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Mulheres samurais

no Japão medieval

Quando Deus era mulher:

sociedades mais pacíficas e participativas

Aserá,

a esposa de Deus que foi apagada da História

terça-feira, 9 de abril de 2013

Vamos assinar contra a "PEC da Impunidade" !!


Está em votação no Congresso Nacional uma Proposta de Emenda Constitucional, a PEC 37, também conhecida como "PEC da Impunidade", que tira o poder de investigação dos Ministérios Públicos Estaduais e Federal. Caso seja aprovada, praticamente deixarão de existir investigações contra o crime organizado, desvio de verbas, corrupção, abusos cometidos por agentes do Estado e violações de direitos humanos.

A proposta atenta contra o regime democrático, a cidadania e o Estado de Direito e pode impedir que outras Instituições também investiguem (Receita Federal, COAF, TCU, CPIs etc).

A Constituição Federal permite que o Ministério Público investigue, assim também o fazem outras leis como, a Legislação Eleitoral, o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Estatuto do Idoso. O STF já proclamou que o MP também deve investigar.

Os grandes escândalos sempre foram investigados e denunciados pelo Ministério Público, que atua em defesa da cidadania de forma independente.

A QUEM INTERESSA ENTÃO RETIRAR O PODER DE INVESTIGAÇÃO?

A PEC da Impunidade já foi aprovada em comissão e poderá ser votada em plenário pela Câmara dos Deputados a qualquer momento. Defenda o MP para que ele continue fazendo um trabalho sério, competente e tão necessário para combater o crime e a corrupção no Brasil!

Assine aqui

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Margareth Thatcher, a controversa primeira-ministra da Inglaterra, deixa marca indelével na história ocidental!

Margareth Thatcher (13/10/1925-08/04/2013)
Morreu a ex-primeira ministra britânica Margaret Thatcher, essa sim realmente "neoliberal", ao contrário do nosso FHC que, de fato nunca foi sequer liberal, quanto mais "neo". Quer dizer, nos seus 11 anos de governo, Thatcher cortou impostos e gastos públicos, privatizou estatais e - a parte mais polêmica - cortou programas sociais tidos como deficitários, entrando em guerra contra os sindicatos locais (retirou privilégios fiscais das organizações trabalhistas). Polêmicas à parte, o fato é que sua política, embora tenha gerado muito desemprego, num primeiro momento, conseguiu estabilizar a economia da Inglaterra que caminhava para a ruína. Dizia ela:

“Mais gastos do governo significam sempre mais impostos para cobri-los. E, quando a carga fiscal é excessiva, ninguém tem incentivo para criar empregos e gerar riqueza”.

A dama de ferro, como ficou conhecida a premiê britânica, por sua assertividade,  também ajudou a derrubar o comunismo e previu os problemas que hoje atingem a união europeia:

“A moeda comum europeia está destinada ao fracasso, política e socialmente, apesar de o tempo, a ocasião e as consequências disso ainda serem incertos”. ....“Não conseguimos reduzir as fronteiras do Estado na Grã-Bretanha para agora vê-las impostas novamente, em nível europeu, por um superestado com sede em Bruxelas.”

Conservadores brasileiros, com sua perspicácia costumeira, costumam descrevê-la como antifeminista, mas Thatcher, deixou claro para o futuro marido, antes de casarem, que: 

“Nunca vou ser uma daquelas mulheres que ficam em casa, lavando xícaras de chá e cuidando das crianças”.

Também disse: “Em política, se você quiser que algo seja dito, peça a um homem. Se quiser algo feito, peça a uma mulher”. 

E embora não fosse a favor do aborto, defendia o direito de escolha das mulheres (votou a favor do projeto de lei de David Steel de legalização do aborto) e manteve homossexuais e judeus em seu governo, apesar das muitas pressões em contrário. Dizia que só se importava que seus subordinados executassem bem o trabalho que pedia. Um de seus ministros, Earl of Avon inclusive era reconhecidamente gay, e há gays do partido conservador britânico que até hoje a consideram "ícone gay", muito mais, claro, por sua postura pessoal (atitude), seu estilo de vestir e seu cabelito armado do que por suas ideias. Thatcher também apoiou o projeto de lei de Leo Abse para a descriminalização da homossexualidade masculina. (Ver mais informações).

