8 de Março:

A origem revisitada do Dia Internacional da Mulher

Mulheres samurais

no Japão medieval

Quando Deus era mulher:

sociedades mais pacíficas e participativas

Aserá,

a esposa de Deus que foi apagada da História

terça-feira, 29 de junho de 2010

Você sabia que a obrigatoriedade do voto foi flexibilizada?

O projeto de lei (pls 244/06) do senador Marco Maciel (DEM-PE), aprovado em decisão terminativa, na quarta-feira (9 de junho), pela comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), acaba com as restrições impostas aos eleitores que deixarem de votar e não se justificarem no prazo legal. Fica mantida apenas a multa, que varia de R$1,05 a R$35,10, para o eleitor que deixar de votar e não se justificar perante o juiz eleitoral até 30 dias após a realização da eleição, e a  perda do título a partir da terceira ausência consecutiva em pleitos.

Não haverá mais, contudo, proibição de o eleitor se inscrever em concurso ou tomar posse em cargo público. Nem problemas para obter passaporte ou carteira de identidade; receber remuneração de órgãos e entidades estatais; participar de licitação pública; obter empréstimo de entidades financeiras estatais; renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo e praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda.

Excelente notícia. Um passo importante para o fim total  do voto obrigatório. Votar é um direito, não uma obrigação. No nosso país, onde temos ainda a maioria da população composta de analfabetos e semi-analfabetos, a obrigatoriedade do voto apenas serve para a formação de currais eleitorais e votos de cabestro. Para incentivar a população a exercer o voto, deve-se, em primeiro lugar, tirar a educação brasileira da sucata, alfabetizar o povo e lhe dar educação política também. Caso contrário, o povo vira apenas massa de manobra dos antigos e novos coronéis, como os da atual república sindicalista do PT. 

Fonte: baseado em Simone Franco / Agência Senado

segunda-feira, 28 de junho de 2010

28 de junho: dia Internacional do Orgulho LGBT

O dia 28 de junho comemora a data de uma manifestação LGBT ocorrida em Nova York, em 1969, contra as frequentes batidas policiais efetuadas num bar chamado Stonewall Inn. Cansados dos abusos, no dia 28 de junho, os clientes do bar enfrentaram os policiais, resistindo às prisões. Grupos lésbicos e gays da época viram nesse ato de resistência um símbolo de luta e a partir dela começaram uma série de atividades contra o preconceito e a discriminação às pessoas homossexuais, sobretudo demonstrações de rua. Com o passar dos anos, a data ganhou reconhecimento internacional e se tornou o mote de paradas em todo o mundo, como a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo.

Vale lembrar que essa manifestação foi espontânea, fruto do cansaço dos clientes do bar com a prática continuada dos abusos policiais, extorsões, prisões irregulares, etc. E é a velha história: quando as pessoas decidem reagir contra a violência, as coisas começam a mudar. O impossível acontece. Ninguém precisa de partido político para fazer política. Política vem do grego polis, que quer dizer cidade, sendo política o ato de agir nas cidades, administrar as cidades. E isso tod@s nós podemos fazer. A Ficha Limpa está aí como prova inquestionável disso.

Em nosso país de tantos absurdos, as pessoas não gostam de política por causa de nossos políticos e suas fichas sujas. Mas nossos políticos não vieram de Marte, vieram daqui mesmo, do mesmo lugar de onde viemos, são fruto do que somos. Então não podemos nos eximir da responsabilidade pelo que temos como governantes. Porque quando as pessoas realmente vão à luta, mesmo diante de forças superiores, a conjunção dos astros se efetua e até milagres acontecem.

Feliz dia 28 de junho! Ah, por último, os maiores protagonistas desse histórico dia foram as travestis e as lésbicas. Os gays foram coadjuvantes mas levaram a fama.

Sétimo álbum mais cotado da revista Spin: Appetite for Destruction

Appetite for Destruction (Gosto pela Destruição), lançado em 21 de julho de 1987, foi o álbum de estreia do grupo norte-americano de hard rock Guns N' Roses que já começou emplacando alguns recordes, como o de disco de estreia mais vendido no mundo e um dos melhores álbuns da história do rock/pop (está na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame). Na galeria da revista Spin, de melhores dos últimos 25 anos, ficou na sétima posição.

Misturando bad boys, punk, e a velha tríade sexo, drogas e rock'n'roll, o álbum veio quebrar o bom mocismo da época, a la Bon Jovi, com letras descrevendo a vida desregrada do grupo pela América. A capa do disco original mostra desenho, de Robin Willians, intitulado Appetite for destruction (que deu nome ao álbum) onde aparece uma moça estuprada por um robô que, por sua vez, está prestes a ser abatido por uma máquina vingadora. Como a capa foi considerada obscena, fizeram uma outra, alternativa, com desenhos representando os integrantes da banda sobre um crucifixo (posto as duas imagens).

Gosto de algumas bandas de hard rock, como o Cult (que de vez em quando ressuscita) e o Guns N' Roses, que, praticamente só com o Axl Rose da formação original, esteve por aqui recentemente. Appetite for Destruction é, sem dúvida, um grande exemplar do gênero, e eu destaco um de seus hits, Sweet Child O' Mine, que aprecio bastante, como mostra do álbum. Além disso, nessa época, Axl Rose estava belo em seu modelito bad boy, e o som é bem genuíno.

