8 de Março:

A origem revisitada do Dia Internacional da Mulher

Mulheres samurais

no Japão medieval

Quando Deus era mulher:

sociedades mais pacíficas e participativas

Aserá,

a esposa de Deus que foi apagada da História

sexta-feira, 12 de julho de 2013

8 exemplos de como o capitalismo possibilitou a liberação das mulheres

O capitalismo tem suas fraquezas, mas foi ele  que pôs fim à
 opressão das aristocracias hereditárias, melhorou o padrão de vida
 da maioria das pessoas no mundo e possibilitou a  emancipação das mulheres. Camile Paglia
Transcrevo o texto abaixo, originalmente postado no blog Capitalismo para os Pobres porque achei interessantes os exemplos que o autor, Diogo Costa, listou sobre a ajuda da economia de mercado  à liberação feminina. Como já abordei em texto aqui do CCC (Feminismo e Liberalismo: uma relação histórica e íntima!), ao contrário do que dizem os conservadores, o feminismo, em sua acepção geral de luta pelos direitos das mulheres, não só não tem sua origem em um suposto marxismo cultural como até, ao contrário, deve sua paternidade às ideias liberais, em especial as de igualdade de direitos perante a lei, de soberania do indivíduo sobre seu próprio corpo e de liberdade individual em geral. Não por menos, aliás, os primórdios do feminismo coincidem com o aparecimento das ideias liberais. 

Mas não só no aspecto doutrinário e filosófico, o liberalismo pavimentou o caminho para as lutas femininas. Também do ponto de vista econômico, os avanços tecnológicos decorrentes da economia de mercado, mudaram em muito a condição da mulher para melhor. Sobretudo o advento da pílula anticoncepcional, do início da década de 60, trouxe um enorme avanço para a liberdade das mulheres pelo controle que lhes proporcionou sobre o processo reprodutivo.

Ressalvo apenas que, obviamente sem o protagonismo das próprias mulheres na luta por seus direitos, não teria sido possível aproveitar os progressos trazidos pelo capitalismo. As limitações impostas às mulheres nunca foram fundamentalmente decorrentes das limitações tecnológicas e sim da cultura patriarcal. Nunca foi por questões de maior fragilidade física que as mulheres foram restritas ao lar e às tarefas domésticas e impedidas de estudar (ninguém precisa ser fisiculturista para levantar um livro, pois não?). Essa é apenas uma desculpa machista  para justificar a exclusão social das mulheres.

Mulheres já foram consideradas frágeis demais para fazer esportes, para jogar futebol, para lutar boxe e MMA, para trabalhar na construção civil, em exércitos e na polícia. Hoje as mulheres estão em todas essas profissões e com certeza não houve nenhuma alteração anatômico-fisiológica na constituição feminina nos últimos duzentos anos. Fora que as mulheres mais pobres sempre tiveram que trabalhar tanto nas cidades quanto no campo. 

Então, não procede o que diz o autor do texto de que a industrialização permitiu que as mulheres compensassem com neurônios o que lhes faltava em musculatura. De fato, foram as mulheres mais pobres que passaram a ralar nas fábricas porque estas surgiram como uma alternativa de trabalho melhor remunerada que as outras existentes, embora longe de satisfatórias.  Mas é fato que, apesar dos pesares, essa melhor remuneração contribuiu para dar mais independência financeira para as mulheres das classes trabalhadoras, abrindo espaço para a ideia da emancipação feminina em geral.

E, ainda hoje, acho que uma das melhores formas de tirar as mulheres da pobreza e lhes dar mais autonomia em todos os sentidos é possibilitando que se tornem pequenas, médias e grandes empreendedoras. Em outras palavras, capitalismo para as mulheres, sobretudo para as pobres. 

