8 de Março:

A origem revisitada do Dia Internacional da Mulher

Mulheres samurais

no Japão medieval

Quando Deus era mulher:

sociedades mais pacíficas e participativas

Aserá,

a esposa de Deus que foi apagada da História

sábado, 16 de julho de 2011

Admirável Mundo Novo: tudo pelo simples controle do pensamento!

Não canso de me admirar com o avanço da tecnologia em suas diferentes facetas sobretudo no que diz respeito à cura de doenças e ao prolongamento da vida humana. Se tivéssemos, nas ciências humanas, uma evolução minimamente correspondente, seguramente o mundo seria outro. Infelizmente nesse departamento, a humanidade patina no solo escorregadio de ideologias mofadas, como socialismos e outras variantes esquerdistas, ou em dogmas religiosos escritos por povos extintos milênios atrás.

Ironicamente hoje é a tecnologia que, cada vez mais, nos traz aquela palavrinha, tão importante para ir levando a vida, chamada esperança. Esperança de mais anos de vida, sem doenças, ou até mesmo esperança de superarmos a morte por velhice, ou seja, a morte natural, pela via da biotecnologia. Esperança de superarmos nossas limitações físicas em integrações com computadores e membros biônicos. Quem sabe, inclusive, se não tiver que lidar com a "morte, angústia de quem vive", como bem descrita pelo poeta, o ser humano não venha se tornar menos feroz, mais tranquilo!?

O mais interessante, nesse admirável mundo novo que se nos avizinha, é encontrarmos um brasileiro em destaque na criação de invenções de ponta. O neurocientista paulistano Miguel Nicolelis, diretor do laboratório de neuroengenharia da Universidade Duke, nos Estados Unidos, veio, ao Brasil, lançar o livro Muito Além do Nosso Eu – A nova neurociência que une cérebro e máquinas, e como ela pode mudar nossas vidas (552 páginas, Companhia das Letras). Por ocasião do lançamento do livro, concedeu também várias entrevistas à imprensa, onde, entre outras coisas fantásticas, afirmou   que o pontapé inicial do jogo de abertura da Copa de 2014 será dado por um adolescente tetraplégico usando um exoesqueleto, uma veste robótica controlada por pensamento.

Abaixo vídeo da entrevista que ele deu a um dos jornais da Globo e aqui link para outra entrevista que o cientista concedeu a Veja onde detalha seus estudos.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

True Blood 4: os vampiros estão de volta!


Fiquei enamorada por True Blood, em sua primeira temporada, continuei nesse estado na segunda, mas, já na terceira, comecei a ver algumas coisas que não me agradaram. A primeira temporada se centrava no amor de Sookie, a humana telepata, e o vampiro Bill, onde afeto e sensualidade se misturavam na dose certa. Também a analogia feita entre a intolerância contra os vampiros, agora capazes de viver entre os humanos sem sugá-los, de parte de fanáticos cristãos, e a intolerância contra os homossexuais era muito bem feita. Fora que nas primeiras duas temporadas outras criaturas fantásticas vão surgindo em meio aos cidadãos da cidadezinha de Bon Temps, como a dizer que, de perto, ninguém é mesmo normal.

Já na terceira temporada, Bill e Sookie se separam, aparecem lobisomens na jogada, fora outros metamorfos, e as histórias dos distintos personagens parece muito segmentada. Além disso, há um excesso de sangue, meleca e sobretudo de cenas de sexo fora de contexto, cujo único propósito parece ser marcar a série como ousada. Achei que sobraram cenas de sexo hétero e homo, mas faltou enredo ou o enredo me soou meio bobo.

Neste domingo, tivemos o primeiro episódio da quarta temporada, onde o par romântico continua separado, a história dos distintos personagens deu um salto no tempo de um ano em relação à temporada anterior e mais uma leva de criaturas fantásticas dá as caras. Agora são as bruxas. Também de cara já tivemos uma cena de sexo lésbico entre a personagem Tara e uma moça que, pelo visto, não conhece bem o passado da amante. Os críticos dessa temporada dizem que ela está melhor trabalhada, mais concisa, com maior integração entre as histórias dos distintos personagens. Esperemos que sim, pois a ideia inicial da série foi muito bem acertada. Seria pena que tivesse um final precoce por conta de excessos de várias naturezas menos da inteligência que apresentou a princípio.

Abaixo segue trailer da quarta temporada para você conferir. E, claro, não esqueça de acompanhá-la pela HBO, aos domingos, às 21:00. Mais informações no site da série, clicando aqui

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Madraçal no Planalto: Aparelhamento da Universidade de Brasília!

