8 de Março:

A origem revisitada do Dia Internacional da Mulher

Mulheres samurais

no Japão medieval

Quando Deus era mulher:

sociedades mais pacíficas e participativas

Aserá,

a esposa de Deus que foi apagada da História

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Katyn, filme que demonstra como nazistas e comunistas tinham coisas em comum

Loja de Brasília vende camiseta com referência à invasão da Polônia
por nazistas e comunistas
Certas coincidências são realmente intrigantes. Estava para escrever sobre o filme Katyn, que posto abaixo com legendas em espanhol, mas acabei adiando o momento de fazê-lo até que esta semana dois episódios me impulsionaram a abordá-lo de vez.

O primeiro se refere a um texto intitulado Foi-se o Martelo, do Eurípedes Alcântara, sobre o historiador Eric Hobsbawm, recentemente falecido, e sua devoção ao comunismo. Neste texto, imperdível, o autor lembra da invasão da Polônia, em 1939, pelos nazistas e comunistas, e o Massacre da Floresta de Katyn, pelo exército soviético, a mando de Stálin, quando 20.000 oficiais poloneses foram mortos com tiros de pistola ou por estrangulamento. 

Detalhe da camiseta com o logo do Mal
O segundo é relativo a uma notícia sobre a venda de uma camiseta (vejam a foto inteira e no detalhe), numa loja de Shopping em Brasília, estampada com logo ostentando os símbolos nazista e comunista em referência à invasão da Polônia (Poland, 1939). A camiseta virou notícia por causa do símbolo nazista cuja exibição, por qualquer via, é considerada crime. Entretanto, na notícia, não há qualquer crítica ao maléfico símbolo do comunismo (a foice e o martelo), bem mais assassino do que seu irmão nazista. Pelo contrário, temos inclusive que aturá-lo em sigla de partido brasileiro, como se fosse coisa natural e não um insulto à humanidade. De qualquer forma, esse logo aparece na camiseta porque ela faz parte de uma Polo Collection World War (Coleção Polo Segunda Guerra Mundial), época em que a pobre Polônia foi invadida pelos dois monstros genocidas do século passado a um só tempo. Desgraça pouca é bobagem.

O fato é que Hitler e Stálin haviam assinado o infame tratado Molotov-Ribbentrop, em 23 de agosto de 1939, supostamente de não-agressão, mas de fato de cooperação entre os dois regimes totalitários com vistas a repartir a Europa, após a ocupação e destruição das democracias liberais. Em seguida, em setembro, primeiro os nazistas, depois os comunistas invadiram a Polônia e fizeram um monte de barbaridades no país, entre os quais se destaca o Massacre da Floresta de Katyn. Vale lembrar que o dia 23 de agosto foi recentemente reconhecido, na Europa,  como Dia da Memória das Vítimas de todos os regimes autoritários e totalitários. Vale também sempre rever a análise do cientista político francês Alain Besançon sobre as razões pelas quais as barbáries cometidas pelo comunismo são tão pouco conhecidas. 

Entre essas razões, ressalta-se o fato de que o nazismo perdeu a guerra enquanto a URSS posou inclusive de aliada, no fim das contas, para a derrota de Hitler. E como diz o velho ditado, a história é escrita pelo vencedor. Como Hitler pirou de vez e resolveu atacar inclusive seu até então amigo Stálin (em junho de 1941), não restou ao sanguinário comunista outra opção que não defender-se e se unir aos inimigos do seu inimigo. Depois, tratou de reescrever a história ao sabor de seus interesses, pondo a culpa de muitas de suas atrocidades nas costas dos ex-colegas nazistas.

O caso do Massacre da Floresta de Katyn foi um desses episódios em que os soviéticos culparam os nazistas por um crime que de fato eles próprios cometeram. Mas como tem gente que nunca esquece, em 2007, o diretor polonês Andrzej Wajda , trouxe à luz a verdade sobre esse evento trágico para seu povo e para sua própria família, já que perdeu o pai no massacre.

Para uma análise do filme Katyn propriamente dito, resgatei uma resenha da Isabela Boscov, para a Veja de 8 de abril de 2009. Depois é conferir o filme e divulgar esta postagem como um serviço de utilidade pública a todas as democracias, pois, como diz a Isabela, e vide a "reeleição" de Hugo Chávez, o filme fala de "uma calamidade que o presente está longe de erradicar – a dos regimes ditatoriais e como - eles desfiguram não uma liberdade abstrata e sim cada indivíduo, até seu âmago."  

Em Katyn, Andrzej Wajda reabre uma ferida que ainda hoje dói nos poloneses:
o massacre de 20.000 oficiais pelos soviéticos, em 1940.
Mas por que só um octogenário se interessou em tratar dela?

Sob a névoa da guerra

por Isabela Boscov

Na primeira cena de Katyn (Polônia, 2007), já em cartaz no Rio de Janeiro e com estreia prevista para esta sexta-feira também em São Paulo, dois grupos de refugiados encontram-se no meio de uma ponte, em algum lugar da Polônia. Parte deles vem do oeste, fugindo dos invasores nazistas, enquanto a outra parte vem do leste, tentando escapar dos invasores soviéticos. Ou seja: chegou-se ao ponto onde não há mais saída – e essa é a imagem ao mesmo tempo literal e metafórica da terrível má sorte que desabou sobre os poloneses em 1939.

Imprensada pela geografia entre os dois regimes totalitários mais cruéis do período, a Polônia virou um palco para as piores tensões da II Guerra. Sua invasão pelos nazistas foi, primeiro, o estopim do conflito. Depois, enquanto o farsesco pacto de não agressão entre Adolf Hitler e Josef Stalin vigorou, o país se viu repartido entre dois exércitos de nacionalidades e métodos diferentes, mas objetivos idênticos – quebrar a espinha do ocupado e ensaiar as práticas expansionistas que logo estenderiam pelo mundo. Finalmente, quando ficou claro que nenhum acordo poderia conter o choque entre as ambições de Hitler e Stalin, o país passou a ser sistematicamente eviscerado pelos dois adversários.

Um episódio central simboliza esse processo: em abril de 1940, os soviéticos fuzilaram cerca de12.000 oficiais poloneses na floresta de Katyn. Contando-se os fuzilamentos em outros campos de prisioneiros, o total de assassinados chegou a 20.000. Muitos destes eram reservistas e atuavam como engenheiros, técnicos ou cientistas. Sem eles, calculava Stalin, seria muito mais difícil à Polônia reerguer-se (Hitler, por sua vez, já se havia incumbido do extermínio dos intelectuais poloneses). Em 1943, quando as valas comuns foram descobertas, os nazistas aproveitaram-se ao máximo delas para propaganda antissoviética. Em menos de dois anos, porém, a Alemanha foi derrotada, e a Polônia caiu na órbita da União Soviética – a qual reescreveu a história, atribuindo o massacre de Katyn aos nazistas e alardeando-se de ser a verdadeira esperança dos poloneses. A Polônia inteira sabia tratar-se de uma mentira; mas quem o dissesse enfrentaria tortura, exílio ou morte. Eis, então, como uma nação foi refundada sobre uma farsa.

Essa é a história que o grande diretor polonês Andrzej Wajda conta, pela primeira vez na história do cinema de seu país, em Katyn. O pai de Wajda foi uma das vítimas do massacre, e durante anos sua mulher e filho aguardaram que ele voltasse. Quando souberam de sua morte, mal puderam cumprir o luto. Logo, como todos os outros parentes dos fuzilados, tiveram de assumir a falsidade. O massacre e sua subsequente dissimulação feriram a Polônia até a alma: como Wajda mostra em seu filme, numa brilhante recriação não apenas do episódio, mas da dimensão emocional que ele adquiriu, o ocorrido em Katyn pisoteou a identidade dos poloneses, violentou sua história e anulou, por décadas, sua esperança de um futuro livre. Se esse futuro não tivesse afinal se concretizado,Katyn não poderia existir, claro.

Mas é intrigante que só Wajda, que acaba de completar 83 anos, tenha se ocupado de reabrir essa ferida para começar a arejá-la. Intrigante, mas também sintomático: Wajda é um dos remanescentes de uma fraternidade de diretores que, iniciando a carreira entre o fim da II Guerra e a década de 70, imaginou o cinema não apenas como espetáculo – aspecto que a maioria deles nunca menosprezou –, mas também como um novo fórum, de alcance e apelo sem precedentes.

Federico Fellini, Michelangelo Antonioni, Bernardo Bertolucci, Luchino Visconti, Ingmar Bergman, Akira Kurosawa, François Truffaut, Louis Malle, Martin Scorsese, Francis Ford Coppola e Stanley Kubrick, para ficar apenas nos nomes mais óbvios, foram alguns dos expoentes desse grupo que Wajda integra desde sua estreia, na década de 50, com a "Trilogia da Guerra", formada por Geração,Kanal e Cinzas e Diamantes.

Nem todos os diretores surgidos nesse período de transformação se dedicaram a temas políticos ou ideológicos, como Wajda quase sempre continuou a fazer. De sexo a relações humanas, de identidade cultural a filosofia, todas as grandes questões encontraram um espaço nesse fórum. A base comum para esses cineastas e os filmes que eles produziram, porém, é clara: o espírito inquisitivo e a aspiração de intervir em seu tempo. Esse é o espírito que abriu para eles um lugar não apenas na história do cinema, mas no cânone cultural contemporâneo. E esse é também o espírito que move Wajda a dissipar a névoa da guerra em Katyn. Se não se trabalhar para encontrar no passado seu sentido verdadeiro, argumenta o filme, tudo o que repousa sobre ele será também em alguma medida uma falsificação.

O mais triste em Katyn é quanto ele é solitário em sua ambição. Outros veteranos como Wajda continuam a fazer um cinema de busca e indagação, a exemplo de Clint Eastwood e Werner Herzog. Mas, nas fileiras de diretores que despontaram a partir da década de 80, os casos de inquietude intelectual são escassos – Pedro Almodóvar, na Espanha; Paul Thomas Anderson, de Sangue Negro, nos Estados Unidos; Cristian Mungiu, de 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias, na Romênia; Florian Henckel von Donnersmarck, de A Vida dos Outros, na Alemanha. Wajda, que não é nenhum esnobe – uma de suas críticas ao cinema europeu é que ele em geral se recusa a aprender com o americano como conduzir a emoção da plateia –, tem uma teoria sobre o problema. "Certa vez, perguntei a Kurosawa como ele conseguira interpretar Macbeth, de Shakespeare, de maneira tão profunda e acurada em Trono Manchado de Sangue", contou o polonês em uma entrevista recente à revista Sight & Sound. "‘Senhor Wajda, tive uma educação clássica em Tóquio’, ele me respondeu. Bergman e Fellini também tinham esse tipo de formação – assim como muitos de seus espectadores. Hoje, as escolas não ensinam mais esses valores."

