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Quando Deus era mulher:

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Aserá,

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terça-feira, 13 de agosto de 2019

Oito filmes protagonizados por mulheres para ver na Netflix


Dicas de filmes no Netflix onde as mulheres são as protagonistas. Vale conferir.

The Girl on the Train

Emily Blunt em “A Garota no Trem” (Imagem: reprodução)
Emily Blunt estrela esse thriller baseado em obra homônima que acompanha a vida de uma alcoólatra recém-divorciada que não lida muito bem com a própria vida após a separação, caindo numa espiral depressiva, incapaz de manter um emprego ou lidar com a solidão. Pouco a pouco, vamos descobrindo mais sobre seu passado, o de seu marido e das pessoas que compõem o novo núcleo familiar, tanto do ex quanto da personagem principal. Este é um filme para aquelas que amaram “Gone Girl” (“Garota Exemplar”) e que amam um bom suspense psicológico e mulheres representadas de maneira excepcionalmente em suas falhas e vulnerabilidades.

Gone Girl
Rosamund Pike em “Garota Exemplar” (Imagem: reprodução/Netflix)
“Garota Exemplar“, título com o qual chegou ao Brasil, retrata o desaparecimento de Amy Dunne e a busca pelo seu paradeiro liderada por seu marido, com a investigação tomando rumos inesperados. Dirigido por David Fincher, esse filme é muito popular e vale a audiência. Se já o assistiu, vale muito a repetição.

Rosamund Pike carrega a película do começo ao fim, numa atuação pela qual foi indicada ao Oscar, Globo de Ouro e Critics Choice Awards, além de várias outras premiações no ano de 2015.

Annihilation
Gina Rodriguez, Tessa Thompson, Tuva Novotny, Natalie Portman e Jennifer Jason Leigh
(Imagem: divulgação/Paramount Pictures/Netflix)
Outro filme extraído das páginas de um livro, “Annihilation” (“Aniquilação”) segue a trilogia de Jeff Vandermeer, que conta sobre a descoberta de uma área protegida pelo governo: quem vai lá explorar, nunca retorna, e quem consegue, sempre deixa uma parte de si para trás. O filme faz algumas modificações no material do livro, mas não fica aquém dele.

É uma ficção científica bem elaborada, com protagonismo feminino em peso e um elenco notável: Natalie Portman é a protagonista e a equipe que lhe acompanha para a área desconhecida é composta por Tessa Mae Thompson, Jennifer Lason Leigh e Gina Rodriguez. Oscar Isaac faz o ex-marido de Portman. Quem gosta de elementos de ficção científica e reflexões sobre a humanidade e o que significa ser humano não pode perder esse filme.

RAW
Garance Marillier em “Raw” (Imagem: reprodução)
Não é para quem tem estômago fraco. “RAW” celebra o horror contando a história de Justine, uma estudante de veterinária que começa a mudar seu comportamento após o ingresso na faculdade, onde se envolve numa espiral canibalista e de vampirismo. Além de protagonizado por uma mulher, o filme também é dirigido por outra, Julia Ducournau, em estreia eficiente atrás da câmara.

“RAW” pode ser visto como um filme de horror gore ou metáfora sobre um dos períodos mais transformadores na vida de alguém, destoando da postura rudimentar normalmente agregada ao gênero. Um filme repleto de simbologia e feito de forma bem competente.

Loja de Unicórnios
Brie Larson em “Loja de Unicórnios” (Imagem: divulgação/Netflix)
Brie Larson nos leva ao seu coming of age, mas para aqueles perto dos seus 30 anos: um drama com adições de romance, mas cujo coração mora no cerne dramático mesmo. Idealizado e dirigido por Larson, ela também dá vida à protagonista, uma mulher expulsa da Academia de Artes que precisa retornar para a casa dos pais, sentindo-se descrente na própria capacidade e sem rumo algum na vida.

A obra dialoga perfeitamente com os apaixonados por criação, amantes da escrita, das artes e do meio cultural, mas também fala a qualquer pessoa que tenha tido um sonho e foi derrubada pela vida. Vemos a saga da protagonista e sua vida indo do multicolorido ao cinza. Também assistimos a abordagem de temas como  a descoberta do amor, o assédio em ambiente de trabalho, o sexismo e reconexão com a própria família.

I Am Mother
Cena de “I Am Mother” (Imagem: divulgação/Netflix)
“I Am Mother” é protagonizado por figuras femininas e envolve elementos de tecnologia, humanidade, ciência e inteligência artificial. Tudo se mistura num cenário pós-apocalíptico onde ninguém tem nome. Mesmo a protagonista tem apenas o nome de “Filha”. Os outros personagens também levam alcunhas não personalizadas.

No resumo da Netflix, vemos que “a humanidade foi dizimada e o futuro recomeça com uma garota e um robô que ela chama de mãe”. A relação entre mãe e filha é abordada conforme vamos descobrindo mais sobre o universo, o que levou ao fim da sociedade, como ela era e as possibilidades de reconstrução. As atrizes Clara Rugaard-Larsen e Hilary Swank conseguem manter a atenção dos expectadores, apesar do isolamento do cenário.

A Gente Se Vê Ontem

Eden Duncan Smith e Danté Crichlow em cena de “A Gente Se Vê Ontem”
 (Imagem: divulgação/Netflix)
Produzido por Spike Lee e dirigido por Stefon Bristol, "A gente se vê ontem" apresenta dois pré-adolescentes de inteligência superaguçada tentando provar que viagem no tempo é possível. Eles conseguem o feito, mas a princípio, o avanço é pouco – voltam apenas 24 horas no passado. A história se desenrola de fato quando o irmão da protagonista acaba sendo morto por dois policiais brancos, e ela convence seu amigo a voltar no tempo para tentar salvar o parente amado. Ambos embarcam nessa jornada mesmo cientes de que mudar os acontecimentos pode acabar afetando o presente de modo inesperado.

Durante o longa, as diversas tentativas frustradas da dupla refletem sobre escolhas, consequências, num misto de ficção científica e drama emocional. A mensagem principal é sobre resistir contra as adversidades, mesmo contra tudo. Existe também crítica à violência policial e contra o racismo. “A Gente Se Vê Ontem” funciona bem para quem gosta da temática de ficção científica e quer assistir o protagonismo de jovens negros, com destaque para a atriz principal.

February
Kiernan Shipka em cena de “February”, título em português (Imagem: divulgação/Netflix)
Estrelado por Kiernan Shipka, Emma Roberts e Lucy Boynton, “Enviada do Mal” se passa num instituto exclusivo para garotas e garante um clima mórbido e frio do começo ao fim do filme. Trata-se de um terror sem sustos e reações forçadas, levado por sua narrativa de suspense, com foco nas atuações das protagonistas.

Típico terror psicológico, de ar sombrio e  estilo fragmentado, criando um cenário de quebra-cabeças com perguntas provocativas até o final da projeção. “February” mantém o mistério até o terceiro ato, sendo muito indicado para os amantes do terror ou de apenas contos misteriosos cujas respostas podem ou não ser respondidas.

Com informações de Delirium Nerd, por Nathalia de Morais,  09/08/2019

terça-feira, 6 de agosto de 2019

Melhor motorista do Uber no Brasil é uma mulher



Uma motorista do Uber de Maringá, no Paraná, foi a primeira mulher do Brasil a receber cinco estrelas no aplicativo. Nem de longe a conquista está relacionada com a máxima machista que de mulheres são mais cuidadosas.

Glaucia Stocki dirige pelo aplicativo há dois anos e cinco meses no Paraná. A conquista do título, em outubro do ano passado, se deu pelas avaliações positivas de nada menos que 500 passageiros consecutivos.

As estrelas foram entregues pelo tratamento respeitoso, direção segura, assuntos interessantes (sem polêmicas e reclamações constantes sobre o trânsito), limpeza e trajeto certeiro.

Em entrevista ao Maringá Post, Glaucia diz que começou a se dedicar ao ver a nota próxima dos cinco pontos.
Confesso que minha maior motivação foi mostrar que as mulheres também são muito boas ao volante”, explica.
A motorista pontua que nunca pediu para os clientes fazerem qualquer tipo de avaliação, até porque esta é uma prática vetada pela equipe do Uber.
Eu tratava todo mundo da melhor maneira, buscava assuntos interessantes e fora de polêmica. Ficava quieta quando percebia que era isso que o cliente queria, além de manter o carro sempre muito limpo, fazer o melhor trajeto e ser cuidadosa no trânsito”, comenta.
O prêmio rendeu uma gratificação de R$ 5 mil e outros prêmios. A condutora comemorou o fato em um vídeo postado no YouTube.

A notícia abre caminho para uma reflexão importante sobre sexismo. A Universidade de Stanford nos Estados Unidos, fez um estudo mostrando que mulheres recebem até 7% menos do que homens. A discriminação, segundo os especialistas, é provocada pelo entendimento de que mulheres dirigem mais devagar que homens. 😡

N. E. Não sabemos se outra mulher a desbancou até agora. Vale pelo incentivo para que outras mulheres adiram ao volante profissional.


Clipping "Direção 5 estrelas: A melhor motorista do Uber no Brasil é uma mulher", Hypeness

terça-feira, 30 de julho de 2019

Clubes de leitura de obras feministas e autoras mulheres crescem no Brasil

Livros feministas ou de ficção escritos por mulheres ganham cada vez mais espaço nas livrarias e
entre as leitoras. Foto: Arte de Nina Millen
Clubes de leitura de obras feministas e autoras mulheres crescem no Brasil

Não precisa ser um grande observador para notar que a quantidade de publicações de livros escritos por mulheres está crescendo cada vez mais. Embora não haja no Brasil, segundo a Câmara Brasileira do Livro, um sistema de pesquisa que separe por sexo os autores das obras, basta entrar em uma livraria para ver que livros feministas ou de ficção escritos por mulheres estão ganhando espaço crescente nas prateleiras. E, claro, se há um crescimento no volume de publicação é porque a procura também aumentou.

Angela Davis, Djamila Ribeiro, bell hooks, Silvia Federici e Jarid Arraes são algumas das autoras que têm destaque nesse boom editorial, segundo Elisa Ventura, dona e fundadora da livraria Blooks, que investe no recorte de gênero e raça desde a sua fundação.
É um público interessado, atuante, com foco na leitura e isso representa um aumento na procura. Sempre tivemos um espaço para livros com esse recorte e isso facilita a nossa percepção de que o número de publicações de uns anos para cá cresceu muito — reforça Elisa. — Feminismo e gênero não são assuntos que estão na moda. São pautas. As pessoas estão entendendo a importância de discutir sobre isso. Os jovens, que antes não frequentavam livrarias, estão lá buscando esses títulos, participando dos eventos, sendo ativos.
Nas ruas, não é raro ver mulheres carregando títulos com esse recorte — o de gênero. E o acesso a essas informações de uma maneira mais massiva fez muitas delas reviverem um hábito que parecia já ter ficado no passado: os clubes de leitura.

'Enxergo o feminismo como ferramenta de mudança'


O clube Leia Mulheres, por exemplo, está presente em mais de 120 cidades brasileiras e tem mais de três mil livros lidos nos seus quatro anos de existência.

Com reuniões mensais — que recebem cerca de 20 participantes cada —, o clube seleciona autoras dos mais variados países e gêneros literários. As escritoras independentes também têm espaço na lista de leitura. O Leia Mulheres faz, inclusive, parceria com algumas editoras.
As discussões já começam nas nossas redes sociais, que também são uma expansão do que foi discutido no encontro. Toda semana eu recebo e-mail de duas ou três cidades pedindo para o Leia Mulheres formar um grupo de leitura no local. É um crescimento contínuo! — ressalta Michelle Henriques, coordenadora e mediadora do clube.
Nas reuniões, as mulheres encontram um espaço seguro pra compartilhar opiniões, comentar sobre experiências e reflexões que tiveram com aquela leitura, isso motiva muito. Você ler um livro que mexe com você e conversar sobre isso é muito bom.
Esta foi justamente uma das motivações para Alícia Oliveira, uma médica de 44 anos, fundar o Tranças Literárias, um grupo de leitura independente. Ao lado de 15 amigas que compartilhavam o interesse de discutir assuntos pertinentes às mulheres, ela criou um grupo no WhatsApp para escolher um título literário e combinar um encontro para discussão. Com apenas dois meses de existência, o grupo cresceu e já conta com 48 participantes.
O crescimento foi no boca a boca — conta Alícia. — É uma delícia. Tomamos vinho nos encontros, cada uma leva um lanche e discutimos a leitura, a visão feminina, as nossas sensações. As pessoas se juntam para ver série, filme... Por que não podemos fazer isso com livros?
Carolina Alves, de 33 anos, faz parte do Tranças Literárias e é uma das mais ativas no debate. Desde 2016, ela se dedica à leitura de livros feministas, buscando entender as variadas realidades que cercam as mulheres pelo mundo e ter maior embasamento para a sua argumentação.
Eu enxergo o feminismo como uma ferramenta de mudança. Eu quero entender as realidades, embasar os argumentos e levar isso para as pessoas. Eu sou a "chata da reunião de família" que briga com as pessoas — diverte-se ela.
Autoras lésbicas e bi também em destaque
Outro grupo que está ganhando destaque nacional é o Lesbos, que se dedica à leitura de obras escritas por mulheres lésbicas ou bi ou que narrem histórias de personagens lésbicos. Fundado em 2017 por Lídia Bizio e Sol Guiné, o grupo realiza reuniões mensais e já está presente em três cidades: São Paulo, Salvador e Curitiba.

Segundo Lídia, cada cidade tem autonomia para escolher o livro que será lido pelo grupo. Na capital paulista, por exemplo, as mulheres do Lesbos estão organizando a leitura seguindo uma ordem cronológica a partir de 1998; enquanto em Curitiba as autoras estão sendo selecionadas por regiões.
O que eu percebo nas mulheres que participam do Lesbos é que elas se sentem confortáveis e satisfeitas por terem um espaço para conversar sobre a vida, sobre as suas histórias. Essa dinâmica do "vamos sentar e conversar", ser ouvida, compreendida, tudo num espaço seguro, é muito importante — ressalta Lídia.

Clipping Crescem no Brasil clubes de leitura de obras feministas e autoras mulheres, O Globo, por Alice Cravo, 19/07/2019

terça-feira, 23 de julho de 2019

Adriana Melo, quadrinista brasileira da DC Comics, ganha prêmio Eisner 2019

Puerto Rico Strong - Foto: Divulgação / Amazon
A San Diego Comic-Con serve como palco para diversos anúncios relacionados à cultura pop, como a revelação do futuro do MCU (Universo Cinematográfico da Marvel), e até a capa oficial de Death Stranding, aguardado título do produtor Hideo Kojima. Além disto, o evento sediou o Prêmio Eisner 2019, uma premiação voltada aos quadrinhos e poderia ser considerada, inclusive, como o "Oscar das HQs" devido ao nível de relevância.

Enquanto brasileiros, fomos muito bem representados no Eisner pela quadrinista da DC Comics, Adriana Melo, que foi vencedora na categoria Melhor Antologia com a obra "Puerto Rico Strong". Ao Globo, a ilustradora conta que "não tinha tanta expectativa, mas estava torcendo... Foi, sim, uma surpresa muito grande. Não tenho como não dizer que estou muito, muito, muito feliz".

Adriana Melo trabalha na DC Comics
A coletânea de quadrinhos presta apoio à reconstrução e recuperação do país caribenho após o furacão Maria, de 2017, com todos os lucros sendo redirecionados à causa. As HQs contam histórias porto-riquenhas, abordando a diversidade do país em termos étnicos, culturais e de orientação sexual, por meio de narrativas individuais. Além disso, os quadrinhos tratam do fato de Porto Rico fazer parte do território estadunidense, embora uma parcela da população americana não reconheça isto -- e as eventuais dificuldades geradas por esta concepção equivocada.

A antologia é uma produção concretizada por 60 artistas (roteiristas e ilustradores) de nacionalidades variadas. A obra ainda não tem previsão para ser lançada no mercado brasileiro. No entanto, é possível adquiri-la pela Amazon, que entrega no país.

Adriana trabalha na DC Comics e produz conteúdos relacionados a Arlequina, Hera Venenosa, e Homem-Borracha, por exemplo. Você pode acompanhar o trabalho da artista brasileira por meio do Instagram e do Twitter.

