8 de Março:

A origem revisitada do Dia Internacional da Mulher

Mulheres samurais

no Japão medieval

Quando Deus era mulher:

sociedades mais pacíficas e participativas

Aserá,

a esposa de Deus que foi apagada da História

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Homens querem impedir que criancinhas inocentes sejam mortas? Façam menos guerras e mais vasectomias

Queda em vasectomias pode ter elevado abortos na Grã-Bretanha

Mudança comportamental parece ter relação com muitas variáveis, incluindo aumento no uso de outros contraceptivos.

O número de vasectomias realizadas na Grã-Bretanha caiu mais de 50% nos últimos dez anos, apontam registros do Sistema Nacional de Saúde (NHS) público britânico.

Em 2001/2002, 37,7 mil homens britânicos fizeram o procedimento que impede a passagem dos espermatozoides. Já em 2011/2012, a cifra passou para 15,1 mil, menos da metade.

Analisando os números de 2010/2011, a taxa atual mostrou queda de 16%.

Os dados, compilados com base em registros públicos, foram publicados pelo Serviço Britânico de Aconselhamento na Gravidez (BPAS, na sigla em inglês, ONG de saúde reprodutiva que presta serviços ao NHS) e não incluem os procedimentos feitos em clínicas particulares.

Em comparação, a taxa de abortos para mulheres entre 30 e 44 anos, que era de 9,1 a cada mil na Inglaterra e no País de Gales em 2001, subiu cerca de 10%, para 10 por mil em 2011 nas mesmas nações.

Os pesquisadores do BPAS dizem que o declínio no número de vasectomias pode ser uma das razões por trás do aumento na taxa de abortos entre as mulheres mais velhas, mas ressaltam que muitas variáveis podem ajudar a explicar essa mudança de comportamento dos homens na Grã-Bretanha.

A BPAS disse à BBC Brasil que não é possível estabelecer com certeza uma relação direta entre a a redução das vasectomias e o aumento nos abortos entre mulheres mais velhas, mas afirma que, como os dois fenômenos ocorrem simultaneamente, parecem estar relacionados.

"Outros países com altas taxas de vasectomias muitas vezes apresentam menores taxas de aborto entre essas mulheres, e vice-versa", diz a ONG. "Mas outros fatores podem estar envolvidos, como o fato de ações de prevenção ao aborto serem focadas geralmente em mulheres mais novas, em detrimento das mais velhas".

Variáveis
Outras variáveis são um esforço de redução de custos públicos colocado em prática pelo governo britânico -- o que pode levar a uma redução no número de vasectomias -- e o maior estímulo ao uso de contraceptivos femininos como a pílula e o DIU (Dispositivo Intrauterino).

Além disso, há um crescente número de homens que se divorciam e optam por um segundo casamento, situação na qual um método contraceptivo permanente como a vasectomia pode ser indesejada. Operações para reverter o procedimento nem sempre são bem-sucedidas ou mesmo pagas pelo sistema público de saúde.

No Brasil, de acordo com números do SUS (Sistema Único de Saúde), os números de vasectomias vão no sentido oposto. Somente na rede pública o número desses procedimentos passou de 7,7 mil, em 2001, para 34 mil em 2011, um aumento de mais de 300%.

O SUS, que tem metas de aumentar a taxa de realização desse tipo de procedimento, só permite que essa cirurgia seja realizada em homens com mais de 25 anos e que já tiveram no mínimo dois filhos.

Decepção
A relação entre a queda do número de vasectomias e o aumento da taxa de abortos é algo notado também na França, onde poucas cirurgias do tipo são feitas, mas muitas mulheres mais velhas optam pelo aborto.

Tradicionalmente, cerca de 16% dos homens com menos de 70 anos fazem o procedimento na Inglaterra, e a taxa de abortos para mulheres com mais de 30 anos tem se mantido relativamente baixa.

Ann Furedi, presidente do BPAS, se disse decepcionada com os números da pesquisa.

"A vasectomia é um método confiável e seguro que dá aos homens a oportunidade de ter um papel ativo na contracepção. É decepcionante que o único método de longo prazo que permite aos homens ter esse papel esteja em queda. Nós devemos garantir que todos os casais que queiram usar esse método possam ter acesso a ele prontamente no NHS, reconhecendo que ele não é o melhor para todos. Ter mais escolhas é vital", afirmou.

Fonte: G1 - Ciência e Saúde

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Em vídeo, libertários ingenuamente tentam convencer conservadores a ser mais livres.

