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A origem revisitada do Dia Internacional da Mulher

Mulheres samurais

no Japão medieval

Quando Deus era mulher:

sociedades mais pacíficas e participativas

Aserá,

a esposa de Deus que foi apagada da História

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Clipping Legal: De Varsóvia a Havana

Demétrio Magnoli
Como de praxe, excelente texto de Demétrio Magnoli sobre Cuba e o futuro da esquerda latino-americana. Termina fazendo uma pergunta essencial também para nós, brasileiros, já que estamos às voltas com essa esquerda de que ele fala. Diz Magnoli: "A ilha caribenha marcha, numa aventura difícil e incerta, rumo a um capitalismo sem liberdades políticas. Seria esse o novo horizonte utópico da esquerda latino-americana?" E eu acrescento: "Será esse o nosso triste destino?"

Bento XVI pisou em Cuba mencionando ‘presos e familiares’, palavras nunca pronunciadas por Lula ou Dilma

O Papa não é o mesmo, a cidade é outra e os tempos mudaram, mas o paralelo é incontornável. Quando, em 1979, João Paulo II falou numa Varsóvia submersa no som dos sinos que repicavam, começou a acabar a história do comunismo europeu. Ontem, em Havana, Bento XVI falou aos cubanos, retomando os antigos temas da verdade, da liberdade de consciência, de fé e de expressão. Será esta a centelha do colapso de um comunismo caribenho que copiou os traços essenciais do sistema inventado na URSS de Stalin?

Não é a primeira visita papal a Cuba. João Paulo II falou em Havana, em 1998, iniciando uma ambígua aproximação entre a Igreja e o regime. De lá para cá, como explica a blogueira Yoani Sánchez, “podemos rezar em voz alta, mas criticar o governo continua a ser pecado, blasfêmia”. Há 14 anos, a sentença final do Papa foi sobre a liberdade do espírito. Será viável retalhar o princípio da liberdade em fatias, tolerando uma delas para conservar o veto às demais?

A interlocução entre a Igreja de Cuba e o governo dos Castro propiciou a libertação recente de dezenas de prisioneiros de consciência. Entretanto, na maioria dos casos, a liberdade foi reduzida a um “direito à deportação”, uma barganha que reforça a narrativa política do governo cubano. Dias atrás, o arcebispo de Havana permitiu a remoção de um grupo de dissidentes que se abrigara na Igreja da Caridade e publicou uma nota no jornal do Partido Comunista, escrita nos tons inconfundíveis do oficialismo. A liberdade de religião poderá florescer num edifício social erguido sobre o dogma do monopólio partidário da verdade?

Cuba é irrelevante, sob os pontos de vista da economia e da geopolítica globais. Contudo, é um teatro fundamental para o debate sobre o tema da liberdade. Os Castro reconheceram, literalmente, o fracasso do sistema cubano. Mas os muros da ilha caribenha continuam cobertos pela palavra de ordem apocalíptica que condensa a doutrina do poder: “Socialismo ou morte.” A disjunção lógica encontra uma solução dupla, nas esferas da política e da linguagem. Política: as reformas destinadas a criar uma economia mista, estimulando a iniciativa privada e emulando o “modelo chinês”. Linguagem: a produção de um novo significado para “socialismo”, que passa a designar exclusivamente o papel dirigente do Partido Comunista. Terá futuro um regime que admite fatias diversas de liberdade, mas rejeita de modo absoluto o exercício das liberdades políticas?

Na América Latina, onde o pensamento de esquerda tingiu-se de nacionalismo e antiamericanismo, um Muro de Berlim mental continua em pé. 

No universo da lógica, o reconhecimento oficial do fracasso do sistema traz implícita a admissão da falibilidade histórica do Partido Comunista. Disso, seguiria o corolário da abertura política, com a promoção de um debate nacional sobre as alternativas disponíveis de organização do poder e da economia. No entanto, paradoxalmente, Raúl Castro escolheu a última conferência partidária como ocasião para reiterar a regra de ouro do partido único, repetindo o argumento de que todas as demais correntes de pensamento representariam “interesses estrangeiros”. A tradição comunista identifica o Partido ao proletariado, uma classe social que seria portadora da chave do futuro. Os comunistas cubanos inovam, ao identificar o Partido à própria nação, uma proposição com consequências radicais. Seria realista imaginar a hipótese de uma abertura política conduzida por um regime que não distingue o dissidente do espião?

