8 de Março:

A origem revisitada do Dia Internacional da Mulher

Mulheres samurais

no Japão medieval

Quando Deus era mulher:

sociedades mais pacíficas e participativas

Aserá,

a esposa de Deus que foi apagada da História

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Documentário explica porque Zé Dirceu e Genoíno foram para a prisão de punho erguido

Conheça a ideologia que moldou a cara-de-pau infinita do Genoíno
Em outras postagens sobre o tema comunismo/socialismo, já havia apresentado um trecho do vídeo abaixo intitulado A Verdadeira História do Comunismo Soviético. Agora encontrei por acaso a versão completa e decidi postá-la, pois considero fundamental divulgar e redivulgar essas informações que obviamente não rolam na grande imprensa. Outra motivação para essa postagem foi um tour que fiz, a partir de um link do twitter, por vários blogs de esquerdistas indignados com a prisão dos camaradas mensaleiros. Sério que dá um estudo de caso ler as sandices ou vigarices desses "virtuosos" esquerdistas. Vivem num mundo paralelo, onde a realidade passa ao largo.

Por isso mesmo considero fundamental a postagem do vídeo citado. Os herdeiros políticos dessa ideologia funesta, em sua maioria, não falam mais em comunismo (embora tenhamos ainda partidos comunistas de plantão) e sim em socialismo (no caso, um eufemismo). Esses herdeiros trataram  de apagar sua origem e vêm fazendo um revisionismo intenso de nossa história onde posam de paladinos da justiça, lutadores pela democracia contra a ditadura militar, entre outras tantas. Suas mistificações grosseiras da História têm sido empurradas pela goela de nossa juventude abaixo, via escolas e universidades, a ponto de gente, hoje na faixa dos 20 ou 30 anos, incensar os terroristas da luta armada e considerar  Carlos Marighella (autor do Manual do Guerrilheiro Urbano) como herói (musiquinha nojo total dos Racionais). Aliás, os mascarados de hoje têm essa obra-prima da estupidez humana (o tal do manual do amarghella) como livro de cabeceira.

O resultado desse revisionismo mistificador transparece também nas comissões da "verdade", nas exumações de cadáveres de ícones da esquerda do período militar, no incensamento do pessoalzinho da luta armada e na pose ridícula dos condenados por corrupção, José Dirceu e José Genoíno, indo para a cadeia de punho erguido como se sua prisão fosse de cunho político e não criminal. 

Obviamente que, em nosso país ao menos, as viúvas do Muro de Berlim, conscientes de que a tal economia planificada do comunismo não dá certo, aderiram ao modelito fascista de conluio do Estado com empresários amigos do peito (esses capitalistas de araque). Na Argentina, também vem se seguindo por essa trilha de deixar Mussolini de água na boca. Em outros países, como a Venezuela, contudo, grassa a versão mais ortodoxa dessa ideologia maléfica, com expropriações de terras e empresas, empresários sendo presos acusados de explorar o povo, etc. Além disso, apesar das diferenças de método entre o governo petista e seus outros amigos do continente, nosso dinheiro continua sendo "emprestado" para todas as ditaduras de esquerda ainda existentes e outras tantas mundo afora. E isso diz muita coisa sobre o que pensa e pretende essa turma.

Assim como, para tratar uma doença, é necessário conhecer suas causas, suas raízes, e não apenas atacar os sintomas, fundamental ver vídeos como o postado abaixo por mais indigestas que sejam suas imagens. Mesmo que também se considere carregado o tom de propaganda anticomunista do vídeo, impossível acreditar que todas suas imagens e falas sejam forjadas ou distorcidas. Sua audiência, portanto, continua sendo obrigatória.

Recomendo também a leitura dos textos Memória não retém atrocidades do comunismo, onde o cientista político francês Alain Besançon explica porque, embora gêmeo heterozigoto do nazismo, o comunismo tenha passado para a posteridade como o avesso do que é. E Queda do Muro de Berlim marca o fim do totalitarismo comunista onde apresento outras informações sobre o tema e links para obras essenciais a respeito do mesmo.

