segunda-feira, 14 de março de 2016

Manifestações contra Dilma, Lula e o PT reuniram número recorde de pessoas em todo o Brasil

1 milhão e 400 mil pessoas lotaram a Avenida Paulista 
A briguinha entre Lula e a Globo rendeu, pela primeira vez, uma reportagem à altura das manifestações. Leia e veja o vídeo abaixo.

Atos contra o governo Dilma e a corrupção reúnem multidões no Brasil

Milhões de manifestantes foram às ruas para protestar contra o governo Dilma, a corrupção e para pedir o impeachment da presidente.

Neste domingo, 13 de março, milhões de manifestantes contrários ao governo da presidente Dilma Rousseff foram às ruas, em cidades em todos os estados e no Distrito Federal.

As informações ainda estão chegando. Até aqui, sabe-se que houve manifestações em 239. Pelos cálculos até as 8h da noite, foram às ruas seis milhões e quatrocentas mil pessoas, segundo os organizadores.

Segundo as polícias militares, excluindo a do Rio de Janeiro, que não fez cálculos, foram três milhões e cem mil manifestantes.

No Rio de Janeiro, os organizadores calcularam que um milhão de pessoas foram às ruas.

Em São Paulo, a manifestação na Avenida Paulista foi o maior ato político já registrado na cidade, segundo o Datafolha.
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Atos contra o governo Dilma e a corrupção reúnem multidões no BrasilMilhões de manifestantes foram às ruas para protestar contra o governo Dilma, a corrupção e para pedir o impeachment da presidente.http://goo.gl/NyBcZ1 #LuizInácioLuladaSilva #Lula #JairBolsonaro #Bolsonaro #DilmaRousseff #Dilmah #DilmaBolada #BlogDilmaRousseff #Dilma
Publicado por William Waack em Segunda, 14 de março de 2016
Superou, até, o comício das Diretas Já, na Praça da Sé, em 1984 - o maior até aqui. Hoje, os manifestantes voltaram a pedir, de forma pacífica, o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Eles também protestaram contra o ex-presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores. Vestidos de verde e amarelo, os manifestantes, de norte a sul, demonstraram apoio ao juiz federal Sérgio Moro e às investigações da Operação Lava Jato.

Também houve homenagens ao Ministério Público e à Polícia federal. As equipes da Globo acompanharam desde cedo esse dia de manifestações pelo Brasil.

Verde e amarelo nas roupas. Clima pacífico nas ruas. Manifestantes voltaram a se reunir em praças e avenidas. O Hino Nacional foi repetido de norte a sul do pais. 

“Eu nunca tinha vindo, é a primeira vez, que agora eu acho que a gente tá no fundo do poço”, fiz manifestante.

Nas mãos dos manifestantes, bandeiras e cartazes contra a presidente Dilma, contra a corrupção e o ex-presidente lula e em apoio ao juiz Sergio Moro, que cuida da Operação Lava Jato. 

“Novos tempos venham, com mais democracia, mais justiça, menos corrupção”, diz manifestante.

“O pova tá cansado de ser roubado, humilhado, independente da classe social, tá todo mundo pagando o preço”, diz manifestante.

Na capital do país,o movimento começou cedo na Esplanada dos Ministério, o Pixuleco, boneco gigante do ex-presidente Lula vestido de presidiário chamava a atenção. No meio do gramado, uma cruz em homenagem ao juiz Sergio Moro. Algumas crianças aproveitaram uma grande bandeira do Brasil pra brincar de escorrega.

Segundo os organizadores, eram 200 mil pessoas, 100 mil segundo a PM. Um número bem superior ao da maior manifestação do ano passado - em 15 de março quando os organizadores calcularam 80 mil pessoas e a PM 45 mil. “Tô aqui lutando por um brasil melhor, como todo mundo aqui”, diz manifestante. 

Hoje os manifestantes em Brasília pediram a saída dos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha e do Senado, Renan Calheiros. Alguns se juntaram para mandar um recado contra a presidente Dilma.

Em São Luis, a concentração foi na Avenida Litorânea. Os organizadores calculam que eram cinco mil pessoas. Segundo a PM, quatro mil manifestantes foram para as ruas pedir o fim da corrupção, o impeachment e em apoio ao juiz Sergio Moro.

Uma cobra gigante com a cara do ex-presidente Lula desfilou pela orla de Maceió. O boneco era uma referência às declarações de Lula, que disse que a jararaca estava viva, logo após ter sido levado a prestar depoimento na Lava Jato em condução coercitiva. 

Segundo os organizadores eram 35 mil pessoas. A PM calculou que 25 mil participaram da caminhada ao longo de dois quilômetros, o tempo todo em clima pacífico. 

A Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, ficou lotada. O verde e o amarelo tomaram conta das ruas. Uma grande bandeira foi levada pelos manifestantes que pararam para rezar pelo país.