Se o diagnóstico de Wajda estiver correto, portanto, não são o cinema ou os cineastas que estão menores. É a própria cultura que está perdendo seu sentido de continuidade e acumulação e, assim, se apequenando. O cinema, afinal, não depende só de quem o faz para provocar impacto: depende igualmente de quem o vê. Katyn prova que essa contração não é necessária. O filme de Wajda tem uma experiência fundamental a transmitir sobre uma calamidade que o presente está longe de erradicar – a dos regimes ditatoriais e como - eles desfiguram não uma liberdade abstrata e sim cada indivíduo, até seu âmago. Mas ele a transmite com arte, e espetáculo, e emoção.

Fonte: Revista Veja, 8 de abril de 2009

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sábado, 6 de outubro de 2012

Em dois países, Venezuela e Brasil, vota-se pela democracia amanhã

Voto corrupticida
Amanhã temos eleições e precisamos votar pela democracia. Chega a ser paradoxal dizer que é preciso votar pela democracia sendo o sistema eleitoral - supostamente - uma prova de que um país tem regime democrático. 

Entretanto, os autoritários sempre inventam uma forma de tentar destruir essa senhora tão importante e tão criticada. Especialmente, os de esquerda, nos últimos tempos, decidiram substituir a luta armada, para a chegada ao poder, pela via das urnas. Então, uma vez alojados no Estado, começam a corroer as instituições democráticas a fim de se perpetuar nos governos e irem instalando sua "revolução".  É a chamada revolução-cupim: chegam aparentado ser simples insetos voadores, esvoaçando em torno das lâmpadas, de repente perdem as asas, instalam-se no madeirame ou no concreto das casas e só dão sinais de sua obra quando já roeram um bocado da estrutura do imóvel. Aí, para salvar a casa, só chamando uma boa agência descupinizadora.

No caso das eleições, esse efeito inseticida (ou corrupticida) se dá pelo voto consciente fruto de gente que se interessa por política e sabe do que rola em seu país, na região onde seu país se situa, no mundo em geral. O Brasil começa a dar passos no sentido de descupinizar a política brasileira com políticos corruptos sendo punidos, em vários níveis, destacando o julgamento do mensalão. Vamos colaborar com essa nova consciência não votando em corruptos amanhã e, sobretudo, não votando em Russomano nem no PT que, além de corrupto, é francamente autoritário.

Por outro lado, em nossa região, na Venezuela, amanhã também ocorrerá uma eleição para lá de importante pela presidência do país, onde o candidato da oposição, Hugo Capriles, tem condições de vencer o caudilho Hugo Chávez, há 14 anos no poder, e tirar a nação das garras do Foro de São Paulo, organização de esquerdistas autoritários que ameaça todo o continente. Nesse caso, só podemos torcer e mandar energias positivas para que os venezuelanos consigam derrubar o tiranete Chávez do poder.

Exemplificando, segue abaixo notícia sobre a possível vitória de Capriles e trecho do editorial do Estado de São Paulo sobre o voto consciente. Segue também animação muito bem feita, a partir dos quadrinhos do Angeli, sobre a história do mensalão. E bom voto amanhã! Eu vou de 45!

"A ironia é que um ingrediente importante dessa salada eleitoral foi introduzido pelo próprio Lula, ao estimular o crescimento do PRB de Russomanno e da Igreja Universal. O modelo lulista, que inclui abraçar Paulo Maluf e o bispo Edir Macedo, aposta na confusão ideológica, levando ao esvaziamento da política e abrindo caminho ao mais raso dos populismos.


Amanhã estará nas mãos do eleitor paulistano, portanto, o poder de impedir que tal situação prospere. É na cabine de votação que os cidadãos interessados em abortar o arrivismo político, representado por Russomanno, e o aparelhamento do Estado a serviço de um partido e de seu projeto hegemônico, como pretende fazer o lulismo em São Paulo, poderão exercer o enorme poder que a democracia lhes confere." (ESP)


Torcendo pela Venezuela

Capriles lidera pesquisa na Venezuela; Chávez cai na intenção de votos

Caracas - O candidato à presidência da Venezuela Hugo Capriles aumentou sua liderança sobre o presidente Hugo Chávez, que tenta a reeleição, na mais recente pesquisa de intenção de voto do instituto Consultores 21, divulgada nesta sexta-feira. Capriles tem apoio de 51,8% dos eleitores e Chávez caiu para 47,2%. A margem de erro é de 2,58%.
Os venezuelanos vão às urnas no domingo, dia 7. Após 14 anos no cargo, este será o maior desafio de Chávez. Ele prometeu ampliar sua "revolução socialista do século 21" e as políticas de estatização se conseguir outro mandato de seis anos. Sua campanha foi prejudicada durante 2012, quando passou por tratamento de câncer.
A pesquisa entrevistou 1,5 mil venezuelanos entre 27 de setembro e 02 de outubro. O último levantamento do Consultores 21, divulgado em setembro, mostrava Capriles com 48,9% das intenções de voto e Chávez com 45,7%. A arena política da Venezuela continua polarizada e alguns críticos questionam a validade das pesquisas.
A quinta-feira foi o último dia de campanha eleitoral. Chávez e Capriles passaram a semana percorrendo a Venezuela, visitando às vezes dois Estados no mesmo dia e pedindo aos eleitores que compareçam às urnas no domingo.

Fonte: D24am.com

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Inferno astral petralha

Apesar do Livrandowski e sua enorme cara de pau, a maré não está mesmo para petralhas. Que ótimo! O que é ruim para eles é bom para o Brasil. Fora o julgamento do mensalão, que transformou o Ministro Joaquim Barbosa em herói nacional, pela contundência de seu discurso condenatório do maior esquema de desvio de recursos públicos de que se tem história no país, a bruxa, ou a justiça, parece andar a solta entre as hostes petistas. 

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), quando prefeito de Nova Iguaçu (RJ) manteve sem licitação um contrato com uma empresa de manutenção elétrica, e agora foi condenado por improbidade administrativa. Se a decisão for mantida, além de multa de R$ 200 mil, Lindbergh perderá os direitos políticos, por cinco anos, e não poderá concorrer ao governo do Rio, em 2014, como tanto queria.

Em  Parauapebas (PA), na última terça-feira, a Justiça Eleitoral apreendeu  R$ 1,134 milhão a serem entregues a Alex Pamplona Ohana, ex-secretário de Saúde do município e apontado como coordenador da campanha do candidato José das Dores Couto, conhecido como "Coutinho do PT". O delegado da Polícia Federal de Marabá, Antonio José Silva Carvalho suspeita que o dinheiro seria usado para compra de votos em Parauapebas. Caso se confirme a suspeita, os envolvidos serão processados por formação de quadrilha. Soa familiar, não?

Fora que o desempenho dos candidatos petistas anda meio sofrível Brasil afora. Mas eles não perdem a pose nem o cinismo. Continuam negando o mensalão (de fato, os juízes é que se venderam para a direita, as elites, blá-blá) e atacando, da forma mais baixa e racista possível, o Ministro Joaquim Barbosa  por sua independência. Queriam um negrinho, agradecido pelo posto dado e obediente aos que o indicaram, e se depararam com um juiz de verdade, analisando os autos. Aí a baba racista passou a escorrer entre os dentes das feras enraivecidas, revelando-lhes não só a verdadeira fuça mas também a completa incompreensão que têm da democracia, acostumados com a política dos cumpadres e das cumadres. É ler para crer os seguintes tuítes:

Joaquim Barbosa está parecendo aqueles negros que o dono da senzala escolhia para surrar os próprios negros no pelourinho.

Coronel Gilmar Mendes e seu capitão do mato, Joaquim Barbosa.

Age como um capitão do mato, quem vê o debate na TV Justiça, vê claramente a postura, se acha um popstar...

Joaquim Barbosa é um capitão do mato da Casa Grande. Ilude-se achando que os coronéis o aceitam como um dos seus.

Covarde. Negro alçado a ministro graças a Lula e aos ventos democráticos e que se vende para a direita? Calhorda. 

Joaquim Brabosa é um negro vadio que só está lá por causa do Lula, A dilma devia tirar ele de lá e meter ele na cadeia.

Apesar de Joaquim Barbosa, eu sempre defenderei as cotas raciais.

O Ministro de Ébano teria que ser interpelado seriamente por um de seus pares a fim de declarar-se suspeito, tamanho o ódio que destila.

E aí a gente faz aquela pergunta que não quer calar. Onde está o movimento negro que - até onde sei - não se manifestou contra tantos insultos racistas proferidos pela esgotoesfera petista? Mais preocupado em censurar obras passadas de Monteiro Lobato do que as falas presentes de seus cumpanheros petralhas!? Vergonha alheia tão grande que estou da cor do tomate.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Ótimo texto de Pereira Coutinho: Caminhando com Ferreira Gullar

O cientista-social português João Pereira Coutinho é um dos poucos conservadores que, em geral, consigo ler com gosto e, inclusive, com quem consigo concordar algumas vezes. Seus congêneres brasileiros são, em geral, reacionários demais para o meu gosto.  No texto abaixo, Coutinho vai além do flaflu direita x esquerda e afirma, comentando a entrevista de Ferreira Gullar à VEJA:

A entrevista é sobretudo uma lição de política só possível em alguém que, permanecendo à esquerda no que a esquerda tem de melhor (uma insubordinação instintiva perante abusos ou privilégios injustificáveis), aprendeu e refletiu com a experiência histórica. (....)

Ferreira Gullar não alinha em farsas. O capitalismo tem páginas abomináveis de miséria e exploração, sobretudo nas incipientes sociedades industriais do século 19? (....)
 
Fato: sem freios éticos ou legais, o capitalismo é destrutivo e autodestrutivo. Mas quando existem esses freios, e nenhum liberal clássico prescinde deles (Adam Smith, antes de escrever "A Riqueza das Nações", escreveu primeiro a sua "Teoria dos Sentimentos Morais", base ética de qualquer sociedade civilizada), não há outra forma, historicamente comprovada, de gerar riqueza.

Destaco esse trecho, mas todo o artigo é muito bom. Vale a pena a leitura!

Caminhando com Ferreira Gullar

Viajo para Londres. Na mala, algumas revistas para ler nas duas horas de voo. Tiro a primeira. Folheio as páginas iniciais. Encontro Ferreira Gullar em entrevista à "Veja". O dia está ganho.

Sobre o poeta, não vale a pena dizer o óbvio: depois da morte do lusitano Mário Cesariny (1923-2006), Ferreira Gullar é o único poeta de língua portuguesa que merece a honraria do Nobel.
Embora, atendendo às anedotas recentes da academia sueca (Elfriede Jelinek, Herta Müller etc.), talvez seja mais correto dizer que é o Nobel que precisa do prestígio de Gullar.

Mas a entrevista é sobretudo uma lição de política só possível em alguém que, permanecendo à esquerda no que a esquerda tem de melhor (uma insubordinação instintiva perante abusos ou privilégios injustificáveis), aprendeu e refletiu com a experiência histórica.

