8 de Março:

A origem revisitada do Dia Internacional da Mulher

Mulheres samurais

no Japão medieval

Quando Deus era mulher:

sociedades mais pacíficas e participativas

Aserá,

a esposa de Deus que foi apagada da História

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Homens femininos: Andrej Pejic

Uma das postagens mais acessadas deste blog fala das mulheres fortes, aquelas mulheres que, desafiando os cânones da feminilidade, esculpem seus corpos com músculos de fazer inveja a muito marmanjo. Desta vez, resolvi ver o outro lado da moeda, ou seja, homens que desafiam os parâmetros de masculinidade não tanto por um trabalho pessoal mas sim por obra da própria natureza.

É o caso, por exemplo, do Top Model Andrej Pejic, sucesso internacional das passarelas que, com seu look andrógino, desfila tanto como homem quanto como mulher. Naturalmente, os makes e as roupas femininas o ajudam a desfilar como mulher, mas a base é natural mesmo. E o rapaz-moça é belíssimo(a). Para os machões, sem dúvida, um tapa de luva de pelica ou um soco no estômago!? Para quem simplesmente aprecia a beleza, contudo, de tirar o fôlego.

Abaixo três vídeos com Andrej, uma entrevista, legendada em português, um clip de seus momentos em passarelas e outro, um clip do diretor japonês Fumi Nagasaka para a Dazed Digital.



quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Clipping legal: Os 100 livros essenciais da literatura mundial

A revista BRAVO! enumerou 100 livros de literatura que não podem faltar em sua lista de livros de leitura imprescindível. Para chegar a esses 100 livros, a revista contou com a ajuda de colaboradores e se baseou  nos estudos do crítico americano Harold Bloom, autor de O Cânone Ocidental e Gênio, além de rankings anteriores, como os da revista Time e da Modern Library, selo tradicional da editora americana Random House. Como toda a lista de "essenciais", está aberta à crítica e a adendos, possibilitando o surgimento de outras listas. Entretanto, de fato, lendo esses 100 mais, você já pode dizer que conhece um pouco de literatura e, sendo a literatura a antropologia das antropologias, segundo Fernando Cristóvão, da Universidade de Lisboa, que conhece também algo sobre o gênero humano. Listarei os 100 em quatro postagens.

Abaixo os primeiros vinte e cinco:

1. Ilíada, de Homero
"Aira, Deusa, celebra do Peleio Aquiles o irado desvario, que aos Aqueus tantas penas trouxe, e incontáveis almas arrojou no Hades." Com esses versos inicia-se a Ilíada, que, junto com a Odisseia, ambas atribuídas a Homero, lançou as bases da literatura ocidental. Ao discorrer sobre uma realidade vasta e profunda, esses dois poemas épicos não só contribuíram para moldar uma nação e uma cultura, mas também causaram impacto duradouro no que veio depois - ou seja, em quase todos os autores e obras descritos nas páginas que se seguem.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Flash Dance: What a feeling!

Alguns musicais ficam para sempre na memória, principalmente quando aliam hits inesquecíveis a bons números de dança, como é o caso do filme Flash Dance e da música What a Feeling. Nele, a atriz Jennifer Beals interpreta Alex Owens, uma moça que trabalha em uma fábrica durante o dia, em Pittsburgh, e durante a noite, como dançarina em um bar. Alex cai nas graças de seu patrão, Nick Hurley (Michael Nouri), que financia seu sonho de ser bailarina, e também encontra apoio na exigente mas calorosa professora Hanna Long (Lilia Skala).

Embora a marca registrada do filme tenha ficado por conta da cena do bar onde Alex dança sensualmente toda molhada, após receber uma ducha de água, a canção What a feeling, ganhadora do Oscar, tem o espírito da história de superação da protagonista que, no fim das contas, vê seu sonho realizado ao ser aprovada, para uma escola de balé, por um sisudo grupo de jurados.

Vale lembrar que, nas cenas de dança do filme, Jeniffer Beals é interpretada pela dublê Marine Jahan e que,  na época, 1983, a mulherada abusava dos cabelões, inclusive esta que lhes escreve. A música Flashdance...What a Feeling é de Giorgio Moroder e a letra de Keith Forsey e Irene Cara que também a interpreta na versão original. Recentemente, versões mixadas dessa música também foram lançadas e rolam ainda nas pickups dos DJ.

Abaixo, a letra de What a feeling e vídeos das cenas da ducha e do exame de Alex para essa postagem modelito "recordar é viver".

First, when there's nothing but a slow glowing dream/That your fear seems to hide deep inside your mind/All alone I have cried silent tears full of pride/In a world made of steel, made of stone/Well I hear the music, close my eyes, feel the rhythm/Wrap around, take a hold of my heart
[Chorus:]What a feeling, bein's believin'/I can't have it all, now I'm dancin' for my life/Take your passion, and make it happen/Pictures come alive, you can dance right through your life/ [Solo]Now I hear the music, close my eyes, I am rhythm/In a flash it takes hold of my heart
[chorus (with ... "now I'm dancing through my life")]What a feeling/What a feeling (I am music now), bein's believin' (I am rhythm now)/Pictures come alive, you can dance right through your life/What a feeling (I can really have it all)/What a feeling (Pictures come alive when I call)/I can have it all (I can really have it all)/Have it all (Pictures come alive when I call)/(call, call, call, call, what a feeling) I can have it all/(Bein's believin') bein's believin'/(Take your passion, make it happen) make it happen/(What a feeling) what a feeling... [to fade]



terça-feira, 1 de novembro de 2011

Algo se move no Brasil: Aliança pela Liberdade!

Quando escrevi sobre a situação das ONG, no Brasil, afirmei que uma das razões porque elas viraram chapa-branca e/ou via de lavagem de dinheiro, de corrupção, era a de que a população brasileira não as apoiava, que a mobilização civil em nossa sociedade é muito pequena, ao contrário do que ocorre, por exemplo, na sociedade americana. 

O mesmo se pode dizer de outras instâncias políticas, como movimentos sociais, universidades, etc. A baixa participação da população nas estruturas de ação política acaba deixando essas estruturas nas mãos de uma minoria de militantes, ligada a partidos majoritariamente de esquerda, que de fato representam os interesses de seus partidos e não da comunidade a que dizem representar.

Como exemplo do que digo, basta a ver o que ocorre quando há uma pequena mudança no comportamento da verdadeira população. Nas eleições, para o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade de Brasília (UnB), da última semana, quando houve a participação de apenas 20% da comunidade universitária, porém bem mais que em outras eleições, um grupo apartidário, de perspectiva liberal, chamado Aliança pela Liberdade, venceu o pleito, com 22,13% dos 5.782 votos, contra outras chapas de esquerda. Desde 2000, não se via essa novidade na UnB, considerada um dos maiores antros do esquerdismo rastaquera do país.

Nas propostas do grupo, os interesses reais dos alunos como o aumento da segurança, o incentivo a parcerias com fundações privadas e a melhoria na gestão da burocrática instituição de ensino. Nada de reforma agrária, destruição do capitalismo global ou defesa de Fidel Castro.

Essa garotada precisa exportar sua experiência bem-sucedida para outras universidades brasileiras, infestadas de esquerdiotas que se dizem representantes dos estudantes porque estes não os contestam. Abaixo vídeo de propaganda da chapa Aliança pela Liberdade, agora DCE da UnB.

domingo, 30 de outubro de 2011

A doença de Lula e a hipocrisia brasileira


Ontem, os jornais foram tomados pela notícia do diagnóstico de câncer na faringe de Lula. Como li certa feita em um texto budista, as doenças e a morte ocorrem todo o dia e são, portanto, o que de mais natural existe, mas não cansamos de nos espantar com elas. Também fiquei surpresa com a notícia e vislumbrei a possibilidade de a doença tirar Lula da cena política. Sonhar não custa.

Sim, digo isso sem qualquer constrangimento. Como pessoa física, o que pode acontecer com Lula não me interessa. Não torço por ele, pois não gosto dele e não sou hipócrita de agora posar de compungida por seu infortúnio, porém, também não lhe desejo mal. Seu futuro está nas mãos do destino assim como o meu, à parte nossas diferentes condições orçamentárias para lidar com o fado. Não sou eu que irei julgá-lo por via dessa situação.

Agora, como persona política, sim, desejaria muito que a doença o aposentasse precocemente de seu ofício. Lula é um líder negativo, populista, autoritário e o padroeiro da corrupção pandêmica que assola o país. Disse ontem pelo twitter quanto era irônico seu câncer ser logo na laringe, já que ele nada fez, em seus dois mandatos e até agora, a não ser empregar a voz rascante para disseminar o câncer da mentira e da mistificação, o câncer da difamação e da calúnia contra adversários políticos, o câncer da discórdia entre brasileiros de norte a sul, o câncer do combate à imprensa e à liberdade de expressão e, sobretudo, o câncer da corrupção e da impunidade. E agora é exatamente a perda da voz seu maior risco, já que o de vida parece ser mínimo. E que ninguém se iluda. Três meses de quimioterapia e provável radioterapia afetarão a voz de Lula de qualquer forma. A extensão do dano é que não se pode prever. Dificilmente, porém, veremos esse senhor novamente vociferar contra inimigos reais e imaginários (sobretudo estes), vermelho e espumando como se estivesse à beira de um ataque apoplético.