O destino de Cuba tem implicações decisivas para a esquerda latino-americana. Na Europa, as esquerdas aprenderam a lição da URSS e abraçaram o princípio da liberdade política. Na América Latina, onde o pensamento de esquerda tingiu-se de nacionalismo e antiamericanismo, um Muro de Berlim mental continua em pé. O teorema da “ditadura virtuosa”, que serve como álibi para a fidelidade ao regime castrista, reflete a alma dessa esquerda. “Por que insistir nas liberdades, se há saúde e educação?”, indagam quase todos os nossos “intelectuais progressistas”. O teorema está apoiado no material quebradiço de que são feitas as lendas. A Cuba pré-revolucionária, de Fulgêncio Batista, já exibia indicadores sociais invejáveis, enraizados nos padrões singulares de colonização da ilha caribenha. Mas a lenda deve ser preservada, pois forma a gramática de um precioso livro de memórias. Afinal, sem ela, o que fazer com a pilha incomensurável de artigos, ensaios e discursos consagrados à canonização do castrismo?

Às vésperas da visita de Bento XVI, a Comissão de Relações Exteriores do Senado brasileiro aprovou duas moções, que solicitam o fechamento da prisão de Guantánamo e o encerramento do embargo econômico americano a Cuba. Na mesma sessão, curvou-se à vontade de dois parlamentares, do PCdoB e do PSOL, rejeitando moções que pediam o indulto aos presos políticos remanescentes e a concessão de autorização de viagem a Yoani Sánchez. As moções aprovadas, como as rejeitadas, incidem sobre decisões políticas de Estados soberanos – mas, felizmente, ninguém se lembrou do argumento da soberania nacional para poupar os EUA da crítica justa. O critério dúplice usado pelos senadores espelha a duplicidade geral que contamina a esquerda brasileira, quando estão em jogo as liberdades e os direitos humanos. Mas como exigir coerência de princípios daqueles que ainda vivem à sombra de um Muro de Berlim ideológico?

Bento XVI pisou em solo cubano mencionando os “presos e seus familiares”, palavras simples que não foram pronunciadas nenhuma vez por Lula ou Dilma Rousseff. Cuba não é a Polônia de 1979. Ela não participa de um sistema internacional em colapso, nem dispõe da oportunidade de se incorporar a um sistema alternativo, próspero e democrático, constituído pela Europa Ocidental. A ilha caribenha marcha, numa aventura difícil e incerta, rumo a um capitalismo sem liberdades políticas. Seria esse o novo horizonte utópico da esquerda latino-americana?

Fonte: O Globo, 29/03/2012

sábado, 31 de março de 2012

Clipping legal: Revoguem a anistia (do mensalão)

Por que um é proibido e o outro não?

Revoguem a anistia (do mensalão)


Guilherme Fiuza, O GLOBO

As comemorações do golpe de 64 ganharam um alento este ano. O patético "parabéns pra você" no 31 de março, data inaugural da ditadura militar, andava quase inaudível na caserna, quando ganhou um reforço de peso. Dessa vez, o Brasil inteiro ouvirá os nostálgicos dos anos de chumbo - graças à ex-guerrilheira Dilma Rousseff.

No final dos anos 70, quando o regime autoritário chegava ao seu último capítulo, o general João Figueiredo assumiu a Presidência da República com um inesquecível brado "democrático": avisou que ia "prender e arrebentar" quem fosse contra a abertura política. Figueiredo fez escola. Na polêmica sobre a Comissão da Verdade, Dilma Rousseff botou para quebrar, em nome da democracia.