Socialistas e conservadores: extremos que quase se tocam
Segue abaixo vídeo de libertários tentando convencer conservadores de que deveriam prestar a atenção às ideias libertárias, o que demonstra sua ingenuidade. Conservadores em geral são tão autoritários quanto a esquerda viúva do Muro de Berlim que eles tanto criticam por antidemocrática. 

O que conservadores entendem de liberalismo é meramente a parte econômica, do estado mínimo, defesa da propriedade privada, economia de mercado. E não advogam o estado mínimo por reconhecer racionalmente os perigos para a economia e a democracia que estados grandes apresentam. Sua defesa do estado mínimo se dá porque veem o Estado como um rival da família tradicional que, para eles, é   a única e verdadeira instituição ao redor da qual tudo e todos devem girar.

Do que o liberalismo tem de melhor, ou seja, a defesa da liberdade dos indivíduos frente às forças coercitivas do Estado e de outras instituições, não querem nem saber. São tão chegados a usar o Estado, para impor seus valores a todos, quanto qualquer socialista. Contundentes exemplos disso são a oposição que fazem à descriminação do aborto e das das drogas em geral, aos direitos dos homossexuais e até mesmo ao ambientalismo que, para eles não passa - genericamente - de coisa de ecochato. Você ter posição contrária a esses tópicos é um  direito; querer usar o Estado para impô-la a todos é outra coisa bem diferente.

Aliás, esquerdistas autoritários e conservadores são extremos que se tocam, o famoso efeito ferradura, farinhas do mesmo saco. Basta ver que aqui, no Brasil, eles xingam todo mundo que não concorda com eles, inclusive liberais e libertários, de socialistas, comunistas, esquerdistas, gayzistas, feminazis, enquanto suas contrapartes esquerdistas xingam todo o mundo, que igualmente não concorda com elas,  inclusive outros esquerdistas, de direitistas, reacionários, medievais, fascistas.

De qualquer forma, segue o vídeo dos libertários que - salvo milagre - prega no deserto, mas é interessante de se ouvir. Segue também o texto sobre o vídeo.  

Você é um conservador? Caso a resposta seja afirmativa, o professor Stephen Davies sugere que vale a pena levar em consideração as ideias libertárias. Por exemplo, conservadores tendem a preferir instituições que foram testadas e creditadas, e querem manter e valorizar o modo tradicional de vida atual. Eles também em geral acreditam em um código moral estabelecido. Entretanto, isso não implica que o governo deve impor todas essas coisas. Na verdade, a imposição de tradições e um código moral pelo governo acaba gerando um enfraquecimento desses valores.

Tradução e sincronização de Russ da Silva.
Revisão de Edmilson Frank.
Transcrição de Juliano Torres.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Em solidariedade aos hermanos: Fora CRISTINA!!! Não queremos ARGENZUELA!!!!

Cerca de 700.000 pessoas participam de manifestação
 contra Cristina Kirchner (Img: 25 segundos)
Fuera CRISTINA!!! no queremos ARGENZUELA!!!! 

Esta frase pode definir bem o espírito dos argentinos que participaram do chamado 8N, a grande manifestação do dia 8 de novembro contra o governo da tenebrosa Cristina Kirchner que vem tentando transformar a Argentina numa nova Venezuela (daí Argenzuela)! Segundo a imprensa regional, participaram cerca de 700.000 pessoas do panelaço em Buenos Aires, além de manifestações em outras províncias e mesmo de argentinos no exterior.

A sigla 8N foi criada para se contrapor ao dia 7D, 7 de dezembro, data que a facistóide governante argentina deu como prazo para que empresas de comunicação, como a rede Clarín, se desfaçam de várias de suas mídias, com a desculpa de assim evitar monopólios no setor (soa familiar, não?). É como se dona Dilma impusesse o mesmo à rede Globo até o próximo Natal. E que ninguém duvide não ser este o sonho de todo o petralha que se preze! Para 2013, o PT já ameaça com o retorno do tema do controle social da mídia, o que todo mundo sabe ser apenas desejo de censurar a imprensa para que não denuncie toda a patifaria sem conta do partido (quadrilha, melhor dizendo).

Respeito à Constituição, Kirchner tirana (Img: 25 segundos)
No caso argentino, fora os ataques à imprensa, a tenebrosa Kirchner ainda está detonando a economia do país, com a inflação nas alturas e a corrupção e a insegurança grassando (quadro típico do esgarçamento das instituições). Como se não bastasse, a proto-ditadora ainda ameaça mudar a constituição para poder se reeleger e ter mais um mandato, depois outro, outro. Enfim, o modelo chavista, bolivariano, Foro de São Paulo.

