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Mulheres samurais

no Japão medieval

Quando Deus era mulher:

sociedades mais pacíficas e participativas

Aserá,

a esposa de Deus que foi apagada da História

sexta-feira, 28 de junho de 2013

V de Veja bem: não foi reforma política que a população reivindicou


Com síndrome de Queda da Bastilha, suas excrescências parlamentares e o governo federal e seus 40 ministérios saíram a toque de caixa aprovando ou derrubando péques e projetos de lei para apaziguar a massa. Entre eles,  a aprovação da definição do crime de corrupção como hediondo, embora simbolicamente importante, na prática não passa de demagogia segundo a definição precisa do filósofo Roberto Romano (ver abaixo). Sem o devido aprimoramento das formas de investigação e punição dos corruptos, a nova lei não vai dar em nada. Pura enrolação.

Pior é a manobra do governo Dilma para emplacar uma tal de reforma política, também na correria, com aval de um plebiscito. A reforma política é pauta antiga do PT que oportunisticamente tenta passá-la agora para fingir que está respondendo ao clamor das ruas. Reforma política é assunto sério que demanda longos debates e muita calma para sua elaboração. E a população pediu melhores serviços públicos e combate à corrupção, não reforma política a jato, o que pode ser obtido diminuindo o tamanho do Estado, como, aliás, acaba de fazer o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (Folha de S.Paulo - Poder - Alckmin vai extinguir secretaria para cobrir tarifa do transporte - 28/06/2013). 

Tornar a corrupção crime hediondo é "demagogia atroz", diz filósofo Roberto Romano

Guilherme Balza

A aprovação no Senado do projeto de lei que torna a corrupção crime hediondo, conforme pedido pela presidente Dilma Rousseff após a onda de manifestações que se espalhou pelo país, é uma medida de "demagogia atroz", na opinião do filósofo Roberto Romano, professor de Ética e Filosofia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

"Tornar a corrupção crime hediondo é de uma demagogia atroz. Não foram modificados os procedimentos para a punição [dos corruptos]", diz. Para Romano, a medida não irá funcionar porque os representantes no Legislativo e Executivo continuam a ter foro privilegiado. "Ou seja, pouco importa se é hediondo ou não. Não haverá punição. Tornar um crime hediondo sempre foi uma tática para aplacar multidões ressentidas."

O filósofo diz que as manifestações deixaram claro que a população não dá legitimidade aos que ocupam cargos políticos. "Nós últimos dois anos eles [os políticos] se esmeraram em adotar atitudes arrogantes, que desafiaram a população". Como exemplo, Romano cita tentativas de se afrouxar a lei da Ficha Limpa e a Lei de Improbidade Administrativa, além da tentativa de aprovar a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 37, arquivada nesta semana pela Câmara.


Populismo?

O professor diz que a derrubada da PEC na Câmara, a aprovação de 75% royalties para a educação e 25% para a saúde na mesma Casa e do projeto que torna corrupção crime hediondo no Senado, bem como os cinco pactos anunciados por Dilma na segunda-feira (23), não podem ser reduzidos a medidas populistas, mas são uma tentativa de se reconquistar a legitimidade do Legislativo e do Executivo.

"O populismo integra a política municipal, estadual e federal no Brasil desde 1945. Temeria chamar de populismo essas medidas do Congresso e da Presidência da República. São tentativas bastante toscas de se recuperar o mínimo de legitimidade dessas instituições perante à população", afirma Romano.

Para o filósofo, a atuação do Congresso e do Executivo daqui para frente dependerá, em grande parte, dos rumos das mobilizações que se alastraram pelo país. "O que vamos experimentar é se essas direções de movimentos têm condições de amadurecer do ponto de vista prático e organizacional e fazer uma agenda menos difusa, com tantos temas."

Disputa pela hegemonia

Romano acredita que as manifestações devem arrefecer nas próximas semanas, mas podem criar uma cultura de protesto, em especial pela juventude. O filósofo crê ainda que haverá uma disputa pela hegemonia das mobilizações, que determinará os sentidos e pautas dos protestos. 

"Em movimento político e de massas, a partir do momento em que passa ser significativo, começa a haver uma disputa pela hegemonia, pelas palavras de ordem. Uma vez estabelecida essa hegemonia, é natural que determinadas reivindicações surjam como prioritárias", afirma.

Além da mobilidade urbana, o filósofo aponta a violência policial e os gastos com a Copa do Mundo como questões que devem ganhar força nos protestos.

Fonte: Do UOL, 28/06/2013

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Entre tantos golpistas de esquerda e direita, um pouco da lucidez do ex-presidente FHC


No meio de tanta baboseira dos bregas de esquerda versus os jecas de direita, todos apontando golpes de direita (com neocons clamando pela volta dos militares) e de esquerda (com neocomunas insistindo em lutas anticapitalistas com velhas e fracassadas receitas socialistas), ambos no momento paradoxalmente irmanados em tentar botar água fria na fervura das marchas em curso, ouvir a voz ponderada e lúcida do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é um verdadeiro oásis no deserto. 

Obviamente não concordo com tudo que diz (raramente a gente tem concordância total com alguém), mas, no atual cenário político brasileiro, de longe uma luzinha no fim do túnel. Por isso registro.

Fonte: Blog do Ricardo Setti


quarta-feira, 26 de junho de 2013

Recordar é viver: Deputados que votaram a favor da PEC 37

João Campos, duplamente vigarista: criador da "cura gay" e a a favor da PEC 37
Condenado por mensalão e autor da 'cura gay' votam a favor da PEC 37
A proposta que limitava poder do Ministério Público foi rejeitada com 430 votos contra e 9 a favor

Eduardo Bresciani - O Estado de S. Paulo

Os deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão, e João Campos (PSDB-GO), autor do projeto apelidado de "Cura Gay" (Projeto de Decreto da Câmara 234) estão entre os nove parlamentares a votar favoravelmente à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37, que limitava o poder de investigação do Ministério Público. A proposta foi rejeitada com 430 votos após as manifestações das últimas semanas encamparem a derrubada da PEC entre suas reivindicações.

Além de Costa Neto e Campos, votaram a favor da PEC, segundo registro oficial do sistema de votação disponibilizado no site da Câmara, os deputados Abelardo Lupion (DEM-PR), Mendonça Prado (DEM-SE), Bernardo Santana de Vasconcellos (PR-MG), Eliene Lima (PSD-MT), João Lyra (PSD-AL), Sérgio Guerra (PSDB-PE) e Lourival Mendes (PT do B-MA). Sérgio Guerra, contudo, disse ter votado a favor do projeto por engano (ver link abaixo com a notícia).

Houve ainda o registro de duas abstenções, Paulo Cesar Quartiero (DEM-RR) e Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP). Também condenados no mensalão, os deputados José Genoino (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP) votaram contra a PEC. O deputado Pedro Henry (PP-MT) não votou. 

Fonte: Estado de São Paulo, 26/06, 2013

terça-feira, 25 de junho de 2013

Só zoando: todos os problemas do Brasil são agora culpa da direita!

Depois de rechaçados por manifestantes de vários cantos do Brasil, os esquerdistas bolivarianos resolveram - só para variar - culpar a direita por seus problemas!

Não foi a população que os rejeitou mas sim a extrema-direita, integralistas, neonazis.  Também é ela a responsável pelos atos de vandalismo que assustaram o país. Rola até uma história de um integralista arrependido que   estaria denunciado os planos da extrema-direita para expulsar os partidos de esquerda das manifestações e armar o caos nas cidades (a história é tão fake que até dói). Outras notícias dão conta de que teriam sido os skinheads, os carecas, os que iniciaram as agressões aos partidários. O Estadão e a Veja, contudo, dizem que os vândalos, entre outros, são anarquistas de esquerda. 

Não custa lembrar que a indumentária de anarco-esquerdistas e de neonazis é parecida. Todo mundo adora um pretinho básico, mas os anarco escondem a cara e os neonazis em geral não. Preciso perguntar se os vândalos que depredaram tantas cidades estavam de cara limpa ou se pareciam com essas figurinhas aí ao lado?

Fora que nós temos uma maioria de grupos esquerdistas e partidos esquerdistas no espectro político brasileiro. Sequer há partidos assumidamente de direita no Brasil, razão pela qual, aliás, as coisas andam tão perigosamente antidemocráticas por aqui. Goste-se ou não da direita, ela é imprescindível para equilibrar a balança política. Então, se estivéssemos falando com pessoas normais ou honestas, seria o caso de perguntarmos de onde teria saído  essa tal direita que anda perseguindo os tadinhos bolivarianos, tentando dar golpes, não? Não  que não existam também direitistas extremados por aí,  mas sua presença é insignificante no cenário político brasileiro.

Daí que só zoando mesmo com essa gente dita de esquerda maluca e vigarista, a começar pela imagem (clique nela para  aumentar), no início da postagem, e a terminar pelo vídeo abaixo (acompanha a letra). 



O Lula peidou,
(É culpa da Direita)
O buzão aumentou,
(É culpa da direita)
O ozonio sumiu,
(É culpa da direita)
Minha net caiu,
(É culpa da direita)

Se o todynho acabar,
(É culpa da Direita)
Se o choque revidar,
(É culpa da Direita)
A inflação já voltou,
(É culpa da Direita)
se eu pisar no coco,
(É culpa da Direita)

eu continuo aqui de mimimi,
mimimimimimimimimimi

Protesto apartidario,
(É culpa da Direita)
Opinião do Romario,
(É culpa da Direita)
PT deu mancada,
(É culpa da Direita)
A Dilma foi vaiada,
(É culpa da Direita)

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