domingo, 19 de julho de 2009

Histórias do Movimento Lésbico

Na caminhada lésbica de San Francisco, a comissão organizadora assim se define: somos dykes que se unem, a partir de diferentes backgrounds, pelo amor à comunidade dyke e à sua marcha. Nós somos femmes, butches, ou de outras identidades, somos negras, mestiças, judias e brancas, de diferentes idades e classes. Algumas de nós se identificam como queer ou genderqueer.

É isso: para todas as tribos lésbicas, um exemplo para nós, brasileiras, que estamos vendo nossas caminhadas sendo desvirtuadas por oportunistas (outros movimentos,que não o lésbico, partidos, o escambau).



5 comentários:

Não entendi. Quem seriam as oportunistas?

Sei lá, mesmo com boas idéias, elas pecam em continuarem se classificando/generalizando...

E eu também fiquei sem entender a parte das oportunistas...

Garotas,
as americanas respeitam a diversidade das identidades lésbicas e mantêm as caminhadas de lá como lésbicas. As caminhadas daqui estão virando palco de proselitismo de outros movimentos, de partidos, de tudo quanto é oportunista. E quando elas começaram eram só lésbicas, como é no resto do mundo. E no ano que vem serão palanque da Dilma Roussef, aquela do currículo acadêmico falso,ia me esquecendo. Já não temos espaço em canto algum, quando conseguimos, lá vem @s oportunistas usurpá-los. Maior bronca. Bjs.

Prezada Míriam,
A senhora participou da Caminhada esse ano? Ou em qualquer outro ano? Nenhum partido ou polític@ ou candidat@ fala no carro da Caminhada. Nenhum homem fala no carro da Caminhada. A Caminhada é lésbica e continua sendo, mas é realizada em via pública, de modo a ser impossível - e inclusive contraditório em um manifestação que almeja visibilidade e respeito - excluir qualquer pessoa que queira participar. Assim lá vão héteros, bis, trans, gays e todo o tipo de gente, mas todos cientes de que se trata de uma Caminhada Lésbica. Algumas organizadoras da Caminhada votarão na Dilma, mas a organização em si não apóia nenhum candidato em especial. Não é palanque! Alguns partidos políticos, especilmente o Psol e o PSTU, levam seus cartazes e bandeiras para a Caminhada, mas o fazem de livre e espontânea vontade e nenhuma relação possuem com a organização, exemplo disso é que nunca subiram no carro para proferir seus discursos sobre FMI e neo-imperialismo. Falo "organização" só para facilitar. Na verdade as reuniões sobre a Caminhada são abertas e todas podem participar e contribuir. Eu fui na desse ano, sugiro que você vá na do próximo ano.

Lamento quando vejo coisas do tipo "a Parada virou isso..." "a Caminhada aquilo..." sem que o falante proponha ou faça qualquer coisa para mudar o que critica.

Verônica

Prezada Verônica,

participei da caminhada deste ano e de outros, por isso escrevi o que escrevi. A caminhada veio se descaracterizando como lésbica e virando feminista, petista, "ista" disso e daquilo e cada vez menos lésbica.

E claro que se pode limitar essas infiltrações como, aliás, é feito em todas as outras partes do mundo. E a proposta existe e é muito simples: que as caminhadas voltem a ser LÉSBICAS, com palavras de ordem que tenham a ver com as demandas lésbicas e não de outros movimentos e que @s proselitistas virem simples apoiadores em vez de protagonistas.

Muito simples e fácil de fazer. Questão de vontade política.

Postar um comentário

Compartilhe

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites