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sábado, 2 de fevereiro de 2013

Pelo dia de Ayn Rand, um texto da escritora sobre aborto

Hoje, 2 de fevereiro, é o aniversário de nascimento de Ayn Rand, uma das mais polêmicas escritoras e filósofas do século passado e ainda da atualidade. É cativante sua defesa radical do indivíduo contra a opressão do Estado e das religiões que tentam nos sufocar em nome da abnegação de nosso potencial humano em prol de coletivismos de quaisquer naturezas. 

Naturalmente, não apóio tudo que afirmava (mesmo porque algumas visões são datadas), mas concordo no todo com o ideal de liberdade individual que a animava e sua defesa da afirmação das pessoas pela inteligência, a criatividade, o esforço, o mérito. Concordo porque a liberdade me é por demais cara, como na definição de nossa querida Cecília Meirelles: "Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda." (Cecília Meireles)

Assim, pelo aniversário da escritora, posto um texto seu sobre o aborto, esse tema tão controverso a respeito do qual ela tinha opinião coerente com sua filosofia de defesa da liberdade dos seres humanos de ambos os sexos, não apenas do masculino. Traduzi e editei o texto, pois o original é formado de trechos de textos dela e ficou meio repetitivo, mas deixo ao final link para a versão integral. Deixo também um vídeo com a voz de Rand falando sobre o tema e legendagem em espanhol. 

Aborto

Ayn Rand

Um embrião não tem direitos. Os direitos não pertencem a um ser potencial, somente a um ser real. Potencialidade não é o mesmo que realidade, e o feto não pode adquirir nenhum direito até que nasça. Os que vivem tem precedência sobre os que ainda não vivem (os não-nascidos). Uma definição apropriada, filosoficamente válida, de ser humano como “animal racional”, não permite que se atribua condição de “pessoa” a umas poucas células humanas.

O aborto é um direito moral que cabe exclusivamente à mulher exercer ou não. Moralmente, não há nada, além de sua vontade, que deva ser considerado. Quem poderia racionalmente ter direito  de impor a outro o que deve fazer com as funções de seu próprio corpo? Com que direito alguém pode se achar no direito de dispor das vidas de outros e de decretar suas decisões pessoais?

Não importa a ridiculez malvada de se afirmar que um embrião tem “direito à vida”. Um pedaço de protoplasma não tem direitos e não tem vida no sentido humano da palavra. Equiparar algo potencial com algo real é cruel; advogar pelo sacrifício da mulher em prol do feto é abominável. Observem que ao atribuir direitos aos não-nascidos, quer dizer, aos não-vivos, os antiabortistas destroem os direitos dos vivos: o direito dos jovens a determinar o curso de suas próprias vidas.

A tarefa de criar um filho é uma enorme responsabilidade que dura toda a vida e que ninguém deve empreender de forma irresponsável ou contra vontade. A procriação não é um dever: os seres humanos não são animais de cria em uma granja. Para as pessoas responsáveis, uma gravidez indesejada é um desastre. Opor-se ao direito da mulher de interrompê-la é propugnar seu sacrifício  não em benefício de alguém mas sim em prol da própria miséria, com o real objetivo de proibir a felicidade e a realização dos efetivamente vivos.

A questão do aborto implica muito mais do que a interrupção de uma gravidez: é uma questão que abrange a vida toda dos pais. Como disse anteriormente, a paternidade é uma enorme responsabilidade, uma responsabilidade impossível para jovens, principalmente pobres que são ambiciosos e estão lutando para se afirmar, porém não querem abandonar o recém-nascido em algum umbral ou dá-lo para adoção. Para estes jovens, a gravidez é uma sentença de morte: a paternidade os obriga a renunciar a seu futuro e os condena a uma vida de trabalho penoso e desolador, de escravidão às necessidades físicas e financeiras da criação de um filho A situação de uma mãe solteira, abandonada por seu amante, é ainda pior.

Não consigo realmente imaginar o estado mental de uma pessoa que deseja condenar outro ser humano à semelhante horror. Não posso conceber o grau de ódio necessário para impulsionar até mulheres a sair por aí fazendo cruzadas contra o aborto. É ódio o que revelam, não amor pelos embriões, algo aliás impossível de se sentir  de fato. É um ódio virulento, que, a julgar por seu grau de intensidade, revela problemas de autoestima e um medo metafísico. O ódio dos antiabortistas é dirigido contra os seres humanos como tais, contra a mente, contra a razão, contra a ambição, contra o êxito, contra o amor, contra qualquer valor que traga felicidade à vida humana. Contra a vida, portanto, embora, como reflexo da desonestidade que domina o campo intelectual de hoje, paradoxalmente se autodenominem “pró-vida.”

A capacidade de procriar não passa de um potencial que a humanidade não está obrigada a  realizar. A decisão de ter ou não ter filhos é moralmente opcional. A natureza dota os seres humanos com uma gama de possibilidades, mas eles é que devem decidir quais capacidades exercer, de acordo com sua própria hierarquia de objetivos e valores racionais.

O simples fato de o ser humano ter capacidade de matar não quer dizer que seja seu dever converter-se em assassino. Da mesma forma o simples fato de ter a capacidade de  procriar não quer dizer que seja seu dever cometer suicídio espiritual e tornar a procriação o objetivo principal da vida, como se fosse um animal de criação.

Para um animal, os cuidados com seus pequenos se dão em ciclos temporais. Para o ser humano, é uma responsabilidade para toda a vida, uma grande responsabilidade que não se deve  assumir sem causa, sem pensar, ou por acidente.

Com relação aos aspectos morais do controle da natalidade, o direito primário em pauta não é o “direito” de um não-nascido, nem da família,  nem da sociedade, nem de Deus. O direito primário é aquele que – em meio ao clamor público atual sobre o tema – poucas vezes se tem tido a coragem  de defender: o direito da mulher e do homem à sua própria vida e felicidade, o direito de cada indivíduo de não ser tratado como simples meio para qualquer fim.

Fonte: Objetivismo 

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Tantas leis que se torna impossível não violar alguma 

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Brasil do Avesso: Associação Brasileira de Imprensa sedia ataque de Dirceu à imprensa!?

Zé Dirceu não aceita as ações da Justiça


Dirceu diz que mídia ataca políticos para evitar regulação

Em encontro que pediu anulação do julgamento do mensalão, ele afirma que acuar Congresso é meio de chegar a um golpe


Felipe Werneck

Condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 10 anos e 10 meses de prisão por corrupção ativa e formação de quadrilha, o ex-ministro petista José Dirceu afirmou ontem que meios de comunicação monopolizados atacam a classe política para evitar a regulação da mídia no País. "É o caminho das ditaduras, uma tentativa de desmoralizar a política, os políticos e o Congresso", discursou Dirceu durante ato "Pela Anulação do Julgamento do Mensalão" no auditório da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Rio.

Segundo Dirceu, a divulgação "desequilibrada" de escândalos políticos pela mídia tem o objetivo de "manter o Congresso de joelhos". "No dia em que o Congresso não tiver medo da Globo, da mídia, faz a regulação", discursou. O ex-ministro incitou a plateia de cerca de 600 pessoas a lutar contra o que chamou de "ofensiva contra o companheiro Lula e o governo Dilma". Segundo ele, manter o Congresso acuado é "uma forma de criar condições para amanhã dar um golpe ilegal".

O ex-presidente do PT se disse vítima de uma campanha da imprensa "como se tivesse enriquecido no governo Lula e com o mensalão". Dirceu também atacou o STF, afirmando que um ministro do Supremo não fala em nome da nação. "Quem fala é a presidenta e o Parlamento."

Para ele, o julgamento colocou em risco e violou não apenas direitos individuais, mas a democracia. O ex-ministro disse que se trata de uma "luta longa que está só começando" e que vai percorrer "todo o Brasil" para mostrar que, segundo afirma, não houve direito de defesa no julgamento. "Pode ser regime fechado, segurança máxima ou solitária, mas não vou me calar", concluiu, referindo-se à sua pena e ao périplo que iniciou pelo País. "Precisamos enfrentar a ofensiva que a direita está fazendo contra o nosso projeto político."

'Pangarés'. Dirceu chegou ao prédio acompanhado do cineasta Luiz Carlos Barreto, o Barretão. Seu discurso foi antecedido por palestras de um advogado, três jornalistas e dois sindicalistas que contestaram o resultado do julgamento do Supremo.

Sentado na primeira fila, de bermuda e sandália, o militante petista e ex-dirigente do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, também condenado pelo STF, chorou quando teve seu nome citado. Sua mulher, Andréa Haas, levantou-se e declarou: "Somos pangarés que ajudaram a eleger o Lula. Sempre trabalhamos pelo PT e pedimos que não sejamos esquecidos, como até hoje fomos. Queremos que os ministros do STF revejam os erros que cometeram. Isso é contra a democracia."

Fonte: O Estado de S.Paulo (Rio)

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Igualitarismo equivocado: Dinamarca quer que os cortes de cabelos de homens e mulheres custem o mesmo

Dilema dos cabeleireiros na Dinamarca:
Como cobrar o mesmo preço para cortes diferentes?
Após o fim das ditaduras militares na América Latina, do franquismo e do salazarismo na Espanha e em Portugal e, sobretudo, do fim do comunismo, pensei - e não só eu - que a democracia e a liberdade prevaleceriam e se espalhariam pelo mundo. 

Ledo engano. Já na própria década de noventa, os autoritários de diversos tipos, políticos e religiosos, começaram a se rearticular e tramar sua volta ao palco político. Hoje estamos aí de novo às voltas com socialistas populistas e conservadores obscurantistas se digladiando para ver quem ganha a batalha do poder de nos impor sua agenda liberticida.  

Em relação a esses agentes políticos, de qualquer forma, tais ações não são nenhuma novidade, pois a história de ambos é marcada pelo autoritarismo. O que não se esperava é que os movimentos sociais dos anos 60, nascidos libertários, iriam se transformar dos anos 90 em diante, também em sujeitos políticos autoritários via o que ficou conhecido como politicamente correto. Das reivindicações de igualdade de direitos e oportunidades entre todas as pessoas, esses movimentos descambaram para reivindicações generalizantes de igualdade à revelia das diferenças concretas entre os indivíduos e as situações. 

No momento, na Dinamarca, na esteira do avanço da igualdade entre os sexos, o Conselho para Tratamento Igualitário local decidiu que as diferenças de valor entre os cortes de cabelos entre homens e mulheres são ilegais e que os cabeleireiros devem cobrar o mesmo dos clientes e das clientes nos salões.
 
Um sindicato de cabeleireiros afirmou que a decisão - obviamente - é absurda, pois, em geral, leva-se mais tempo e gasta-se mais produtos com os cortes femininos do que com os masculinos.

Os indignados com a decisão esdrúxula apelaram para a Justiça, e agora uma corte decidirá  se os cabeleireiros terão que encontrar uma nova forma de cobrar por seus serviços com base no tempo dispendido com os cortes ou no padrão do corte.  

Connie Mikkelsen, presidente da organização dinamarquesa de cabeleireiros e esteticistas independentes, declarou que a medida, se efetivamente aprovada, levará ao caos financeiro e a conflitos com os clientes.
 
Os países nórdicos alcançaram os índices mundiais mais altos no quesito da igualdade de gênero. No caso da Dinamarca, ela ocupa o sétimo lugar, entre 135 países, no índice de igualdade de gênero do Fórum Econômico Mundial, em áreas como economia, política, educação e saúde.

Entretanto, parece que já tendo obtido índices tão altos de igualitarismo, os países nórdicos ficaram confusos com o sentido da palavra igualdade e resolveram extrapolar. Pouco tempo atrás, na Suécia, um parlamentar resolveu propor um projeto para obrigar homens a fazer pipi sentados, por questões de higiene (assim se justificou). Agora, na Dinamarca, saem-se com essa história de preços iguais para cortes de cabelo feminino e masculino, a despeito das diferenças que, em geral, existem entre ambos.

Se continuarmos nessa toada de confundir igualdade com homogeneidade, pior ainda pela imposição de governos, o futuro da humanidade não será promissor nem em termos econômicos nem de justiça.

