legislatura anterior aprovaram um aumento de 61,83% nos próprios salários, de 133,96% no salário do presidente da República e de 148,63% no do vice-presidente e dos ministros de Estado. O aumento  igualou os salários de toda a politicalha que passou a receber  R$ 26.723,13 por mês a partir de 1 de fevereiro, data da posse da nova baciada de vigaristas que veio se juntar à velha.

Em relação ao salário mínimo, contudo, não há dinheiro para aumento; é necessário cortar despesas, a fim de bancar as exorbitâncias do governo Lula, do qual Dilma fez parte, e não deixar a economia ir para o ralo como já foi a ética, a moral e os bons costumes. Os cerca de 48 milhões de brasileiros que sobrevivem com um salário mínimo ou menos vão ter que se virar com essa miséria que, além disso, chegará ainda mais depauperada pela inflação, dragão ressuscitado pelo grande picareta de Garanhuns e sua discípula fraudulenta.

Como se não bastasse, foi aprovado também, junto com o vergonhoso salário, um dispositivo que retira do Congresso a discussão sobre o valor dos reajustes do mínimo até o fim do mandato de Dilma Rousseff, que passará a definí-los por decreto ano a ano, caso tal absurdo seja assumido igualmente pelo Senado. Só em ditaduras o Executivo define temas como esse sem discussão com o Legislativo. Onde não há independência entre os 3 poderes, não há democracia.

O deputado Roberto Freire (PPS) promete recorrer, contra a proposta autoritária, ao Supremo Tribunal Federal através de ação direta de inconstitucionalidade, já que a Constituição prevê que o valor do salário mínimo deve ser fixado por lei e não por decreto. Se Freire não obtiver sucesso, abre-se  caminho para que Dilma Roussef, com ampla base aliada, passe por cima da Constituição, do Congresso e da sociedade, instituindo uma democracia de fachada. Bem que nós, de oposição, avisamos sobre esse risco! Agora, é ver no que vai dar essa história e já ir se mobilizando para colocar uma âncora na rainha balofa antes que ela fique ainda mais cheia de si e comece a voar em elevadas altitudes sem controle.

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