8 de Março:

A origem revisitada do Dia Internacional da Mulher

Mulheres samurais

no Japão medieval

Quando Deus era mulher:

sociedades mais pacíficas e participativas

Aserá,

a esposa de Deus que foi apagada da História

sexta-feira, 30 de março de 2012

Grupos ligados à esquerda autoritária promovem agora atos contra "apoiadores da ditadura"

A cor das bandeiras dos que foram
 cuspir em "torturadores" ontem no Rio
Apoiadores de regimes totalitários farão mais uma demonstração de seu cinismo atacando os seus desafetos do passado. Vejam  abaixo o informe sobre outra manifestação que ocorrerá, domingo agora, em São Paulo. Sem falar, na óbvia manipulação político-partidária por trás disso, tentando associar ações das administrações paulistanas com atos ditatoriais. O ano é eleitoral.

Quem continua interessado em instalar ditadura em nosso país são os próprios, ou melhor, os mentores desses jovens alienados do tal Levante Popular (misturados a muitos porras-loucas de ocasião), braço de "movimentos revolucionários socialistas", como o MST e a Via Campesina, e apoiador da ditadura cubana.

Vamos lembrar o currículo dos mentores desses idiotas (in)úteis. Os dados estão um pouco defasados porque onde esse Mal ainda existe continua matando. Perto deles, a ditadura militar brasileira, que segundo os próprios fascistas vermelhos, matou cerca de 450 pessoas, foi brincadeira de criança.

Mortos pelos regimes comunistas/socialistas ao redor do mundo (os exemplos mais conhecidos):

China: 65 milhões de pessoas 
União Soviética: 20 milhões 
Camboja, 2 milhões 
Coreia do Norte: 2 milhões 
Países africanos: 1,7 milhão 
Afeganistão: 1,5 milhão 
Países comunistas do leste europeu: 1 milhão 
Vietnã: 1 milhão 
Cuba: 150 mil 

Ontem, tivemos no Rio uma manifestação tipicamente fascista. É preciso ser muito idiota para achar que gente da faixa etária desses ativistas, que foram insultar velhos milicos por estarem apresentando outra visão dos fatos passados (a maioria dos que lá estava nunca foi acusada de torturador) na sede da associação deles, não é manipulada pela velharia comuna. São cabeças feitas pela esquerdopatia que está nos arrastando de volta para a Guerra Fria. Rima macabra.

Segue o itinerário da confrontação:

Depois de torturadores, apoiadores da ditadura são alvos de protesto em São Paulo

Depois dos assassinos e torturadores, agora é a vez dos apoiadores do golpe civil-militar de 1964 serem alvos de protestos.

Passando por jornais, empresas e lugares simbólicos do apoio civil à ditadura, o Cordão da Mentira irá desfilar pelo centro da cidade de São Paulo para apontar quais foram os atores civis que se uniram aos militares durante os anos de chumbo.

Os organizadores –coletivos políticos, grupos de teatro e sambistas da capital– afirmam ter escolhido o 1º de abril, Dia da Mentira e aniversário de 48 anos do golpe, para discutir a questão “de modo bem-humorado e radical”.

Ao longo do trajeto, os manifestantes cantarão sambas e marchinhas de autoria própria e realizarão intervenções artísticas que, segundo eles, pretendem colocar a pergunta: “Quando vai acabar a ditadura civil-militar?”.

TRAJETO (confira resumo, no fim do texto)

A concentração acontecerá às 11h30, em frente ao cemitério da Consolação.

Em seguida, o cordão passará pela rua Maria Antônia, onde estudantes da Universidade Mackenzie, dentre eles integrantes do CCC (Comando de Caça aos Comunistas), entraram em confronto com alunos da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP. Um estudante secundarista morreu.

Dali, os foliões-manifestantes seguem para a sede da TFP (Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade), uma das organizadoras da “Marcha da Família com Deus, pela Liberdade”, que 13 dias antes do golpe convocava o exército para se levantar “contra a desordem, a subversão, a anarquia e o comunismo”.

Depois de passar pelo Elevado Costa e Silva –que leva o nome do presidente em cujo governo foi editado o AI-5, o mais duro dos Atos Institucionais da ditadura– o bloco seguirá pela alameda Barão de Limeira, onde está a sede do jornal Folha de S.Paulo. Segundo Beatriz Kushnir, doutora em história social pela Unicamp, a Folha ficou conhecida nos anos 70 como o jornal de “maior tiragem” do Brasil, por contar em sua redação com o maior número de “tiras”, agentes da repressão.