Com informações do Daily Mail Online

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Com os documentos nas nuvens: sites de armazenamento de documentos




Muita gente ainda reluta, mas é cada vez maior o número de pessoas que opta por guardar seus documentos em sites de armazenamento. Para quem cogita usar os serviços, seguem abaixo 4 dicas de sites do gênero. Clique nos nomes dos sites para acessá-los.

Dropbox
Um dos precursores dos serviços de armazenamento online, o Dropbox tem várias vantagens. Ele possui aplicativos oficiais em praticamente todas as plataformas, seja no desktop, smartphone ou tablet. A lista de apps para smartphone que lêem e gravam arquivos diretamente do Dropbox é extensa. Mas o serviço também tem pontos fracos. O principal é o espaço oferecido gratuitamente, de 2 GB. É suficiente para documentos e planilhas, mas não para fotos e vídeos. É possível receber espaço extra, sincronizando imagens de câmeras e smartphones e indicando amigos. Os valores dos planos pagos do Dropbox são bem mais altos do que os de seus principais concorrentes.

Plataformas: Windows, Mac, Linux, Android, iOS, BlackBerry / Tamanho máximo do arquivo: 2 GB / Espaço gratuito: 2 GB/ Plano pago mais barato: 9,99 dólares por mês [10 GB] / É a melhor opção para: todos os usos, desde que não haja a necessidade de um espaço gratuito maior

Em abril, a Microsoft adicionou os recursos de sin-cronia ao serviço de HD online Skydrive, tornando-o mais completo. Mas ainda assim ele parece um pouco verde. Seu ponto forte está no espaço gratuito, maior do q"ue o oferecido pelo Dropbox. Quem já utilizava o serviço e o acessou até o final de abril conseguiu manter o espaço original gratuito do Skydrive, de 25 GB. Os novos usuários recebem 7 GB. Os planos pagos têm preços acessíveis. Outra vantagem é a possibilidade de compartilhar arquivos usando links reduzidos do Bit.ly. Isso permite a visualização de estatísticas e outros dados úteis fornecidos pelo encurtador de URLs.

Plataformas: Windows, Mac, iGS, Windows Phone/Tamanho máximo do arquivo:  2 GB, Espaço gratuito: 7 BB / Plano pago mais barato: 10 dólares ao ano [adiciona 20 GB] / É a melhor opção para:  guardar muitos arquivos e compartilhá-los na web.

Um dos mais novos serviços de armazenamento online conta com uma vantagem em relação aos concorrentes: a integração direta com o Google Does. Como muita gente utiliza as planilhas e documentos online do Google, compartilhar um arquivo pelo novo serviço fica bem mais fácil. Além disso, a empresa deverá adicionar recursos para facilitar a gravação de anexos no Drive, assim como o envio rápido de arquivos pelo Gmail. Outra provável vantagem vem da compra pelo Google do app Quickoffice, que permite aos usuários acessar e editar documentos do pacote Office, produzido pela Microsoft. Ele deverá ser integrado de forma mais profunda ao Drive, dando mais opções a quem usa smartphones e tablets.

Plataformas: Windows, Mac, Android /Tamanho máximo do arquivo:  10 GB, Espaço gratuito:  GB / Plano pago mais barato: 2,49 dólares ao mês [25 GB]/ É a melhor opção para:  quem já centraliza documentos e planilhas no GoogleDocs

Apesar de ser o menos conhecido entre os serviços testados, o SugarSync tem vários pontos fortes. Ele roda nas principais plataformas para desktop, smartphone e tablet. Além disso, tem mais opções para resolver problemas de sincronia, como quando o mesmo arquivo é editado em vários computadores diferentes, O Dropbox mantém ambas as cópias com nomes distintos, enquanto o SugarSync tenta verificar o conteúdo do arquivo, além da data de modificação, para facilitar a decisão de qual item será mantido. Por ser um serviço quase tão antigo quanto o Dropbox, o SugarSync permite a integração com vários programas para smartphones e tablets

Plataformas: Windows V3C Android, iOS, BlackBerry / Tamanho máximo do arquivo:  não tem limite / Espaço gratuito: 5 GB/ Plano pago mais barato: 4,99 dólares ao mês: [30 GB] / É a melhor opção para:  trabalhar simultaneamente com várias máquinas, com opções avançadas de sincronia.

Com informações da revista INFO

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