Embora fosse tolerante com a presença de gays em seu governo e tenha votado contra a descriminação da homossexualidade, deu aval à famigerada Section 28 (Seção 28), uma emenda a um ato do governo de 1988 que muito agradaria a gente como o deputado brasileiro Bolsonaro (mais conhecido como Boçalnaro), pois proibia a "promoção nas escolas de qualquer material que apresentasse a homossexualidade como natural e casais homossexuais como relacionamento familiar." Duas décadas depois desse evento, o colega conservador de Thacther, atual primeiro-ministro David Cameron, condenou a citada seção, como ofensiva aos LGBT britânicos, e pediu desculpas à população homossexual do país.

Enfim, para o bem ou para o mal, Margareth Thatcher marcou indelevelmente sua passagem na história europeia e ocidental. Até hoje, a Inglaterra não conseguiu botar outra mulher na liderança do governo, quanto mais uma mulher como Thatcher.

Em fevereiro do ano passado, Meryl Streep encarnou a dama de ferro com o brilhantismo costumeiro, mas, pessoalmente, achei que o filme deixa a desejar no resgate da trajetória política dessa personagem tão marcante, pois opta por focar mais sua vida pós-governo, já debilitada por vários problemas de saúde. De qualquer forma, para uma introdução à história de Thatcher e seu legado, dá para o gasto.  Abaixo o trailer!

Era uma vez um liberal que virou conservador (ou a triste história da águia que se tornou avestruz, aquela ave que não voa)


Como às vezes me acontece, começo a comentar algum texto no facebook, mas o comentário fica longo e acaba virando uma postagem. Foi o caso de um comentário meu sobre um link do economista Rodrigo Constantino, que já foi tido como liberal e agora despencou para o conservadorismo mais rastaquera, talvez para ganhar espaço na mídia com "opiniões" tidas como polêmicas. Hoje quanto mais besteira se diz mais visibilidade se tem na imprensa. 

De fato, comecei a responder a um outro comentarista desse link específico, que, como outros, lastima a guinada obscurantista dada pelo fulano em pauta que, aos 35 anos, já está com a cabeça cheia de mofo, teias e traças. O texto que Constantino postou, em sua página do facebook, e usou como pretexto para disparar uma verdadeira saraivada de preconceitos contra homossexuais gira em torno de uma fala maluca do ator Jeremy Irons a respeito da "possibilidade" de o casamento gay abrir espaço para o incesto entre um pai e seu filho (sic).

Segue o comentário-texto, onde, na verdade, busco mais uma vez descortinar as motivações reais do discurso conservador: nada além de um monte de falácias objetivando escamotear o simples fato de que essa gente não aceita a igualdade entre os seres humanos. Trata-se apenas disso. 
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Diogo, já havia me prometido não mais comentar artigos ou "opiniões" do Constantino porque, quando não está falando de economia, ele agora se limita a enunciar seus preconceitos e limitações pessoais que busca referendar com pseudoargumentos.  Entretanto, como essa postagem entrou, com seus respectivos comentários, por terceira via, em minha página principal, sobretudo por suas falas sensatas (do Diogo), resolvi me contradizer e dar meu pitaco sobre o assunto.

Constantino  virou conservador, Diogo, ou aquele troço híbrido, o liberal-conservador, um avestruz, uma ave que não voa, e segue agora a cantilena da turma dos reacionaldos azedos, luizes felipes manés e até do seu antigo desafeto Olavo de Carvalho, tanto que emprestou o termo gayzista daquele decrépito.

Gayzista é um termo moral e intelectualmente vigarista que visa demonizar as pessoas homossexuais que lutam por igualdade de direitos nas sociedades atuais. A maior parte dos pleitos dos LGBT é por isonomia de direitos, reivindicação de cunho liberal portanto. Mesmo considerando os excessos do politicamente correto, que não é exclusividade do ativismo LGBT, só infames conseguem associar esse movimento com um dos regimes mais genocidas da história da humanidade, regime que inclusive matou milhares de homossexuais. 

Por trás desse discurso escroto, o que existe realmente é a enorme dificuldade dos conservadores de aceitar mudanças em geral, a igualdade de direitos entre as pessoas e de oportunidade para todos. Opuseram-se  aos direitos dos negros, das mulheres e agora aos direitos homossexuais.  Para  justificar  o que não passa de estreiteza intelectual e pequenez de espírito, entoam sempre a mesma ladainha: falam em nome de Deus, da defesa da família, da tradição, da moral, dos bons costumes, blá-blá-blá. 

Falar na necessidade da prevalência dos direitos dos indivíduos sobre supostos direitos coletivos, desconsiderando as condições sociais que determinam a vida das pessoas, é mera tentativa de mascarar as desigualdades  a fim de eternizá-las e fomentar o conformismo entre os discriminados. 

E agora falam também em nome da liberdade de expressão. A direitosa está deturpando de tal forma o conceito de liberdade de expressão que a esquerda autoritária não vai ter dificuldade nenhuma em censurar o real direito de opinião. Liberdade de expressão virou um termo bombril, para os conservadores, que o usam a fim de tentar justificar desde seu anseio de insultar os outros impunemente até a permanência do cristofascista pastor-deputado Marco Feliciano na comissão de direitos humanos da câmara. 

Feliciano é incompatível com o cargo, como também o seria um membro da ku-klux-kan ou da gestapo, mas, segundo os “cons”, antidemocrático na verdade é querer tirá-lo de lá porque o pastor do diabo tem o direito de dizer o que quiser.  Tem mesmo, desde que arque com as consequências de suas falas,  mas não numa comissão de direitos humanos, considerando ele ser contrário aos mesmos. Aliás, nunca antes o pastor teve tanto direito à liberdade de expressão como hoje, quando suas sandices são replicadas por toda a mídia. De fato, os “cons” querem o pastor por lá para impedir o funcionamento da comissão de direitos humanos pois desejam que ela não exista.

Por último, falar na necessidade da prevalência dos direitos dos indivíduos sobre supostos direitos coletivos, desconsiderando as condições sociais que determinam a vida das pessoas, é mera tentativa de mascarar as desigualdades  a fim de eternizá-las e fomentar o conformismo entre os discriminados. Liberais de fato deveriam dar toda a força aos movimentos sociais, pois seu objetivo é derrubar os obstáculos sociais, impostos aos vários grupos marginalizados, de modo a que - futuramente - detalhes como sexo, etnia e orientação sexual (pra falar nos mais conhecidos) sejam irrelevantes e cada pessoa possa realmente ser avaliada apenas como indivíduo.

O fato de a esquerda (PT sobretudo) manipular as causas sociais para seu proveito não lhes tira a validade que é intrínseca. Aliás, houvesse um pouco de QI à direita, ao menos liberais deveriam, no âmbito de seus princípios, procurar levar as ideias liberais a estes movimentos e não, numa cegueira política descomunal, viver como vivem, em comparsaria com conservadores, hostilizando as demandas dos grupos discriminados.

Posto inclusive novamente o vídeo onde a escritora Ayn Rand, ícone liberal, elenca as razões pelas quais conservadores prestam um desserviço à causa das liberdades individuais e mesmo econômicas (de fato ela fala em traição conservadora do capitalismo), com sua lenga-lenga de defesa da tradição, fé religiosa e crença na incapacidade do ser humano de agir racionalmente (por sua imperfectibilidade). Tenho divergências com essa cara senhora, claro, mas não posso negar que, em alguns momentos, ela realmente pega na veia. Só lembrar que, quando ela fala em "liberais", deve-se ler social-democratas, a esquerda americana, e que ela defendia o liberalismo clássico, laissez-faire, num período em que o comunismo ainda existia.
     

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Primeiro projeto do deputado Pastor Marco Feliciano foi para tornar obrigatório o ensino religioso em escolas públicas!

Primeiro projeto do deputado Pastor Marco Feliciano foi para tornar obrigatório o ensino religioso em escolas públicas!

Em 9 de fevereiro de 2011, o Pastor e Deputado Federal  Marco Feliciano, líder do Ministério Tempo de Avivamento, protocolou  na Câmara a sua primeira Proposição de Projeto de Lei n. 309/2011 visando alterar o artigo 33 da Lei n.º 9.394/96 e tornar obrigatório o ensino religioso (cristão) em toda redes de escolas públicas do Brasil..

A lei 9394/96, alvo do cristofascista, foi a de Diretrizes e Bases, em vigor desde dezembro de 1996. Atualmente o ensino religioso é facultativo, não obrigatório no currículo ou dentre as demais matérias das escolas e não pode causar ônus aos cofres públicos. Marco Feliciano visava tornar a matéria obrigatória.

O projeto foi retirado de pauta pelo relator, em 16/05/2012, e recebeu voto em separado do deputado Jean Wyllys  O texto de Wyllys só erra ao apontar a intolerância religiosa dos evangélicos apenas contra as religiões de matriz africana. De fato, eles são intolerantes contra todas as religiões que não a própria. Agridem budistas, espíritas, wiccanos. Não por menos levaram o apelido de cristofascistas.

Vamos assinar contra a nova tentativa dos cristofascistas de acabar com o Estado Laico no Brasil:


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