8 de Março:

A origem revisitada do Dia Internacional da Mulher

Mulheres samurais

no Japão medieval

Quando Deus era mulher:

sociedades mais pacíficas e participativas

Aserá,

a esposa de Deus que foi apagada da História

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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Marcha das Vadias não pode virar marcha das obscenas!

Movimento foi o mais comentado em rede social
brasileira à noite (Tasso Marcelo/AFP Photo)
Em decorrência de uma série de estupros ocorridos na Universidade de Toronto, Canadá, no início de 2011, um policial declarou que as mulheres, para evitar a violência, deveriam se vestir com decoro e não como vadias (putas, sluts em inglês). Em outras palavras, o policial responsabilizou as mulheres pela violência de que foram/são vítimas. Como todo o mundo sabe, contudo, estupradores violam desde criancinhas até senhoras de 70 anos, nada tendo o estupro com a forma como as mulheres se vestem ou se portam.

Para protestar contra a fala lastimável do policial, fruto de uma mentalidade em vigor ainda na cabeça de muita gente, mulheres organizaram a Marcha das Vadias que se espalhou pelo mundo. Nela, mulheres vestidas de todas as formas e inclusive mulheres seminuas afirmam simplesmente: "Não importa a forma como eu me visto - posso até estar seminua - isso não dá a nenhum homem o direito de me estuprar." 

A mensagem é muito clara e correta, e, no contexto da Marcha, a nudez se justifica pelo propósito acima mencionado. Todavia, extremistas - sempre eles - vêm ameaçando a validade das marchas com seus excessos. Nesta última Marcha, do dia 27 no Rio, a pretexto de protestar contra a Igreja Católica e seus dogmas que interferem na autonomia das mulheres (caso da descriminação do aborto), houve uma dita performance que se constituiu na quebra de imagens católicas e simulação de sexo anal e vaginal com algumas delas (ver imagem abaixo). 

Tratou-se apenas de espetáculo grotesco e obsceno do tipo que apenas municia os conservadores em seu moralismo e luta contra avanços sociais importantes. As organizadoras já lançaram nota lamentando a quebra das imagens sacras, mas precisam refletir sobre formas de coibir esses extremistas para que as Marchas das Vadias não se transformem em reles Marchas das Obscenas.

Marcha das Vadias reúne mais de mil no Rio e vira hit em rede social
Hashtag #MarchaDasVadiasRj foi a mais utilizada no Twitter Brasil à noite. Radicais quebraram imagens santas e houve discussões com fiéis da JMJ.

A Marcha das Vadias do Rio de Janeiro, em seu terceiro ano consecutivo, reuniu mais de mil manifestantes na orla carioca, na tarde deste sábado (27), e causou alvoroço nas redes sociais, assumindo a liderança dos trending topics do Twitter no Brasil no início da noite. O grupo saiu às 15h20 de Copacabana pela Avenida  tlântica e foi até Ipanema, pela Avenida Viira Souto, pedindo a legalização do aborto e o fim da violência sexual. Por volta das 19h, diminuto, o grupo voltou à Copacabana. Duas horas depois, pelo segundo dia seguido, uma manifestação entrou em espaço reservado para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

O nome irônico do protesto, segundo os organizadores, teve origem no Canadá, quando um policial justificou um estupro por conta das roupas utilizadas pela mulher violentada. No Rio, o grupo reforçou a autodeterminação sobre o corpo feminino caminhando pela praia com gritos e cartazes. Num deles, a manifestante provocava: "Será preciso eu usar burca para você me respeitar?".

O tema, naturalmente, esbarrou em dogmas da Igreja Católica e em fiéis da JMJ que seguiam para o evento religioso, instalado em palco na Praia de Copacabana, na altura da Avenida Princesa Isabel. Com manifestantes usando pouca roupa e algumas delas de seios de fora, as discussões foram acaloradas. "Vou rezar por eles", chegou a dizer uma peregrina.