Aproveito ainda para acrescentar vídeo sobre a situação do transporte público em Cuba onde a ideia bisonha de catraca livre se firmou. Nem preciso lembrar que Cuba é uma relíquia comunista que estamos financiando à revelia.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Série Drácula, 1 episódio - Blood is the Life

Primeiro episódio legendado da série Drácula com Jonathan Rhys Meyers. Drácula é ressuscitado e chega a Londres como o industrial americano Alexander Grayson em busca de vingança contra a Ordem do Dragão. Ironicamente, Alexander apresenta a luz elétrica aos londrinos. Na festa que faz para apresentar a novidade da lâmpada elétrica, contudo, dá de cara com Mina, a encarnação de sua amada morta pela Ordem do Dragão. Abaixo, com duas escolhas de players (a resolução deixa a desejar, mas melhor do que nada).

Atenção:
 no segundo player, Vodlocker, fechar o anúncio antes de clicar no play >.

Maneira bem-humorada de criticar propagandas sexistas

Modelito calendário de oficina de mecânico mambembe precisa ser mudado
A grande reivindicação da última geração de feministas parece ser o direito de ser feia, direito que os homens sempre tiveram (sic). É fato que, educadas para serem objetos de uso masculino, as mulheres sempre tiveram a aparência supervalorizada, em detrimento de características muito mais relevantes de suas pessoas, criando muita ansiedade nas moças que tentam se encaixar em padrões de beleza irrealistas.

No entanto, acho um grande equívoco essa história de direito a ser feia. Substituir padrões de beleza por padrões de feiura é uma posição reativa e ressentida que não leva a nada. Em artes marciais, quando um adversário é mais poderoso do que você, se tenta derrotá-lo com raiva e de frente, você inevitavelmente perderá a contenda. Se quiser de fato derrotá-lo, tem que manter a calma e até o humor e usar a força do adversário contra ele. As mulheres têm mais é que capitalizar essa hipervalorização da aparência feminina a seu favor, sem se deixar escravizar por ela. Hoje em dia boa aparência é um abre-portas inclusive para os homens. O seu oposto, a feiura, o desleixo, fecham portas para muitas carreiras. Depois não adianta reclamar de sexismo quando não consegue emprego por aparecer em público como se estivesse em casa, sozinha e muito de folga.

O melhor a fazer é ridicularizar as propagandas de produtos e de beleza que apresentam as mulheres em imagens e posições absolutamente fora da realidade. Lembrando sempre, contudo, que modelos se submetem a certos papéis porque ganham muito dinheiro com isso. São os ossos do ofício, e só mesmo cada mulher individualmente pode avaliar a capacidade que tem de roer os muitos ossos que lhe aparecem pelo caminho.

Foi o que fez o gerente geral da concessionária Motocorsa, Arun Sharma, em Oregon, ao ser acusado de apelar na campanha de promoção da moto Ducati 1199 Panigale. Nas imagens da campanha promocional, a modelo Kylie Shea Lewallen aparece em posições contorcionistas e supostamente sensuais sobre e junto à moto. Aquele velho modelito de foto que costuma decorar lojas de mecânicos mambembes. 

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A rua foi sequestrada por vândalos e movimentos sociais que flertam com vândalos

Rua sequestrada por vândalos e movimentos sociais que flertam com vândalos
De fato, a direita brasileira sempre foi a descrita por Magnoli, conservadora na moral e nos costumes e estatista até a medula dos ossos. A nova direita, da qual um dos arautos é o colunista da VEJA Rodrigo Constantino, uma direita conservadora mas com tintas liberais, daí defensora do Estado mínimo, etc.., só existe na cabeça dele e ainda está em gestação no Brasil. Tem tudo, aliás, para ser o bebê de Rosemary, quando finalmente vir à luz, porque mistura alhos com muitos bugalhos.

Entretanto, acho que Magnoli erra ao dizer até jocosamente que o capitalismo de Estado do petismo não é de esquerda. A esquerda, após o fracasso da economia planificada do socialismo real, aderiu à formula do meio-irmão fascista, tratando de fazer uma espécie de fusão entre o Estado e empresários compadres, exatamente o tal capitalismo de Estado. É aquela velha história: o lobo perde o pelo mas não perde o vício. Manteve o estado enorme e autoritário da esquerda, agora financiado pelos capitalistas de araque e pelo povo explorado por ambos. Continua, portanto, de esquerda.  

“Eu sou de esquerda; o governo é de direita”
Demétrio Magnoli, sociólogo e doutor em geografia humana

Convidado para o Congresso da Primavera, evento realizado na última semana em Curitiba pela seccional paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR), o sociólogo Demétrio Magnoli diz que, embora as reivindicações dos movimentos das ruas tenham sido vagas, foram extremamente claras. “Ao levantarem o problema de direitos universais e de serviços públicos universais, como saúde e educação, os protestos perfuram a lógica política do atual governo”, diz. Considerado uma voz de direita entre os intelectuais brasileiros, Magnoli, nesta entrevista exclusiva à Gazeta do Povo, não poupa críticas à atual gestão federal e à crise de representatividade.

Já é possível tirar uma conclusão sobre os protestos de rua e seu lugar na história recente?

Já dá para ter conclusões iniciais. A primeira coisa é separar as jornadas de junho do que veio depois. As jornadas de junho foram manifestações multitudinárias [que reuniram multidões]. Dezenas de milhares de pessoas foram às ruas e levantaram temas que dizem respeito a direitos universais, como saúde e educação. O que veio depois foram movimentos de minoria, que é uma coisa completamente diferente. São reivindicações particulares de movimentos sociais, essencialmente governistas, e que operam dentro da lógica política do atual governo. A novidade de junho foram essas manifestações que, ao levantarem o problema de direitos universais e de serviços públicos universais, perfuram a lógica política do atual governo. As reivindicações foram justamente por saúde e educação, que são coisas que foram relegadas ao longo desses dez anos de suposto progresso e avanço do Brasil. É nesse sentido que as manifestações criam um novo cenário político, onde mesmo que tenham adormecido, deixaram mensagens que continuam a repercutir e que vão repercutir nas eleições de 2014.

É possível que as manifestações renasçam?

É difícil dizer isso, porque as manifestações de junho foram interrompidas por ações de vandalismo que repugnam as pessoas. Os grupos de vândalos que hoje atuam nas ruas basicamente estão mandando a mensagem de que rua é lugar de vândalo. Eles contaminam todas as manifestações com a depredação, a violência. A conclusão que muitas pessoas começam a tirar – erroneamente, na minha opinião, mas passível de ser compreendida – é que se manifestar é se misturar com vândalos. Então acho difícil dar uma resposta clara neste momento. É preciso saber se as pessoas comuns, em suas reivindicações democráticas, vão conseguir retomar o lugar que é delas, que é o lugar de se manifestar por direitos, ou se esse lugar vai ser sequestrado de uma maneira mais definitiva por grupos de vândalos e por movimentos sociais organizados que muitas vezes flertam com os vândalos.

Muitas propostas de reforma política estão surgindo para tentar superar a crise de representação. Como o senhor as vê?

Só existe uma proposta de reforma política com começo, meio e fim, que é a do governo. O resto são ideias soltas. A do governo vai na direção oposta à mensagem das ruas. A mensagem das ruas é que a elite política se cristalizou como uma casta hostil ao interesse público, e a proposta de reforma política do governo é cristalizar ainda mais essa elite. Fazem isso dando todo poder aos partidos, com propostas de listas partidárias fechadas que não permitem ao povo votar em candidatos nominais, apenas em partidos. E há também a proposta de financiamento público exclusivo de campanha, o que significa verter dinheiro do povo para toda a elite política que o povo odeia. Querem me obrigar a financiar candidatos em que eu nunca votaria. Essas propostas distorcem ainda mais o sentido da representação política.

Em dez anos de PT no governo, houve uma confusão das relações de direita e esquerda do Brasil?

Eu acho, e já escrevi sobre isso, que o governo é conservador porque se nega a fazer uma série de reformas que tornariam a representação mais efetiva e mais transparente. É conservador porque estimula o capitalismo de Estado. É conservador, e mais do que isso, é restauracionista, porque quer restaurar o corporativismo varguista. Isso confunde um pouco as pessoas. Elas tendem a achar que o governo é de esquerda, mas ele tem muitas características de direita. A única característica de esquerda que ele conserva é uma atração incontrolável por ditaduras de esquerda. Mas apenas isso não faz alguém ser de esquerda. Eu sou de esquerda; o governo é de direita.

A “peemedebização” do governo contribui para essa percepção?

A “peemedebização” é o sintoma mais claro da formação de uma ampla coalizão da elite política em torno do PT, que é o escudo protetor dessa elite. É um fenômeno interessantíssimo do ponto de vista histórico e sociológico, porque o PT é um partido que surge contra a ordem, mas se transforma em um partido da ordem quando chega ao poder. E hoje se converte em um partido da velha ordem.

Fonte: Gazeta do Povo, 10/112013

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