"Quando ser de esquerda dava cadeia, ninguém era. Agora que dá prêmio, todo mundo é", diz o poeta. Eis o "espírito do tempo", feito de oportunismo e farsa ideológica.

Ferreira Gullar não alinha em farsas. O capitalismo tem páginas abomináveis de miséria e exploração, sobretudo nas incipientes sociedades industriais do século 19? Sem dúvida --e ler Charles Dickens é, nesse quesito, mais relevante do que ler Marx, que nunca pôs os pés numa fábrica e tinha Engels para sustentá-lo.

Mas o capitalismo, apesar de tudo, "é forte porque é instintivo", diz o poeta. Em apenas uma frase, Gullar resume o que Adam Smith escreveu em dois volumes, 250 anos atrás.

Existe nos seres humanos um desejo natural para "melhorarem a sua condição", escrevia o filósofo escocês. E essa melhoria material só se consegue quando o açougueiro, o cervejeiro e o padeiro perseguem o seu próprio interesse, negociando os seus produtos e procurando aumentar os seus lucros.

Fato: sem freios éticos ou legais, o capitalismo é destrutivo e autodestrutivo. Mas quando existem esses freios, e nenhum liberal clássico prescinde deles (Adam Smith, antes de escrever "A Riqueza das Nações", escreveu primeiro a sua "Teoria dos Sentimentos Morais", base ética de qualquer sociedade civilizada), não há outra forma, historicamente comprovada, de gerar riqueza.

Claro que, para um marxista puro e duro, o capitalista nunca gera riqueza; ele explora quem trabalha e vive do suor alheio, de preferência fumando o seu charuto e brandindo o chicote. Raymond Aron, o mais incisivo crítico do marxismo que conheço, tem páginas notáveis onde desmonta essa dicotomia caricatural entre "capital" e "trabalho".

Ferreira Gullar prefere uma metáfora: "O empresário é um intelectual que, em vez de escrever poesias, monta empresas". E acrescenta, para os lentos de raciocínio: "A visão de que só um lado produz riqueza e o outro só explora é radical, sectária, primária".

Finalmente, as lições da história: Ferreira Gullar não se limita a relembrar os crimes do "socialismo real", hoje uma evidência para qualquer pessoa com dois neurônios em funcionamento.

Ele deixa uma pergunta devastadora: quantos dos defensores de Cuba estariam dispostos a viver lá? Sim, a viver enjaulados em uma ilha de onde é difícil sair, onde publicar um livro implica uma permissão governamental --e onde a igualdade na miséria é a única igualdade que existe e resiste?

É um bom princípio de responsabilidade política: só defendermos regimes sob os quais estamos dispostos a viver. Todo resto é pose pornográfica.

Infelizmente, não sobra espaço para as meditações estéticas propriamente ditas. Mas Ferreira Gullar, relembrando a morte de um filho, deixa esta definição (meta) poética primorosa: "Os mortos veem o mundo pelos olhos dos vivos".

Nem mais: escrever é continuar essa revelação interminável do ainda não-dito, do ainda não-experimentado, como se o poeta fosse o elo presente de uma corrente interminável.

Ou, como o próprio Gullar escreveu nos seus velhinhos "Poemas Portugueses", que praticamente aprendi de cor: "Caminhos não há/ Mas os pés na grama/ os inventarão/ Aqui se inicia/ uma viagem clara/ para a encantação".

Caminhar com Ferreira Gullar tem sido, hoje e sempre, uma lição e um privilégio.

Fonte: Folha de São Paulo, 02/10/2012

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Divulgando Petição 33 razões para não votar em Celso Russomanno



Por que isto é importante?  33 razões para não votar no Celso Russomanno (e assinar/divulgar esta petição!) Link da petição ao final do texto.

 1) Você sabia que Celso Russomanno tentou derrubar o projeto Ficha Limpa, que proíbe a candidatura de políticos corruptos? Na votação dos destaques da proposta, Russomanno, juntamente com Paulo Maluf, votou para que fosse retirado do projeto o período em que um político se tornaria inelegível por compra de votos ou abuso de poder, o que desfiguraria o projeto e o tornaria praticamente nulo. Graças à pressão popular, a proposta de Russomanno e Maluf foi rejeitada pela maioria da Câmara. Após a derrota na tentativa de desfigurar a lei e beneficiar os políticos corruptos, Russomanno demagogicamente votou a favor do texto final que aprovou o projeto. A Lei Ficha Limpa foi aprovada graças à mobilização de milhões de brasileiros e se tornou um marco fundamental para a democracia e para a luta contra a corrupção e a impunidade no país. Trata-se de uma conquista de todos os brasileiros, que Russomanno tentou derrubar. Por que será? Veja mais informações: http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/camara-dribla-destaques-que-anulavam-ficha-limpa/ 

 2) Você sabia que Celso Russomanno apoia (publicamente inclusive, conforme vídeo citado logo abaixo) o projeto que Maluf criou para tentar impedir que o Ministério Público investigue os políticos corruptos? A Lei de Maluf apoiada por Russomanno prevê a criminalização, inclusive com pena de prisão, de promotores e procuradores. Paulo Maluf foi incluído na lista de procurados pela Interpol e pode ser preso se pisar em um dos 181 países que mantêm representação com a polícia internacional. Por que será que Russomanno quer, juntamente com Maluf, punir o Ministério Público por investigar políticos corruptos? Veja neste vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=RNYdR8X55lo 

3) Você sabia que Russomanno apresentou, como deputado, um projeto que aumenta a pena de quem caluniar políticos? Contra políticos que caluniam, Russomanno não apresentou nenhum projeto, mas votou contra o Ficha Limpa e foi favorável à lei de Paulo Maluf, para tentar calar o Ministério Público (Folha de S. Paulo – 26/07/2012). 

