8 de Março:

A origem revisitada do Dia Internacional da Mulher

Mulheres samurais

no Japão medieval

Quando Deus era mulher:

sociedades mais pacíficas e participativas

Aserá,

a esposa de Deus que foi apagada da História

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Clipping legal: Um voto conservador pelos direitos dos gays americanos


Entrevista com o senador republicano James S. Alesi que votou a favor do casamento homossexual em Nova Iorque. Um recado para os conservadores brasileiros que permanecem com uma cabeça tão medieval. Destaco:
A maioria das religiões cristãs é contra o homossexualismo. Como cristão, a sua fé não pesou na hora de fazer a escolha? Essa não é uma questão religiosa, mas de igualdade de direitos civis. Quem deve decidir isso é o estado e não as igrejas. Eu vi muitos cristãos, que estavam rezando comigo, e eram contra o casamento gay. Mas, por outro lado, havia outros, na mesma igreja, querendo que a medida fosse aprovada por serem a favor da igualdade de direitos.


-----------------------------------------------------------------------------------------------------
Um voto conservador pelos direitos dos gays americanos

Um dos senadores republicanos que definiram a aprovação de casamento homossexual em NY conta ao site de VEJA o que o fez contrariar seu partido

Primeiro a quebrar a unidade republicana no Senado estadual de Nova York ao anunciar seu voto a favor do casamento gay, em junho deste ano, James S. Alesi alega que a decisão foi uma questão principalmente de consciência. Mas não só. Em 2009, juntamente com sua bancada, o senador opôs-se a um projeto de lei similar, que havia sido proposto pelo Partido Democrata. Dois anos - e alguns votos a menos - depois, o senador tomou consciência de que sua escolha não só contrariou suas convicções pessoais, como lhe trouxe um ônus político. “Meus eleitores da comunidade gay ficaram muito desapontados e eu perdi votos nas eleições legislativas estaduais”, conta Alesi. “De lá para cá, fui percebendo o quão angustiante minha decisão havia sido para as pessoas cujas vidas foram negativamente afetadas por ela. Prometi a mim mesmo que se tivesse a oportunidade de votar essa medida novamente, optaria pelo ‘sim’”.

Nos Estados Unidos, cada membro da federação conta, além da Assembleia, com um Senado estadual. Nessa Casa, representantes de cada região do estado, como Alesi, têm um voto de peso em decisões polêmicas, como a do dia 24 de junho. Em entrevista ao site de VEJA, o senador descreve como transcorreram as negociações partidárias para a votação do projeto de lei que autorizará o casamento gay em Nova York a partir deste domingo. Ele conta que reflexões pessoais e estratégia política o fizeram mudar de posicionamento e o seu voto foi um dos quatro que decidiram a aprovação da medida.

O que fez o senhor mudar de ideia quanto ao casamento gay, apesar do posicionamento do seu partido?
Eu sempre fui a favor da igualdade entre casais homo e heterossexuais. Mas, às vezes, no mundo político, as decisões são tomadas por razões estratégicas e não por convicções pessoais. Há dois anos, quando votamos o casamento gay pela primeira vez, o Partido Republicano era minoritário e optou por votar, em conjunto contra a medida. A intenção era evitar que a legenda perdesse votos nas eleições legislativas estaduais, que estavam muito próximas. Mesmo os democratas colocaram a medida em votação muito mais por estratégia política do que por qualquer outra razão. Eles sabiam que o projeto não seria aprovado. O resultado da decisão republicana foi que nós reconquistamos a maioria do Senado estadual e hoje controlamos a casa. Mesmo assim, meu voto não representou minhas convicções pessoais, o que foi muito angustiante. Eu prometi a mim mesmo que se tivesse a oportunidade de votar essa medida novamente, optaria pelo “sim” sem pensar nas consequências.

Algo ou alguém influenciou a sua decisão?
Tenho que ser honesto e admitir que minha reflexão quanto ao casamento gay evoluiu com o decorrer do tempo. Há dez anos, todos pensavam de maneira muito diferente sobre o assunto. Hoje, não somente creio que essa é a decisão correta, como sinto-me muito apaixonado pelo tema. Muitos críticos dizem que nos Estados Unidos nós pregamos muito a igualdade, mas não a estendemos a todos.

Assim como na votação de 2009, neste ano o senhor também recebeu recomendações de votar com a sua bancada?
Desta vez, nos foi dada a oportunidade de votar independentemente. Mas tivemos de divulgar nossos votos ao partido antes da votação e já sabíamos que a medida seria aprovada.

A maioria das religiões cristãs é contra o homossexualismo. Como cristão, a sua fé não pesou na hora de fazer a escolha?
 Essa não é uma questão religiosa, mas de igualdade de direitos civis. Quem deve decidir isso é o estado e não as igrejas. Eu vi muitos cristãos, que estavam rezando comigo, e eram contra o casamento gay. Mas, por outro lado, havia outros, na mesma igreja, querendo que a medida fosse aprovada por serem a favor da igualdade de direitos.

O senhor acredita que alguns republicanos sentiam-se inclinados a votar “sim”, mas optaram pelo “não” por questões estratégicas?
Talvez uns cinco ou seis.

