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terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Presidente da Fifa, Gianni Infantino, diz que 2019 será o ano do futebol feminino

Ettie, a mascote da Copa feminina de 2019
Futebol feminino será visto de outro modo a partir de 2019, diz Infantino

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, disse acreditar que o ano de 2019 "mudará para sempre a maneira como o futebol feminino é visto", coincidindo com a disputa da Copa do Mundo na França, que será disputada de 7 de junho a 7 de julho.

Em texto publicado na revista da Fifa, o dirigente ressaltou que "o futebol feminino é um esporte da atualidade" e que isso será provado neste ano. 
Tenho certeza que o ano que acabamos de iniciar mudará para sempre a maneira como o futebol feminino é visto. Dentro de alguns meses, os olhares dos torcedores de todo o mundo convergirão na França. Não tenho a menor dúvida que aqueles que não estão familiarizados com o futebol feminino se assombrar...

Infantino desejou que "este seja um momento de admiração coletiva pela Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2019, na França, simplesmente pelo que ela é: a maior e mais fascinante competição de futebol do ano". 

O dirigente pediu para que as pessoas deixem de ver o futebol feminino como "um ator coadjuvante", mas reconheceu que "há muito a melhorar e ainda há um longo caminho a percorrer em relação ao futebol masculino". 
Como presidente da Fifa, sei muito bem e é a minha obrigação ser consciente disso. Justamente por este motivo, um dos principais objetivos apresentados no documento 'FIFA 2.0: O futuro do futebol' é ampliar o número de jogadoras de futebol para 60 milhões até 2026. Além disso, estabelecemos a Divisão de Futebol Feminino, que redigiu a sua primeira estratégia global para desenvolvê-lo", explicou
Fonte: UOL Esportes, 12/02/2019

Veja também: Futebol feminino bate recorde de público na Espanha | Esportes | EL PAÍS Brasil



Globo vai transmitir jogos da seleção feminina na Copa pela primeira vez

São Paulo – Finalmente, pela primeira vez na história, a TV Globo vai transmitir ao vivo todos os jogos da seleção feminina na Copa do Mundo de futebol feminino. O torneio será disputado entre 7 de junho e 7 de julho de 2019, na França.

O canal SporTV também vai transmitir todas as partida, e o site do Globo Esporte vai passar os jogos na internet.

O mundial de futebol feminino começou a ser disputado em 1991, mas, no Brasil, só foi transmitida pela TV no último torneio, em 2015, quando o SporTV e a TV Brasil passaram alguns jogos.

A seleção brasileira feminina disputou todas as sete edições da Copa do Mundo, mas ainda não conquistou o título. O primeiro jogo do Brasil é no dia 9 de junho.

Fonte: Exame, 13/12/2018


sábado, 16 de fevereiro de 2019

"Ninguém nasce mulher: torna-se": Janaína Paschoal pensou certo por linhas tortas

Tirada fora de seu contexto original, a icônica frase da filósofa existencialista Simone de Beauvoir, "ninguém nasce mulher, torna-se mulher", se presta às interpretações mais errôneas.

Entre os assuntos da semana, voltou à cena a ícônica frase da Simone de Beauvoir "ninguém nasce mulher, torna-se mulher", proferida pelo Celso de Mello no julgamento das ações para criminalizar a homofobia.

Tirada fora de seu contexto original, a frase tem servido para as interpretações mais errôneas. Os ativistas transgênero acham que ela referenda sua ideia de que uma pessoa do sexo masculino pode ser mulher ou qualquer coisa que lhes dê na telha. Outros conservadores (porque os trans também são) também acham que ela nega a realidade material da mulher. Nesse sentido, disse a Janaína Paschoal:
Será que não se percebe que ao dizer que mulheres não nascem mulheres, tornam-se mulheres se está reduzindo as mulheres ao NADA? Será que não se percebe que, uma vez mais, conceitua-se mulher a partir do conceito de homem?"
O que são nossas vaginas, nossos seios, nossos úteros, nossa inteligência emocional, nosso sexto sentido, nossa capacidade de fazer inúmeras coisas ao mesmo tempo, nossa capacidade de, além da vida profissional e política, gerar e alimentar outro ser humano? Nada?
Acordem, iludidas feministas! O discurso que vocês tanto aplaudem leva à destruição. Quero ser respeitada e quero que as mulheres sejam respeitadas como seres capazes e dignos de fazer o que se determinam a fazer. Ofende-me, profundamente, ouvir que as mulheres são mera ficção."
Mas, minha gente, vamos pegar a famosa frase dentro do seu contexto. "NINGUÉM nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade..." (O Segundo Sexo*, vol. 2, A Experiência Vivida, Primeira Parte Formação, Capítulo 1, Infância, p. 9)

