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Mulheres samurais

no Japão medieval

Quando Deus era mulher:

sociedades mais pacíficas e participativas

Aserá,

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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Retrospectiva 2014: Com os portos brasileiros obsoletos, Dilma vai inaugurar porto de Mariel em Cuba pago com dinheiro do BNDES


Enquanto os portos brasileiros não atendem à demanda, Cuba vai inaugurar um, novinho, feito com investimento do BNDES que é mantido sob sigilo pelo governo petista

Uma potência agrícola com portos tão inadequados é uma Ferrari com um reles motor 1.0. A exuberância fica empacada. É o caso do Brasil. O principal porto brasileiro, o de Santos, está assoreado e isso impede que os cargueiros de última geração, que exigem profundidades superiores a 14 metros, atraquem no terminal. As obras de dragagem ali avançam, mas em ritmo cubano. Opa! Quem nos dera! Em Cuba, com dinheiro do povo brasileiro, as obras de infraestrutura progridem velozmente.

Em 2014, o Brasil vai perder 22% da riqueza gerada pela maior safra de soja da história, de 55 milhões de toneladas. A causa disso são os gargalos da infraestrutura portuária brasileira e- da perda de carga em acidentes de caminhões nas péssimas estradas. Isso significa que o governo brasileiro dedicou a essa questão a prioridade máxima, investindo o máximo possível na melhoria das estradas e dos portos brasileiros? Não. Apenas 7% dos 218 milhões de dólares pré-vistos para ser investidos nos terminais brasileiros em 2013, ou 15,5 milhões de dólares, foram aplicados. O maior investimento brasileiro em portos nos últimos anos foi feito onde? Em Cuba.

No fim de janeiro, a presidente Dilma Rousseff vai à ilha dos irmãos Castro inaugurar o Porto de Mariel. O governo brasileiro investiu 682 milhões de dólares nos últimos três anos na construção de um terminal em Cuba, onde a ditadura de Fidel e Raul Castro, perdoem a repetição, vive sua fase terminal. O Porto de Mariel terá capacidade 30% superior à do Porto de Suape, o principal do Nordeste brasileiro. O descalabro é obra de Lula. Foi no governo dele, em 2008, que o BNDES decidiu financiar 71% do orçamento da construção do porto. Para entendermos o senso de prioridade do governo do PT, o BNDES emprestou aos cubanos três vezes mais do que destinou a melhorias e ampliações no Porto de Suape desde a sua inauguração, em 1983. Cuba não pode esperar. O Brasil pode.

Acrescente-se aos dados acima o fato de que o negócio com a ditadura cubana transcorreu sob segredo de Estado. Em junho de 2012, o ministro Fernando Pimentel, do Desenvolvimento e Comércio Exterior, classificou o conteúdo do contrato como "secreto", com validade até 2027. A justificativa foi proteger "informações estratégicas". Acabava de entrar em vigor a Lei de Acesso à Informação quando Pimentel decidiu classificar o negócio com os cubanos como secreto.

O BNDES financia obras de infra-estrutura em quinze países, mas apenas três contratos — dois com Cuba e um com Angola — são considerados secretos. Um documento arquivado na biblioteca do Senado antes da blindagem feita por Pimentel e o relato de um funcionário público familiarizado com 35 negociações em torno ao empréstimo para o Porto de Mariel dão uma pista do tipo de informação que o governo tenta esconder. A única garantia exigida pelo empréstimo foi a abertura de uma conta em uma agência do Banco do Brasil nos Estados Unidos na qual Cuba se compromete a manter um saldo equivalente a três parcelas do pagamento da dívida com o Brasil, cujo desembolso começará apenas em 2017. Em caso de atraso no pagamento, o Brasil teoricamente, poderia sacar os valores da conta de Havana no BB. Teoricamente, pois os termos do contrato secreto são desconhecidos e podem conter cláusulas ainda mais favoráveis aos ditadores de Cuba. Por exemplo, o valor das três parcelas pode ser irrisório.

A promessa dos cubanos é depositar na agência do BB nos Estados Unidos parte da receita de suas exportações de açúcar. Como Cuba produz hoje menos açúcar do que há 55 anos, quando os Castro substituíram a ditadura de Fulgencio Batista pela deles, não há nenhuma garantia. Havana pode simplesmente deixar de depositar o dinheiro. O porto estará prontinho. E estará dado o calote — aliás, recorrente nos negócios com Cuba. Nem ao falecido Hugo Chávez o Brasil ofereceu tanta facilidade. Uma das razões para não ter vingado a participação da petroleira PDVSA na construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, foi o fato de o BNDES ter exigido que o venezuelano buscasse junto a bancos privados as garantias necessárias para a liberação do crédito. Chávez queria a mesma mamata dada pelo PT aos cubanos. Ofereceu dar como garantia uma conta a ser abastecida com as divisas geradas pelas exportações de petróleo. Não funcionou.

"Cuba é conhecida pêlos calotes. Os contribuintes brasileiros podem considerar esse dinheiro como uma doação de seu governo para a manutenção de uma ditadura", diz José Azei, professor do Instituto de Estudos Cubano-Ameri-canos da Universidade de Miami. Em 2004, o governo do México recorreu à Justiça italiana para embargar 40 milhões de dólares de uma conta da empresa de telefonia de Cuba, na tentativa de reaver parte de um empréstimo de 500 milhões de dólares. Em novembro passado, o México acabou perdoando 70% da dívida e parcelou o saldo de 150 milhões de dólares em dez anos. O mesmo foi feito pelo Japão, que abriu mão de 80% de uma dívida de 1,4 bilhão de dólares.

Cuba já pleiteia um novo empréstimo do Brasil. Desta vez para construir uma zona industrial ao redor do Porto de Mariel. Em novembro passado, Rodrigo Malmierca, ministro do Comércio Exterior cubano, esteve no Brasil para convencer empresas brasileiras a se instalarem na ilha. Malmierca prometeu isenção fiscal e o fim do confisco de metade do salário pago aos trabalhadores — um dos itens da legislação escravocrata implantada pêlos comunistas. Nenhuma empresa brasileira topou. Vai ver, Malmierca já acertou tudo em segredo com o governo brasileiro. 

Fila em toda parte. Loja de sapatos do Exército em Camaguey, Cuba
O monopólio dos militares
Em 2006, o total de empresas  registradas em Cuba era de 3 519. Em setembro passado, quando o Escritório Nacional de Estatísticas e Informação de Cuba divulgou o mais atual levantamento empresarial da ilha, apenas 2491 empreendimentos estavam com as portas  abertas. Uma redução de 29%. O  fracasso da indústria, do comércio e  do setor de serviços nada tem a ver com o embargo americano, até porque nada impede Cuba de fazer negócios com o restante do mundo. Trata-se, isso sim, do resultado da crescente concentração das atividades econômicas nas mãos de oficiais das Forças Armadas, um processo que começou em 1994, quando o país comunista "se abriu" a investimentos externos. Como as empresas estrangeiras não podiam ser 100% donas do negócio, associaram-se aos militares.

Em 2012, as empresas das quais eles eram sócios ou únicos donos - desde lojas de roupas e sapatarias até a Almacenes Universales S.A, que controla toda a importação e exportação de produtos - movimentaram 80% do PIB do país. A administração do Porto de Mariel será feita pela Almacenes, que também será a sócia compulsória de quem se aventurar a investir no parque industrial previsto para as proximidades. No Brasil, a filial da empresa foi aberta em 2010 por Fidel Castro Puebla, que vive no bairro dos Jardins, em São Paulo, e cujo nome é uma homenagem da mãe, a general Esther Puebla, ao ditador cubano e ex-companheiro de guerrilha. Sob o nome de Comercial Brasraf Importação e Exportação Ltda., a filial da Almacenes faz a intermediaçâo do comércio entre Brasil e Cuba.

Fonte: Veja, 08/01/2014, Leandro Coutinho

Mulher absurda


 Publicado originalmente em 10/01/2014

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Charges em homenagem aos cartunistas franceses mortos no ataque terrorista islâmico contra a Charlie Hebdo!

A Europa tem recebido imigrantes mulçumanos sem muitos critérios eletivos há décadas. Hoje há grande contingente populacional de gente que não se adapta ao mundo ocidental no velho continente. Na França, 10% da população já é muçulmana. Entre eles, 40% são jovens desempregados que não se sentem franceses e são facilmente recrutados por grupos extremistas. 

Os peritos dizem que esses ataques-relâmpago, perpetrados por poucos indivíduos, como o que vitimou os cartunistas da Charlie Hebdo, devem aumentar, pois os ataques terroristas de massa estão cada vez mais difíceis de executar. A solução será mais repressão policial e perda de liberdades civis para os franceses. Se tivessem criado um programa de aculturamento desses imigrantes e restringido a permanência dos mesmos no país à sua capacidade de adaptação aos costumes locais, toda essa situação trágica poderia ter sido evitada. Agora ficaram entre a cruz e a caldeirinha.

E o mundo das artes e do humor, de luto. 






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quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Boas Festas e Feliz Ano Novo!


Nossa página entra em férias de fim de ano, retornando às postagens atualizadas depois de 15 de janeiro. Até lá estaremos republicando algumas das postagens mais populares da Contra o Coro dos Contentes durante o ano de 2014. 

Desejamos a todas e todos Boas Festas e Feliz Ano Novo!

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

As mulheres brasileiras já lideram quase a metade das pequenas e médias empresas do país

Ana Fontes é empresária e fundadora
da Rede Mulher Empreendedora

Empreendedora High-Tec
Cada vez mais as mulheres assumem o comando das empresas e, para dar conta da vida pessoal e profissional, buscam recursos tecnológicos
Atualmente, as mulheres brasileiras lideram quase a metade das pequenas e médias empresas do país”.
A afirmação é da empresária e fundadora da Rede Mulher Empreendedora, Ana Fontes, e vai de encontro às estatísticas divulgadas recentemente. Segundo um levantamento realizado pelo Sebrae em 2014, 52% dos estabelecimentos com menos de três anos de atividade foram abertos por mulheres. Já em relação às empresas consolidadas, 44% são geridas por elas.

Mas o que leva as mulheres a empreender? Segundo Ana Fontes, um dos principais motivos é a intenção de gerenciar melhor o tempo para conciliar a vida profissional com a pessoal.
As mulheres querem ser mães, mas também se destacar na carreira. Porém, boa parte das grandes empresas ainda não conseguiu se adaptar a essa flexibilidade que a mulher precisa para dar conta de todos os papéis que ela representa” explica.
Ana Fontes tornou-se um exemplo de empreendedorismo. Em 2007, ela pediu demissão da multinacional onde trabalhava para investir em um negócio próprio. Em busca de qualificação, ela ingressou no programa “10.000 Mulheres”, da FGV em parceria com a Goldman Sachs. No curso, ela constatou que, assim como ela, muitas mulheres tinham dúvidas de como enfrentar esse desafio. Foi então que decidiu criar um site para unir forças com outras mulheres e dividir experiências.

A Rede Mulher Empreendedora conta hoje com mais de 36 mil cadastros no site e 185 mil fãs no Facebook. Com o sucesso, nos últimos anos, a rede passou também a realizar encontros mensais em várias cidades do Brasil para estimular a troca de experiências.
Empreender não é uma tarefa fácil e esse contato entre as mulheres ajuda a motivar, a ampliar a rede de contatos e a encontrar soluções para o negócio”.
Na busca por ferramentas que facilitem o dia a dia da empreendedora, Ana Fontes é categórica em dizer que um dos papéis da rede é motivar, incentivar e mostrar o quanto é importante a mulher utilizar as ferramentas tecnológicas disponíveis. Entre os desafios, está desmitificar o uso desses recursos.
Ainda há mulheres que acham que tecnologia ‘é coisa de menino’ ou que deve ser empregada apenas em determinadas áreas de atuação. Mas nós explicamos que é possível usar essas ferramentas de forma bem simples e frisamos que elas devem estar no dia a dia de qualquer tipo de negócio”, explica.
Para Ana Fontes, é importante que a mulher perceba que estar conectada pode trazer inúmeras vantagens e a maior delas é o gerenciamento do tempo.
Hoje a mulher cuida da casa, da família e da sua empresa e, se ela não tiver a tecnologia como aliada na gestão do negócio, fica muito difícil dar conta de tudo e se desenvolver”, enfatiza.
Entre as orientações que são passadas às empreendedoras, estão: a manutenção dos sites das empresas para que possam ser acessados pelos clientes em diversas plataformas, o gerenciamento das vendas por meio do CRM online, a instalação de programas para acessar ou editar arquivos de qualquer dispositivo e o uso de softwares de gestão financeira para fazer a avaliação da empresa.

Para incentivar ainda mais as empreendedoras, Ana Fontes dá o exemplo. Adepta à tecnologia, ela divide seu tempo entre a Rede Mulher Empreendedora e sua empresa de coworking, além da vida pessoal. Para conseguir cumprir todas as tarefas, ela conta com o apoio de diversos recursos.
Temos um grupo de trabalho que troca mensagens instantâneas para resolver pendências urgentes, também temos um grupo por e-mail que envia arquivos, usamos o One Drive para que minha equipe possa acessar os documentos a hora que quiser e onde estiver, compartilhamos agendas para saber com mais facilidade a disponibilidade de todos, além de sempre realizar reuniões por videoconferência”, conta.
Para o futuro, ela acredita que as mulheres vão continuar empreendendo e surpreendendo.
As mulheres, quando exercem uma posição de liderança, acabam influenciando todos à sua volta. São características femininas ajudar a comunidade, criar círculos de amizade e apostar no desenvolvimento. Acreditamos que esses atributos geram um impacto positivo em toda a sociedade”, conclui.
Fonte: O Estado de São Paulo, 19/12/2014

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