A presidente do governo popular mandou amordaçar militares da reserva que criticaram duas de suas ministras. As auxiliares de Dilma haviam defendido a revogação da Lei da Anistia - o pacto nacional para a saída da ditadura. Os militares contrariados publicaram um manifesto de repúdio no site do Clube Militar. Dilma mandou o Exército apagar o texto e enquadrou os militares como insubordinados. Quem for contra a Comissão da Verdade, ela prende e arrebenta (ou pelo menos censura).

Era o que faltava para ressuscitar as almas penadas leais ao golpe de 64. Autoritarismo é vitamina para elas. Mas ser a favor do regime militar também não pode. O governo de esquerda aceita o pensamento de direita, desde que ninguém o manifeste. A democracia popular tem dono: ame-a ou deixe-a.

Foi com esse espírito que um bando de militantes de partidos filiados ao poder central foi para a porta do Clube Militar, no Centro do Rio. Lá dentro ocorria uma homenagem ao movimento de março de 64. Do lado de fora, em defesa dos direitos humanos e da verdade, os manifestantes fecharam a Avenida Rio Branco na marra. Atiraram ovos contra seguranças do prédio, incendiaram cartazes e tentaram agredir militares que saíam do evento, provocando a reação da polícia que tentava protegê-los e transformando a Cinelândia em praça de guerra. Um show de democracia.

A Comissão da Verdade pretende investigar os crimes cometidos pela direita no poder. O país não pode mesmo dormir tranquilo sobre certos disparates, como a versão militar de que Vladimir Herzog se suicidou na cela do DOI-Codi. É um escárnio. O problema dessa revisão é que não se encontrará a verdade no passado sem saber onde ela anda no presente.

Hoje o Brasil é governado pela esquerda. E a esquerda combateu a ditadura, defendendo a democracia, a liberdade e os pobres. Como essa autoridade moral foi usada no poder? De várias formas - algumas delas não contabilizadas. Quando estourou o escândalo do mensalão, Delúbio Soares, então poderoso tesoureiro do PT, negou o flagrante com convicção: "É uma conspiração da direita contra o governo popular." O ex-guerrilheiro José Dirceu, apontado como chefe da quadrilha, caiu em desgraça, mas fez sua sucessora na Casa Civil: a "querida companheira de armas" Dilma Rousseff. Em meio às tramoias, a mística da resistência à ditadura estava intacta.

A virtude de mulher-coragem, ex-refém dos militares, levou Dilma longe. Candidata a presidente, transformou em ministra da Casa Civil a obscura companheira Erenice Guerra, também ungida pela mística da militância de esquerda. Enquanto Erenice caía por tráfico de influência, descobria-se que Dilma se fizera passar pela atriz Norma Bengell numa foto da Passeata dos Cem Mil, em 1968, divulgada por sua campanha. O que seria dela sem a ditadura?

Dilma não teria sido eleita - nem qualquer outro afilhado revolucionário de Lula - se os companheiros do mensalão tivessem sido punidos. Ali estava, para quem quisesse ver, a conversão de um partido e de uma causa "libertária" em sistema de perpetuação no poder, a partir de um planejado assalto ao Estado.
Transcorridos quase sete anos, essa fraude política sem precedentes permanece misteriosamente no colo do Supremo Tribunal Federal, prestes a sumir do mapa pela extinção do processo.

Aí a Justiça brasileira terá legalizado as palavras do general Lula: "O mensalão não existiu." Haverá uma Comissão da Verdade para desenterrar o crime dos heróis da resistência?

Enquanto o mito não se desmancha, as vítimas profissionais da ditadura vão fazendo o seu pé de meia. Na série de revoluções ministeriais, os comunistas se destacaram partilhando o dinheiro do Esporte entre as ONGs amigas do PCdoB. A imprensa burguesa bombardeou essa distribuição de renda e o ministro caiu, mas a companheira Dilma manteve o cargo com a agremiação. Em comunismo que está ganhando não se mexe (ainda mais em véspera de Copa do Mundo).

Assim como o ex-guerrilheiro Fernando Pimentel, que uniu forças com a amiga Dilma e se tornou um próspero consultor, muitos companheiros viverão em paz sob a anistia do mensalão. Essa, ninguém revoga.

Luto em março: três brasileiros de muito talento nos deixaram!


O mês de março se encerra nos levando três brasileiros talentosos. Foram os três para o céu das pessoas de valor. E nós ficamos aqui mais pobres de espírito, de inteligência, às voltas com medíocres de vários tipos, da esquerda à direita, de norte a sul. Aliás, ultimamente, como um personagem de A Revolta de Atlas, venho sofrendo crises de solidão intelectual, fome de encontrar alguma mente humana inteligente com quem poder me comunicar (p. 10, vol. II).

Primeiro foi Chico Anísio (80), no dia 23, com suas múltiplas cômicas personas, que nos deixou. Depois, no dia 27, o multitalentoso Millôr Fernandes (88). Em seguida, no mesmo dia, Ademilde Fonseca (91), a rainha do brasileiríssimo chorinho, que introduziu as mulheres no clube do bolinha das rodas de choro.

Deixo abaixo, como homenagem aos três, exatamente a Adelmide Fonseca cantando Brasileirinho. Justa homenagem a três brasileiros que "abafaram". Nos links, mais informações sobre os três artistas.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Grupos ligados à esquerda autoritária promovem agora atos contra "apoiadores da ditadura"

A cor das bandeiras dos que foram
 cuspir em "torturadores" ontem no Rio
Apoiadores de regimes totalitários farão mais uma demonstração de seu cinismo atacando os seus desafetos do passado. Vejam  abaixo o informe sobre outra manifestação que ocorrerá, domingo agora, em São Paulo. Sem falar, na óbvia manipulação político-partidária por trás disso, tentando associar ações das administrações paulistanas com atos ditatoriais. O ano é eleitoral.

Quem continua interessado em instalar ditadura em nosso país são os próprios, ou melhor, os mentores desses jovens alienados do tal Levante Popular (misturados a muitos porras-loucas de ocasião), braço de "movimentos revolucionários socialistas", como o MST e a Via Campesina, e apoiador da ditadura cubana.

Vamos lembrar o currículo dos mentores desses idiotas (in)úteis. Os dados estão um pouco defasados porque onde esse Mal ainda existe continua matando. Perto deles, a ditadura militar brasileira, que segundo os próprios fascistas vermelhos, matou cerca de 450 pessoas, foi brincadeira de criança.

Mortos pelos regimes comunistas/socialistas ao redor do mundo (os exemplos mais conhecidos):

China: 65 milhões de pessoas 
União Soviética: 20 milhões 
Camboja, 2 milhões 
Coreia do Norte: 2 milhões 
Países africanos: 1,7 milhão 
Afeganistão: 1,5 milhão 
Países comunistas do leste europeu: 1 milhão 
Vietnã: 1 milhão 
Cuba: 150 mil 

Ontem, tivemos no Rio uma manifestação tipicamente fascista. É preciso ser muito idiota para achar que gente da faixa etária desses ativistas, que foram insultar velhos milicos por estarem apresentando outra visão dos fatos passados (a maioria dos que lá estava nunca foi acusada de torturador) na sede da associação deles, não é manipulada pela velharia comuna. São cabeças feitas pela esquerdopatia que está nos arrastando de volta para a Guerra Fria. Rima macabra.

Segue o itinerário da confrontação:

Depois de torturadores, apoiadores da ditadura são alvos de protesto em São Paulo

Depois dos assassinos e torturadores, agora é a vez dos apoiadores do golpe civil-militar de 1964 serem alvos de protestos.

Passando por jornais, empresas e lugares simbólicos do apoio civil à ditadura, o Cordão da Mentira irá desfilar pelo centro da cidade de São Paulo para apontar quais foram os atores civis que se uniram aos militares durante os anos de chumbo.

Os organizadores –coletivos políticos, grupos de teatro e sambistas da capital– afirmam ter escolhido o 1º de abril, Dia da Mentira e aniversário de 48 anos do golpe, para discutir a questão “de modo bem-humorado e radical”.

Ao longo do trajeto, os manifestantes cantarão sambas e marchinhas de autoria própria e realizarão intervenções artísticas que, segundo eles, pretendem colocar a pergunta: “Quando vai acabar a ditadura civil-militar?”.

TRAJETO (confira resumo, no fim do texto)

A concentração acontecerá às 11h30, em frente ao cemitério da Consolação.

Em seguida, o cordão passará pela rua Maria Antônia, onde estudantes da Universidade Mackenzie, dentre eles integrantes do CCC (Comando de Caça aos Comunistas), entraram em confronto com alunos da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP. Um estudante secundarista morreu.

Dali, os foliões-manifestantes seguem para a sede da TFP (Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade), uma das organizadoras da “Marcha da Família com Deus, pela Liberdade”, que 13 dias antes do golpe convocava o exército para se levantar “contra a desordem, a subversão, a anarquia e o comunismo”.

Depois de passar pelo Elevado Costa e Silva –que leva o nome do presidente em cujo governo foi editado o AI-5, o mais duro dos Atos Institucionais da ditadura– o bloco seguirá pela alameda Barão de Limeira, onde está a sede do jornal Folha de S.Paulo. Segundo Beatriz Kushnir, doutora em história social pela Unicamp, a Folha ficou conhecida nos anos 70 como o jornal de “maior tiragem” do Brasil, por contar em sua redação com o maior número de “tiras”, agentes da repressão.

A ação da polícia na Cracolândia, símbolo da continuidade das políticas repressivas no período pós-ditadura, bem como o Projeto Nova Luz, realizado pela Prefeitura de São Paulo, serão alvos dos protestos durante a passagem do cordão pela rua Helvétia.

Finalmente, será na antiga sede do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), na rua General Osório, que o Cordão da Mentira morrerá.

CORDÃO DA MENTIRA

Quando: Domingo, 1º de abril de 2012, a partir das 11h30

Onde: concentração no Cemitério da Consolação

TRAJETO

R. Maria Antônia – Guerra da Maria Antônia
Av. Higienópolis – sede da TFP
R. Martim Francisco
R. Jaguaribe
R. Fortunato
R. Frederico Abranches
Parada no Largo da Santa Cecília
R. Ana Cintra – Elevado Costa e Silva
R. Barão de Campinas
R. Glete
R. Barão de Limeira – jornal Folha de S.Paulo
R. Duque de Caxias – Cracolândia/Projeto Nova Luz
R. Mauá
Dispersão: R. Mauá com a R. General Osório – antigo prédio do Dops

quarta-feira, 28 de março de 2012

Comercial com Hitler provoca protestos

Hitler como garoto propaganda
A humanidade tem um grande fetiche pelo nazismo e seus fetiches. Eles de fato tinham parentesco direto com o demônio, mas inauguraram a propaganda moderna (chegaram a concorrer com Hollywood em produção de filmes) e arrasavam no visual. Queriam mostrar sua suposta superioridade já na roupa. Até o exército regular era todo aprumado. As tropas de elite então... uaauu!!

Então, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, num misto de atração e horror, o mundo inteiro não deixa de revisitar essas figuras e seus mal-feitos. Todavia há limites para essa revisão. Usar a figura de Hitler, por exemplo, mesmo à guisa de humor, costuma provocar muita controvérsia.

Esse é o caso de um comercial de shampoo exibido na TV turca que foi postado na Internet em 21 de março. Nele, Hitler aparece em um daqueles seu esbravejantes discursos, dizendo, em turco: 

Se você não usa roupa de mulher, também não devia usar shampoo de mulher. Aqui está. Um shampoo para homens de verdade. Biomen. Homens de verdade usam Biomen.

A comunidade judaica internacional protestou e o spot saiu do ar na TV turca, embora continue circulando pela Web. O publicitário que criou a peça disse que a intenção era ridicularizar Hitler, mas a resposta não colou. E você o que acha?

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