Segue vídeo do Clarín e do site de Veja sobre as manifestações de ontem no país vizinho (acessar outros vídeos aqui). Que elas consigam refrear a escalada autoritária da famigerada Cristina, e seu bom exemplo se reflita em toda a América Latina. Até rimou!

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Apoie o projeto de lei que reivindica o voto impresso

Voto impresso como no Japão
Divulgando o projeto de iniciativa popular do Movimento Voto Transparente que altera, acrescenta e revoga dispositivos da Lei nº 9.504, de 30 setembro 1997, para atualizar o artigo 5º da lei 12.034 de 2009, com vistas à regulamentação do uso e da fiscalização voto eletrônico nas eleições.

Segue o texto de divulgação do projeto e links para o mesmo e para o site onde você poderá participar do abaixo-assinado:

Brasileira/ Brasileiro,

"Se a Urna Eletrônica não imprimir, o seu voto pode sumir!" 

Assine, portanto, o abaixo-assinado de apoio ao Projeto de Lei de Iniciativa Popular, que busca ELEIÇÕES LIMPAS com voto eletrônico e impresso, seguro, transparente e confiável, ao ponto de permitir a conferência do voto eletrônico com a cópia impressa, recontagem dos votos, auditagem independente da apuração e fiscalização externa.

Acesse Voto Transparente, veja os vídeos, divulgue ao máximo e no momento oportuno, cobre urgência dos congressistas e das autoridades empenhadas no processo eleitoral brasileiro. 

terça-feira, 6 de novembro de 2012

FHC: PSDB liberal na economia, social-democrata nas políticas públicas e progressista nos costumes


Fernando Henrique "ouvindo" meu clamores contra o oportunismo de conservadores e os ataques dos petralhas, escreve mais um de seus textos lúcidos e afinados. Destaco o seguinte trecho:

Carlos Mello, em artigo publicado neste jornal, afirmou que o PSDB era originariamente "liberal na economia, social-democrata nas políticas públicas e progressista nos costumes". Essa poderia continuar a ser a mensagem do partido, desde que se acrescente ao liberalismo econômico o contrapeso de um Estado atuante nas agências reguladoras e capaz de preservar instituições-chave para o desenvolvimento, como a Petrobrás e os bancos públicos, sem chafurdar no clientelismo e na confusão entre público e privado. O progressismo nos costumes implica a defesa da igualdade de gênero, o apoio às medidas racionais de compensação social e racial, bem como políticas modernas de controle da violência e das drogas que não joguem as populações pobres contra os governos. Sem esquecer que o crescimento do produto interno bruto (PIB) só é satisfatório quando respeita o meio ambiente e beneficia a maioria da população.

Hora de Balanço

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO - SOCIÓLOGO, FOI PRESIDENTE DA REPÚBLICA - O Estado de S.Paulo

As eleições municipais foram um prato cheio para análises, avaliações, distorções e apostas. Os resultados eleitorais foram muito dispersos. Dão margem para tudo: ganhou o PT, pois levou São Paulo; perderam Lula e o PT, pois no Norte e no Nordeste o PSDB e o DEM ganharam várias capitais e cidades importantes. Ou ainda: o PSDB foi "dizimado" no Sudeste. Ao que replicam os oposicionistas: quem perdeu foi Lula, derrotado em Salvador, Campinas, Manaus, Fortaleza, etc.

Se o PSDB era um partido "do Sudeste", expandiu-se no Norte e no Nordeste. O próprio DEM, candidato à extinção, segundo muitos, derrotou o lulopetismo em Salvador, Aracaju e Mossoró. Juntos, PSDB e DEM levaram 7 das 15 maiores cidades da região: no bunker petista das eleições presidenciais a oposição encontra agora fortes bases de apoio. O mesmo se diga sobre o Norte.

As avaliações sobre quem venceu podem ser discutidas a partir de vários critérios: número de prefeituras - o PMDB manteve a dianteira com cerca de mil, o PSDB tem 698 e o PT, 636 -, número de votos obtidos, etc. Há, entretanto, dificuldades para uma avaliação objetiva. Por exemplo, em Belo Horizonte ganhou o PSB, aliado ao PSDB. Mas os votos são dos socialistas ou do PSDB de Aécio Neves? O mesmo se diga de Campinas. Bastaria mudar o cômputo dessas duas cidades para alterar a posição relativa dos partidos no rol dos vencedores.

