8 de Março:

A origem revisitada do Dia Internacional da Mulher

Mulheres samurais

no Japão medieval

Quando Deus era mulher:

sociedades mais pacíficas e participativas

Aserá,

a esposa de Deus que foi apagada da História

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Uma questão: passe livre ou transporte livre?

Ontem, escrevi sobre as manifestações contra o aumento de R$0,20 na tarifa dos ônibus que descambaram em violência  e destruição - incoerentemente - de meios de transporte, como ônibus, estações do metrô, e prédios públicos.

Ontem também, em outra manifestação em São Paulo, foi a vez da política abusar da força e descer o cacete (simbólica e literalmente) nos manifestantes, disparar balas de borracha até contra o rosto de pessoas, bombas de gás lacrimogêneo, enfim, todo o arsenal repressivo das polícias em todo o mundo. Lastimável!

Ainda como  disse ontem, todo o protesto é aceitável em democracias desde que se mantenha pacífico. Quando desandam, como esses supostamente contra o aumento das passagens de ônibus, perdem a legitimidade. E como violência gera violência, fica-se aí numa bola de neve com extremistas de esquerda (PSOL, PSTU, PCO e petistas também, não se enganem) depredando o patrimônio público e a polícia respondendo com truculência indevida.

Por trás dos abusos dos manifestantes, existe o tal movimento passe livre que prega serviço de transporte gratuito para todos. Como tal coisa é impossível, pois tudo tem custo (serviços públicos são pagos por nós mesmos através de impostos), é necessário parar para apreciar melhor o assunto. Por isso, reproduzo abaixo texto da página do facebook Passe Livre Não Existe à guisa de reflexão.

Passe livre não, transporte livre sim

O passe livre nunca existirá. Acreditar que transporte é um direito é o mesmo que acreditar na obrigação de alguém lhe oferecer este serviço; é o mesmo que apoiar trabalho escravo. Motoristas terão que ser pagos, a construção dos ônibus terá que ser paga, os funcionários da estatal terão que ser pagos, cobradores terão que ser pagos e jamais haverá ônibus o suficiente para a prestação de um serviço decente.

Concordo que o preço da passagem é alto, mas isso não ocorre simplesmente porque o governo decide aumentar o preço da passagem. Isso ocorre porque ele cria um cartel de empresas para prestar esse serviço e dificulta ao ponto de praticamente proibir que outras empresas que não fazem parte ofereçam o serviço.

Para se ter um táxi é praticamente impossível pois o número das licenças são limitadas (o valor no RJ é de R$100.000,00 para obter as licenças). É crime cobrar para levar seus amigos ou conhecidos a algum lugar; é crime oferecer transporte com seu próprio carro. Mototaxi é perseguido; vans que não são licenciadas pela prefeitura são perseguidas. 

Tudo isso para proteger o cartel criado pelo governo! Ao invés do passe livre, exijam transporte livre! É possível fazer uma manifestação muito maior do que essa, unindo taxistas revindicando menos impostos e menos burocracia, chamando pessoas que trabalham com moto táxi, pedindo ajuda a empresas de ônibus que são excluídas pelo cartel, motoristas de van e pessoas interessadas em oferecer serviço de transporte com o próprio carro! 

Faça essa ideia seguir adiante! Se continuarmos nesse ritmo nunca iremos mudar nada, isso é uma cortina de fumaça. Pagaremos da mesma forma através de impostos que serão realocados. Sem falar que já financiamos através de impostos o subsídio governamental que é dado para essas empresas! Compartilhe!

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Protesto que descamba para a violência e o vandalismo perde a credibilidade

Vanderlei Vignoli
Vanderlei Vignoli é o nome do policial militar que foi agredido perto da Praça da Sé, região central da cidade, na noite da terça-feira (11) durante o protesto contra o aumento na tarifa dos transportes. Vignoli que trabalha na segurança do Tribunal de Justiça de São Paulo chegou a sacar a arma, mas não atirou.

Em entrevista ao SPTV, o policial afirmou ter sido atingido com pedradas: “Fui atacado com muitas pedras, diversas pedras e aí acabei caindo e fiquei desacordado durante alguns segundos. Fui atacado porque eu tava protegendo o patrimônio, a sociedade e população. Tinha também muitas pessoas voltando do trabalho, mulheres, crianças.”

Abaixo texto e vídeo de reportagem da Folha sobre o ataque ao policial e ataques outros. Então, claro, o transporte no país, como quase tudo, é caro e de má qualidade. Daí vinte centavos podem virar gota d'água de um copo até aqui de ressentimento e mágoa. No entanto, todavia, contudo, quando um manifesto justo descamba para violências e vandalismos como as descritas a seguir pelo repórter Giba Bergamim JR. sua credibilidade fica seriamente arranhada. É preciso ser muito otário para não ver a instrumentalização política desses protestos pelos extremistas esquerdiotas de sempre e, por trás deles, seguramente o dedo sujo do PT, ainda que este agora pose de defensor do Estado de Direito, criticando os "baderneiros".

Triste Brasil: extremistas de esquerda, direita, do escambau, inimigos entre si, mas irmanados na falta de rumo cada vez mais acentuada desta terra eternamente assolada pela estupidez.

Sozinho, PM quase foi linchado durante protesto na região da Sé

Giba Bergamim JR.

Um policial militar com rosto banhado de sangue, cercado e agredido com socos, chutes e pedras por cerca de dez manifestantes.

A cena na rua 11 de Agosto, a poucos passos da praça da Sé, marco zero da cidade de São Paulo, foi impressionante não só para mim, mas até para integrantes do Movimento Passe Livre, que organiza os atos contra a tarifa.

"O PM iria ser linchado", admitiu o estudante de Ciências Sociais Matheus Preis, 19, que, com outro grupo, tentava, para a proteção do PM, conter os mais radicais.

A agressão que testemunhei por volta das 20h30 ocorreu ao lado do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Após se levantar, sangrando, o PM tirou a arma do coldre e a apontou para os manifestantes. Depois, para o alto. Tive certeza de que ele iria atirar. Mas o policial militar não disparou nenhum tiro.

PICHAÇÃO

A agressão ocorreu quando a manifestação seguia pela região da Sé, após confronto entre policiais e manifestantes no Parque Dom Pedro.

Eu acompanhava parte do grupo que seguiu outro caminho. Foi quando o PM que atua na segurança do prédio viu um jovem pichando a parede do prédio da Justiça.

Com a mão na arma que estava no coldre, o policial correu e agarrou o rapaz, que tentou se desvencilhar.

Ambos caíram no chão, atracados. Foi quando parte do grupo começou a sequência de agressões com pedras, chutes, socos. Eram cerca de dez contra um. Sangrando na cabeça e no rosto, o policial conseguiu se levantar.

De pé, segurando o pichador ainda agachado pela gola da camisa, ele apontou a arma para os manifestantes.

Outros objetos foram lançados e o policial se protegeu, abaixando a cabeça.

Temi não só que o policial atirasse, para se proteger, mas também que o grupo continuasse a agressão. Por isso me aproximei de outros manifestantes que se posicionaram para proteger o PM.

O policial, que não consegui identificar, silenciou, enquanto o sangue escorria.

Junto com manifestantes que tentavam dar fim à confusão, gritei pedindo calma aos agressores. Em seguida, pedi a dois jovens que chamassem uma ambulância.

Não havia nenhum outro policial junto com ele na hora da confusão. Mesmo cercado, o PM saiu dali e caminhou só em direção a um acesso ao tribunal. Um colega se aproximou. Colocado num carro da corporação, foi levado ao hospital. Até a ontem, a sala de imprensa da PM não tinha informações sobre ele.

*

LEIA OUTRAS CENAS OCORRIDAS DURANTE O PROTESTO:

FATURAMENTO

Nas principais ruas do calçadão do centro financeiro de São Paulo as pessoas buscaram abrigo onde podiam durante os confrontos. "Ficou todo mundo muito assustado" disse Hilo Valnei Coutinho, 31, fiscal de uma loja Marisa no largo do Patriarca. Quase em frente, havia uma barricada em chamas feita com lixo. Segundo o funcionário, a loja fechou mais cedo e deixou de faturar na véspera do dia dos Namorados.

*

IPHONE

Um manifestante do grupo que voltou à avenida Paulista após os primeiros confrontos com a Polícia Militar desferiu cinco "voadoras" até conseguir quebrar um dos vidros da entrada da estação Trianon do metrô. Após destruir o vidro, sacou seu iPhone e registrou o feito.

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MOTORISTA

Um motorista de ônibus disse que foi ameaçado por um grupo. Em frente ao terminal Parque D. Pedro 2º, no momento em que estouraram as primeiras bombas da PM, o veículo foi cercado por manifestantes. "Estava com 15 passageiros e o pessoal de capuz ameaçou atear fogo. Pedi para saírem e aí eles destruíram tudo. Foi muita violência com quem não tem nada a ver", disse o motorista, que se identificou como Almeida.

*

PRESENTE

O vidro e o retrovisor do carro (um Renault Scénic) de José Aroldo, 56, foi quebrado em frente ao terminal Parque D. Pedro 2º. "O protesto é justo, mas não precisavam esculachar. Pelo menos, eles não levaram o presente da minha namorada, que estava dentro", disse, aliviado.


Fonte: Folha de São Paulo, 12/06/2013

quarta-feira, 12 de junho de 2013

“Sou fruto de estupro e a favor do aborto”

Filha de um estupro, Claudia Salgado fala sobre sua amarga experiência
Depoimento publicado originalmente no blog Olga que transcrevo aqui pela importância do tema. 

Claudia Salgado, 28 anos, gerente de varejo, fala de forma corajosa sobre a ilegalidade do aborto e suas consequências absurdas. Um viés humano e sincero nesse momento em que se debate o projeto de lei do nascituro.

Minha mãe tinha 18 anos na época em que foi estuprada. Ela não foi a única que sofreu este tipo de violência na família: tenho uma tia que também foi humilhada e estuprada por mais de um homem, mas não teve frutos disso, a não ser o trauma e a vida quebrada.

Somos de uma cidade muito pequena no interior de Santa Catarina. Ela havia saído com minha tia para dançar em uma matinê e, quando voltou para casa, sofreu agressão física muito brutal do avô, que era militar e muito rigído com regras e com relação às filhas saírem de casa. A família era muito grande – eram 5 filhas no total – e havia muita preocupação com relação as filhas ficarem mal faladas.

Estou abrindo isso para mostrar como ignorância só gera ignorância. Meu avô não é má pessoa, mas ele era alcoólatra e muito severo com as meninas.

Minha mãe ficou desesperada depois da surra que tomou e decidiu fugir de casa com minha tia. As duas estavam muito machucadas e vulneráveis e se sentaram desoladas nas escadarias da Catedral no centro da cidade, onde estes dois homens se aproximaram de forma amigável e ofereceram amparo. Elas inocentemente aceitaram e foram passar a noite na casa deles, onde haviam mais homens. Foi quando toda a violência física ocorreu. Minha tia era mais forte e conseguiu fugir, mas minha mãe não conseguiu e foi violentada por mais de um homem. Somos tão parecidas fisicamente que ela mesmo lamenta o fato de nem sequer saber qual deles é meu pai.

Naquela época as coisas não eram bem explicadas – em sua maioria, eram omitidas. Minha mãe não contou a ninguém o ocorrido, pois, além da vergonha, ela ainda se sentia mortificada de medo de que não acreditassem nela. Ela era tão inocente que nem sabia que estava grávida, nem foi atrás de justiça, apenas se fechou. E quando a barriga ficou impossível de disfarçar, ela não pôde mais negar e outra vez passou por mais humilhação. Teve que sair de casa às pressas, pois meu avô queria matá-la. Eu não acho que, para ela, seguir a gravidez foi uma escolha, ela não entendia o que estava acontecendo e só teve essa opção.