Clipping de IGN Brasil, 21/07/2019

quinta-feira, 18 de julho de 2019

A obra cinematográfica de Agnès Varda em 10 filmes

Cineasta belga Agnès Varda
Nome fundamental da nouvelle vague, cineasta influente na ficção e no documentário, única mulher a ganhar a Palma de Ouro honorária, primeira diretora a ganhar o Oscar pelo conjunto da obra. Estes são apenas algumas das muitas formas de tentar definir a carreira da belga Agnès Varda (1928-2019)

Mas o que pode definir melhor o trabalho da cineasta do que seus próprios filmes? Abaixo seguem dez longas-metragens que marcaram seus mais de 60 anos de carreira. E se estes dez títulos não bastam para resumir uma produção tão vasta, funcionam como uma bela porta de entrada para quem quer conhecer a obra de uma das mais importantes artistas da história do cinema. Confira:

“La Pointe Courte” – [França, 1954]
Um jovem casal visita a vila litorânea de La Pointe Courte, na França, enquanto tenta resolver os seus problemas e lidar com as mudanças que afeta o relacionamento. Aclamado como um dos precursores da nouvelle vague, um dos mais importantes movimentos cinematográficos.
“Cléo das 5 às 7” – [Cléo de 5 à 7, França, 1962]
Seriamente preocupada com a possibilidade de ter câncer, a cantora Cléo aguarda o resultado de uma biópsia. Durante duas horas, das cinco da tarde às sete da noite, ela anda pelas ruas de Paris, conversa em cafés e tenta encontrar algum tipo de paz antes de buscar os exames. Estrelado por Corinne Marchand.

“As Duas Faces da Felicidade” – [Le bonheur, França, 1965]
François é um jovem carpinteiro que parece levar uma vida perfeita ao lado da mulher e dos filhos. Seus dias se dividem entre o trabalho na marcenaria, piqueniques no campo e momentos tranquilos em casa. Mas tudo muda quando ele conhece Emilie, uma funcionária dos correios.

“Uma Canta, a Outra Não” – [L’Une Chante, L’autre pas, França, 1977]
Na Paris dos anos 1960, duas mulheres se tornam amigas: Pomme, aspirante a cantora, e Suzanne, que está grávida e não tem condições de ter um terceiro filho. Pomme empresta a Suzanne o dinheiro para um aborto ilegal e as duas perdem contato. Uma década depois, elas se encontram em uma manifestação.

“Os Renegados” – [Sans toit ni loi, França, 1985]
Durante um rigoroso inverno, o corpo de uma jovem é encontrado congelado em um fosso no sul da França. Por meio de flashbacks e entrevistas, o filme revela os eventos que levaram à trágica morte da garota. Ganhador do Leão de Ouro no Festival de Veneza. Estrelado pela atriz Sandrine Bonnaire.

“Jane B. por Agnès V.” – [Jane B. par Agnès V., França, 1987]
Distanciando-se do formato tradicional das cinebiografias, a diretora constrói Jane B. por Agnès V. como um caleidoscópico de momentos diversos. Nestes fragmentos, a atriz, cantora e ícone fashion Jane Birkin, na época completando 40 anos, interpreta diferentes personagens e, também, a si mesma.

“Jacquot de Nantes” – [França, 1991]
Uma evocação à infância do diretor e roteirista francês Jacques Demy (1931-1990), com quem Agnès Varda foi casada durante quase três décadas. O filme mostra o fascínio do jovem Demy pelo espetáculo, as descobertas do contato com a primeira câmera e sua vocação para o cinema e os musicais.

“Os Catadores e Eu” – [Les glaneurs et la glaneuse, França, 2000]
Neste documentário, Varda compõe um retrato da sociedade francesa viajando pelo país para entrevistar e retratar a vida de diferentes tipos de catadores – dos que trabalham no campo retirando o que sobrou após a colheita aos que atuam nas ruas de Paris em busca do que foi descartado por outras pessoas.

“As Praias de Agnès” – [Les plages d’Agnès, França, 2008]
Uma autobiografia de Agnès Varda no momento em que ela completa 80 anos. A diretora conta sua história e explora suas memórias usando uma variedade de materiais e formatos: fotografias, cenas de filmes, entrevistas, encenações e mais. Premiado como melhor documentário no César.

“Visages, Villages” – [França, 2017]
Varda e JR têm em comum a paixão por imagens e o questionamento sobre como são compartilhadas. Agnès escolheu o cinema; JR, criar galerias ao ar livre. A bordo de um caminhão fotográfico, eles viajam pela França fazendo retratos e ouvindo histórias. Indicado ao Oscar de documentário.

Clipping 10 filmes para conhecer o cinema de Agnès Varda, de Luísa Pécora,  Mulheres no Cinema, 30/05/2018

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