8 Conquistas Capitalistas Das Mulheres 

1. A Revolução Industrial


Ouvimos falar das péssimas condições que mulheres e crianças enfrentavam na indústria britânica do século XIX pelas páginas de Dickens ou pela boca do nosso professor de geografia. E às vezes nos esquecemos perguntar por que as mulheres escolhiam ir para as fábricas. Na verdade, as fábricas aumentaram a renda e a independência das mulheres.

Voltaire notava que, por serem fisicamente mais fracas que os homens, as mulheres eram “pouco capazes de fazerem o trabalho pesado de marcenaria, carpintaria, ferragem ou arado”. E que, portanto, “elas eram necessariamente delegadas com os trabalhos mais leves do interior da casa e, sobretudo, com o cuidado dos filhos”.

Ninguém acusa Voltaire de machismo. O que ocorria no século XVIII era uma falta de oportunidade para o trabalho feminino. Com as máquinas, as habilidades humanas mudam de valor. O capital deixa o trabalho menos braçal e mais intelectual, permitindo que as mulheres compensassem com neurônios o que lhes faltava em musculatura. Por ser mais produtivo que o trabalho rural, a renda dos trabalhadores industriais superou a renda do campo. Foi a revolução industrial que dinamizou o processo de emancipação econômica das mulheres.

2. A Invenção da Bicicleta


Mais barata e fácil de manter que o cavalo, a bicicleta deu mais mobilidade às mulheres no final do século XIX. A National Geographic publicou The Wheels of Change só para contar a história feminina da bicicleta. Originalmente, havia bicicletas com os dois pedais do mesmo lado, para que as mulheres pudessem pedalar em seus vestidos longos e de múltiplas camadas de tecido. Com o passar do tempo, o ato de pedalar causou uma reimaginação do vestuário feminino. E permitiu que as mulheres se deslocassem com mais facilidade, seja para trabalhar, se educar, ou conspirar pelos seus direitos. A líder feminista Susan B. Anthony dizia que a bicicleta “fez mais para emancipar as mulheres do que qualquer outra coisa no mundo.”

3. A Evolução da Máquina de Lavar



“Salve a vida das mulheres”, dizia a madeira que revestia as máquinas de lavar produzidas em 1907 pela Nineteen Hundred Company. O slogan é o título do livro de Lee Maxwell que conta a história da máquina de lavar. Lavar roupa em caldeirões ferventes de fato não era uma atividade muito segura. A automatização do trabalho doméstico aumentou o bem-estar feminino. A partir da máquina de lavar, outros utensílios começaram a realocar o espaço e o tempo das atividades femininas. A vida da mulher se torna mais segura – a cozinha de tempos pré-industriais era o principal local de acidentes fatais entre as mulheres. E menos tempo em trabalhos domésticos permitiu às mulheres se educarem e investir em outras atividades, da arte à indústria.

4. A Comercialização das Artes

Berthe Morisot


















“O declínio do sistema de patronagem serviu de alavanca para as mulheres escritoras”, diz Tyler Cowen em In Praise of Commercial Culture. “Os homens, que tinham conexões políticas e sociais, recebiam quase todo o patrocínio artístico.” Ao poder depender diretamente dos consumidores, as mulheres podiam desenvolver sua arte sem precisar pedir licença ao clubinho masculino. E a diminuição dos custos do material artístico, como tintas, pincel e canvas, fez com que praticar arte fosse menos um privilégio da elite e mais uma questão de talento. 

5. O Mercado Publicitário



Pode parecer frivolidade, mas o mercado de beleza abre oportunidades para a independência financeira das mulheres. Anne Applebaum lembra que “na União Soviética não havia mercado para a beleza feminina. As revistas de moda não exibiam mulheres bonitas, porque não havia revistas de moda. Nenhuma série de televisão dependia de mulheres bonitas para aumentar sua audiência, porque não se media a audiência.” Quantas líderes femininas não alcançaram proeminência por causa do mercado publicitário?

6. O Anticoncepcional



“Pela primeira vez na experiência humana, e talvez na própria natureza, um dos sexos passou a ter o controle sobre a produção de bebês”, escreve Lionel Tiger em The Decline of Men. Os anticoncepcionais deram poder reprodutivo às mulheres. Antes da sua invenção, entre 30 a 50% das noivas se casavam grávidas. O declínio desse número significa que mais mulheres puderam planejar e escolher quem será o pai dos seus filhos. Os homens passaram a ter que mudar o comportamento com relação às mulheres para se tornarem merecedores da paternidade. Agora são os homens que estão reavaliando o seu declínio social.

7. Acesso ao Crédito



Ainda hoje, as mulheres correspondem a 70% da população pobre do planeta. O acesso ao crédito é um dos instrumentos de enriquecimento das mulheres. Em boa operação, um sistema financeiro coloca pessoas com competência e boas ideias em pé de igualdade com pessoas que tem apenas o dinheiro. Novas modalidades financeiras, como o microcrédito, têm permitido que as mulheres se tornem mais empreendedoras, produtivas e participem do processo de desenvolvimento econômico de suas sociedades.

8. A Migração Global

Ayaan Hirsi Ali, emigrante somaliana e líder feminista global














Em boa parte do mundo, o dia internacional das mulheres gera mais amentação do que celebração. De acordo com relatório da Freedom House sobre direitos das mulheres:

A violência de gênero continua a ser um dos obstáculos mais graves para as mulheres no Oriente Médio. As leis que protegem as mulheres da violência conjugal são ausentes na maioria dos países, o estupro conjugal não é criminalizado, e homicídios de honra ainda ocorrem e estão em ascensão no Iraque e na Palestina. As mulheres experimentam consideráveis ​​obstáculos no acesso à justiça devido ao seu baixo grau de alfabetização jurídica e à natureza patriarcal das sociedades. As mulheres também são significativamente sub-representadas em altos cargos na política e no setor privado, em alguns países, elas estão completamente ausentes do judiciário.

Às vezes a melhor maneira de escapar de uma sociedade com mínimas perspectivas de dignidade e liberdade é, de fato, sair de lá. Hoje o número de mulheres migrantes já equivale ao de homens. Grande parte delas migra para seguir ou reencontrar sua família. Mas o Fundo de População das Nações Unidas elenca outros motivos:

. Para estudar ou para adquirir experiência de trabalho e independência econômica, a fim de ganhar mais respeito dentro de sua família e da comunidade por causa da sua contribuição para o bem-estar…

. Para escapar da discriminação de gênero e de normas constrangedoras de gênero, como a obrigação de se casar e ter filhos, ou a proibição de estudar e trabalhar.

Mesmo quando voltam para seus países, as mulheres voltam transformadas e novas agentes de transformação. Como relata a migrante indiana Sushila Rai:

"Enquanto trabalhei em Hong Kong experimentei muitas coisas – A maneira como as pessoas tratam uma mulher, dependente ou independente. Ganhei muita experiência e minha confiança aumentou. Agora eu tenho voz ativa na tomada de decisão em casa. Meu marido não grita comigo. Eu comprei um pedaço de terra e quatro riquixás. Estou criando um meio de subsistência para outras quatro famílias."

“A conquista capitalista não consiste tipicamente em prover mais meias de seda para rainhas”, dizia o economista Joseph Schumpeter em 1942, “mas em trazer [meias de seda] para o alcance das meninas das fábricas em retorno a quantidades de esforço cada vez menores”. As consequências dessas conquistas não protegem e adornam apenas os pés dessas meninas – acabam protegendo seus direitos e adornando suas vidas.

Fonte: Capitalismo para os Pobres, 08/03/2013

quarta-feira, 10 de julho de 2013

A reforma que inclui todas as reformas: Grite na rua pelo voto distrital com recall


Bom texto do Fernão Lara Mesquista sob o voto distrital com recall, com o qual concordo inteiramente. Destaco os seguintes trechos e também sublinho outras partes que considero importantes:

"O voto distrital com recall põe um patrão - você, que já lhes paga o salário - em cima de cada deputado, vereador ou ocupante de cargo executivo. Submete-os à mesma lei que vale aqui fora: ou trabalham, e trabalham a favor da "empresa", ou rua. Põe a direção da política de fato nas mãos do povo.