 4) Você sabia que Russomanno denuncia empresas com uma mão e mantém contratos com as concorrentes com a outra? Deu na Veja. Nas eleições de 1994, Russomanno se elegeu deputado federal usando e enganando os cidadãos humildes no seu programa Aqui Agora, onde denunciava empresas que não cumpriam suas obrigações com os clientes. Ao mesmo tempo ele mantinha contratos de publicidade com empresas concorrentes. Russomanno vendia blindagem para as empresas que não quisessem ser expostas em um programa de TV. (Revista Veja – 19/10/1994)

 5) Você sabia que, apesar de se apresentar como "um homem simples e do povo", Celso Russomanno é, na verdade, um grande empresário muito rico? É dono de quatro empresas, um instituto e uma rádio. Segundo dados declarados pelo próprio ao TSE, seu patrimônio é de mais de R$ 2 milhões de reais. 

6) Você sabia que, apesar de se apresentar como "um homem simples" que gosta de "andar no meio do povo", Russomanno é, na verdade, um homem muito rico, mas muito rico mesmo? Na sua declaração de bens à Justiça Eleitoral constam cinco casas: mansões no Morumbi, na praia, em Brasília, em Campos do Jordão, dois apartamentos em áreas nobres da cidade de São Paulo, sete carros (entre eles uma Mercedes Bens, uma Blazer e um Passat), uma lancha Pahton, uma moto Italiana Duccati e 22 bicicletas para pedalar nas horas vagas. 

7) Você sabia que Celso Russomanno sempre se apresentou como jornalista, mas na verdade o que ele sempre fez foram transações comerciais camufladas como se fossem entrevistas e reportagens? Veja o que disse à Folha de São Paulo a diretora comercial do Circuito Night and Day, programa em que Russomanno se apresentava como "repórter e jornalista": "Sobrevivemos de merchandising e matérias comerciais (…) começamos a entrevista com um bate-papo descontraído e só depois falamos da empresa ou do produto" (Folha de S. Paulo – 16/10/1994). 

8) Você sabia que, apesar de se apresentar como "advogado", Russomanno nunca passou no exame da Ordem dos Advogados do Brasil? O candidato é bacharel em Direito pelas Faculdades Integradas de Guarulhos, mas não é advogado uma vez que ele não passou no exame da OAB para obter o registro que autoriza o exercício da profissão. Segundo a OAB, Russomanno está infringindo as normas da Lei 8.906/94 e o exercício ilegal da profissão é crime tipificado no Código Penal. (Consultor Jurídico – 13/08/1988). Veja mais no link abaixo: http://www.conjur.com.br/1998-ago-13/entidade_mover_acao_deputado_stf 


9) Você sabia que a OAB processou Russomanno por advogar ilegalmente? (O Estado de S. Paulo – 21/08/1998) 

10) Você sabia que Russomanno também foi denunciado na OAB pela prática ilegal de aliciamento de clientes? Na queixa apresentada pela 86ª subseção da OAB de Itapecerica da Serra (SP), além do exercício ilegal da profissão de advogado Russomanno foi denunciado por prática de aliciamento de clientes. A denúncia foi motivada por anúncios do Plantão Jurídico veiculado pela TV. Russomanno mantinha o serviço Plantão Jurídico pelo sistema 0900, em que oferecia pelo telefone uma "orientação dos seus direitos" (conforme dizia a gravação que atendia as ligações com a voz do candidato). O serviço custava R$ 3,95 por minuto. Russomanno reconheceu que o Plantão Jurídico (0900-112.222) foi criado com o objetivo de levantar dinheiro para o Inadec (instituto que preside). Ainda que ele fosse advogado - o que não é -, Russomanno estaria errado porque a captação de clientes através de anúncio é ilegal, segundo a OAB. (Consultor Jurídico – 13/08/1988)

11) Você sabia que o vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (a mesma entidade que já denunciou Russomanno por exercício ilegal da profissão e aliciamento de clientes) é Luiz Flávio D’Urso, que também é vice da sua chapa a prefeito? Russomanno coliga-se assim justamente com um dos chefes da entidade que já o acusou de charlatanismo. Talvez por isso o caso tenha sido esquecido pela OAB… (Brasil 247 – 29/06/2012)

12) Você sabia que Russomanno virou réu no STF por falsidade ideológica após ter se candidatado a prefeito de Santo André, em 2000, sem nunca ter morado na cidade? Ele transferiu seu domicílio eleitoral por puro oportunismo, até que foi proibido pelo TRE de participar do horário eleitoral. Por causa deste episódio, Russomanno virou réu no STF, mas o processo foi direcionado para a primeira instância em razão dele ter perdido o foro especial de Deputado Federal que tinha em 2010. (Folha de S. Paulo – 29/09/2000) 

13) Você sabia que Russomanno já foi réu no STF por lesão corporal? Segundo denúncia do MPF, ussomanno teria desacatado e agredido um funcionário do Incor (Instituto do Coração) de São Paulo que estava no exercício de suas funções, além de ter danificado a porta do pronto-socorro. O incidente ocorreu no dia 23 de outubro de 2002. O Supremo Tribunal Federal recebeu do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo os autos do processo (INQ 1794) em que o então deputado federal Celso Russomanno respondia por lesão corporal dolosa contra Luiz Antônio Pessin, funcionário do Incor na época. (Folha Online – 01/03/2007)

14) Você sabia que Russomanno já foi acusado de suborno na CPI do Narcotráfico? Durante a CPI do Narcotráfico, ocorrida em 1999, o motorista Adilson Frederico Dias Luz acusou Russomanno, que era sub-relator da comissão, de suborno. O objetivo, segundo Adilson, era que ele acusasse o advogado de Campinas, Artur Eugênio Matias. O motorista afirma ter implicado o advogado em troca de sua liberdade. Na época a OAB-SP comunicou o fato às corregedorias do Tribunal de Justiça e do Ministério Público de São Paulo (Consultor Jurídico – 15/12/2009). 

