8 de Março:

A origem revisitada do Dia Internacional da Mulher

Mulheres samurais

no Japão medieval

Quando Deus era mulher:

sociedades mais pacíficas e participativas

Aserá,

a esposa de Deus que foi apagada da História

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Nara Leão: a tímida revolucionária da Bossa Nova que marcou toda a música brasileira.

Nara e seu violão

A série O Canto Livre de Nara Leão ficou bem legal. A Nara era de uma geração anterior a minha. Quando estava inaugurando a Bossa Nova, eu era uma menina, mas como ela percorreu várias décadas de cantorias, acabou sendo minha contemporânea também.

O que não sabia sobre ela - e aprendi com a série - é que, por trás da aparência frágil e tímida - Nara era cheia de personalidade e pioneirismo. Era eclética e furava as bolhas dos movimentos musicais, sendo considerada traíra de muitos. Largou a Bossa Nova pra ir cantar música de protesto e dos cantores do morro. Depois, pra horror dos nacionalistas puristas da MPB, se aproximou da Jovem Guarda e gravou disco com músicas do Roberto e do Erasmo Carlos. Em seguida desembocou na Tropicália, ostentando seu lado disruptor. E no fim da vida voltou à Bossa Nova, fechando um ciclo. Revelou inúmeros cantores, cantoras e compositores importantes para a cultura brasileira.

A série é uma aula de História não só da MPB mas também do Brasil através da trajetória artística e pessoal de uma mulher notável. Foi feita com colaboração do neto dela, José Bial, filho da cineasta Isabel Diegues, filha de Nara, com o jornalista Pedro Bial. Isabel também colaborou com a produção que ficou a cargo do Conversa.Doc e teve a direção do Renato Terra.

Me emocionei bastante principalmente pelo canto da Nara ser em boa parte trilha sonora da minha própria vida. Mas as novas gerações também precisam conhecer a Nara e sua importância para nossa música, hoje em dia tão avacalhada (como tudo o mais neste país aliás). Certamente vão gostar dela e saber que o Brasil já foi bem mais criativo e inteligente. A discografia e mais informações sobre a cantora podem ser acessados em seu site oficial (aqui).

A série está no Globoplay.


quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Feliz 1984: o Ministério da Verdade começou no Brasil

As pessoas que compraram a história absurda de um Lula defensor da democracia contra o fascista do Bolsonaro que ameaçava o Estado democrático de direito - e não falo de petistas - meteram o país numa narrativa orwelliana.

Lembram do lema do partido Socing (socialismo inglês) “Guerra é Paz; Liberdade é Escravidão; Ignorância é Força”? Na obra-prima, "1984", sempre citada por sua brilhante análise do caráter autoritário, os paradoxos abundam: o Ministério do Amor combate o desejo e os amantes; o da Paz administra a Guerra; o da Fartura administra a Fome e o Ministério da Verdade se encarrega de censurar notícias e de criar mentiras a serviço do Partido.

Lula, um notório amigo íntimo de ditadores mundo a fora, e seu partido defensor da hegemonia, conceito que nunca rima com democracia, nunca poderiam ter sido travestidos de defensores de algo que abominam. Juntaram-se a um STF temeroso de ser impichado por um futuro governo Bolsonaro e que, em particular na pessoa de Alexandre de Moraes, vem prendendo gente sem o devido processo legal, sem que as pessoas saibam do que estão realmente sendo acusadas e sem que seus advogados tenham acesso aos processos, fora censurar a mídia e a rede social de bolsonaristas. Um festival de arbítrios de dar inveja aos generais da ditadura de 64. Me contraponho a essa nojeira citando Voltaire: “Posso não concordar com uma única palavra do que diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-la”.

Todavia, como uma sociedade idiotizada resolveu dar endosso à farsa de defensores da democracia dos lulopetistas, agora eles se sentem à vontade para estabelecer seu Ministério da Verdade a fim de censurar notícias e criar mentiras a serviço do Partido e em nome da democracia. 

O abjeto Renan Calheiros, aliado de Lula, já se saiu com seu projeto orwelliano autoritário chamado "Pacotão da Democracia" que visa amordaçá-la. E o governo - sim o governo - já aparece com a “Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia”, a "Secretaria de Políticas Digitais" e a "Assessoria Especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade".

Enquanto isso, o grupo Prerrogativas (advogados petistas) quer levar Bolsonaro à justiça para poder torná-lo inelegível. Sou favorável à igualdade de todos perante a lei, inclusive no referente aos picaretas: se Lula está solto e presidente, Bolsonaro tem que continuar livre e concorrente O fato é que - gostemos ou não dos bolsonaristas - eles foram os únicos, com seu aloprado Presidente, que configuraram real oposição ao sonho petista de se eternizar no poder para reescrever a História, acabar com a democracia e roubar até o osso dos cachorros.

No editorial do Estadão abaixo, o jornal detalha o projeto petista de criar sua polícia do pensamento e seu Ministério da Verdade. Parabéns aos envolvidos. 

𝐎 𝐦𝐨𝐧𝐨𝐩ó𝐥𝐢𝐨 𝐥𝐮𝐥𝐨𝐩𝐞𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐝𝐚 𝐯𝐞𝐫𝐝𝐚𝐝𝐞
(Editorial Estadão,05/01/2023)

Levou apenas um par de dias para que o cacoete autoritário do governo lulopetista se manifestasse – revestido, é claro, e como sempre, das melhores intenções.

No dia 2 passado, ao tomar posse como ministro-chefe da AGU, Jorge Rodrigo Messias anunciou a criação de uma tal “Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia”, que tem entre suas competências “representar a União, judicial e extrajudicialmente, em demandas e procedimentos para resposta e enfrentamento à desinformação sobre políticas públicas”. Trata-se de perigosa formulação, pois nada impede, a não ser escrúpulos éticos, que o governo classifique como “desinformação” o que é mera opinião. Abre-se uma avenida para o constrangimento de críticos do governo, a título de impedir a disseminação de mentiras tendentes a prejudicar o funcionamento do Estado e, no limite, a democracia.
Tudo é ainda mais estupefaciente porque o próprio advogado-geral da União reconheceu que não há lei que defina o que é desinformação. Mesmo assim, Messias achou que era o caso de não apenas criar a Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia – como se já não houvesse o Ministério Público para fazê-lo –, mas também de tomar para a AGU a prerrogativa de definir o que é desinformação. Tomem nota: “Mentira voluntária, dolosa, com o objetivo claro de prejudicar a correta execução das políticas públicas com prejuízo à sociedade e com o objetivo de promover ataques deliberados aos membros dos Poderes com mentiras que efetivamente embaracem o exercício de suas funções públicas”. Tudo vago o suficiente para servir de base a qualquer coisa – bem ao gosto de governos arbitrários.

Em outra frente, o secretário de Comunicação Social da Presidência, deputado Paulo Pimenta, anunciou a criação da Secretaria de Políticas Digitais, uma estrutura que funcionará no Palácio do Planalto para “combater a desinformação e o discurso do ódio nas redes sociais”. Ora, não cabe a um governo determinar o que é desinformação, muito menos ter uma estrutura devotada a “combater” o que chama de “discurso de ódio” – nome genérico que os petistas certamente usarão, como já o fazem, para qualificar as críticas de opositores.

É claro que, como de hábito, os petistas prometem que tudo isso será precedido de “amplo debate”, mas já se sabe com quem – a patota de sempre. Se é para valer, essa polícia do pensamento deve começar enquadrando o próprio secretário Paulo Pimenta, que é um adepto da lunática teoria segundo a qual o atentado a faca sofrido por Jair Bolsonaro foi uma armação – uma clássica fake news.

Por sua vez, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, anunciou em seu discurso de posse a criação da Assessoria Especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade. Nada menos. Não há razão para duvidar da boa intenção do ministro, um jurista respeitável e com reconhecido histórico de defesa dos direitos humanos, mas causa apreensão que um governo pretenda estabelecer a “verdade” e a “memória” de um país, pois é exatamente assim que regimes autoritários se consolidam.
Não se sabe o que mais virá por aí, mas apenas esses exemplos bastam para concluir que o lulopetismo parece empenhado em reescrever a história, na qual se destacam os muitos crimes cometidos durante os governos de Lula e de Dilma Rousseff, e em determinar como o novo governo petista será descrito agora e no futuro, criminalizando opiniões contrárias.

Decerto movido pelo rancor de quem se julga injustiçado, o PT arreganha os dentes, sem qualquer gesto de distensão nem, muito menos, de conciliação. Pelo contrário: conforme já era esperado, os petistas, nem bem Lula esquentou a cadeira presidencial, põem em prática sua conhecida estratégia de demonizar os opositores e de reivindicar o monopólio absoluto da verdade. Para o presidente e sua turma, convictos de que encarnam o “povo” em toda a sua “diversidade”, só é válida a opinião de quem reconhece Lula como o redentor dos pobres. Considerem-se avisados: aos que não aceitarem o credo petista, resta a danação. 

terça-feira, 19 de outubro de 2021

Dia do professor foi criado por iniciativa de Antonieta de Barros, primeira deputada negra do Brasil

Antonieta foi a primeira mulher a ocupar um cargo no Legislativo em Santa Catarina — Foto: Reprodução/ NSC TV
A partir de 1963 o Dia do Professor passou a ser comemorado oficialmente em 15 de outubro em todo o Brasil. Mas a data já era celebrada em Santa Catarina desde 1948 por iniciativa de Antonieta de Barros, a primeira mulher negra a ser eleita deputada no país. Professora por formação e filha de uma ex-escrava, ela teve papel fundamental na luta pela igualdade racial e pelos direitos das mulheres.

O dia 15 de outubro foi escolhido como Dia do Professor em referência à data em que o imperador D. Pedro I instituiu o Ensino Elementar no Brasil, em 1827. No ano de 1947, o professor paulista Salomão Becker já havia proposto a criação de um dia de confraternização e homenagem aos professores. No ano seguinte, Antonieta de Barros apresentou à Assembleia Legislativa catarinense o projeto de lei que criava o Dia do Professor. Somente 15 anos depois é que a data passou a ser oficializada em todo o Brasil, após a assinatura de um decreto do presidente João Goulart.

Projeto de lei de Antonieta de Barros — Foto: Reprodução Alesc/Divulgação

A trajetória de vida de Antonieta de Barros é admirável. Nascida em Florianópolis, em 1901, ela teve uma infância difícil. Após ser libertada da escravidão, sua mãe trabalhou como lavadeira e, para completar o orçamento, transformou sua casa em pensão para estudantes. O pai de Antonieta, um jardineiro, morreu quando ela ainda era menina.

Foi convivendo com os estudantes na pensão de sua mãe que Antonieta se alfabetizou. Aos 17 anos, entrou na Escola Normal Catarinense, concluindo o curso em 1921. No ano seguinte, fundou o Curso Particular Antonieta de Barros, voltado para a educação da população carente.

Antonieta também trabalhou como jornalista, sendo fundadora do periódico A Semana, que circulou entre 1922 e 1927. Por meio de suas crônicas, divulgava ideias ligadas às questões da educação, dos desmandos políticos, da condição feminina e do preconceito.

Em 1934, na primeira vez em que as mulheres brasileiras puderam votar e se candidatar, filiou-se ao Partido Liberal Catarinense, elegendo-se deputada estadual. Uma das principais bandeiras de seu mandato foi a concessão de bolsas de estudo para alunos carentes. Ela exerceu o mandato até 1937, quando começou o período ditatorial de Getúlio Vargas. No mesmo ano, sob o pseudônimo Maria da Ilha, escreveu o livro Farrapos de Ideais.

Em 1947, após o fim da ditadura Vargas, ela se elegeu deputada novamente, desta vez pelo Partido Social Democrático, cumprindo o mandato até 1951. Antonieta nunca deixou de exercer o magistério. Ela dirigiu a escola que levava seu nome até morrer, em 1952.

Clipping Primeira deputada negra do Brasil criou o Dia do Professor em 1948, History, sem data. 

terça-feira, 5 de outubro de 2021

Jogos Heraeanos: as Olimpíadas das mulheres gregas

Uma escultura de bronze de uma atleta de c. 560 AC. Crédito: Caeciliusinhorto / Wikimedia Commons / CC BY-SA 4.0

Os Jogos Olímpicos são o evento esportivo mais espetacular e histórico do mundo. Os Jogos normalmente reúnem mais de cem países competindo em 35 esportes diferentes e 400 eventos.

Os Jogos Olímpicos modernos evoluíram a partir dos jogos antigos realizados no início do século 8 a.C. na cidade de Olímpia, na Grécia Antiga, de onde provém seu nome. Esta versão inicial da competição foi reservada exclusivamente para os homens, como uma demonstração de sua força, habilidade e resistência.

Mas os textos do antigo geógrafo grego Pausânias descrevem jogos também para mulheres, chamados Jogos Heraeanos,  realizados no século II d.C.

A História dos Jogos Heraeanos
Templo Olympia Hera
As ruínas do Templo de Hera em Olímpia. Crédito: Ingo Mehling / Wikimedia Commons / CC BY-SA 3.0
Existem bem poucos registros históricos dos Jogos Heraeanos, mas acredita-se que eles tenham ocorrido logo após os Jogos Olímpicos tradicionais, por volta de 776 a.C. Ambas as versões dos jogos foram realizadas no estádio de Olímpia.

Os Jogos Heraeanos, em homenagem à deusa grega Hera, aconteciam a cada quatro anos. Os jogos, associados à adolescência, eram considerados um rito de passagem das jovens para a idade adulta.

A competição inicialmente incluía apenas esportes de corrida. Os Jogos Heraenos não incluíam esportes de combate, que eram básicos nos jogos masculinos. Os Jogos Heraeanos incluíam:

Stadion: corrida de velocidade de curta distância na pista do estádio (177 metros)
Diaulos: duas corridas de velocidade consecutivas ao longo da pista do estádio (354 metros)
Hípios: quatro corridas consecutivas por todo o comprimento do estádio (708 metros)
Dolichos: uma corrida de resistência de 18 a 24 voltas ao redor do estádio (cerca de 5 quilômetros)

As vencedoras de cada corrida eram coroadas com folhas de oliveira, e os animais, sacrificados em nome de Hera. Os gregos acreditavam que as vencedoras seriam dotadas de força especial comendo a carne dos animais sacrificados.

As vencedoras também podiam dedicar retratos e estátuas a Hera e comemorar seus feitos atléticos inscrevendo seus nomes nas colunas do templo da deusa.

Mulheres vestindo o quíton

As mulheres dos Jogos Heraeanos competiam vestindo um quíton, uma espécie de túnica usada pelos antigos gregos, enquanto os homens participavam das competições completamente nus.

Tanto os jogos masculinos quanto os femininos foram interrompidos em 393 d.C., quando o imperador romano Teodósio proibiu os jogos pan-helênicos e outros festivais religiosos que eram celebrados na Grécia antiga.

A história de Cinisca e o atletismo das mulheres espartanas

As mulheres espartanas não eram forçadas a usar vestidos longos, um costume comum na maior parte da Grécia. Podiam usar túnicas curtas, uma característica da moda feminina local tida como símbolo da liberdade, força e agilidade pelas quais as mulheres de Esparta eram conhecidas.

A sociedade espartana se manteve firme na crença de que mulheres atléticas davam à luz a filhos fortes. Assim, as mulheres espartanas podiam andar a cavalo e viajar como quisessem bem como caçar e usar túnicas curtas.

Daí se acreditar que a maioria das participantes dos Jogos Heraeanos era espartana.

Cinisca, filha de Arquidamo II, Rei de Esparta, a primeira mulher a vencer os Jogos Olímpicos. Ela era a dona de uma carruagem que venceu a corrida de carruagem nos Jogos. Crédito: Sophie de Renneville / Wikimedia Commons / Domínio Público

Na verdade, Cinisca, filha de Arquidamo II, o rei de Esparta, foi a primeira mulher na história a vencer os jogos olímpicos masculinos.

Cinisca venceu as corridas de carruagem de quatro cavalos nos Jogos Olímpicos de 396 e 392 a.C, com carruagem de sua propriedade. Ela foi homenageada com uma estátua de bronze com sua imagem, e sua carruagem e seus cavalos foram exibidos no Templo de Zeus em Olímpia.

A inscrição na estátua diz:

Reis de Esparta, que são meu pai e irmãos, e
Cinisca, vitoriosa com uma carruagem de cavalos de patas velozes,
ergueram esta estátua. Eu me declaro a única mulher
em toda a Grécia que ganhou esta coroa.
Apelleas, filho de Kallikles, a esculpiu.

Tradução do grego antigo :

Σπάρτας μὲν βασιλῆες ἐμοὶ: πατέρες καὶ ἀδελφοί, ἅρματι δ’ὠκυπόδων ἵππων: νικῶσα Κυνίσκα εἰκόνα τάνδ’ ἔστασεν μόναν: δ’ἐμέ φαμι γυναικῶν Ἑλλάδος ἐκ πάσας τόν [-]: δε λαβεν στέφανον. Ἀπελλέας Καλλικλέος ἐπόησε.

Clipping The Heraean Games: When Greek Women Held Their Own Olympicspor Luisa Rosenstiehl, tradução de Míriam Martinho, Greek Reporter, 26/08/2021

terça-feira, 7 de setembro de 2021

Com QI maior que o de Einstein e Stephen Hawking, Adhara Pérez (9) estuda engenharia na universidade e quer ser astronauta

Aos 9 anos, Adhara faz dois cursos de engenharia
Com apenas 9 anos a mexicana Adhara Pérez planeja ser astronauta quando crescer. E se a maioria de nós também sonhava em voar entre as estrelas na infância, o caso da jovem natural da cidade de Véra Cruz tem um importante diferencial: com um QI de 162 que supera o quociente de grandes gênios de todos os tempos como Albert Einstein e Stephen Hawking, ambos com índice estimado em 160, Pérez já é uma sensação nos círculos acadêmicos por seus feitos impressionantemente precoces – e pelo futuro promissor que se sugere: o sonho de se tornar astronauta possivelmente se tornará realidade nesse caso.

Ainda que o ofício esteja ainda em seu futuro, o caminho da mexicana para o espaço já começou, e não é por acaso que ela veste com todo orgulho um boné da NASA em algumas de suas mais recentes publicações: em novembro próximo ela irá participar do IASP, o Programa Internacional Aéreo e Espacial, ligado à Agência americana. Reunindo jovens promissores do mundo todo em Huntsville, no estado do Alabama, nos EUA, por cinco dias o programa irá reunir engenheiros da NASA e estudantes para um mergulho em temas como trabalho de equipe, solução e comunicação para a “adaptação e solução de qualquer problema inesperado”.

Material oficial de divulgação da IASP, programa para qual Pérez foi selecionada
A participação no programa é mais um passo rumo ao futuro que deseja sem conter suas ambições, e além de viajar ao espaço, Pérez pretende participar das missões colonizadoras de Marte. Para isso ela não economiza esforços e, após concluir a escola com 8 anos, ela atualmente se dedica a dois cursos universitários: Engenharia de Sistemas na CNCI, e Engenharia Industrial na UNITEC, ambas no México. Antes de chegar ao espaço, portanto, seus planos imediatos ainda são terrenos, e a garota prodígio sonha em migrar para os EUA a fim de estudar para justamente se tornar uma astronauta.

Como era de se esperar, o caminho para chegar à Marte não é fácil, e com Pérez não foi diferente: diagnosticada com um quadro leve de Síndrome de Asperger aos 3 anos, ela sofreu bullying intenso em sua escola antes de ter seu quadro compreendido e seu potencial verdadeiramente estimulado – a situação levou a jovem a desenvolver um quadro de depressão nos primeiros anos de estudo. Felizmente tudo mudou, e hoje Instituições importantes nos EUA, como a Universidade do Arizona e a Rice University já convidaram a futura astronauta para estudar: as dificuldades financeiras da família, porém, fazem com que cada passo seja devidamente planejado – até chegar às estrelas.⭐

Clipping Menina de 9 anos com QI maior que Albert Einstein e Stephen Hawking quer ser astronauta, por Vítor Paiva, Hypeness, 23/08/2021

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