A eleição tem de se tornar distrital apenas para abrir a possibilidade do recall. Para permitir que o avião vá sendo consertado enquanto voa. Com cada candidato concorrendo pelos votos de apenas um distrito o jogo da representação fica claro: eu e meus companheiros de distrito eleitoral demos a este determinado senhor um mandato condicional para nos representar (no Congresso, na Assembleia Legislativa, na Câmara Municipal); eu e meus companheiros de distrito podemos retirar esse mandato a qualquer momento sem que o resto do sistema seja afetado."

A reforma que inclui todas as reformas

Fernão Lara Mesquita

Como submeter os representantes à vontade dos representados sempre foi o problema central das democracias. Historicamente falando, esse tem sido o seu "calcanhar de Aquiles".

No primeiro ensaio o sistema ruiu quando a Grécia passou a ser mais que Atenas e não dava mais pra votar diretamente todos os assuntos numa praça. Mil anos depois a República Romana, primeiro esboço de um sistema representativo, naufragou na corrupção porque não conseguiu resolvê-lo, num processo que guarda não poucas semelhanças com este do Brasil atual.

Passados outros 1.300 anos, Brasília é a nossa Roma, que não enxerga os confins do "império"... que, por sua vez, também não enxergam Brasília. É dessa intangibilidade que resulta, para resumir ao essencial, que eles tenham livre acesso aos nossos bolsos sem que nós tenhamos como defendê-los ou, sequer, como determinar de que forma queremos que usem o que nos surrupiam. Posta a condição para que um sistema de exploração se estabeleça impunemente, o resto a natureza faz.

O altruísmo, a ação direcionada para o bem comum é uma construção artificial do coletivo que só se impõe aos indivíduos pela força do constrangimento. É exatamente essa a função do voto distrital com recall, instituição que, ao permitir a destituição seletiva de qualquer ocupante do poder a qualquer momento e em qualquer instância sem revolução nem comoção social, se consagrou como a primeira resposta eficaz para o problema até então insolúvel da sujeição dos representantes à vontade dos representados. Foi ela que salvou a democracia americana, a terceira tentativa do sistema de caminhar pela Terra, de dissolver-se na corrupção de que estava roída na virada do século 19 para o 20 e mudou para sempre a qualidade e a velocidade do desenvolvimento humano.

O voto distrital com recall põe um patrão - você, que já lhes paga o salário - em cima de cada deputado, vereador ou ocupante de cargo executivo. Submete-os à mesma lei que vale aqui fora: ou trabalham, e trabalham a favor da "empresa", ou rua. Põe a direção da política de fato nas mãos do povo.

Acena-se por aqui com o voto distrital. Mas isso é muito menos que meia solução. O voto distrital não é um fim em si mesmo. O que é decisivo é o recall, o poder de retirar a qualquer momento um mandato de representação condicional e temporariamente concedido ao representante eleito.

A eleição tem de se tornar distrital apenas para abrir a possibilidade do recall. Para permitir que o avião vá sendo consertado enquanto voa. Com cada candidato concorrendo pelos votos de apenas um distrito o jogo da representação fica claro: eu e meus companheiros de distrito eleitoral demos a este determinado senhor um mandato condicional para nos representar (no Congresso, na Assembleia Legislativa, na Câmara Municipal); eu e meus companheiros de distrito podemos retirar esse mandato a qualquer momento sem que o resto do sistema seja afetado.

Regras claras, jogo limpo. Um, dois, três, cinco por cento dos eleitores de um distrito - o que importa é que a regra seja igual para todos - assinando a petição que qualquer um de nós pode iniciar, convoca-se uma votação delimitada àquele distrito em torno de uma pergunta simples: nosso representante segue nos representando ou perde o mandato e elegemos outro?

A par de instituir, finalmente, o "governo do povo, pelo povo e para o povo", como é da definição de democracia de que sempre estivemos tão distantes, essa ferramenta nada menos que impõe a meritocracia à política e ao serviço público. Se não põe automaticamente todo mundo jogando a favor, permite que se dê remédio fulminante a quem jogar contra.

É a revolução permanente sem os riscos das revoluções.

Dá a cada um a sua pequena porção de poder sem dar a ninguém poder demais. Garante a cada cidadão o direito de contestar o que lhe parecer errado e receber obrigatoriamente uma resposta e o arma com um poder efetivo para forçar novas reformas sempre que elas lhe parecerem necessárias: para resistir a impostos devastadores e acabar com a farra dos salários públicos cheios de penduricalhos; para tornar mais seguro e efetivo o instrumento das leis de iniciativa popular; para dar às vítimas potenciais o direito de dosar os remédios da segurança pública; para definirmos nós, e não eles, quais e quantos funcionários devem ser nomeados ou eleitos e para que... Não há limites.

O instrumento do voto distrital com recall organiza e dá consequência à "voz das ruas", com a vantagem de traduzir-lhe todas as nuances. Seu exercício é educativo e conduz a um recorrente ajuste fino do sistema. Dá-nos a agilidade necessária para nos adaptarmos tão rapidamente quanto formos capazes, desamarrados, a um mundo em permanente mudança.

Plebiscito? Referendo? Constituinte específica? 

Em torno de quais alternativas? E quem monta essa pauta? Os interessados em que nada mude? Ou os "movimentos sociais", que ninguém elegeu?

Pois é, um plebiscito pode ser o instrumento de um golpe, se insistirem nessa coisa de mudar na marra o jogo para 2014, como quer o PT, ou pode ser o veículo capaz de ordenar o debate que pode fazer o Brasil avançar 200 anos em um, se for levado com os necessários vagar e clareza até uma decisão votada em 2015 para valer só a partir de 2016.

Esta é a primeira exigência inegociável, portanto. Mas a principal é "fecharmos" todos no voto distrital com recall, pela excelente razão de que esta é a reforma que inclui todas as outras reformas.

Seja um apóstolo dessa ideia!

Fale, escreva, passe, repasse e faça tudo isso de novo e de novo. Grite na rua pelo voto distrital com recall. E não se esqueça de repetir sempre: com recall!

Se formos claros o suficiente, pode estar certo de que eles encontram a maneira de fazer passar a reforma que dará ao Brasil as pernas que lhe faltam para achar, daqui por diante, o seu próprio caminho.

Fonte: Estadão, 10/07/2013


EuVotoDistrital- Entenda em Dois Minutos from Ricardo Borges Martins on Vimeo.

terça-feira, 9 de julho de 2013

My Funny Valentine

My funny valentine
Sweet comic valentine
You make me smile with my heart
Your looks are laughable
Unphotographable
Yet youre my favourite work of art

Is your figure less than greek
Is your mouth a little weak
When you open it to speak
Are you smart?

But dont change a hair for me
Not if you care for me
Stay little valentine stay
Each day is valentines day

Is your figure less than greek
Is your mouth a little weak
When you open it to speak
Are you smart?

But dont you change one hair for me
Not if you care for me
Stay little valentine stay

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Petismo delirante insiste em reforma política e controle dos meios de comunicação

Dilma quer os movimentos sociais pelegos tomando às ruas para defender seu legado
Reproduzo abaixo o documento da Comissão Executiva Nacional do PT do dia 4 conclamando seus movimentos pelegos para defender o projeto de poder eterno do petismo via plebiscito, reforma política para financiar ainda mais a roubalheira do partido e a eterna história do controle da mídia. Enquanto isso a população de verdade continua homenageando a sigla por sua qualidades memoráveis. Ouçam o coro entoando "o PT roubou", na festa do Dia da Independência baiana, em vídeo ao fim do documento insano dos petralhas. Outros comentários ao longo do texto.

Nota da Comissão Executiva Nacional do PT


A Comissão Executiva Nacional do PT, reunida em 4 de julho de 2013 em Brasília/DF, para avaliar a situação política nacional e o resultado das manifestações populares e da juventude que ainda estão em curso em todo o país.

SAÚDA

· o caráter progressista que se consolidou no rumo das manifestações em curso, com suas reivindicações políticas, econômicas e sociais profundamente identificadas com a trajetória e programa do Partido dos Trabalhadores e das forças que se uniram para governar o Brasil sob a condução da Presidenta Dilma (foram e continuam sendo escorraçados nas ruas e não se emendam)

· a pronta disposição democrática da Presidenta Dilma, líder de uma das maiores democracias do planeta e a única, entre tantos Chefes de Estado que tiveram suas ruas tomadas por manifestantes populares e da juventude, a abrir o diálogo com estes e a responder de forma concreta aos seus justos clamores pelo aprofundamento das mudanças que o País vive nos últimos dez anos (chamou os movimentos sociais amestrados do petismo para "conversar" sobre como voltar a cooPTar as massas autônomas)

· a iniciativa política do Governo de construir, com os movimentos sociais, o Congresso Nacional, o Poder Judiciário e as forças políticas democráticas uma agenda de alto nível sobre o presente e o futuro do Brasil, consubstanciada nos Pactos anunciados pela Presidenta Dilma e numa agenda legislativa há muito reclamada pela Nação (com os movimentos sociais amestrados, base aliada alugada e juízes amigos do peito?)

· a tramitação de importantes legislações constantes desta agenda nacional, entre elas a PEC do Trabalho Escravo, a destinação de recursos dos royalties do petróleo e do Fundo do Pré-Sal para a educação e a saúde, a criação do REITUP para baratear os custos das tarifas de transporte coletivo, entre outras, e a retirada de cena de projetos reclamados pela população, como a chamada “cura gay”. (PEC do trabalho escravo não constava das manifestações; verbas do Pré-Sal foram cortadas por suas excrescências e a "cura gay" não foi arquivada, apenas tirada de pauta)

· a entrada em debate de importantes matérias como o Estatuto da Juventude, o PL 4.471 (autos de resistência) e a criminalização dos corruptores em projeto de lei apresentado pelo Presidente Lula, bem como a adoção de medidas que visam ressarcir os cofres públicos dos prejuízos por estes causados à sociedade, que esperamos sejam aprovados no curto prazo. O PT se posiciona ainda contra a PEC 215, que visa transferir do Executivo para o Legislativo a demarcação de terras indígenas (criminalização dos corruPTores em projeto apresentado pelo maior corruPTo do país?; tirar do Executivo suas funções?).

· a construção de crescente unidade na esquerda política, partidária e social da necessidade urgente de aprovação de uma verdadeira Reforma Política com Participação Popular e de um Plebiscito Nacional sobre os eixos fundamentais dessa reforma, pela qual há anos o PT e os movimentos sociais lutam no Congresso Nacional. (novamente os movimentos sociais amestrados, braços do petismo, se unem a seus patrões para nos enfiar goela abaixo uma reforma de interesse do PT?)

MANIFESTA

· o compromisso com a agenda de reformas democráticas e populares que podem dar sustentação política, econômica e social às respostas que vêm sendo dadas aos justos reclamos da população no que diz respeito à qualidade dos serviços públicos e consolidação da inclusão social de amplas maiorias.

· entre estas, o compromisso com uma Reforma Tributária que busque nas grandes fortunas e rendas de uma minoria os recursos que permitam a diminuição da carga tributária sobre a produção, a renda e o trabalho das amplas maiorias do pais.