15) Você sabia que Celso Russomanno foi denunciado no STF por peculato por pagar com dinheiro público uma funcionária particular? É o mesmo crime que está levando o mensaleiro João Paulo Cunha para a cadeia. Segundo o STF, ao indicar e manter Sandra de Jesus para ocupar cargo em comissão (secretária parlamentar) vinculado ao seu gabinete junto à Câmara dos Deputados, Celso Russomanno teria possibilitado o desvio de recursos públicos, uma vez que a servidora continuava a administrar e a gerir a empresa de Russomanno localizada em São Paulo. O ministro Cezar Peluso alegou na época: “Reconheceu-se a falsidade da rescisão contratual, uma vez que mesmo após ser demitida pela empresa foi mantida a relação de emprego com o dinheiro público”. (Portal Terra – 10/10/2008 e Folha de S. Paulo – 11/05/2005). 

16) Você sabia que Russomanno já defendeu na Câmara os interesses do seu sócio e maior doador de campanha, que foi condenado a cinco anos de prisão por crime contra a ordem tributária? Em 2004, ele apresentou à Comissão de Defesa do Consumidor, na Câmara dos Deputados, o requerimento de número 301, no qual pedia para que fossem investigadas denúncias sobre suposta concorrência desleal da Coca-Cola contra a Dolly. Depois de defendido por Russomanno, Laerte Codonho (dono da Dolly) tornou-se, além de seu sócio, o maior doador de campanha do ex-deputado federal na disputa ao governo paulista em 2010, além de ser patrocinador de um de seus programas de TV. Codonho foi condenado a cinco anos de prisão em regime semiaberto em novembro de 2011 por crime contra a ordem tributária. Em recente entrevista ao Estado de S. Paulo, Russomanno defendeu novamente Codonho afirmando que “ele é um grande brasileiro” e que tem “muito orgulho de ser seu sócio” (O Estado de S. Paulo – 30/07/2012). 

17) Você sabia que a agência de publicidade de Celso Russomanno, a AND Comunicação, está com os bens bloqueados por irregularidades na justiça? A agência está com os bens indisponíveis. O bloqueio, pedido pela Fazenda Nacional e autorizado pela Vara da Fazenda Pública de Diadema, tem como alvo o sócio de Russomanno (aquele mesmo que ele defendeu na Câmara), o empresário Laerte Codonho, que foi condenado a cinco anos de prisão. (O Estado de S. Paulo – 31/07/2012) 

18) Você sabia que Russomanno e seu sócio (aquele mesmo que foi condenado à prisão) mantinham um heliporto clandestino na Zona Norte de São Paulo? O mesmo local era usado como estúdio de gravação dos programas de Russomanno na empresa em que ele e Laerte Codonho (ele mesmo, o dono da Dolly) mantém. Na época, uma assessora de Russomanno ligou para a Subprefeitura da Casa Verde querendo explicações por terem retirado o heliporto. Mesmo clandestino, Russomanno acreditava ter o direito de ter um heliporto (Folha de S. Paulo – 28/12/2006). 

19) Você sabia que Russomanno, apesar de se apresentar como um “homem muito humilde”, humilha os mais simples na base do “você sabe com quem está falando”? Deu no Painel da Folha. Em 2006, Celso Russomanno bateu boca no estacionamento da Câmara com um taxista que obstruía a passagem de seu carro. Aos berros, o deputado destratou o motorista. Em seguida, chamou um segurança para deter o taxista, que já havia se desculpado. Quando o passageiro tentou acalmar Russomanno, o parlamentar disparou: “Não me chame de você! Sou deputado federal!” (Folha de S. Paulo – 07/09/2006). 

20) Você sabia que Celso Russomanno “sai no braço” com mulher? Segundo a Folha de S. Paulo, “Durante uma reunião do Partido Progressista, em 2008, em Brasília, os deputados Celso Russomanno e Aline Corrêa saíram no braço.” (Folha de S. Paulo – 02/07/2008). 

21) Você sabia que um funcionário do Metrô registrou boletim de ocorrência por lesões corporais e constrangimento ilegal contra Celso Russomanno? Vicente Gilmarino Neto, responsável pela estação Ana Rosa, disse que Russomanno o pegou pelo braço e lhe deu voz de prisão para obrigá-lo a dar explicações sobre uma pane num elevador (Folha de S. Paulo – 19/03/2012). 

22) Você sabia que Russomanno foi flagrado fazendo uma emenda parlamentar destinando R$ 1,1 milhão de dinheiro público para uma empresa dele próprio? O dinheiro iria para a entidade que ele preside, o Instituto Nacional de Defesa do Consumidor. Flagrado pela reportagem do Portal IG, Russomanno recuou e abortou a operação (IG – 08/12/2010). 

23) Você sabia que, durante 15 anos, Russomanno esteve lado a lado com Maluf? Ele fez a vida política ao lado de Maluf, que é seu padrinho e mentor. Ingrato, hoje ele o renega. Mas a verdade é que em 1979 conseguiu um cargo comissionado no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista (então ocupado por Paulo Maluf). “Ele levava e trazia papel para lá e para cá, era office-boy do Calim Eid”, contou Maluf (Revista Piauí). 