A ação da polícia na Cracolândia, símbolo da continuidade das políticas repressivas no período pós-ditadura, bem como o Projeto Nova Luz, realizado pela Prefeitura de São Paulo, serão alvos dos protestos durante a passagem do cordão pela rua Helvétia.

Finalmente, será na antiga sede do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), na rua General Osório, que o Cordão da Mentira morrerá.

CORDÃO DA MENTIRA

Quando: Domingo, 1º de abril de 2012, a partir das 11h30

Onde: concentração no Cemitério da Consolação

TRAJETO

R. Maria Antônia – Guerra da Maria Antônia
Av. Higienópolis – sede da TFP
R. Martim Francisco
R. Jaguaribe
R. Fortunato
R. Frederico Abranches
Parada no Largo da Santa Cecília
R. Ana Cintra – Elevado Costa e Silva
R. Barão de Campinas
R. Glete
R. Barão de Limeira – jornal Folha de S.Paulo
R. Duque de Caxias – Cracolândia/Projeto Nova Luz
R. Mauá
Dispersão: R. Mauá com a R. General Osório – antigo prédio do Dops

quarta-feira, 28 de março de 2012

Comercial com Hitler provoca protestos

Hitler como garoto propaganda
A humanidade tem um grande fetiche pelo nazismo e seus fetiches. Eles de fato tinham parentesco direto com o demônio, mas inauguraram a propaganda moderna (chegaram a concorrer com Hollywood em produção de filmes) e arrasavam no visual. Queriam mostrar sua suposta superioridade já na roupa. Até o exército regular era todo aprumado. As tropas de elite então... uaauu!!

Então, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, num misto de atração e horror, o mundo inteiro não deixa de revisitar essas figuras e seus mal-feitos. Todavia há limites para essa revisão. Usar a figura de Hitler, por exemplo, mesmo à guisa de humor, costuma provocar muita controvérsia.

Esse é o caso de um comercial de shampoo exibido na TV turca que foi postado na Internet em 21 de março. Nele, Hitler aparece em um daqueles seu esbravejantes discursos, dizendo, em turco: 

Se você não usa roupa de mulher, também não devia usar shampoo de mulher. Aqui está. Um shampoo para homens de verdade. Biomen. Homens de verdade usam Biomen.

A comunidade judaica internacional protestou e o spot saiu do ar na TV turca, embora continue circulando pela Web. O publicitário que criou a peça disse que a intenção era ridicularizar Hitler, mas a resposta não colou. E você o que acha?

segunda-feira, 26 de março de 2012

Desdobramentos do Ficha Limpa

No ambiente tão degenerado da política brasileira, a Ficha Limpa surge como um fio de esperança.

Resta ver se vai ser de fato cumprida. Temos que nos mobilizar para isso!

Abaixo vídeo bem didático sobre a Ficha Limpa e seus desdobramentos!

Promovendo a cidadania.

sábado, 24 de março de 2012

Quem tudo quer nada tem: Dilma apanha de sua enorme base aliada

A entrevista gravada do historiador Marco Antonio Villa e o texto do jornalista Merval Pereira, transcritos abaixo, falam da mesma coisa, um de forma mais concisa, outro de maneira mais aprofundada: Dilma Rousseff formou uma base aliada tão grande do tipo "toma lá dá cá" que está tendo dificuldades de governar por causa dela. 

Não é a oposição, que a bem da verdade mal existe, a fonte de problemas de Dilma mas sim seus amotinados... ooops... seus aliados, insatisfeitos com a partilha desigual do butim do dinheiro público. Na semana que passou, por exemplo, ela não conseguiu aprovar a Lei Geral da Copa por ação de seus amigos da onça.

Os dois analistas concordam que não dá para governar com base tão ampla e de perspectivas tão distintas, embora com denominador ($) tão comum. Ao apostar no fisiologismo para ganhar as eleições e governar, Dilma vem sendo debilitada pela mesma corrupção que seu partido utilizou para debilitar as instituições e manter-se no poder. Alguns acreditam, como Merval Pereira, que a presidente está querendo alterar essa situação, mas não veem como isso possa ser feito. 

O certo é que Dilma segue à deriva, o que não é nada bom para o país. Como se não bastasse, seus "comandados" não param de dizer besteiras, parecendo-me as bravatas contra as Forças Armadas as mais graves entre elas. Nesta última semana, Maria do Rosário, ministra (?!) da Secretaria dos Direitos Humanos, saiu-se com um projeto de lei para fazer visitas de surpresa em quartéis e verificar as condições a que os presos militares estão submetidos. Fora ter fomentado discussão sobre o fim dos tribunais militares.  

Isso depois da polêmica gerada pela tentativa desastrada (porque ilegal) de calar a boca de militares da reserva em razão destes, em seu direito, terem reclamado publicamente de tentativas de - mais uma vez - rever-se a lei da Anistia e tentar processar militares dos tempos da ditadura por abusos contra os direitos humanos.

O que se observa, com apreensão, é um governo que nem sequer se entende com os que se dizem seus aliados nem tem o mínimo de tato para tratar com oposicionistas, inclusive com aqueles oposicionistas que já se encontravam em estado de hibernação há décadas. Com essa tendência para a conflagração, tipicamente dilmopetista, o que se nota é uma crescente polarização entre forças autoritárias que se dizem de esquerda e de direita, ameaçando o equilíbrio de nossa frágil democracia, como numa espécie de repeteco do cenário que desandou nos anos de chumbo durante a década de sessenta.

Considero o petismo a pior coisa que já aconteceu ao Brasil desde a chegada de Cabral com as caravelas. Criaram uma espécie de pesadelo de que não se consegue acordar e que parece aumentar a cada dia. Maldito seja.


Limites na Coalizão

Merval Pereira

Embora pareça uma ação extemporânea, sem base em um projeto de longo prazo, as atitudes da presidente Dilma em relação à sua base partidária estão pelo menos suscitando uma discussão que há muito não se via por parte do governo: quais são os limites éticos das negociações partidárias?

O presidente da Câmarados Deputados, o petista gaúcho Marco Maia, disse ontem que a base aliada tem “legitimidade” para cobrar cargos e liberação de recursos, mas garantiu que isso não significa institucionalizar a prática do “toma lá dá cá”.

A questão é que, no Brasil, uma interpretação distorcida do que seja o papel dos partidos políticos no apoio a um governo levou a que a corrupção e o fisiologismo se tornassem elementos fundamentais da chamada “governabilidade”.

Essa distorção aparece no comentário do senador Fernando Collor (PTB-AL) de que seu impeachment deveu-se ao pouco caso que ele fazia das relações políticas entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional, passando por cima de todos os problemas éticos que seu governo enfrentou.

Da mesma maneira, no governo Lula, montou-se um grande esquema de corrupção para comprar apoio parlamentar na certeza de que os “300 picaretas” que Lula identificou no plenário da Câmara, quando foi constituinte, seriam facilmente manipuláveis.

Nesse período, o presidente Lula ainda demonstrava alguns pruridos no relacionamento público com políticos que não tinham a imagem condizente com a percepção que a opinião pública ainda tinha do Partido dos Trabalhadores naquela ocasião.

Tanto que recusou se unir ao PMDB mesmo com seu braço-direito político, José Dirceu, já tendo costurado um acordo. Luiz Inácio Lula da Silva alegava que não tinha confiança em políticos que depois viriam a ser seus grandes correligionários, como o ex-ministro Eunício Oliveira, para pegar apenas um exemplo de político rejeitado que se transformou em aliado útil.

No início de seu governo, quando ainda pretendia aprovar reformas como a da Previdência, o ex-presidente Lula teve que contar com o apoio da oposição para avançar nesse campo, que os sindicatos e o próprio PT rejeitavam.

Depois do susto do mensalão, cujo objetivo era conseguir apoios sem necessidade de expor essas relações promíscuas do PT defensor da ética na política com o baixo clero do Legislativo, Lula mudou de estratégia radicalmente.

Passou a se empenhar para formar a maior base aliada possível, exacerbando a troca de favores a tal ponto que conseguiu pela primeira vez na História unir todas as alas do PMDB no seu Ministério.

Montou então uma base aliada “defensiva”, isto é, formada não para aprovar as reformas estruturais necessárias ao desenvolvimento do país, mas para defender o presidente de qualquer nova tentativa de impeachment político.

Essa sua atitude, na prática, evidencia que ele agia seguindo o mesmo pensamento que mais tarde o ex-presidente Collor exprimiria na tribuna do Senado e que tanto desagradou tanto a Dilma quanto ao próprio Lula.

Para eleger na sua sucessão a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma mágica tirada do bolso do colete, Lula passou a exigir do PT um espaço maior para os aliados e foi atrás de partidos que não faziam parte da base aliada, mas poderiam ser cooptados à base do fisiologismo.

Com isso, garantiu a maior aliança partidária já montada no país, mas tão heterogênea que apenas a eleição de Dilma os unia como objetivo, sendo impossível armar-se um programa de governo que comportasse tantos interesses distintos.

A negociação dos espaços para cada um dos dez partidos aliados passou a ser a única maneira de mantê-los sob a mesma bandeira política, e com isso o fisiologismo e a corrupção ganharam um espaço que jamais tiveram em governos anteriores, mesmo que os personagens sejam basicamente os mesmos.

Nunca tiveram tanto poder quanto até recentemente, mesmo o senador Renan Calheiros, que foi ministro da Justiça de Fernando Henrique Cardoso, um cargo de aparente pompa, mas esvaziado de poder político.

A tese de que todos esses tipos de corrupção com que nos defrontamos na nossa política, como o corporativismo, o clientelismo e o fisiologismo, fazem parte da estrutura de governabilidade de democracias pouco desenvolvidas como a brasileira preocupa pensadores como o ex-ministro Marcílio Marques Moreira, há muito envolvido na luta pela ética na política.

Para ele, a falta de compromissos éticos corrompe o sistema “assim como a ferrugem corrói o ferro, metáfora que Políbio já usava e que Maquiavel de certa maneira retoma na primeira década de Tito Lívio”.

Marcílio ressalta que pesquisas recentemente divulgadas mostram que a presença de um líder, ou de um decálogo, que, inspirando confiança, legitime comportamentos tem enorme influência sobre eles.
Tanto no sentido de estimular atitudes corretas e éticas no trato da coisa pública quanto, como ocorre hoje no país, de estimular comportamentos pouco éticos quando os interesses pessoais estão acima do interesse público.

Nesse sentido, embora o sistema sob o qual sua presidência está montada seja baseado nessa promiscuidade de interesses, a presidente Dilma Rousseff está dando sinais de que pretende mudar o paradigma.

Por enquanto, no entanto, não há clareza sobre que novos caminhos pretende trilhar e com o apoio de que forças políticas. Nem há evidências da viabilidade de tal projeto, se é que ele existe mesmo.
Fonte: O Globo, 23/03/2012

sexta-feira, 23 de março de 2012

Clipping legal: Pesquisadores da UnB apontam fragilidade na urna eletrônica

Nos EUA não se usa urna eletrônica tampouco no ultratecnológico Japão. Por que será? Ano após ano, acumulam-se dúvidas sobre a segurança das urnas eletrônicas brasileiras. Já abordei esse tema aqui no blog duas vezes: Risco de fraude nas eleições: a OAB não referenda as urnas eletrônicas! e Outra vez em foco as discutíveis urnas eletrônicas do Brasil.

Agora, de novo, Pesquisadores da UnB apontam fragilidade na urna eletrônica. Considerando quem está no governo, alguém duvida que essas urnas já não possam ter sido fraudadas, por exemplo, nas últimas eleições? Incrível que, apesar de tantas denúncias, a oposição, mais conhecida como "oposiçãozinha" não tenha ainda feito uma devassa nessas urnas. É o futuro do país que pode estar se perdendo em meio a algorítimos facilmente desvendáveis.

BRASÍLIA - Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) conseguiram ordenar a sequencia de votos de urna eletrônica durante teste promovido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O grupo formado por quatro cientistas do Departamento de Computação e do Centro de Informática da universidade desvendaram o algorítimo que embaralha a ordem cronológica dos votos. Em cinco dias de trabalho, os especialistas conseguiram descobrir o voto dado pelo primeiro eleitor e todos os outros eleitores fictícios que teriam digitado no equipamento investigado.

O chefe da equipe, Diego de Freitas Aranha, explicou que para descobrir a identidade do eleitor e o seu voto seria necessário conhecer o nome e a ordem cronológica dos votos efetuados naquela urna, ou seja, o hacker teria que ter em mãos uma tabela com a ordem e a identificação dos eleitores que votaram na urna.

- Nós conseguimos recuperar os votos em ordem numa totalidade de 99,99%. De posse dos votos em ordem e de uma lista de eleitores que teria que ser obtida de outra forma, é possível você fazer a correspondente. Esse é o resultado do nosso teste – disse Aranha.

O TSE informou que considera positivo o resultado do teste e acrescentou que o sistema para embaralhar os votos será reforçado. A mesma equipe da UnB testará o sistema reforçado.

Fonte: O Globo,  por Roberto Maltchik, 22/03/2012 

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