O senhor enfrentou alguma retaliação por causa de seu voto?
Há dois anos, sim. Meus eleitores da comunidade gay ficaram muito desapontados e eu perdi votos nas eleições seguintes. Na área em que vivo, em Rochester, Nova York, existe uma comunidade GLBT (de gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros) relativamente grande. Não só eles, mas também seus familiares, amigos e colegas de trabalho são uma voz importante no meu eleitorado. Desta vez, eu tinha uma visão melhor do que meus eleitores esperavam. Na vida política, repito, você também evolui conforme a sociedade evolui nessas questões. Eu fui percebendo o quão angustiante minha decisão foi para as pessoas cujas vidas foram negativamente afetadas por ela. Vi que, diante da maioria do meu eleitorado, eu havia feito algo errado.

A sociedade americana também está se tornando mais tolerante?
Não usaria a palavra “tolerante”, por que não é uma questão de tolerar os gays, mas de ampliar a igualdade civil. Hoje, as pessoas estão trabalhando ao lado de gays assumidos, elas têm filhos ou irmãos que são gays. Não há mais famílias gays e famílias heterossexuais, há famílias mistas. É difícil não ser tocado pela causa com tantas pessoas assim ao seu redor. Tudo isso se deve ao fato de que os homossexuais não mantêm mais sua vida em segredo, logo, a consciência sobre o tema é muito maior que há 10 anos. Não há só tolerância, mas sensibilidade.

Em que setores da sociedade americana essa mudança aparece mais?
Entre os jovens e as pessoas de meia idade, na faixa dos 40 e 50 anos. Observando com cuidado é possível ver uma mudança expressiva de mentalidade ocorrendo nos Estados Unidos. Uma lei federal permite que casais gays adotem uma criança em qualquer parte do território americano. Mas se olharmos pouco tempo atrás, nos anos 1960, havia até leis contra casamento inter-racial.

O que a aprovação dessa lei em Nova York representa para os Estados Unidos?
Nova York é um estado muito progressista. Em questões como essa, os nova-iorquinos tendem a aceitar mais as diferenças, já que convivem diariamente com nove milhões de pessoas completamente distintas em religião, país de origem e valores. Eu me lembro que quando estávamos discutindo a questão, um dos meus aliados disse: “Vamos votar essa medida e acabar com isso de uma vez”. Ao que eu respondi: “Não. Se aprovarmos esse projeto em Nova York, não estaremos terminando nada, apenas começando. Será o início de um movimento que nascerá em Nova York e se espalhará por todo o território americano”. Nosso estado é, de muitas maneiras, o lugar para onde todos os olhares dos Estados Unidos e do mundo se voltam. Ele pode liderar uma mudança nacional de atitude.

Um voto conservador pelos direitos dos gays americanos http://t.co/HGCqDlz via @VEJA

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Flash mobs: uma gota de dança no meio da rotina!

Adoro flash mobs, micro-apresentações de dança ou teatro em praças, estações de trem, supermercados. De repente, dentro de uma paisagem rotineira, um grupo de dança ou teatro vitaliza o espaço-tempo por alguns minutos. Depois seguem como se nada de diferente tivesse acontecido!

Abaixo posto alguns vídeos de flash mobs, feitos no ano passado, em homenagem ao Michael Jackson, que há um ano se ia de nós para algum lugar onde - assim espero - tenha encontrado paz. Estes vídeos são de flash mobs europeus (suecos e alemães), que postei porque a imagem está melhorzinha, mas houve flash mobs em homenagem ao MJ, em todo o lugar, inclusive aqui na terra brasilis. O cara virou uma espécie de língua universal. Merecia.





terça-feira, 29 de junho de 2010

Você sabia que a obrigatoriedade do voto foi flexibilizada?

O projeto de lei (pls 244/06) do senador Marco Maciel (DEM-PE), aprovado em decisão terminativa, na quarta-feira (9 de junho), pela comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), acaba com as restrições impostas aos eleitores que deixarem de votar e não se justificarem no prazo legal. Fica mantida apenas a multa, que varia de R$1,05 a R$35,10, para o eleitor que deixar de votar e não se justificar perante o juiz eleitoral até 30 dias após a realização da eleição, e a  perda do título a partir da terceira ausência consecutiva em pleitos.

Não haverá mais, contudo, proibição de o eleitor se inscrever em concurso ou tomar posse em cargo público. Nem problemas para obter passaporte ou carteira de identidade; receber remuneração de órgãos e entidades estatais; participar de licitação pública; obter empréstimo de entidades financeiras estatais; renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo e praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda.

Excelente notícia. Um passo importante para o fim total  do voto obrigatório. Votar é um direito, não uma obrigação. No nosso país, onde temos ainda a maioria da população composta de analfabetos e semi-analfabetos, a obrigatoriedade do voto apenas serve para a formação de currais eleitorais e votos de cabestro. Para incentivar a população a exercer o voto, deve-se, em primeiro lugar, tirar a educação brasileira da sucata, alfabetizar o povo e lhe dar educação política também. Caso contrário, o povo vira apenas massa de manobra dos antigos e novos coronéis, como os da atual república sindicalista do PT. 