Essa história afetou minha vida e a relação com a minha mãe por muitas razões. Ela não tinha a menor estrutura emocional de ter um filho sob aquelas condições e naquela idade. E eu nunca me senti desejada. Minha infância ficou quebrada e minha vida, incompleta. Só soube dessa história quando tinha 11 anos. Até então, ela dizia que meu pai havia morrido num acidente enquanto ela estava grávida, o que eu sempre achei estranho, pois nunca havia visto uma foto ou algum registro de que ele realmente existira.

Minha infância ficou incompleta porque me faltou a figura paterna, minha mãe era instável emocionalmente, me senti enganada e não consegui assimilar quando ela me contou a minha origem. Me sentia humilhada quando via minhas amigas com seus pais num lar ajustado.

Sentia raiva da minha mãe porque ela me teve sem ter me desejado, embora existisse o respeito por saber que ela nunca deixou nada me faltar e sempre fez o possível para que eu crescesse com dignidade, tivesse uma boa educação e nada me faltasse.

Sempre tive o sentimento de que ela se importava comigo, mas não me amava… E até hoje tenho este sentimento, mas hoje é mais compreensível porque, com o tempo, adquiri maturidade para entender o quanto isso foi danoso e o quanto deve ter sido difícil para ela ter que conviver com o fantasma de um ato bárbaro. É muito difícil lidar com a dor da rejeição, ela nos deixa realmente miseráveis… E mesmo que você tente se agarrar a seu orgulho, esbravejar que está tudo bem e ser indiferente a situação, não tem como: aquilo está ali, é a realidade da sua vida e você precisa aceitar.

Acho que nesse caso é visível que a ignorância gerou tudo isso. Se ela tivesse mais abertura em casa e direito de expressão, mais compreensão da parte dos pais, nada disso teria acontecido.
Não sei se cabe dizer que ela poderia ter escolhido interromper a gravidez, pois acredito que ela nem se quer sabia que isso era possível naquela altura. E também sei que no fundo ela não se arrependeu, porque não fui uma filha ruim e nunca dei trabalho ou fiz algo que pudesse fazer com que ela se arrependesse de eu ter nascido. Pelo contrário, minha chegada na família foi recebida com muito amor, inclusive meu avô aceitou e foi um pai para mim. Quem me criou foram meus avós, minha mãe teve mais um papel de provedora, pois sempre trabalhou muito para garantir que nada me faltasse.

Acho apenas que ela deveria ter se empenhado mais em achar estes bandidos, mas, ao mesmo tempo, acredito que ela estava muito fragilizada naquele momento e não tinha condições de lutar por nada além da nossa sobrevivência. E devo confessar que sou uma pessoa de sorte, pois não tive um pré-natal e nasci muito saudável.


Acho esse projeto de lei um grande equívoco. Acredito que as mulheres deveriam ter suporte financeiro e emocional do governo para tomarem a decisão que melhor fosse conveniente a elas, especialmente num caso de estupro, em que deveria ser totalmente amparada e ter o direito de escolha de continuar ou interromper a gravidez. Não se trata apenas de receber uma esmola do governo, vai muito além disso… 


A FAVOR DO ABORTO


Por ser fruto de um estupro, me sinto até mesmo no direito moral de ser a favor do aborto. Eu sei o quanto foi horrível e quantas vezes desejei não ter nascido, pois acredito que a vida da minha mãe teria sido muito melhor se isso não tivesse acontecido. Ela teria tido mais tempo para concluir os estudos, fazer coisas que uma jovem da idade dela faria se não tivesse um filho nos braços. Ela não teria passado pela dor da reprovação, pela humilhação que passou e teria muito mais chance de ter formado uma família e ter um lar ajustado. Demorou muitos anos até que ela conseguisse (eu já era adolescente quando ela conheceu uma pessoa, com qual ela já está há 12 anos e tem outra filha). Ela também acabou de se formar em Direito, aos 47 anos de idade. Acho muito mais digno interromper uma gravidez indesejada do que colocar uma criança no mundo para sofrer e passar necessidades.