Faixas
1."Welcome to the Jungle" (Música: Slash, Rose / Letra: Rose) – 4:32
2."It's So Easy" (Música: McKagan, Arkeen / Letra: McKagan, Arkeen) – 3:21
3."Nightrain" (Música: Stradlin, McKagan, Rose, Slash, Adler / Letra: McKagan, Rose) – 4:26
4."Out Ta Get Me" (Música: Slash, Rose, Stradlin / Letra: Rose, Stradlin) – 4:20
5."Mr. Brownstone" (Música: Stradlin, Slash, Adler / Letra: Stradlin) – 3:46
6."Paradise City" (Música: McKagan, Slash, Rose, Stradlin / Letra: Rose, McKagan) – 6:45
7."My Michelle" (Música: Rose, Stradlin / Letra: Rose) – 3:38
8."Think About You" (Música: Stradlin / Letra: Stradlin) – 3:49
9."Sweet Child O' Mine" (Música: Rose, Slash, Stradlin, Adler / Letra: Rose) – 5:54
10."You're Crazy" (Música: Slash, Stradlin, Rose / Letra: Rose, Stradlin) – 3:16
11."Anything Goes" (Música: Stradlin, Rose, Weber / Letra: Stradlin, Rose) – 3:25
12."Rocket Queen" (Música: Rose, Slash, Stradlin, Adler / Letra: Rose, Stradlin) – 6:14.



Lyrics | Guns N’ Roses - Sweet Child O’ Mine lyrics

domingo, 27 de junho de 2010

True Blood estreia hoje na HBO!

A Terceira temporada de True Blood estreou nos EUA, em 13 de junho, com recorde de público: cerca de 5,1 milhões de espectadores. Ao todo, o primeiro episódio da temporada foi visto por 6,4 milhões de pessoas, a maior audiência para um episódio de estreia do seriado.

Hoje, ele estreia para nós, brasileiros sedentos de sangue, às 22:00, na HBO. Como já comentei, Sookie passará esse episódio em busca do amado Bill, que ficamos sabendo foi sequestrado por viciados em V - (o Ecstasy do mundo de True Blood). Haverá muitas revelações, muito sexo naturalmente, e lobisomens, fora os personagens já conhecidos, com destaque para a vampira adolescente Jessica. Acho o personagem Lafayette, um gay arretado, muito bom também, um show do ator Nelsan Ellis.

Em comentário sobre a série, na Folha Ilustrada de ontem, lê-se que "True Blood" demorou para engrenar, mas os produtores encontraram o equilíbrio entre sustos, risadas e provocações políticas. É a série mais assustadora e divertida dos últimos tempos." 

E na Veja desta semana, também lemos: "O seriado de Allan Ball trata de um mundo onde os vampiros se juntam à sociedade.... e oferece uma alegoria poderosa sobre os dilemas morais da tolerância à diferença."

Quando do lançamento da série, escrevi um post aqui sobre as semelhanças entre a luta dos vampiros, para ser aceitos na sociedade, e a luta homossexual contra os religiosos conservadores. Nada mais acertado, como todos reconhecem, porém creio que não se trata apenas de uma alegoria da luta dos LGBT mas também de todos que são "diferentes" contra a opressão da normalidade.

Não perca. Faz tempo que não aparece série tão inteligente na TV, ainda mais considerando os dias de hoje. Se não assistiu as temporadas anteriores, vale a pena comprar em DVD.

E a HBO ainda, para celebrar o início da terceira temporada de True Blood, traz às 19:00, um especial sobre vampiros em geral, do assustador Nosferatu ao sensual Vampiro Bill, com um histórico sobre como os vampiros se transformaram num fenômeno pop no cinema e na TV.

Também às 21:48, a emissora apresenta um recap da temporada 2, o que é ótimo principalmente para quem está entrando em contato com a série agora. Bom demais.

HBO, 22:00, 27 de junho: True Blood!

sábado, 26 de junho de 2010

Flor do Deserto: contra a mutilação genital feminina!

Waris Dirie é o nome de uma top model (muito bela) que hoje trabalha como embaixadora da ONU contra a mutilação genital feminina.  Waris conhece bem essa prática que é uma das maiores expressões de misoginia (ódio às mulheres) ainda existente no mundo de hoje. Como milhares de meninas, todos os dias, em várias partes do mundo, Waris, com cinco anos,  teve seu clitóris cortado bem como os grandes e pequenos lábios (cliterodectomia), sendo depois tudo costurado, com apenas um buraquinho  deixado para sair a urina e a menstruação (infibulação). Se tivesse casado, aos 13 anos, seu marido teria aberto a costura com faca, num chamado ritual sagrado de casamento.

Mas Waris conseguiu fugir de sua terra natal, a Somália, indo para Londres onde sobreviveu fazendo faxina na embaixada de seu país, depois trabalhando como garçonete num Mac Donald's local, onde é descoberta por um fotógrafo de moda que se encantou com sua a aparência e conseguiu levá-la às passarelas e ao sucesso. E com o sucesso, Warie utilizou de sua projeção internacional para se tornar uma ativista, pelo combate à mutilação feminina, e embaixadora da ONU.
 
Essa história tocante foi relatada pela própria Waris, em seu livro Flor do Deserto (wari, em somali, quer dizer flor do deserto), agora transformado em filme que estreou ontem em circuito nacional, com outra top model, Liya Kebede (etíope), no papel principal (veja ambas na foto). Vale a pena conhecer em detalhes a trajetória de Waris, de superação e transcendência, nessa história pesada mas de belas imagens. Vale lembrar também que à parte toda a dor e o  trauma da mutilação genital em si, suas sequelas levam muitas meninas e mulheres à morte. Veja o trailer do filme abaixo:

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