sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Consequências do rebaixamento da nota de crédito brasileira para o nosso bolso

Brasil arrastado pelo PT ladeira abaixo
O que era esperado, mas não para tão cedo aconteceu: a agência de classificação de riscos Standard & Poor's reduziu a nota de crédito do Brasil. Na prática, isso significa que o país não é mais confiável para se investir.

E o impacto disso em nossas vidas? A comentarista de economia da Jovem Pan, Denise Campos de Toledo lista 6 péssimas consequências desse rebaixamento para nossas finanças pessoais. E não deixem de assinar o manifesto pró-impeachment do Movimento Parlamentar Pró-Impeachment: Deputados: Aprovem o Pedido de Impeachment da Presidente Dilma 

Rebaixamento da nota brasileira afetará diretamente o seu bolso; entenda como

A agência de classificação de riscos Standard & Poor's reduziu a nota de crédito do Brasil de BBB- para BB+, com perspectiva negativa. Mas o que isso significa exatamente na sua vida?

O discurso "padrão" é que, agora, o Brasil não está mais na lista dos países considerados bons pagadores e também não é um lugar muito seguro de investir, mas para a maioria dos brasileiros e para o empresariado, o rebaixamento pode ter consequências bem piores.

A comentarista de economia da Jovem Pan, Denise Campos de Toledo, separou seis fatos que devem acontecer nos próximos meses como consequência do rebaixamento. Confira:

- Piora do aspecto geral da economia

Essa é a principal consequência do rebaixamento da nota. O mundo passa a olhar de forma negativa para o País, o Brasil começa a ter dificuldades em conseguir dinheiro para projetos de infraestrutura. "Os investidores ficam com medo da desorganização geral", afirma Denise. Dessa forma, fica mais difícil para o Governo conter o processo recessivo. E com a recessão vem o aumento do desemprego, a piora no desempenho das empresas e o consumo cai ainda mais. 

- Disparada do Dólar
Piora a economia, aumenta a cotação da moeda americana. Isso afeta diretamente as pessoas que querem viajar para o exterior e as empresas que possuem dívidas em dólar. Além disso, e mais grave, ocorre o aumento dos preços de produtos brasileiros que possuam insumos cotados em dólar. Com isso, vem a inflação...

- Tudo ainda mais caro
A inflação já está em quase 10% ao ano. Isso pesa no poder de compra da população e nos custos das empresas. Para se ter uma ideia, a Confederação Nacional das Indústrias divulgou que o Indicador de Custos Industriais cresceu 3,2% no segundo trimestre 2015. Somente o custo de produção cresceu 4,0%. Tudo isso é refletido para o consumidor.

- Taxa de juros
Com a inflação alta, o Banco Central deve manter a taxa de juros em um patamar mais alto, o que afeta diretamente quem compra a prazo, utiliza rotineiramente o cheque especial ou pretende adquirir um empréstimo. "O Banco Central pode até aumentar a taxa, dependendo de como o Dólar evoluir", afirma Denise.

- Endividamento das empresas
Na teoria, o empresário nacional acabaria vendendo mais, certo? Não é bem assim. Muitos empresários de médio e grande porte foram buscar financiamentos no exterior, ou seja, essas dívidas estão em Dólar. Se a cotação da moeda sobe 2% em um dia, isso afeta diretamente no custo da empresa, piorando sua perspectiva. "A Petrobras será duramente penalizada por essa situação, pois sua dívida é dolarizada", explica Denise.

- A crise política deve piorar ainda mais
Por fim, o rebaixamento da nota deve ter algum reflexo também na crise que o país enfrenta. Não é novidade que economia e política caminham juntas. Estamos em um momento ruim do País, então o rebaixamento da nota agrava ainda mais a falta de confiança de que o governo conseguirá reverter a situação, com isso, o empresário investe menos e o consumidor gasta menos. "Tudo isso agrava ainda mais a recessão", afirma Denise.

Fonte: Jovem Pan, 10/09/2015

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