Eu fiquei extremamente sequelada, e não sinto a menor vontade de ser mãe. Não acredito que poderei ser boa o suficiente. Me sinto extremamente insegura e tenho muita resistência ao assunto. Sempre digo que só terei um filho se algum dia estiver em uma relação estável com alguém que queira muito, que me passe essa segurança.


O QUE PODEMOS FAZER


Eu acho que falta promover a igualdade, no sentido de que nós, mulheres, tenhamos autonomia sobre nossos próprios corpos e que possamos decidir por nós mesmas como ter um filho afetará nossas vidas e a da criança inocente. Sem interferência de religião, a mulher necessita ter esse direito e centros de apoio moral e psicológico. Vamos supor que homens pudessem engravidar, vocês acham que o aborto já não estaria legalizado?

Leis como essa são criadas, pois vivemos num mundo cheio de pessoas ignorantes e incapazes de pensar no dano que um estupro causa à história de uma pessoa.

Devemos promover discussões saudáveis e positivas sobre o assunto em um aspecto geral, derrubar dogmas e aumentar a consciência de um assunto que é importante na vida de muitas pessoas. Trabalhar com comunidades locais oferecendo suporte psicológico, oferecer uma plataforma neutra onde a mulher tenha espaço, sem ser julgada, e analisar realisticamente os prós e contras da gravidez. E que a mulher possa fazer sua própria decisão.

Fonte: Olga

terça-feira, 11 de junho de 2013

Trinta sites para baixar músicas gratuitamente


Lista com 30 sites internacionais para se ouvir e baixar música de maneira fácil, legal e gratuita. 
  1. The Internet Archive – O site que tem a proposta de organizar a web inclui em sua lista uma seleção com mais de 150 mil itens, entre músicas, podcasts e livros em áudio, licenciadas com Creative Commons. 
  2. Jamendo – Oferece links diretos para a música ou download via torrent. Com mais de 110 mil músicas o site está disponível em oito línguas diferentes, incluindo português. 
  3. Epitonic – É o lugar para baixar tudo de uma vez. Com diversas seleções sugeridas diariamente, você faz o download de maneira simples. 
  4. Fat Wreck Chords - Para os amantes de música punk o site é recheado dos clássicos. 
  5. Stereokiller – Muitos usuários dizem que é uma versão melhorada do MySpacededicado ao punk, ao hardcore e ao metal. Lá você encontra mais de 32 mil músicas, 43 mil bandas e um acervo com 9 mil críticas de álbuns. 
  6. Anti’s - Com o slogan: “Verdadeiros artistas criando grandes gravações em seus próprios termos.” (tradução livre) o site dispõe de um acervo com nomes como Michael Franti, Spearhead, Graffin Greg, Nick Cave e Billy Bragg. 
  7. 3hive – Um blog com navegação agradável que publica resenhas sobre as músicas e as disponibilizam em formato MP3. 
  8. itsfreedownloads – Para os usuários do iTunes é uma excelente opção para baixar músicas gratuitas de maneira legal. 
  9. mp3.com - Mais de 1 milhão de downloads de música gratuitos. Comece a explorar agora. 
  10. Purevolume.com – Seu forte é o streaming de música, mas também há uma grande opção de downloads. Busque pela organizada caixa de pesquisa ou navegue pelas categorias do site. 
  11. Last.FM – A rede social mais conhecida de músicas do mundo. Você monta seleções com as músicas que ouve e baixa de acordo com sua preferência. 
  12. iSound - Oferece streaming de alguns artistas e possuí um imenso catálogo para downloads gratuitos. 
  13. We7 – Com todos os tipos de músicas, você encontrará bandas que normalmente tem que pagar para conseguir MP3 completo. 
  14. Blentwell – Um site em evolução constante que mistura toneladas de misturas de DJs divididos por gênero. 
  15. MTV – A maior televisão de música do mundo oferece, toda semana, um novo grupo de cerca de uma dúzia de downloads em uma base um tanto irregular. Uma gota no oceano, mas as músicas são totalmente legais. 
  16. Freekidsmusic.com – Um parque de diversão para quem tem criança em casa. Você encontra uma imensidão de melodias de grande qualidade para os baixinhos. 
  17. Classic Cat – Mantém uma enorme lista de MP3 clássicos disponíveis na internet. Os arquivos não são hospedados no site, mas ele reúne de uma maneira muito simples de buscar. 
  18. Spinner (AOL Music) – Durante os últimos dois anos o site disponibiliza diariamente um apanhado com diversos MP3 para download. 
  19. Hulkshare – Uma plataforma de música que presta serviços a artistas, blogs, revistas e profissionais da indústria. Enviar e compartilhar suas músicas é simples e grátis. Também há o serviço Premium que libera algumas funções especiais. 
  20. Best MP3 Links – O portal reúne uma lista com centenas de links para sites onde você legalmente pode baixar música no formato MP3 gratuitamente. Separados por categorias que variam do humor, passando por eletrônica, até músicas temas de natal. 
  21. iLike – Uma rede social que permite descobrir novas músicas com ajuda de seus amigos. Muitos artistas aderiram a rede para disponibilizar seus discos gratuitamente para download. 
  22. Altsounds – Milhares de músicas com ótima qualidade para baixar em MP3 e sair ouvindo. 
  23. bt.etree.org – Disponibiliza faixas ao vivo via streaming de artistas como Ben Harper, Jerry Garcia, Blues Traveler, Trey Anastasio entre outros. 
  24. Stereogum – Com uma navegação fácil, o site publica músicas de maneira legal desde 2006. Além de disponibilizar fotos e vídeos dos mais variados artistas que você pode incorporar em qualquer site ou blog. 
  25. Web Banda unsigned – É um lugar para bandas independentes compartilhar sua música e serem notadas. Músicas de todos os gêneros ficam disponíveis para download e o site apresenta um gráfico com um ranking das mais baixadas. 
  26. Soundclick’s – As bandas disponibilizam seus discos e os fãs baixam as faixas para ouvir, simples e prático. 
  27. Honc – “Se você ama música este é o seu site”, com este slogan o portal faz com que bandas dos mais inusitados estilos compartilhem suas músicas com o mundo. 
  28. Indie Rock Cafe – O site oferece o melhor da música indie rock music, hot new songs,rock bands, e os lançamentos de álbuns em MP3. 
  29. DMusic – Desde 1998, atualiza diariamente o ranking dos 22 melhores artistas colocando para baixar seus álbuns. 
  30. iCompositions – “Nós ajudamos os artistas a se conectar, colaborar e compartilhar suas músicas com o mundo”. É dedicado aos músicos ou aspirantes.

    Fonte: Catraca Livre

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Estado ou não Estado, eis a questão?: Anarquistas, neoliberais e Foucault!

Contardo Calligaris
Neoliberais e anarquistas têm uma paixão comum: para ambos, a liberdade do indivíduo é o valor supremo

Por definição, os anarquistas não gostam de pertencer a coletividades, comunidades e grupos. Eles têm em comum uma antipatia (se não um ódio) pelos poderes instituídos, do Estado às igrejas, passando pelas torcidas, os partidos, os clubes etc. Fora esse sentimento comum, eles preferem pensar cada um por conta própria.

Mas, embora haja mil maneiras de ser anarquista, existe uma grande distinção que talvez seja legítima.

Há os anarquistas clássicos, que a esquerda gosta de incluir em suas fileiras. Grosso modo, eles acham que o fim do Estado e de todas as igrejas (por exemplo) criará uma nova sociedade de homens livres e pares. Tradicionalmente, esses anarquistas, por serem alérgicos ao poder dos partidos e dos Estados pretensamente "revolucionários", foram usados e, no fim, massacrados por seus supostos "companheiros" comunistas e socialistas (como aconteceu na guerra da Espanha).

E há os anarquistas que são hoje chamados de anarco-capitalistas, que a direita gosta de incorporar. Os anarco-capitalistas não sonham com uma sociedade radicalmente nova, eles apostam que a economia de mercado seja capaz de se contrapor ao Estado e aos poderes instituídos, de forma a substituí-los e torná-los desnecessários.

O que se ganharia com isso? Os anarco-capitalistas acham que, em matéria de liberdade, ser consumidor é um jeito relativamente pouco custoso de ser cidadão. Isso, sobretudo nas últimas décadas, em que o consumo tende a não ser massificado. Ou seja, a ideia anarco-capitalista é que, se deixássemos o mercado regrar nossa sociedade, nossa vida seria menos controlada e regrada do que ela é agora, pelo Estado e outros poderes.

Pergunta: sem o Estado, quem nos protegeria contra os abusos do mercado? É bom não esquecer que os anarquistas, em tese, se protegem sozinhos: se você não gosta de delegar poder a uma instituição, seja ela qual for, deve estar disposto a fazer polícia e justiça com suas mãos (é por isso, aliás, que o movimento libertário dos EUA sempre será fortemente favorável à livre circulação das armas).

Fato curioso, há uma similitude entre os anarco-capitalistas e os neoliberais. Mas é melhor explicar um pouco, porque (sobretudo se formos "progressistas") nossa visão dos neoliberais é distorcida.

Os liberais clássicos, tipo Adam Smith, querem preservar a liberdade do mercado dentro de qualquer sistema político.

Para os neoliberais de hoje, o mercado poderia (ou deveria) substituir qualquer sistema de governo a ponto de torná-lo desnecessário.

Há duas maneiras de entender essa ideia. Uma consiste em pensar que os neoliberais querem nos entregar de mãos atadas às grandes corporações e à sedução de sua propaganda. A outra consiste em pensar que os neoliberais são extremamente próximos dos anarco-capitalistas: querem que o mercado nos liberte, ou melhor, imaginam que o mercado seja a forma de organização social mínima, a que controla menos a nossa vida.

Para quem se deu a pena de ler Friedrich Hayek (que talvez seja o maior pensador do neoliberalismo --vários livros em português, publicados pelo Instituto Ludwig Von Mises), a resposta que faz mais sentido é a segunda.

Ou seja, há uma séria proximidade entre neoliberais e anarco-capitalistas. Essa proximidade consiste numa paixão comum pela liberdade do indivíduo como valor que não pode nem deve ser alienado em favor de entidade coletiva alguma.

Um sociólogo francês, Geoffroy de Lagasnerie, tenta há tempos defender uma leitura atenta dos autores neoliberais (para ter uma ideia da polêmica, um artigo dele de 2011, no "Le Monde", http://migre.me/eSa0S).

Em 2012, De Lagasnerie publicou um livro crucial sobre Michel Foucault, que acaba de ser traduzido, "A Última Lição de Michel Foucault" (Três Estrelas).

O livro mostra o irrefutável: em seu último seminário ("O Nascimento da Biopolítica", Martins Fontes), Foucault (um ícone da esquerda) leu, apresentou e (pasme) levou a sério os pensadores neoliberais (Hayek, em particular). E não foi uma loucura de última hora. Ao contrário, o interesse de Foucault pelos neoliberais não deveria nos escandalizar.

Aliás, qual seria o escândalo? Aparentemente, a ideia de que, para o bem ou para o mal, o neoliberalismo é também uma grandiosa defesa da diversidade e da liberdade do indivíduo --fato que não podia deixar indiferente o maior pensador anarquista do século 20, Michel Foucault.

@ccalligaris

Fonte: Folha de SP, 6 DE JUNHO DE 2013

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