Como se vê, primeirissimamente, Beauvoir se referia à fêmea da espécie humana, a mulher. Portanto, homens que personificam o gênero feminino (modelo de mulher) não podem usar essa frase para referendar seus devaneios fetichistas. Segundo, ela não estava dizendo que a mulher é uma ficção. Ela quis dizer que a fêmea humana (a mulher) não deve aceitar que nenhum suposto destino biológico, psíquico, econômico, etc... venha limitá-la em seus objetivos práticos e existenciais, a definir o que ela deve ser. Trata-se de um brado de independência, de autodeterminação. Só isso.

Agora, a Janaína Paschoal até escreveu certo por linhas tortas. Também a mim me ofende, profundamente, ouvir que as mulheres são mera ficção, um sentimento, uma identidade, como pregam os transativistas e não a Simone de Beauvoir.

* O Segundo Sexo, de Simone de Beauvoir, publicado em 1949, é considerado não só um texto base para o movimento feminista como um dos cem livros que mais influenciaram a humanidade. No Brasil, foi publicado em dois volumes, Mitos e Fatos e A experiência Vivida, em tradução de Sérgio Milliet, pela editora Difusão Europeia. 

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Baianas criam 'bafômetro' que detecta ao menos 15 doenças através do sopro

Irmãs, dupla de estudantes baianas cria dispositivo que detecta ao menos
 15 doenças através do sopro — Foto: Arquivo pessoal

Irmãs baianas criam 'bafômetro' que detecta ao menos 15 doenças através do sopro
Aparelho analisa dados a partir de gases exalados por pacientes. Dispositivo é capaz de identificar doenças infecciosas e crônicas, como gastrite, pneumonia, diabetes e intolerância à lactose.

Duas irmãs da cidade de Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, criaram um dispositivo capaz de detectar ao menos 15 tipos de doenças a partir do sopro. O aparelho, que funciona como uma espécie de bafômetro, surgiu a partir de pesquisas das estudantes Júlia, 26 anos, e Nathália Nascimento, 31.

Aluna do curso de Biotecnologia, Júlia explica que o OrientaMed foi desenvolvido inicialmente por meio de aplicações de inteligência artificial de um trabalho científico da irmã, que atualmente faz doutorado em Computação.
O início foi com base no mestrado da Nathália. Quando ela foi apresentar na UFRJ [Universidade Federal do Rio de Janeiro], onde eu estudo, eu percebi que tinha um mercado muito grande na área de saúde e uma aplicação que fazia sentido para a minha área de pesquisa também".
Ela então viu a chance das duas desenvolverem o dispositivo junto com outro estudante, o paulista Rheyller Vargas, que também é pesquisador na área.
Apareceu a oportunidade de ir para um evento de "hackathon" [maratona hacker], e eu chamei o colega para participar e formarmos uma equipe. Lá, a gente viu quais eram as aplicabilidades do dispositivo. No início, a gente pensou em algo para detectar gastrite, mas durante pesquisas aprofundadas, criação de bancos de dados, descobrimos outras aplicações", conta.
O uso do OrientaMed é simples e facilita a triagem de doenças. O paciente assopra e o aparelho devolve o resultado em cerca de cinco minutos, sem precisar de refrigeração ou do uso de produtos químicos.
Irmãs, dupla de estudantes baianas cria dispositivo que detecta ao menos
15 doenças através do sopro — Foto: Arquivo pessoal
Com a elaboração do banco de dados e o aprofundamento das pesquisas, as irmãs chegaram à média de detecção de 15 doenças infecciosas e crônicas, entre elas a gastrite, intolerância à lactose, pneumonia, Doença de Crohn e diabetes.
Ele [aparelho] captura o sopro da pessoa, e a gente envia esses dados para o computador. O resultado sai pouco tempo depois, porque o nosso objetivo é que ele seja um teste rápido para orientar os médicos a quais exames devem ser feitos para aquela determinada doença. Hoje, os resultados só saem via computador, mas a nossa expectativa de pesquisas é para que o próprio dispositivo mostre no display", explicou Júlia.
A estudante detalha ainda que as doenças são detectadas a partir da análise dos gases que contém no sopro.
Muitas doenças que deixam uma marca biológica, principalmente através das bactérias, com as doenças infecciosas. Algumas dessas doenças deixam a marca no corpo, que faz com que as pessoas exalem alguns tipos de gases diferentes, específicos. É com base nesse gás que a gente faz a análise".
A fabricação do OrientaMed custa em torno de R$ 2.500, segundo Júlia. A perspectiva das irmãs baianas, junto com o paulista Rheyller Vargas, é fabricar o produto em maior escala, para que ele se torne mais viável.
Nós já temos alguns parceiros em vista, para desenvolver o aparelho em fase escalonada. Neste momento, estamos buscando parceria com hospitais, para pesquisar de forma mais ampla. A partir disso, a gente vai conseguir ter uma precisão boa da quantidade de doenças que conseguiremos detectar".
Fonte: G1, por Itana Alencar, G1 BA, 12/02/2019


terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

De como a autoidentidade sexual, proposta na Inglaterra, prejudica mulheres e garotas

Tire as mãos dos meus direitos
Sob o pretexto de inclusão das ditas pessoas transgênero na sociedade, o que está se vendo é a criação de uma realidade que parece, para ficar em exemplos bem ingleses, uma mistura do romance "1984", do genial George Orwell, com a  série Black Mirror e sua crítica ácida ao mundo tecnológico de hoje. Em outras palavras, uma distopia pavorosa que afeta todo o mundo, em particular mulheres e crianças. Na mesma Inglaterra, só neste mês de janeiro, três pessoas foram assediadas pela polícia local (um empresário e uma aposentada) e até presas (uma mãe de família) por não aceitarem a ideia surreal de que existem mulheres do sexo masculino. Funcionários públicos bancando a polícia do pensamento dos cidadãos que os pagam para protegê-los de coisas sérias.

Agora, os ingleses estão às voltas com uma proposta de "autoidentificação sexual"  que permitirá às pessoas mudarem online seu sexo na certidão de nascimento. Grupos feministas, os de fato ainda existentes, fazem campanhas para impedir mais esse absurdo (veja o vídeo abaixo e sua tradução). Projetos parecidos rolam em boa parte dos países de língua inglesa (mesmo nos EUA de Trump). Aqui, no Brasil, ainda que não nos mesmos termos, agregada à tentativa de criminalização da homofobia, vem também a criminalização da transfobia. Após a tradução do vídeo inglês, veja o vídeo sobre a lei brasileira.


"No Reino Unido, o governo está propondo uma mudança na lei que permitirá que pessoas trans mudem seu sexo (sic) em suas certidões de nascimento. Uma ideia em consideração é a autoidentidade sexual que permitirá que qualquer pessoa preencha online um formulário e obtenha o direito de ter sua certidão alterada para nela constar como do sexo oposto àquele de seu nascimento.
Essa ideia "revolucionária" vem sendo vendida como uma mera questão administrativa. Mas, se passar, minará a base racional de nossa lei em escala industrial. Roubará de mulheres e garotas seus direitos legais. Destruirá a definição legal de "mulher". Apagará o significado de "fêmea". Dizimará os esportes, serviços e espaços exclusivos para mulheres. Prejudicará os planos de enfrentamento da exclusão feminina. E colocará em risco a segurança e a privacidade de mulheres e garotas. Levará ao maior revés nos direitos da mulher em um século. 
O lobby poderoso de grupos trans está trabalhando arduamente para que essas mudanças ocorram. Se não nos opusermos agora, o governo dará ok a elas. Precisamos pará-las antes que seja tarde."Tirem as mãos dos meus direitos!"
Colocado em prisão feminina,
Karen White assediou várias detentas
Este mesmo grupo, Fair Play for Women, fez campanha exitosa para que criminosos transgênero sejam colocados em alas exclusivas nas penitenciárias femininas e os mais violentos de volta às prisões masculinas. Mas isso só depois de  um estuprador, autointitulado Karen White, ter assediado sexualmente detentas numa prisão feminina.

Virou moda, entre criminosos perigosos, como estupradores, pedófilos e sociopatas, "virarem mulher", nas cadeias masculinas, para pedirem transferência para as prisões femininas, colocando a segurança e a saúde das detentas em risco. Agora, talvez isso, ao menos, possa ter fim.

Nota: Na Escócia, um sujeito vestido de mulher arrastou uma garota de 10 anos para uma das toaletes do banheiro feminino de um supermercado (06/02/2019). O ataque revelou a necessidade da manutenção dos espaços exclusivamente femininos, já que, como diz a matéria, mais de 90% dos crimes sexuais são cometidos por homens (não só os crimes sexuais).


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