8 de Março:

A origem revisitada do Dia Internacional da Mulher

Mulheres samurais

no Japão medieval

Quando Deus era mulher:

sociedades mais pacíficas e participativas

Aserá,

a esposa de Deus que foi apagada da História

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Incrível Beleza: pinturas ganham vida em vídeo de cineasta italiano


O cineasta italiano, Rino Stefano Tagliafierro, teve a brilhante ideia de animar 100 obras-primas da pintura mundial em um vídeo chamado Beleza. O vídeo se inicia com uma sequência de encantadoras paisagens e outras pinturas, sobretudo as do pintor francês Français William Adolphe Bouguereau, conhecido por descrever a infância e as relações familiares.

Das cenas delicadas de Bouguereau e de outros píntores, cenas bucólicas, cândidas, sensuais, passa-se, contudo, a partir dos 4:50, a pinturas lúgubres e violentas, com destaque para as de Caravaggio, tais como a famosa Davi com a Cabeça de Golias e a Medusa. No vídeo, as pinturas parecem ganhar vida, e os efeitos são realmente impressionantes. Vale a audiência.


B E A U T Y - dir. Rino Stefano Tagliafierro from Rino Stefano Tagliafierro on Vimeo.

Pinturas pela ordem de entrada

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Sem programa e incompetentes, os neobolcheviques só sabem avacalhar as instituições democráticas


O texto abaixo, do Arnaldo Jabor, é do começo do mês, mas, dada a sua pertinência, vale o registro. Impressiona mesmo essa onda vermelha retrô que se encontra por toda a parte, ridícula pelo anacronismo de suas ideias destinadas a repetir os mesmos fracassos. Destaco:
Mas, além dessas mímicas brasileiras do bolchevismo, os erros que querem repetir os comunistas já praticavam na época do leninismo e stalinismo: a mesma postura, o mesmo jargão de palavras, de atitudes, de crimes justificados por mentiras ideológicas e estratégias burras. Parafraseando Marx, um espectro ronda o Brasil: a mediocridade ideológica.
No Brasil, a palavra “esquerda” continua o ópio dos intelectuais. Pressupõe uma “substância” que ninguém mais sabe qual é, mas que “fortalece”, enobrece qualquer discurso. O termo é esquivo, encobre erros pavorosos e até justifica massacres.  
De cara, temos de assumir o fracasso do socialismo real. Quem tem peito? Como abrir mão deste dogma de fé religiosa? A palavra “socialismo” nos amarra a um “fim” obrigatório, como se tivéssemos que pegar um ônibus até o final da linha, ignorando atalhos e caminhos novos. 
A verdade tem de ser enfrentada: infelizmente ou não, inexiste no mundo atual alternativa ao capitalismo. Isso é o óbvio. Digo e repito: uma “nova esquerda” tem de acabar com a fé e a esperança — trabalhar no mundo do não sentido, procurar caminhos, sem saber para onde vai. 
O ‘perigo vermelho

É necessário alertar a população pensante para essa mediocridade ideológica anacrônica e fácil para cooptar jovens sem cultura política

Retiraram o corpo de João Goulart da sepultura para examiná-lo. Coisa deprimente, os legistas examinando ossos de 40 anos atrás para saber se foi envenenado. Mas, havia também algo de um ritual de ressurreição encenada. Jango voltava para a turma que está no poder e que se considera vítima de 1964 até hoje. Só pensam no passado que os “legitima” com nostalgia masoquista de torturas, heranças malditas, ossadas do Araguaia, em vez de fazerem reformas no Estado paralítico e patrimonialista.

Querem continuar a “luta perdida” daqueles tempos ilusórios. Eu estava lá e vi o absurdo que foi aquela tentativa de “revolução” sem a mais escassa condição objetiva. Acuaram o trêmulo Jango, pois até para subversão precisavam do Governo. Agora, nossos governantes continuam com as mesmas ideias de 50 anos atrás. Ou mais longe. Desde a vitória bolchevique de 1921, os termos, as ilusões são as mesmas. Aplica-se a eles a frase de Talleyrand sobre a volta dos Bourbons ao poder: “Não aprenderam nada e não esqueceram nada”.

É espantosa a repetição dos erros já cometidos, sob a falácia do grande “teólogo” da História, Hegel, de que as derrotas não passam de “contradições negativas” que levam a novas teses. Esse pensamento justificou e justifica fracassos e massacres por um ideal racional. No PT e em aliados como o PC do B há um clima de janguismo ou mesmo de “brizolismo”, preferência clara da Dilma. Brizola sempre foi uma das mais virulentas e tacanhas vozes contrárias ao processo de desestatização.

Mas, além dessas mímicas brasileiras do bolchevismo, os erros que querem repetir os comunistas já praticavam na época do leninismo e stalinismo: a mesma postura, o mesmo jargão de palavras, de atitudes, de crimes justificados por mentiras ideológicas e estratégias burras. Parafraseando Marx, um espectro ronda o Brasil: a mediocridade ideológica.

É um perigo grave que pode criar situações irreversíveis a médio prazo, levando o país a uma recessão barra pesada em 2014/15. É necessário alertar a população pensante para esse “perigo vermelho” anacrônico e fácil para cooptar jovens sem cultura política. Pode jogar o Brasil numa inextrincável catástrofe econômica sem volta.

Um belo exemplo disso foi a recusa do Partido Comunista Alemão a apoiar os socialdemocratas nas eleições contra os nazistas, pois desde1924 Stalin já dizia que os “socialdemocratas eram irmãos gêmeos do fascismo”. Para eles, o “PSDB” da Alemanha era mais perigoso que o nazismo. Hitler ganhou e o resto sabemos.

Nesta semana li o livro clássico de William Waack “Camaradas”, sobre o que veio antes e depois da intentona comunista de 1935 (livro atualíssimo que devia ser reeditado), e nele fica claro que há a persistência ideológica, linguística, dogmática e paranoica no pensamento bolchevista aqui no Brasil. A visão de mundo que se entrevê na terminologia deles continua igual no linguajar e nas ações sabotadoras dos aloprados ao mensalão — o fanatismo de uma certeza. Para chegar a esse fim ideal, tudo é permitido, como disse Trotsky: “a única virtude moral que temos de ter é a luta pelo comunismo”. Em 4 de junho de 1918, declarou publicamente: “Devemos dar um fim, de uma vez por todas, à fábula acerca do caráter sagrado da vida humana”. Deu no massacre de Kronstadt, em 21.

No Brasil, a palavra “esquerda” continua o ópio dos intelectuais. Pressupõe uma “substância” que ninguém mais sabe qual é, mas que “fortalece”, enobrece qualquer discurso. O termo é esquivo, encobre erros pavorosos e até justifica massacres. Temos de usar “progressistas e conservadores”.

Temos de parar de pensar do Geral para o Particular, de Universais para Singularidades. As grandes soluções impossíveis amarram as possíveis. Temos de encerrar reflexões dedutivas e apostar no indutivo. O discurso épico tem de ser substituído por um discurso realista, possível e até pessimista. O pensamento da velha “esquerda” tem de dar lugar a uma reflexão mais testada, mais sociológica, mais cotidiana. Weber em vez de Marx, Sérgio Buarque de Holanda em vez de Caio Prado, Tocqueville em vez de Gramsci. Não tem cabimento ler Marx durante 40 anos e aplicá-lo como um emplastro salvador sobre nossa realidade patrimonialista e oligárquica.

De cara, temos de assumir o fracasso do socialismo real. Quem tem peito? Como abrir mão deste dogma de fé religiosa? A palavra “socialismo” nos amarra a um “fim” obrigatório, como se tivéssemos que pegar um ônibus até o final da linha, ignorando atalhos e caminhos novos.

A verdade tem de ser enfrentada: infelizmente ou não, inexiste no mundo atual alternativa ao capitalismo. Isso é o óbvio. Digo e repito: uma “nova esquerda” tem de acabar com a fé e a esperança — trabalhar no mundo do não sentido, procurar caminhos, sem saber para onde vai.

No Brasil, temos de esquecer categorias ideológicas clássicas e alistar Freud na análise das militâncias. Levar em conta a falibilidade do humano, a mediocridade que se escondia debaixo dos bigodudos “defensores do povo” que tomaram os 100 mil cargos no Estado.

Além de “aventureirismo”, “vacilações pequeno burguesas”, “obreirismo”, “sectarismo”, “democracia burguesa,” “fins justificando meios”, “luta de classes imutável” e outros caracteres leninistas temos de utilizar conceitos como narcisismo, voluntarismo, onipotência, paranoia, burrice, nas análises mentais dos “militantes imaginários”.

Baudrillard profetizou há 20 anos: “O comunismo hoje desintegrado tornou-se viral, capaz de contaminar o mundo inteiro, não através da ideologia nem do seu modelo de funcionamento, mas através do seu modelo de des-funcionamento e da desestruturação brutal”, (vide o novo eixo do mal da A. Latina).

Sem programa e incompetentes, os neobolcheviques só sabem avacalhar as instituições democráticas, com alguns picaretas-sábios deitando “teoria” (Zizek e outros). Somos vítimas de um desequilíbrio psíquico. Muito mais que “de esquerda” ou “ex-heróis guerrilheiros” há muito psicopata e paranoico simplório. Esta crise não é só politica — é psiquiátrica.

Fonte:

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Num mundo em que, por qualquer coisinha, já se sai falando em racismo, modelo posa sentada em manequim negra

A fotografia de uma socialite russa publicada em um site de moda do país despertou a ira de usuários de internet ao redor do mundo nas últimas horas. Para ilustrar o texto de uma entrevista concedida ao blog Buro 24/7, Dasha Zhukova, nome conhecido no meio artístico internacional, aparece tranquliamente sentada sobre o manequim de uma mulher negra, disposto e contorcido de forma a simular uma cadeira.

Internautas de diversas redes sociais protestaram contra a publicação da foto, recheada de elementos racistas. Na imagem, o manequim da mulher negra aparece nu, com as pernas contorcidas sobre o tronco para servir de assento; calçando longas botas de salto e cano alto para servir de encosto. Nesse cenário, Zhukova, que é dona de uma galeria de arte, posa para a fotografia: sentada sobre o manequim, apoiando seu corpo contra as botas do manequim da moça negra.

Após a polêmica, o site Buro 24/7 disse ser "categoricamente" contra a noção de racismo, opressão e humilhação de pessoas em qualquer forma. "Vemos essa cadeira estritamente em um contexto artístico. Pedimos desculpas a todos os nosso leitores que ficaram ofendidos com a fotografia", afirmou um representante do site russo.

Contribuiu para aumentar o clamor contra a publicação o fato de que na última segunda-feira (20/01), os EUA celebravam o feriado anual em homenagem a Martin Luther King, símbolo da luta contra o racismo e pelos direitos civis no país.

A fotografia foi amplamente condenada por blogueiros de moda e tuiteiros, fazendo com que o site "cortasse" a imagem, de forma a omitir da cena o manequim da mulher negra. A foto também foi removida da conta no Instagram de Miroslava Duma, jornalista de moda e dona da revista que publicou a foto.

Fonte: Opera Mundi, 21/01/2014

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Festival de filmes franceses online até o dia 17 de fevereiro


Estreou na última sexta, 17, a quarta edição do My French Film Festival.com - título em inglês para facilitar a divulgação, em que dez curtas e dez longas ficam disponíveis até 17 de fevereiro. Em meio à disputa de serviços pagos de vídeo sob demanda no País, os amantes do cinema francês terão a chance de ver gratuitamente pela internet as produções de lá durante um mês.

Para assistir, basta acessar o www.myfrenchfilmfestival.com e preencher um cadastro. Quem não quiser ver pela página pode ver pela loja virtual iTunes. No Brasil, o acesso é gratuito e todos os filmes têm legendas em português.

Segundo a Unifrance Films, que organiza o festival com a Embaixada da França, o Brasil está entre os cinco países que mais acessam o conteúdo, disponível em 189 territórios, em 13 idiomas diferentes.

O público poderá votar nos melhores filmes. Há ainda um júri especializado, liderado pelo cineasta Jean-Pierre Jeunet, diretor de O Fabuloso Destino de Amélie Poulain. No grupo, está ainda o italiano Marco Bellocchio. O filme vencedor ficará disponível no catálogo de voos 400 de companhias aéreas.

Com informações do Estado de São Paulo e do site do festival  

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Os "sem limite" resolveram pegar carona nos rolezinhos dos funqueiros da ostentação

Uns politizam o que é só zoação; outros zoam da política
O vereador Andrea Matarazzo escreveu um artigo, sobre esse assunto tão "relevante" que são os tais rolezinhos, para o painel Tendências e Debates, da Folha de São Paulo, no sábado último. De forma simples e objetiva, ele diz porque os rolezinhos, na modalidade milhares de moleques e molecas entrando num shopping de uma vez, devem ser coibidos. 

Obviamente devem ser coibidos por questões de segurança, ao contrário do que  afirma a extrema-esquerda, vigarista e hipócrita, já transformando um evento da era das redes sociais em supostas reivindicações contra o racismo e o classicismo. Esse pessoal esquerdofrênico tem cabeça de estuprador: não aceita limites, não aceita NÃO como resposta, por mais compreensíveis que sejam as razões para o "não". Destaco do artigo de Matarazzo:
Muitos a favor, muitos contra. A sensação que fica é que apoiar os "rolês" é de esquerda e condená-los é de direita. Isso é ridículo, pois interdita o debate, não traz solução. 
Aliás, é o que vem ocorrendo em diversas frentes: o debate morre, reduzido a ideologia de almanaque ou a meras disputas entre quem é o "bonzinho" e quem é o "mauzinho".
Também não se pode deixar de lado evidências como o fato de que grupos de mil jovens ou mais (independentemente da classe social, credo ou bairro) em espaços inadequados podem provocar se não depredações e agressões, como já ocorreu, sustos, correrias e atropelos.
 Em São Paulo, qualquer evento que reúna determinada quantidade de pessoas, por lei, exige ação da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), do Corpo de Bombeiros, do Samu (Serviço Atendimento Médico de Urgência) e da Polícia Militar.
Eventos sem as medidas de cautela necessárias podem provocar desastres. Como esvaziar um shopping lotado em caso de incêndio? Em caso de tumulto, como evitar acidentes com pessoas mais velhas ou com alguma deficiência? Como proteger as crianças? Como prevenção, é preciso, com bom senso, coibir aglomerações e correrias em qualquer local sem a estrutura necessária.
 O SEU, O MEU, O NOSSO "ROLEZINHO"

Os "rolezinhos" tornaram-se o assunto deste verão. Os encontros de um número expressivo de jovens em shoppings de São Paulo são considerados por muitos como uma espécie de continuação das manifestações de desencanto e indignação de junho passado.

Há, de fato, aspectos em comum. Como as passeatas a céu aberto contra a péssima gestão do Estado brasileiro, os "rolezinhos" reúnem participantes que marcam o encontro previamente pelas redes sociais.

Em ambos, grupos oportunistas de vários matizes ideológicos procuram pegar carona na notoriedade desses movimentos.

No caso dos "rolezinhos", comerciantes e frequentadores dos shoppings e, depois, a sociedade foram pegos de surpresa. Pois, assim como as manifestações de inverno, a moda do verão surgiu inesperadamente e se tornou o tema predominante das últimas semanas.

Mas há diferenças que não podem ser desprezadas. O rastilho de pólvora das manifestações foi o aumento do preço do transporte urbano e, depois, o movimento ganhou corpo com outras reclamações difusas. Não há, no caso atual, um discurso unificado de reivindicações. Não há nem sequer uma reivindicação expressamente declarada.

Recentemente, jovens marcaram um "rolê" em Itaquera a pretexto de diversão. Houve reação dos proprietários de shoppings e das autoridades. Isso acendeu o debate com vezos políticos e ideológicos.

Muitos a favor, muitos contra. A sensação que fica é que apoiar os "rolês" é de esquerda e condená-los é de direita. Isso é ridículo, pois interdita o debate, não traz solução.

Aliás, é o que vem ocorrendo em diversas frentes: o debate morre, reduzido a ideologia de almanaque ou a meras disputas entre quem é o "bonzinho" e quem é o "mauzinho".

Não faz sentido ideologizar ou politizar os "rolezinhos". Ser ou não ser politicamente correto não é nem deve ser a questão. O que temos de defender é a integridade física das pessoas que frequentam locais públicos ou privados de uso coletivo.

Também não se pode deixar de lado evidências como o fato de que grupos de mil jovens ou mais (independentemente da classe social, credo ou bairro) em espaços inadequados podem provocar se não depredações e agressões, como já ocorreu, sustos, correrias e atropelos.

A sociedade demanda códigos e padrões de comportamento para que os direitos de todos sejam assegurados. Da mesma forma que não se deve andar de skate em hospitais nem conversar durante um espetáculo, não é aceitável superlotar casas de eventos para não se repetirem tragédias como a da boate Kiss. Em recintos fechados, não é razoável dar margem a tumultos que ponham em risco a segurança das pessoas.

A liberdade de marcar encontros pela internet é uma novidade que demanda cuidados. Uma chamada pode reunir 20 ou 20 mil pessoas. Como controlar uma multidão sem um mínimo de planejamento e organização? Em São Paulo, qualquer evento que reúna determinada quantidade de pessoas, por lei, exige ação da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), do Corpo de Bombeiros, do Samu (Serviço Atendimento Médico de Urgência) e da Polícia Militar.

Eventos sem as medidas de cautela necessárias podem provocar desastres. Como esvaziar um shopping lotado em caso de incêndio? Em caso de tumulto, como evitar acidentes com pessoas mais velhas ou com alguma deficiência? Como proteger as crianças? Como prevenção, é preciso, com bom senso, coibir aglomerações e correrias em qualquer local sem a estrutura necessária.

Ou seja: seu "rolezinho" termina onde começa o do outro, pois a liberdade de cada cidadão é delimitada pela dos demais.

ANDREA MATARAZZO é vereador (PSDB-SP). Foi secretário municipal de Serviços e de Subprefeituras (gestão José Serra/Gilberto Kassab) e secretário estadual da Cultura (gestão Geraldo Alckmin) de SP

Folha de SP, Tendências e Debates, 18/01/2014

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