O PT pode se gabar de haver ganho São Paulo. Mas deve reconhecer que seu avanço no País foi tímido para quem queria obter mil prefeituras e detém as rédeas do poder federal e as chaves do cofre. Manteve 16 prefeituras nas cidades com mais de 200 mil habitantes, ante as agora 15 do PSDB, que antes tinha apenas 10. O PMDB, sem vitórias expressivas fora do Rio de Janeiro, guardou, contudo, uma rede importante de prefeituras: nas cidades com mais de 100 mil habitantes ganhou em 45, ficando o PSDB com 48 e o PT com 54. São esses os três partidos com maior capilaridade no eleitorado brasileiro. O PSDB manteve a posição sendo oposicionista e, portanto, com maior dificuldade para obter recursos financeiros e políticos.

O PSB teve dois êxitos significativos: derrotou o lulopetismo no Recife e em Fortaleza. Isso abre margens à especulação sobre suas possibilidades para as eleições presidenciais, com uma cisão no bloco que até agora apoia o governo Dilma Rousseff. A divisão dos eleitores continua sendo entre governistas e oposicionistas. Daí a peculiaridade da situação do PSB, que, governista, derrotou o partido hegemônico no governo, o PT. Prosseguirá nesse rumo? Difícil responder. Para ocupar posições polares num sistema organizado entre governo e oposição é preciso dispor de base social e rumo político. Se o PSB vier a disputar com chances de êxito as presidenciais, terá de ser identificado pelo eleitorado como diferente do lulopetismo, ainda que não oposto a ele. E terá de obter apoio em amplos setores sociais em função dessas diferenças. Uma coisa é ganhar votos nas eleições municipais e outra, nas federais.

A consideração vale para o PSDB. Apesar das críticas de que o partido não faz oposição vigorosa, conseguiu se manter como seu carro-chefe. Em São Paulo ganhou 176 prefeituras, ante 67 do PT. E mesmo na capital, arrastando o desgaste da administração local, obteve 40% dos votos. Elegeu candidatos de nova geração, como os prefeitos de Botucatu, João Cury, de Americana, Diego de Nadai, e de Votuporanga, Junior Marão, com votações muito expressivas. Em Maceió, Rui Palmeira venceu no primeiro turno. Em Blumenau, Napoleão Bernardes ganhou no segundo, assim como, em Pelotas, Eduardo Leite. Mariana Carvalho, em Porto Velho, sem se eleger, teve boa votação. O PSDB renovou os quadros, mas não fez o erro de dispensar os mais experientes: Arthur Virgílio, em Manaus, Firmino Filho, em Teresina, ou, para mencionar um entre os veteranos paulistas, o prefeito de Sorocaba, Antonio Carlos Pannunzio, são exemplos disso.

Ser jovem não assegura ser portador de mensagem renovadora e tê-la é a questão estratégica central. Carlos Mello, em artigo publicado neste jornal, afirmou que o PSDB era originariamente "liberal na economia, social-democrata nas políticas públicas e progressista nos costumes". Essa poderia continuar a ser a mensagem do partido, desde que se acrescente ao liberalismo econômico o contrapeso de um Estado atuante nas agências reguladoras e capaz de preservar instituições-chave para o desenvolvimento, como a Petrobrás e os bancos públicos, sem chafurdar no clientelismo e na confusão entre público e privado. O progressismo nos costumes implica a defesa da igualdade de gênero, o apoio às medidas racionais de compensação social e racial, bem como políticas modernas de controle da violência e das drogas que não joguem as populações pobres contra os governos. Sem esquecer que o crescimento do produto interno bruto (PIB) só é satisfatório quando respeita o meio ambiente e beneficia a maioria da população.

Renovar implica comunicar-se melhor, usando linguagem contemporânea nas mídias televisivas e eletrônicas. Mas não basta a pregação durante o período eleitoral. É preciso a reiteração cotidiana das crenças e dos valores partidários, para reagir à tentativa dos adversários de estigmatizar o PSDB como o partido "dos ricos", privatista a qualquer custo e arrogante. Perguntem aos pobres de Maceió, Teresina, Belém ou Manaus em que partido votaram e verão que a identificação com os partidos se dá mais pela mensagem e pelas características de quem a proclama e a quem se dirige do que por classificações abstratas de segmentos sociais. Sem deixar de ser um partido modernizador, o PSDB, como escrevi tantas vezes, deve se dirigir aos mais pobres, mas também às classes médias, tanto às antigas como às camadas que aumentaram a renda, mas ainda não têm identificação social própria.

É esse o caminho para êxitos futuros.

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