Eram 30 mil manifestantes segundo a Polícia militar. Cem mil segundo os organizadores. Há um ano, 25 mil mineiros foram para as ruas tanto segundo a PM quanto os organizadores.

Muitos cartazes homenageavam o juiz Sergio Moro, a Polícia Federal e o Ministério Público e em vários momentos, a manifestação gritava em coro palavras de ordem contra a presidente Dilma. 

No Recife, o protesto foi no bairro de Boa Viagem. Manifestantes percorreram a orla da praia em apoio à Operação Lava Jato, pedindo a prisão do ex-presidente Lula e o impeachment da presidente Dilma. Eram cem mil segundo os organizadores, 120 mil segundo a PM.

Milhares de pessoas lotaram o Farol da Barra, ponto turístico de Salvador. De verde e amarelo e no mesmo clima pacífico do resto do país, manifestantes fizeram uma passeata contra a corrupção e o governo da presidente Dilma. Eram cinquenta mil pessoas segundo os organizadores, 20 mil segundo a PM. Usando pranchas e caiaques, alguns manifestantes levaram para o mar faixas em homenagem à Policia Federal e ao Brasil.

A manifestação no Rio de Janeiro foi na orla de Copacabana. Oito quarteirões da Avenida Atlântica ficaram lotados.

“Pra tirar essa corrupção. O povo não aguenta mais é muita robalheira o povo tá desesperado”, 

A Polícia militar não divulgou estimativas de participantes. Os organizadores calcularam um milhão de pessoas. De qualquer forma visualmente foi o maior protesto até agora. Foram quatro no ano passado, o primeiro, em março, reuniu cem mil pessoas segundo os organizadores. Na época a PM também não fez estimativas. 

Mesmo quem estava na praia participou do protesto hoje. Nas varandas, também teve adesão ao protesto. Este grupo criou o "moro-bloco" em homenagem ao juiz Sergio Moro e em defesa da Lava Jato.

Durante a passeata, um avião da Frente Brasil Popular - que defende a presidente Dilma sobrevoou a manifestação. O clima foi pacífico, nas ruas as pessoas gritavam palavras de ordem contra a corrupção e o impeachment. 

As palavras de ordem contra a corrupção e o governo da presidente Dilma foram ouvidas e repetidas em todo o país. Milhares de pessoas com faixas e cartazes nas ruas também em favor da Lava Jato e do juiz Sergio Moro, o Hino Nacional deu o ritmo. 

Em Belém, eram 50 mil pessoas, segundo os organizadores. A PM não divulgou. Eles fizeram uma passeata carregando um bandeirão verde e amarelo. 

Em Goiânia, cedo, motoqueiros fizeram um apitaço pelo impeachment. À tarde, o protesto reuniu 90 mil pessoas segundo os organizadores. 60 mil segundo a PM.

Em Foz do Iguaçu, no Paraná, os organizadores contaram 15 mil pessoas, a PM, sete mil. No fim do protesto, os manifestantes soltaram balões com as cores da bandeira.

No interior de São Paulo, também teve protesto em Presidente Prudente, a manifestação reuniu 15 mil pessoas, segundo os organizadores. Nas contas da PM, 8 mil.

Em Jundiaí, cartazes de apoio ao juiz Sergio Moro e a favor do impeachment da presidente Dilma. Segundo os organizadores, 45 mil pessoas participaram. A PM não divulgou números na cidade.

Em Ribeirão Preto, manifestantes coloram numa cela pessoas fantasiadas do ex-presidente Lula e dos ex-ministros Antonio Palocci e José Dirceu. Nas faixas, o impeachment da presidente. Segundo a Polícia Militar, eram setenta mil pessoas. Os organizadores contaram 60 mil.

Rostos pintados e uma imensa bandeira nas cores do Brasil nas ruas de São José do Rio Preto.

Em Guarujá, no litoral paulista, manifestantes se concentraram em frente ao prédio onde fica o triplex que é alvo da investigação na Lava Jato. Segundo, os organizadores, eram cinco mil participantes, dois mil para a PM.

Vinte mil pessoas segundo os organizadores, onze mil segundo a PM, foram para as ruas em Natal. O clima pacífico e as roupas verde e amarelo tomaram conta da Praça Cívica no centro na cidade. Nas faixas e cartazes e nas palavras de ordem pedidos de impeachment da presidente Dilma, contra o PT e a favor da Lava Jato.

Em Aracaju uma manifestante foi para a rua com uma vassoura para varrer a corrupção do Brasil. Ao todo, dez mil pessoas participaram do protesto. Oito mil segundo a PM.

O sol forte em Macapá não desanimou os manifestantes que fizeram uma caminhada próximo ao forte de São Jose, às margens do Rio Amazonas. Em clima pacífico, três mil pessoas segundo os organizadores, mil segundo a PM gritavam palavras de ordem contra a presidente Dilma e a corrupção.

Em Curitiba, a capital da Lava Jato, uma multidão foi para as ruas. Tanto os organizadores quanto a PM calculam que duzentas mil pessoas participaram do protesto. Vários manifestantes usaram máscara do juiz Sérgio Moro.

Na maior cidade do país, o maior protesto, que começou antes mesmo que os manifestantes chegassem à Avenida Paulista. Nas estações de metrô, a multidão já gritava palavras de ordem.

O verde amarelo também estava nas janelas dos prédios na mão e no rosto das crianças
e nas roupas da maioria das pessoas que chegavam à Paulista.

“A participação aqui é puramente cívica. Uma participação pra mostrar que nós ainda precisamos de muita consciência política, cidadã”, diz Marcos Paro, geólogo. 

O grupo do interior de São Paulo encheu três ônibus e enfrentou duas horas de estrada para chegar até aqui.

“Viemos motivados a nos unir, com a união, aqui, em São Paulo, encontrando mais pessoas, e dando a nossa força porque precisamos um país melhor”, diz manifestante.

E teve gente que veio de mais longe ainda. Em coro os manifestantes revezavam os protestos.
Ora contra a presidente Dilma e a favor do impeachment...

“Não tem mais cabimento um governo desse, né?”, diz manifestante.

Ora contra contra o PT. E o ex-presidente Lula.

“A intenção é varrer a corrupção e dizer um basta em tudo o que está acontecendo de sujeira no nosso país”, Francisco de Assis de Souza, enfermeiro.

“Pra mim contribuir melhor com o pais, estou inconformado com apolítica do governo atual”, diz manifestante.

No meio do protesto um grupo apareceu com um pedalinho. Ainda o Pixuleco e um boneco gigante da presidente dilma.

A Federação das Indústrias de São Paulo levou um pato amarelo gigante. Simbolo de uma campanha contra os impostos.

“Então a gente veio aqui protestar, buscando um país melhor pros nossos filhos, principalmente”, diz Roberto Acastro. 

A multidão também se manifestou a favor do juiz Sergio Moro e da Operação Lava Jato.

O governador Geraldo Alckmin e o senador Aécio Neves, do PSDB foram ao protesto.
Eles chegaram a falar com jornalistas, mas acabaram hostilizados pelos manifestantes e tiveram que ir embora. E o protesto, que estava marcado pra começar às 2 da tarde, seguiu recebendo manifestantes.

Já são mais de 4 horas da tarde, o pessoal continua chegando na Avenida Paulista, Mas não consegue andar muito não, estamos na primeira quadra e antes de chegar no primeiro cruzamento, já para, não tem como andar mais.

Essa imagem mostra a Avenida Paulista às quatro e meia da tarde, quando 23 quarteirões já estavam tomados pela multidão ...

No protesto de hoje, a polícia calculou 1 milhão e 400 mil pessoas, 2 milhões e meio segundo organizadores e meio milhão na contagem do DataFolha, de acordo com o instituto, o ato superou as Diretas Já e foi a maior manifestação política já medida pelo DataFolha. 

Todos os números são bem superiores ao da maior manifestação do ano passado - em quinze de março - quando os organizadores e a pm calcularam um milhão de pessoas na Paulista, e o DataFolha, usando metodologia própria, contou 210 mil.

“O movimento Vem pra Rua não tem como objetivo final apenas o impeachment e a transição do Brasil, que são muito importantes. Nós somos um movimento que luta pela renovação política e pelo fim da impunidade. Por isso a importância da homenagem hoje à Operação Lava Jato e a preservação da Justiça. Não importa quem seja o novo governo, vamos continuar lutando pelas mesmas causas que lutamos hoje e independente do partido e independente do novo presidente da República”, afirma Rogério Chequer, líder do movimento Vem Pra Rua. 

“Fica um alerta pra todos os outros políticos - Cunha e quem quer que seja que tenha culpa no cartório. Aqui não é uma passeata de um partido só. Contra um partido só. É contra a corrupção. Todo mundo quer um país melhor. É isso”, diz Ricardo Saraiva de Carvalho, médico.

Em números levantados pelo G1, até as 8h da noite, neste domingo, os protestos aconteceram em todos os estados, em 239 cidades, incluindo as capitais, foi a maior manifestação contra o governo Dilma, o PT e o ex-presidente Lula até agora. Eram 3,1 milhões pessoas das ruas segundo a PM , excluindo as cidades em que a polícia não fez o levantamento, 6,4 milhões pessoas segundo os organizadores.

Em março de 2015, a maior manifestação até essa de hoje, foram 2,4 milhões manifestantes segundo a PM, 3 milhões segundo organizadores.

Fonte: G1, Fantástico, 13/03/2016

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