24) Você sabia que, depois de romper com Maluf, Russomanno se aliou à Igreja Universal do Reino de Deus? Após 15 anos ao lado de Paulo Maluf, o ex-deputado Celso Russomanno rompeu os laços com o padrinho e deixou o PP para se filiar ao PRB (sigla nanica controlada pela Igreja Universal). O apresentador de TV tem um perfil distante do estilo de vida pregado pelos evangélicos: namorou capas da Playboy e começou a carreira vendendo fitas com cenas picantes do carnaval. O plano da Universal para Russomanno é claro: usar sua popularidade para repetir em São Paulo seu sucesso no Rio com o senador Marcelo Crivella, reeleito em 2010. Profissionais vinculados à TV Record e à Universal participam ativamente do Programa Eleitoral de Celso Russomanno (Folha de S. Paulo 10 de dezembro de 2011). 

25) Você sabia que a família de Russomanno já viajou pelo mundo com passagens pagas com dinheiro público (o seu dinheiro)? Russomanno foi ativo participante do escândalo das passagens da Câmara. O candidato usou a cota parlamentar, de uso exclusivo do dono do cargo, para fornecer passagens aéreas enquanto deputado federal para levar a filha a Nova York e a mulher a Montevidéu. De acordo com relatório de passagens emitidas para o gabinete do ex-deputado, entre 2008 e 2009 foram emitidos 8 bilhetes de sua cota para familiares ou terceiros. Russomanno acha normal e alega não haver ilegalidade nem imoralidade em pagar pelas férias da família com dinheiro público. 

26) Você sabia que até mesmo o comitê da campanha de Russomanno está irregular? O comitê da campanha foi instalado em um casarão da Avenida Itacira, na zona sul da cidade, sem obter licença da prefeitura (Folha de São Paulo – 02/08/2012). 

27) Você sabia que, como deputado, Russomanno apresentou uma proposta defendendo porte de arma para todos os congressistas? Em 2010, a Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições doou (de R$ 1,7 milhão arrecadado) R$ 100 mil à sua campanha ao governo paulista (Folha de S. Paulo – 26/07/2012). 

28) Você sabia que Russomanno opera uma rádio sem autorização, e que a rádio funciona em Leme, no interior de São Paulo, mas a concessão pertence a uma empresa do Pará? Apesar de não possuir concessão do Ministério das Comunicações para exercer a radiodifusão, o candidato do PRB à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, opera ao menos desde 2011 uma rádio no interior do Estado. O candidato declarou à Justiça Eleitoral ser dono de empresa de rádio em Leme (SP) em sociedade com familiares, mas a concessão pertence a uma empresa de Cametá, cidade do interior do Pará. A Rede Brasil FM 101,1, que funciona no endereço da empresa de Russomanno, usa a concessão dada em novembro de 2010 à Amazônia Comunicações, que está registrada em nome de um médico de Cametá, João Batista Silva Nunes (Folha de S. Paulo). 

29) Você sabia que, por causa de uma reportagem sensacionalista feita por Russomanno no Aqui Agora, uma família humilde foi muito prejudicada? Deu na Folha de S. Paulo. Russomanno fez uma “reportagem” acusando o cachorro de uma família simples de ter matado o gato da vizinha. Ele nunca ouviu a versão da família e foi pessoalmente cobrar satisfações sobre uma suposta indenização que a família deveria dar à dona do gato morto. Um mês depois o Juizado Especial de Pequenas Causas concluiu que o cachorro não atacou a gata, já que a cadela estava em outro bairro. A família prejudicada sofreu uma série danos morais na vizinhança e entrou com processos contra o SBT (Folha de S. Paulo – 25/03/1994). 

30) Você sabia que, em 1994, Russomanno (então candidato a Deputado Federal) foi acusado de não ter honrado o contrato de compra da casa onde morava, uma bela mansão no Morumbi no valor de 300 mil dólares? Atualmente a mesma propriedade deve valer mais de R$ 5 milhões (Fonte: Revista Veja 19/10/1994). 

31) Você sabia que Russomanno constrangeu um homem em uma situação dramática por puro sensacionalismo? Durante o seu programa Aqui Agora, Russomanno filmou o resgate de homem que ficou preso nas ferragens do carro após um acidente. Por mais de 80 minutos ele e sua equipe atrapalharam os bombeiros e constrangeram o acidentado, que ficou seminu na frente das câmeras. Renato Lopes nunca autorizou o uso dessas imagens e, mesmo assim, elas foram exibidas no programa, trazendo constrangimentos e danos morais para a vítima (O Estado de S. Paulo – 25/03/1994). 

32) Você sabia que Russomanno utilizou a estrutura de seu gabinete em Brasília para distribuir convites e ajudar na divulgação do Miss Brasil? Russomanno levou, em 1998, as candidatas a Miss Brasil para passear por Brasília, e suspendeu uma sessão no Congresso para que os deputados pudessem cumprimentar todas as candidatas (O Estado de S. Paulo – 18/03/1998).

33) Você sabia que Russomanno tem poderes paranormais? A parte exótica de sua personalidade é destacada através dos seus autodeclarados dons exotéricos. Ele se diz parapsicólogo e hipnólogo. E emenda: “hipnotizo para fazer o bem, como ajudar as pessoas a parar de fumar” (Vejinha SP). Fonte: http://forarussomanno.tumblr.com Siga-nos: http://twitter.com/RussoNaoMano

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