Reproduzo abaixo matéria da revista Veja, de 04/07, de Gustavo Ribeiro, sobre o aparelhamento da Universidade de Brasília (UnB) pela esquerdiotia vigente. Já ouvi relatos de casos de perseguição ideológica contra docentes também em outras universidades brasileiras. E quando estudei na USP, na famigerada FFLCH, antro do esquerdismo mais rastaquera, escutei queixas de professores quanto a não poder, por exemplo, falar da realidade de Cuba por causa da patrulha ideológica (e isso na faculdade de Letras).

A verdade é que, desde a década de 50, houve uma academização do marxismo que se encastelou nas ciências humanas e se expandiu após o fim da ditadura militar, criando uma hegemonia esquerdista sobretudo nas universidades públicas. Qualquer outro tipo de ideologia, de pensamento, foi se tornando minoritário e, com a ascensão do petismo ao poder, além de minoritário, veladamente proscrito. A mesma mecânica se observou em vários outros âmbitos da sociedade, notadamente nos movimentos sociais.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Uma máscara que revela a face: V de Vingança

Guy Fawkes foi um soldado inglês católico que participou de uma tentativa de levante, em 1605, contra o rei protestante Jaime I e  parlamentares ingleses, que ficou conhecida como Conspiração da Pólvora. Os revoltosos pretendiam implodir o parlamento e seus membros como primeiro passo do levante, e Guy era o sujeito que tomava conta dos barris de pólvora que seriam utilizados no atentado. Entretanto a conspiração foi descoberta e Guy preso, torturado e executado no dia 5 de novembro. Até hoje é tradição, na Inglaterra, malhar e queimar bonecos de Fawkes todo os 5 de novembro de cada ano, como fazemos com os bonecos de Judas nos sábados de aleluia.

Apesar de considerado traidor, Fawkes foi inspirador de mitos libertários, como a graphic novel V de Vendetta (V de Vingança), onde um rebelde, que usa uma máscara baseada em seu rosto, consegue detonar o parlamento inglês, num dia 5 de novembro, numa Inglaterra dominada por um regime fascista. A HQ ganhou, por sua vez, uma versão cinematográfica, entre outros, com HugoWeaving, Natalie Portman, Stephen Rea, John Hurt, em 2006, que ajudou a divulgar a história do católico conspirador.

A partir do filme a máscara do rebelde V, baseada no rosto de Guy Fawkes, passou a figurar em protestos contra governos ou a favor da democracia e da liberdade em várias partes do mundo. Esteve recentemente na cara de estudantes chilenos que foram às ruas protestar contra o sistema de ensino público do país, de espanhóis que fizeram passeata contra reformas econômicas e de  chineses que promoveram a marcha anual pela democracia em Hong Kong. Fora outras manifestações de jovens na Grécia, Coreia do Sul e até no Rio de Janeiro, durante a Marcha da Liberdade. Atualização: nas marchas contra a corrupção deste 7 de setembro (2011), vários manifestantes ostentavam a máscara de V enquanto entoavam palavras de ordem como "o povo unido não precisa de partido." Meu velho coração libertário riu de canto a canto.

No vão do MASP, contra a corrupção
Reproduzo abaixo vídeo do trecho em que V propõe aos ingleses rebelaram-se contra o governo fascista de Adam Sutler. Algumas falas servem para nós, brasileiros, como uma luva: "Há aqueles que não querem que falemos."; "A verdade é que há algo terrivelmente errado com o país." ; "Se buscam culpados para esta situação, basta se olharem no espelho." 

Ouçam o belo discurso e reflitam o quanto precisamos ter o nosso 5 de novembro. Atualização: E acho que o nosso começou em 7 de setembro. Vamos orar, hem, sr. Fawkes!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Nós é que somos os empregadores do Estado!

Existe uma brutal inversão de valores e papéis em nosso país. De empregadores do Estado que somos, porque somos nós que pagamos as contas dele, para que possa aplicar nosso dinheiro em serviços públicos pelo menos razoáveis,  a maioria no Brasil se vê como empregada do Estado, devedora do Estado, esse senhor bondoso que nos ajuda.

Governos autoritários apresentam dupla face de acordo com as circunstâncias: a repressiva ou a paternalista. A última é mais insidiosa porque se faz passar por bondosa quando, na verdade, quer nos desempoderar através da infantilização e da dependência. Deixo abaixo texto do advogado João Antonio Wiegerinck, intitulado O Império do Silêncio, que trata de macropolítica brasileira, criticando essa inversão de valores que vivemos, mas que serve também para a micropolítica dos movimentos sociais agora reduzidos à vassalagem.
 

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