De qualquer forma, vale ressaltar que ele não está com câncer na garganta em decorrência da justiça divina que resolveu puni-lo por seus incontáveis malfeitos. Está nessa condição pelas artimanhas do imponderável a quem ele deu uma boa força fumando e bebendo demais. O melhor dos homens, caprichando no fumacê e na garrafa, corre um bom risco de se ver na mesma situação. As doenças afetam qualquer ser vivo e não têm qualquer relação com valores morais. Se não fosse assim, crianças e animais, sem máculas de maldade, não teriam câncer, entre outras enfermidades, mas têm, como todos sabem.

Então, a doença de Lula não significa nada, muito menos o absolve de seus inúmeros defeitos e delitos. No entanto, ele e sua tchurma já começaram a transformar o câncer em um espetáculo deprimente de marketing político, a alimentar o mito do presidente mais popular que o Brasil já teve, agora também mártir. Se conseguir manter um fio de voz, Lula e a petralhada vão inclusive utilizar o infortúnio do câncer para fins eleitoreiros no futuro pleito presidencial, vide o que fizeram com Dilma Roussef. Preparem-se para cenas bem lastimáveis e demagógicas, centradas na suposta extraordinária capacidade de superação do ex-presidente. Fora que, caso venha a falecer, embora não me pareça o caso, petistas e outros avermelhados seguramente vão requisitar sua canonização à Igreja .

Nada que espante considerando com quem estamos lidando. O que espantou, porém, foi a reação de muitos jornalistas e políticos de “oposição” quanto ao caso de Lula, o que inclusive ajuda a entender como esse homem chegou aonde chegou em termos de imagem mistificada. Mesmo alguns jornalistas que vivem, no sentido de ganhar dinheiro mesmo, de criticar Lula e seus desmandos bem como os do PT e de seus aliados se saíram com embaraçosas declarações de apoio ao ex-presidente por meio de vivas e até promessas de rezas por sua saúde. Os grandes portais fecharam a área de comentários, abaixo das notícias sobre o tema, para que os muitos brasileiros que não gostam de Lula, por inúmeras razões, não pudessem expressar seus reais sentimentos sobre o tema. Respostas no twitter à notícia, com a tag #LulaNoSUS, foram tidas como mera baixaria, coisa de gente quase-humana, nos dizeres de um petista.

Quanta hipocrisia desses jornalistas e políticos de oposição (?) e, em alguns casos, quanta incoerência. Todos sabem que Lula e os petralhas trabalham há anos para acabar com a oposição e a liberdade de imprensa. Ontem mesmo, li um tuíte de um petralha (@peu93) que, à guisa de dar força ao ex-presidente, dizia: "Vamos tratar esse tumor como a oposição, vamos destroçá-lo e sair mais forte dele." Essa é a mentalidade antidemocrática de Lula e de toda a quadrilha que o cerca. Lula rebaixou o país ao seu nível e ao nível de sua turma. Nunca vi o Brasil tão medíocre, tão fanático, tão corruPTo, tão cheio de rancor. Não há razão alguma para desconsiderar toda essa obra de Lula só porque, agora, ele padece de uma doença que afeta milhares de pessoas no Brasil todos os anos, pessoas que, ao contrário dele, às voltas com o sistema público de saúde do país, jamais terão o tratamento de ponta que ele terá no Sírio-Libanês, um dos mais caros e renomados hospitais brasileiros. Vamos lembrar que só os 85 bilhões de reais roubados da população brasileira, no ano passado, pela via da corrupção, seriam mais do que suficientes para recuperar todos os hospitais públicos do Oiapoque ao Chuí e dotá-los de capacidade para atender dignamente a população que hoje em dia literalmente morre sem atendimento médico. Isso sem falar em outros hospitais que esse dinheiro poderia criar. (Vejam aqui a realidade da saúde pública brasileira: Falta de leitos em hospitais públicos levam pacientes à morte no Brasil).

Se, por questões de civilidade, não cabe soltar rojões pela doença de Lula e ficar lhe desejando o pior dos destinos (a tag #LulaNoSUS é obviamente política, um protesto pelo descaso ao qual esse senhor e sua pupila Dilma Roussef relegaram e relegam a saúde pública brasileira), também não cabe tratá-lo de forma adulatória e falsamente compungida. Para aqueles e aquelas que não gostam dele – e razões não faltam para tal - cabe apenas discrição sobre o assunto, mesmo porque qualquer um(a) de nós pode se ver às voltas com o mesmo mal, mesmo não fumando ou bebendo. Por outro lado, do ponto de vista político, não deixo de reafirmar meu desejo, citado no início deste texto, certa de que, se o universo me atender, o Brasil é que se beneficiará. Nós não temos oposição política. Quem sabe a oposição do destino não nos faça um pouco de justiça.

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