segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Luto na Literatura: morrem Moacir Scliar e Benedito Nunes

Faleceram neste domingo, dia 27/02, o escritor gaúcho Moacir Scliar e o crítico literário Benedito Nunes, com respectivamente 74 e 81 anos de idade. O primeiro foi vítima de falência múltipla de órgãos, após ter sofrido um AVC em janeiro que o manteve no hospital desde então. O segundo de uma hemorragia estomacal.

Moacir Scliar

Médico sanitarista de formação, Moacir Scliar também arranjou tempo para escrever 80 obras literárias, entre romances, contos, crônicas e livros infantis, além de ensaios e traduções. Pela vasta produção, recebeu inúmeros prêmios tais como: Prêmio da Academia Mineira de Letras (1968), Prêmio Joaquim Manuel de Macedo (Governo do Estado do Rio, 1974), Prêmio Cidade de Porto Alegre (1976), Prêmio Érico Veríssimo de romance (1976); Prêmio Brasília (1977), Prêmio Guimarães Rosa (Governo do Estado de Minas Gerais, 1977); Prêmio Associação Paulista de Críticos de Arte (1980); Prêmio Jabuti (1988, 1993 e 2000); ; Prêmio PEN Clube do Brasil (1990), Prêmio Açorianos (Prefeitura de Porto Alegre, 1997 e 2002).

Pelas obras A Majestade do Xingu, Manual da Paixão Solitária e A Orelha de Van Gogh recebeu respectivamente os Prêmios José Lins do Rego, da Academia Brasileira de Letras (1998) e Mário Quintana (1999); o Prêmio Jabuti (2009) e o Prêmio Casa de Las Américas (Cuba, 1989).

Alguns de seus romances também foram adaptados para o cinema como Um Sonho no Caroço do Abacate, que, em 1998, tornou-se Caminho dos Sonhos (Luca Amberg ), com atores como Taís Araújo, Caio Blat e Mariana Ximenes e Sonhos Tropicais, em 2002, sob direção de André Sturm, com Carolina Kasting, Ingra Liberato e Cecil Thiré no elenco. Clique aqui, para acessar a bibliografia do escritor, no site da Academia Brasileira de Letras, bem como sua biografia e artigos.

Benedito Nunes
Crítico literário, professor, escritor, ensaísta e filósofo, o paraense Benedito Nunes foi um dos fundadores da Faculdade de Filosofia do Pará, posteriormente incorporada à UFPA, e se especializou na análise de obras e estilos literários. Considerado um dos grandes pensadores da atualidade, Benedito ganhou um Jabuti, em 2010, na categoria “Teoria/Crítica Literária”, por A clave do poético (Companhia das Letras), e o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira da Letras, pelo conjunto de sua obra. Saiba mais sobre o autor, clicando aqui.

Obra
Passagem para o poético - Filosofia e Poesia em Heidegger, 1968;
O Dorso do Tigre (Coleção Debates - ensaios literários e filosóficos), 1969;
João Cabral de Melo Neto (Coleção Poetas Modernos do Brasil), 1974;
Oswald Canibal (Coleção Elos), 1979;
O tempo na narrativa, 1988;
O drama da linguagem - Uma leitura de Clarice Lispector, 1989;
Introdução à Filosofia da Arte, 1989;
A Filosofia Contemporânea, 1991;
No tempo do niilismo e outros ensaios, 1993;
Crivo de papel (ensaios literários e filosóficos), 1998;
Hermenêutica e poesia - O pensamento poético, 1999;
Dois Ensaios e Duas Lembranças, 2000;
O Nietzsche de Heidegger, 2000;
Heidegger e Ser e Tempo, 2002;
Crônica de Duas Cidades - Belém e Manaus, 2006 - em co-autoria com Milton Hatoum.

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