Integrante do grupo Católicas pelo Direito de Decidir, Valéria Marques foi chamada de assassina por outra fiel. "Sinto pena de uma mulher que oprime o próprio gênero. A organização é apenas a favor das mulheres poderem decidir o que fazer com o próprio corpo, incluindo a legalização do aborto", disse Valéria.

Radicais do movimento, no entanto, chegaram a quebrar imagens santas por volta das 16h30. Em outros momentos tensos, agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram insultados por manifestantes que perguntavam "Cadê Amarildo?", em alusão ao pedreiro que sumiu há duas semanas depois de prestar depoimento a policiais da UPP da Rocinha. Várias vezes, foram ouvidos gritos de "Fora Cabral".

A Polícia Militar acompanhou a caminhada com cerca de 50 PMs. Após a chegada em Ipanema, o grupo decidiu voltar para Copacabana e questionar fiéis sobre alguns tabus. Ao se aproximar do palco da Jornada Mundial da Juventude, uma barreira humana da Força Nacional foi armada em frente ao Hotel Rio Othon Palace.

O grupo fardado se estendia da calçada à areia e impedia que manifestantes se aproximassem do evento católico. Algumas manifestantes, com os seios à mostra, subiram nos ombros de companheiros e provocaram fiéis. Às 21h, o bloqueio foi furado e parte do grupo ocupou as areias nas proximidades do palco principal da JMJ.

Em nota, os organizadores do ato lamentaram a quebra de imagens. "A performance que envolveu quebra de imagens de santas na Marcha das Vadias hoje não foi programada pela organização deste evento".

Fonte: G1, 28/07/2013

Espetáculo grotesco que deturpa
 a mensagem da Marcha das Vadias



(Fotografias por Lia Ferreira/Vero)

quinta-feira, 4 de julho de 2013

As manifestações de rua já criaram suas trilhas sonoras. E isso diz muito sobre a validade delas!



As manifestações de rua já criaram suas trilhas sonoras. E isso diz muito sobre a validade delas! Já adentraram a cultura popular. A gente continua não sabendo no que elas vão dar, mas é certo que o gigante levantou do berço e, embora ainda meio sonâmbulo, contou os seus sonhos. Agora precisa ver o que nossos famigerados políticos vão fazer com esses sonhos. 

Como disse Cármen Lúcia, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao comentar sobre a inviabilidade do plebiscito proposto por Dilma Roussef: “Cuidado por onde andas, pois é sobre meus sonhos que caminhas". (Carlos Drummond de Andrade)

Destaco três das trilhas abaixo: Chega, Brasil em Cartaz, As coisas não caem do céu!

Seu Jorge: CHEGA (Não é pelos vinte centavos)

 Thiago Corrêa: Brasil em Cartaz

Detonautas: "Quem é Você"
                                         

Leoni: As coisas não caem do céu

 Gol da Vitória - Edu Krieger

 Viva A Revolução - Capital Inicial

segunda-feira, 24 de junho de 2013

A condição natural dos movimentos sociais é o apartidarismo

Experimentando do próprio veneno
Expulsos das manifestações de rua pelo povo de verdade que eles costumam dizer que representam e a quem querem conduzir - iluminados que são - os partidos de esquerda passaram a fazer campanha contra os protestos de rua, alegando que seu apartidarismo é coisa de fascista.

Segundo os rejeitados, também é sinal de fascismo cantar o hino nacional, pintar a cara de verde-amarelo (gozado que quando foi para derrubar o Collor eles pensavam o oposto), vestir-se de branco, dizer "o gigante acordou", ser antiesquerdo-direitista (como esta blogueira), chamar a depredação do patrimônio público e privado pelo nome, ou seja, vandalismo, e, claro, acima de tudo, ser contra a corrupção. Ah, já ia esquecendo, não ser contra o capitalismo e contra a democracia representativa também é sinal de fascismo, segundo os illuminati estalinistas, embora qualquer um minimamente alfabetizado em termos políticos saiba que o fascismo era contra as democracias liberais porque ditatorial. Inclusive apontam uma suposta contradição entre a massa se querer apartidária e, ao mesmo tempo, não ansiar por acabar com a democracia representativa. 

Acontece que alhos não têm a ver com bugalhos. A condição sine qua non para um movimento social ser considerado legítimo é exatamente o apartidarismo. Movimentos sociais e partidos são instâncias distintas de se fazer política: os primeiros buscam direitos específicos ou melhorias na condição de vida de segmentos particulares (podem ser, por exemplo, os direitos dos homossexuais ou o saneamento de problemas de um bairro); os segundos visam chegar ao poder de Estado e deveriam ter um programa para o país com base em determinadas visões ideológicas. Digo deveriam porque, no caso do Brasil, os partidos, em geral, tornaram-se apenas siglas de aluguel, formas de vigaristas de todo o tipo impunemente encher os bolsos às custas do dinheiro público.

Essa é, aliás, uma das principais razões da hostilidade dos protestos contra a presença de partidos políticos em suas fileiras. Sendo uma das bandeiras de destaque das marchas exatamente a luta contra a corrupção, como aceitar que os corruptos façam parte delas sem descambar para a total incoerência!? Seguramente, se a credibilidade dos partidos não fosse, no momento, zero à esquerda, a condescendência com bandeiras partidárias seria bem maior. 

Por outro lado, especialmente no caso dos partidos de esquerda, como é público e notório, eles não respeitam a autonomia dos movimentos sociais, tentam SEMPRE cooptá-los e aparelhá-los para suas causas. Principalmente o PT, sobretudo ao chegar ao poder federal, passou a cooptar e aparelhar praticamente todos os movimentos sociais (também porque muitos se vendem facilmente), destruindo sua legitimidade ao transformá-los em meras correias de transmissão das visões nada democráticas do partido. Os movimentos sociais em geral se tornaram pelegos, tentáculos de um poder - esse sim - de características fascistoides. Tornaram-se também reféns de visões de uma esquerda que continua, à revelia do fracasso histórico de suas ideias, a querer derrubar o capitalismo e a democracia representativa (a quem demonizam) sem ter qualquer coisa para substitui-los, a não ser que alguém considere estagnação econômica (e todas as suas terríveis consequências) e regimes ditatoriais como substitutos para qualquer coisa que valha.

Dilma diz que vai falar com movimentos sociais. Quais?
Nesse sentido, aliás, podemos dizer que a crise de representatividade atual não é apenas dos partidos mas também desses movimentos sociais que venderam a alma ao diabo e se prestam à representação teatral de pseudointerlocutores da sociedade junto aos órgãos de Estado. Basta ver que Dilma, em seu pronunciamento à nação sobre as manifestações, onde simplesmente choveu no molhado, disse que ia convidar os movimentos sociais para um diálogo privilegiado com o governo sobre suas demandas. Quais  movimentos sociais, se essas manifestações ainda não engendraram nenhum? Vai convidar então o Movimento Passe Livre, compadre do petismo, para conversar, embora este não represente mais a população que foi às ruas cujas bandeiras são bem mais amplas e diversas do que diminuir R$0,20 no preço das passagens de ônibus? Na verdade,  o mérito da demanda do MPL, a despeito de haver alguma justiça nela, foi mais o de galvanizar essas manifestações impressionantes do que qualquer outra coisa (elas também foram potencializadas pela truculência da  PM). A demanda foi a gota d'água que fez transbordar o pote até aqui de mágoa  de boa parte dos brasileiros diante de tantos descalabros que rolam no Brasil.  E o MPL tem consciência disso, tanto que, ao perceber ter perdido as rédeas da manifestação, saiu de fininho para não comprometer suas ligações com a gente fina do PT e outros amiguinhos do PCdoB, PSOL, PSTU, PCO.

Sendo uma das bandeiras de destaque das marchas exatamente a luta contra a corrupção, como aceitar que partidos corruptos façam parte delas sem descambar para a total incoerência!? 

Não sou de forma alguma contra os movimentos sociais. Seria inclusive cuspir no prato que comi por quase toda a vida, se o fosse. Bem pelo contrário, exatamente por conhecer muitos dos movimentos sociais por dentro e ter me tornado testemunha ocular da devastação provocada pelo cooptação destes por partidos e grupos políticos de esquerda, é que gostaria de vê-los de volta ao apartidarismo para seu próprio bem. Além das razões já citadas, também porque a mistura das demandas legítimas dos movimentos sociais com os propósitos "revolucionários" desses partidos somente reforça a objeção conservadora contra eles. Cansei de dizer isso, pregando no deserto por anos.

Esses partidos de esquerda usam das demandas dos movimentos sociais para sua ascensão ao poder e permanência nele, mas, dependendo da conjuntura, descartam-nas quando outras forças políticas se tornam mais convenientes para seus objetivos, por mais contraditórias que essas alianças aparentemente  sejam (vide aliança do petismo com os evangélicos). Então, jogam sem remorso  as demandas dos movimentos sociais, sobretudo aquelas bandeiras que implicam mudanças nos costumes (como as feministas e LGBT), na cova dos leões conservadores (a omissão de Dilma sobre os direitos das mulheres e dos homossexuais é vergonhosa).

Por sua vez, os conservadores, além de  razões próprias para combater  todas essas bandeiras, veem sua sanha autoritária reforçada por associar esses movimentos a supostos complôs marxistas, gramscistas, com vistas a destruir a família, a cristandade, as democracias e o mundo ocidental. Óbvio que se trata de teoria conspiratória sem fundamento histórico (com perdão da redundância), mas, ao ver os movimentos sociais atrelados a partidos socialistas, com seu discurso anticapitalista e antidemocrático, alguém pode imaginar que essas pessoas saberiam ou gostariam de separar o joio do trigo? Pelo contrário, para elas melhor ainda essa confusão, porque assim podem jogar o bebê fora junto com a água suja da bacia.  

Por isso, retomando, vejo com júbilo a rejeição desses partidos nas manifestações  em curso. De fato, me lava a alma observar esses esquerdistas hipócritas experimentando do próprio veneno, tendo que correr da turba, como na foto acima, eles que sempre trataram qualquer divergência na base do pau e pedra, quando não do paredão.  Claro que os esbirros do petismo e do esquerdismo já estão a todo vapor nas redes sociais, nas redações dos jornais, nas universidades, procurando denunciar supostos elementos de extrema-direita como os que os vaiaram e botaram para correr nas manifestações. A despeito de haver neocons militaristas, saudosos da ditadura dos generais, que também deram as caras nessas manifestações, quem vaiou e rechaçou petistas e congêneres, a grosso modo, foi a população mesmo. Aliás, Dilma já havia recebido sonora vaia dos torcedores brasileiros na abertura da Copa das Confederações. Se formos levar em consideração a falação dos esquerdinhas, teríamos que aceitar a possibilidade maluca do país ter sido tomado por uma horda de integralistas que invadiu não só as ruas como também as arquibancadas dos estádios. 

Por último, vale salientar que ser apartidário, embora condição sine qua non para a legitimidade de qualquer movimento, não significa ser contrário a existência dos partidos. Preservada a autonomia dos movimentos sociais, as duas instâncias podem coexistir sem grandes problemas. Aliás, se essas manifestações tiverem tempo para amadurecer, podem gerar movimentos sociais que sintam a necessidade de eleger representantes para o parlamento. Para isso, no contexto atual ao menos, precisarão de interlocução com algum partido existente ou até mesmo criar algum novo. Obviamente, contudo, os partidos atuais precisam recuperar alguma credibilidade junto à população, se querem voltar a ser levados em consideração. Para tal, urge fazer autocrítica, cortar na carne podre da corrupção de cada um, e não tentar, como de costume, capitalizar essas manifestações para seus interesses particulares. O mesmo se pode dizer dos atuais movimentos sociais que precisam voltar a ter alguma autonomia e democracia interna. Caso isso não aconteça, aí sim - e só assim - o apartidarismo dessas manifestações pode degenerar em algo adverso.

No estágio atual, contudo, o apartidarismo das manifestações não só nada tem de fascista como é inclusive elemento democrático essencial para dar chance de algo novo surgir na paisagem estagnada da política brasileira. As esquerdinhas estão tratando o apartidarismo das manifestações como sinônimo de fascismo porque são vigaristas mesmo, porque não puderam, por enquanto, cooptar e aparelhar os protestos. Se conseguirem, como de praxe, pôr de novo as garras nessas manifestações, todo esse discurso de supostos fascismos mudará da noite para o dia, como começou, e as manifestações voltarão a ser classificadas  como politizadas e progressistas! Alienado de fato é quem ainda não se tocou do modus operandi dessa gente e suas ladainhas. Trata-se de um verdadeiro disco quebrado.

À guisa de ilustração, termino com um vídeo que circulou bastante nas redes sociais, onde a população - e não qualquer tropa de choque fascista - homenageia o PT nas manifestações em São Paulo. Ouve-se uma voz feminina dizendo "PT mentiroso" seguida de um coro de "PT vai tomar..." Um verdadeiro gozo!

Atualização: Para ilustrar meu texto, ontem (26/06/2013), Lula e Dilma disseram que vão mandar seus paus-mandados disputar as ruas com a "direita".

Surpreendido pelos protestos, Lula convoca jovens para ir às ruas - Jornal O Globo 
Dilma não convence sindicalistas a suspender greve geral - politica - politica - Estadão 

sábado, 22 de junho de 2013

Expulsos das manifestações, petistas e o mensaleiro Dirceu inventam suposto golpe de direita

O condenado Dirceu dando declarações
 como celebridade (Ed Ferreira/AE)
O tal Movimento Passe Livre é uma organização com pauta daquela velha esquerda que quer superar o capitalismo sem ter a mínima ideia do que colocar no lugar dele. Acatando pedido do PT, com o qual sempre teve ligação, decidiu encerrar sua participação nas manifestações de rua por ter perdido o controle da massa e por esta ter hostilizado os militantes petistas e outros do gênero de "esquerda".

Não poder cooPTar e aparelhar movimentos sociais é simplesmente a morte para o PT. Desde ontem, rejeitado, o partido passou a exercitar seu esporte preferido: demonizar, como de direita, tudo aquilo que se lhe opõe. Assim, nas redes sociais, surgiu a teoria da conspiração de que as manifestações foram tomadas pela "direita" pois a bandeira da corrupção, tema particularmente sensível aos petistas e em particular a Dirceu, ganhou destaque nas marchas. Desde ontem então ficamos sabendo que cantar o hino nacional, vestir-se de branco, pedir paz e querer acabar com a impunidade de corruptos como Dirceu virou coisa de fascista. Nunca vi um fascista vestido de branco ou verde-amarelo. Alguém já viu? Nem sabia que havia tantos fascistas no Brasil (hehehe).

O cinismo e a canalhice desses petistas e dessa máfia esquerdista em geral é um negócio de louco. O velho espantalho da "direita" agora é novamente erguido para tentar desmoralizar as manifestações, na base da teoria de um suposto golpe, porque o petismo saiu bem mal na fita dos protestos. A verdade é que a intenção do tal MPL, por trás da reivindicação da redução de tarifa, era bem outra, mas a população estragou a festa revolucionária e resolveu levantar suas bandeiras próprias. Agora, é preciso desqualificar essas manifestações antes que elas façam justiça. Saquem só a fala do bandido!

Minoria quer 'desestabilizar democracia', diz Dirceu sobre protestos
Segundo o ex-ministro, há uma narrativa para tentar levar as manifestações para a oposição contra o governo

BRASÍLIA - Condenado no julgamento do processo do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ano passado, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu afirmou nesta sexta-feira, 21, em nota publicada no seu blog pessoal, que uma minoria se uniu à violência de grupos nas manifestações desta quinta-feira numa tentativa de "desestabilizar a democracia".

No texto publicado em seu blog, Dirceu também cobra a União para mudar e  aprofundar reformas. 
Para Dirceu, a maior parte dos manifestantes faz reivindicações "por melhorias na saúde e educação, contra as tarifas e o péssimo transporte e os gastos nas Copas das Confederações e do Mundo". "Mas há uma tentativa de setores políticos e sociais de tomar conta de alguns atos, deixando num segundo plano essas reivindicações majoritárias", escreveu.

O ex-ministro disse que o movimento conta com "amplo apoio da mídia", que inicialmente havia, na opinião dele, classificado os protestos como baderna e exigira repressão. Dirceu afirmou que "esses setores" procuram mobilizar abertamente sua "base social de oposição para ir às ruas". Ele destacou que se está explorando as palavras de ordem contra a corrupção, partidos políticos e a PEC 307, proposta de emenda à Constituição que limita poderes de investigação do Ministério Público de forma a dar continuidade "a uma agenda que a mídia alimentou esses últimos anos contra a política em geral, o que sempre acaba em ditadura".

José Dirceu afirmou que há uma tentativa de cooptar a juventude que iniciou os protestos para esse rumo. "Constrói, ao mesmo tempo, uma narrativa para tentar levar as manifestações para a oposição contra o governo. Isso não tira a legitimidade e o direito dos manifestantes opositores ao governo, mas a atual onda de violência não é vandalismo apenas. São atos políticos contra símbolos do poder constituído, contra a democracia, já que os saques são exceção", disse.

O ex-ministro cobrou a União para mudar e aprofundar "as reformas que fizemos". "Sendo assim, é hora de o poder constituído ser exercido em defesa da democracia e das instituições". "Vamos nos unir na defesa do que fizemos, e seguir mudando e aprofundando as reformas que iniciamos, começando pela reformas política e tributária. Elas são indispensáveis para avançar nas mudanças sociais reclamadas com razão pela juventude, nos transportes, na educação e na saúde", concluiu.

Fonte: Estadão, 21 de junho de 2013

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Festival das cores e da alegria!

Um festival para celebrar a vitória do bem contra o mal
No dia 27 de março, os indianos foram às ruas para celebrar o festival de Holi, o festival das cores. O festival celebra a vitória do bem contra o mal e a chegada da primavera (leia mais sobre a lenda que deu origem ao festival). Única das celebrações que rompe com o rígido sistema de castas indiano (todos os indianos podem participar), também atrai cada vez mais turistas estrangeiros. E já tem versões em vários países ocidentais.

Com muitas cores
Parece uma mistura de flash mob com festival de Woodstok. O pessoal se pinta com esse pó colorido acima que é diluído em água para ser atirado nos participantes da festa. Tem muitos comes e bebes e música, terminando com todo o mundo pintado e se desejando um “Feliz Holi”.

Registro pela exuberância das cores e pela alegria (que ninguém é de ferro para só falar em política). Não seria tão bom se as pessoas se atirassem apenas pós coloridos em vez de insultos e balas?

No vídeo abaixo, a trilha sonora é "Light It Up" do pessoal que produziu o vídeo (meio chatinha, mas o que vale são as imagens). As fotos são de Helmut Gondim.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Marcha contra a Corrupção foca Lula

Neste domingo (24), houve novamente manifestações contra a corrupção em várias cidades brasileiras, tendo como foco específico as figuras nada probas de Renan Calheiros e Lula da Silva. Em São Paulo, Lula foi o alvo preferido dos protestos. Como praticamente não houve divulgação pela grande imprensa dessa manifestação, posto abaixo algumas fotos das mesmas. Na página do Facebook, Mensaleiros na Cadeia, podem-se ver mais fotos.


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