· a convicção de que os mecanismos constitucionais e legais existentes para uma Reforma Urbana podem e devem ser utilizados para que as atuais políticas públicas de moradia, saneamento básico e mobilidade urbana estejam integradas com a sustentabilidade e a melhoria da qualidade de vida das nossas cidades

· o chamamento à imediata aprovação do marco civil da Internet pelo Congresso, garantindo os direitos de 80 milhões de internautas brasileiros e ampliando as potencialidades de toda comunicação em rede, tão utilizadas nas recentes manifestações em todo o país.

· a luta pela regulamentação dos dispositivos constitucionais que normatizam as comunicações do Brasil, tal como proposto pelo Fórum Nacional da Democratização da Comunicação, cujo abaixo-assinado assumimos em fevereiro.

· a defesa da imediata Reforma Política, com efeitos imediatos já para as eleições de 2014 e com resultados duradouros e estruturais definidos em uma Assembléia Constituinte Exclusiva sobre o tema da Reforma Política cuja convocação propomos seja submetida à consulta popular em Plebiscito.

ORIENTA

· as bancadas do PT na Câmara e no Senado a trabalharem pela coesão da base aliada da Presidenta Dilma no Congresso para a convocação no mais curto prazo do Plebiscito Nacional pela Reforma Política, priorizando entre os quesitos a serem incluídos na consulta popular os eixos de nosso Projeto de Lei de Iniciativa Popular: financiamento público exclusivo de campanhas; sistema proporcional com voto em lista partidária pré-ordenada e paridade de gênero; a ampliação da participação popular e dos mecanismos de democracia participativa já existentes; e a convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte exclusiva para a Reforma Política.

CONCLAMA

· a militância do PT a continuar colhendo assinaturas para o nosso projeto de iniciativa popular, ombro a ombro com outras iniciativas da sociedade civil que caminham no mesmo sentido (como a Plataforma dos Movimentos Sociais para a Reforma Política, o MCCE, a OAB, a CNBB, entre outras valorosas instituições), intensificando o ritmo da coleta de assinaturas para que incidam positivamente no debate no Congresso Nacional sobre o tema.

· a militância petista nos movimentos sociais a que assumam decididamente a participação nas manifestações de rua em todo o país, em particular no Dia Nacional de Luta com Greves e Mobilizações convocada por ampla coalizão de centrais sindicais e movimentos populares para o próximo dia 11 de julho, em defesa da pauta da classe trabalhadora para o país e da Reforma Política com Participação Popular.

· os partidos democráticos e populares, centrais sindicais e movimentos sociais que vêm se articulando de forma importante ao longo das últimas semanas para colocar na rua a pauta das transformações sociais do país que sempre nos unificou a debater a reconstituição do Fórum Nacional de Lutas como espaço de diálogo permanente, construção de unidade e articulação de lutas sociais e institucionais.

· os filiados e filiadas ao Partido dos Trabalhadores em todo o Brasil para que intensifiquem os preparativos para um grande Processo de Eleições Diretas (PED) a ser realizado entre os meses de julho e novembro, com ampla mobilização e empenho no debate político dos temas de nosso V Congresso do PT, de modo a demonstrar a toda a sociedade brasileira que nossas bandeiras de democratização e participação popular em nosso projeto de Reforma podem e serão vividas nas relações internas do PT, construindo e fortalecendo nossa unidade de ação.

e CONVOCA

- Reunião do Diretório Nacional do PT para o dia 20 de Julho.

- Reforma Política com Participação Popular

- Plebiscito Já

- Eleições de 2014 regidas pelas novas regras da Reforma Política

- Todo apoio ao Dia Nacional de Luta com Greves e Mobilizações de 11 de Julho

Brasília, 04 de julho de 2013.
Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores

Mais um exemplo de como o PT e seus movimentos amestrados representam o interesse popular. Nas ruas da Bahia, em comemoração ao 2 de julho (Dia da Independência local), o povo homenageou o PT cantando:  “Oooo, o PT roubou/ o PT roubou/ o PT rouboooouu-ouuuu”

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