Fonte: baseado em Simone Franco / Agência Senado

segunda-feira, 28 de junho de 2010

28 de junho: dia Internacional do Orgulho LGBT

O dia 28 de junho comemora a data de uma manifestação LGBT ocorrida em Nova York, em 1969, contra as frequentes batidas policiais efetuadas num bar chamado Stonewall Inn. Cansados dos abusos, no dia 28 de junho, os clientes do bar enfrentaram os policiais, resistindo às prisões. Grupos lésbicos e gays da época viram nesse ato de resistência um símbolo de luta e a partir dela começaram uma série de atividades contra o preconceito e a discriminação às pessoas homossexuais, sobretudo demonstrações de rua. Com o passar dos anos, a data ganhou reconhecimento internacional e se tornou o mote de paradas em todo o mundo, como a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo.

Vale lembrar que essa manifestação foi espontânea, fruto do cansaço dos clientes do bar com a prática continuada dos abusos policiais, extorsões, prisões irregulares, etc. E é a velha história: quando as pessoas decidem reagir contra a violência, as coisas começam a mudar. O impossível acontece. Ninguém precisa de partido político para fazer política. Política vem do grego polis, que quer dizer cidade, sendo política o ato de agir nas cidades, administrar as cidades. E isso tod@s nós podemos fazer. A Ficha Limpa está aí como prova inquestionável disso.

Em nosso país de tantos absurdos, as pessoas não gostam de política por causa de nossos políticos e suas fichas sujas. Mas nossos políticos não vieram de Marte, vieram daqui mesmo, do mesmo lugar de onde viemos, são fruto do que somos. Então não podemos nos eximir da responsabilidade pelo que temos como governantes. Porque quando as pessoas realmente vão à luta, mesmo diante de forças superiores, a conjunção dos astros se efetua e até milagres acontecem.

Feliz dia 28 de junho! Ah, por último, os maiores protagonistas desse histórico dia foram as travestis e as lésbicas. Os gays foram coadjuvantes mas levaram a fama.

Sétimo álbum mais cotado da revista Spin: Appetite for Destruction

Appetite for Destruction (Gosto pela Destruição), lançado em 21 de julho de 1987, foi o álbum de estreia do grupo norte-americano de hard rock Guns N' Roses que já começou emplacando alguns recordes, como o de disco de estreia mais vendido no mundo e um dos melhores álbuns da história do rock/pop (está na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame). Na galeria da revista Spin, de melhores dos últimos 25 anos, ficou na sétima posição.

Misturando bad boys, punk, e a velha tríade sexo, drogas e rock'n'roll, o álbum veio quebrar o bom mocismo da época, a la Bon Jovi, com letras descrevendo a vida desregrada do grupo pela América. A capa do disco original mostra desenho, de Robin Willians, intitulado Appetite for destruction (que deu nome ao álbum) onde aparece uma moça estuprada por um robô que, por sua vez, está prestes a ser abatido por uma máquina vingadora. Como a capa foi considerada obscena, fizeram uma outra, alternativa, com desenhos representando os integrantes da banda sobre um crucifixo (posto as duas imagens).

Gosto de algumas bandas de hard rock, como o Cult (que de vez em quando ressuscita) e o Guns N' Roses, que, praticamente só com o Axl Rose da formação original, esteve por aqui recentemente. Appetite for Destruction é, sem dúvida, um grande exemplar do gênero, e eu destaco um de seus hits, Sweet Child O' Mine, que aprecio bastante, como mostra do álbum. Além disso, nessa época, Axl Rose estava belo em seu modelito bad boy, e o som é bem genuíno.

Faixas
1."Welcome to the Jungle" (Música: Slash, Rose / Letra: Rose) – 4:32
2."It's So Easy" (Música: McKagan, Arkeen / Letra: McKagan, Arkeen) – 3:21
3."Nightrain" (Música: Stradlin, McKagan, Rose, Slash, Adler / Letra: McKagan, Rose) – 4:26
4."Out Ta Get Me" (Música: Slash, Rose, Stradlin / Letra: Rose, Stradlin) – 4:20
5."Mr. Brownstone" (Música: Stradlin, Slash, Adler / Letra: Stradlin) – 3:46
6."Paradise City" (Música: McKagan, Slash, Rose, Stradlin / Letra: Rose, McKagan) – 6:45
7."My Michelle" (Música: Rose, Stradlin / Letra: Rose) – 3:38
8."Think About You" (Música: Stradlin / Letra: Stradlin) – 3:49
9."Sweet Child O' Mine" (Música: Rose, Slash, Stradlin, Adler / Letra: Rose) – 5:54
10."You're Crazy" (Música: Slash, Stradlin, Rose / Letra: Rose, Stradlin) – 3:16
11."Anything Goes" (Música: Stradlin, Rose, Weber / Letra: Stradlin, Rose) – 3:25
12."Rocket Queen" (Música: Rose, Slash, Stradlin, Adler / Letra: Rose, Stradlin) – 6:14.



Lyrics | Guns N’ Roses - Sweet Child O’ Mine lyrics

Compartilhe

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites