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Quando Deus era mulher:

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Aserá,

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sábado, 7 de março de 2015

Semana da mulher: campanha internacional contra o estupro será lançada em 9 de março

Chega de estupro
O documentário India’s Daughter (Filha da Índia) será lançado pela BBC4 amanhã (domingo), Dia Internacional da Mulher, e apresentado simultaneamente em outros sete países incluindo a Índia, a Suiça, a Noruega e o Canadá. Na segunda-feira, dia 9 de Março, as atrizes Freida Pinto e Meryl Streep comparecerão a uma sessão do documentário em Nova York para o lançamento da campanha mundial India’s Daughter contra a desigualdade de gênero e violência sexual contra mulheres e meninas. A campanha terá início com a apresentação do filme para 20 milhões de alunos em idade escolar que também participarão de oficinas sobre o tema em Maharashtra, a state that includes Mumbai. Ao contrário do que algumas mentes alienadas supõe, a violência contra a mulher é internacional, sistêmica, variando apenas o nível da mesma de acordo com cada país.

Nova Deli - Um documentário baseado no estupro coletivo fatal de uma mulher em Nova Deli em 2012 enfatiza a desigualdade de gêneros e os crimes sexuais na Índia, e a aparente falta de remorso dos condenados chocou até mesmo a diretora do filme.

“India's Daughter”, de Leslee Udwin, mostra conversas com Mukesh Singh e outros condenados que estupraram e torturaram uma jovem de 23 anos em um ônibus em movimento em dezembro de 2012, o que desencadeou protestos em todo o país e forçou a Índia a reforçar suas leis contra o estupro.

O filme terá sua estreia mundial no dia 8 de março na Índia, na Grã-Bretanha, na Dinamarca e em outros países simultaneamente por ocasião do Dia Internacional da Mulher.

Os comentários divulgados para a mídia revelam que, no documentário, Singh culpa a vítima pelo crime e por resistir ao estupro.

“Tive um vislumbre e uma compreensão da maneira como ele encara as mulheres. Isso é o que é mais chocante", declarou Udwin aos repórteres em Nova Délhi nesta terça-feira.

“A atitude de Mukesh é: por que (as pessoas) estão criando tanto caso conosco, todo mundo faz isso”.

Udwin, produtora da cultuada comédia “East is East”, de 1999, e sua sequência, disse ter se inspirado a fazer o filme depois de ver milhares de pessoas tomando as ruas de toda a Índia para se manifestarem contra o estupro coletivo.

A cineasta britânica trabalhou com um jornalista indiano durante dois anos para realizar o documentário de duas horas, selecionado entre 31 horas de entrevistas com os condenados.

Fonte: Exame, 03/03/2015


'Uma menina é mais responsável por um estupro do que o rapaz', diz condenado por estupro coletivo de jovem indiana em 2012

Ao centro, Mukesh Singh, acusado pelo estupro coletivo,
 que gerou protestos na Índia | AP Photo










A rede britânica BBC vai exibir no próximo domingo (8), Dia Internacional da Mulher, uma entrevista exclusiva com um dos homens condenados pelo estupro coletivo de jovem indiana Jyoti.



Jyoti, que tinha 23 anos, foi estuprada dentro de um ônibus no dia 16 de dezembro de 2012, quando retornava do cinema com um amigo. Cinco homens e um menor de idade cometeram o crime. Ela morreu 13 dias após o ataque, e seu caso gerou uma onda de protestos sem precedentes em todo o país.



Mukesh Singh dirigia o ônibus onde o crime aconteceu. Ele nega participação no crime, mas foi condenado à morte por enforcamento junto com mais quatro homens. Seu irmão também foi acusado pelo crime e encontrado morto dentro da cela em março de 2013.



Ele falou com a cineasta Leslee Udwin, e seu depoimento faz parte do documentário India’s Daughter (A Filha da Índia, em tradução livre), que conta a história do crime e será exibido pela BBC.



Separamos algumas partes do – terrível – depoimento de Mukesh e de dois advogados envolvidos em sua defesa.

Uma menina decente não vai andar por aí à noite. Uma menina é mais responsável por um estupro do que um rapaz... Meninas e meninos não são iguais. O trabalho doméstico é para as mulheres, não ficar em boates e bares a noite fazendo coisas erradas. Cerca de 20% das meninas são boas” (...)Ela deveria ter ficado quieta e permitido o estupro. Então, eles [os estupradores] a deixariam de lado e teriam batido apenas no rapaz.”

Ele se refere ao amigo que acompanhava a jovem. Após o crime, os dois foram jogados do ônibus em movimento. Para Mukesh, o estupro serviu para ensinar à jovem e ao rapaz que eles não deveriam andar sozinhos de noite.



Ele segue, então, narrando cenas do crime, que ele descreve como “um acidente”.

Durante os 15 ou 20 minutos do incidente, eu estava dirigindo o ônibus. A garota gritava, ‘me ajude, me ajude’. O ‘jovem’ [termo usado para se referir ao menor de idade que participou do crime] colocou suas mãos nela e puxou algo. Eram seus intestinos. Nós então a arrastamos para a frente do ônibus e a jogamos para fora.”

Além do motorista, dois advogados envolvidos na defesa dos acusados pelo estupro também são entrevistados pela BBC.



Um deles, AP Singh, é categórico ao afirmar que queimaria sua filha em frente à família inteira caso descobrisse seu envolvimento em “atividades pré-matrimônio”.



O outro, ML Sharma, comenta: “No momento em que ela [a vítima] saiu de casa com um rapaz... Ela deixou sua moralidade em casa”.
Você está falando sobre mulheres e homens como amigos. Desculpe-me, mas isso não tem lugar em nossa sociedade. Nós temos a melhor cultura. Em nossa cultura não há lugar para as mulheres.”

Na próxima segunda-feira (9), as atrizes Freida Pinto e Meryl Streep estarão em uma exibição do documentário em Nova York, lançando uma campanha contra a desigualdade de gênero e a violência sexual contra mulheres e meninas. O filme também será exibido em Estocolmo, na Suécia, no dia 15 de março.


A campanha, apoiada por organizações internacionais, vai focar inicialmente em atingir 20 milhões de crianças em idade escolar e comunidades rurais na Índia. Calcula-se que um estupro aconteça a cada 20 minutos no país com 1,2 bilhão de habitantes.

Fonte: Brasil Post | De Gabriela Bazzo, 02/03/2015

sexta-feira, 6 de março de 2015

Semana da Mulher: Brasil aparece em 2º lugar em lista dos destinos mais inseguros para mulheres viajarem sozinhas no mundo


O Brasil ficou com o vice-campeonato quando o assunto envolve os países mais inseguros para mulheres viajarem sozinhas em todo o mundo. A lista publicada pelo jornal britânico Daily Mail, baseada em dados da organizaçãoYouGov, coloca o País atrás apenas da Índia entre os destinos mais perigosos.

“Imagens estonteantes de mulheres com pouca roupa do famoso carnaval do Rio fazem pouco para mascarar o fato de que permanece o problema da violência de gangues criminosas e da polícia abusiva no Brasil”, descreve o texto da publicação.

A relação conta ainda com Turquia, Tailândia, Egito, Colômbia, África do Sul, Marrocos, México e Quênia. Em comum, segundo o Daily Mail, o fato desses países exporem as viajantes desacompanhadas a incidentes de “misoginia, incômodos e, em casos extremos, perigo”.

A argumentação para posicionar o Brasil se dá com base em dados do Ministério da Saúde, segundo os quais o número de estupros no País aumento 157% entre 2009 e 2012. Tudo incentivado “pela cultura machista brasileira”, comenta o Daily Mail.

“É muito diferente ir ao Brasil ou a Dinamarca como uma viajante do sexo feminino. Pelo menos vamos ser honestos sobre quais são os perigos”, disse ao jornal a uma das fundadoras do International Women's Travel Center, Julie Kreutzer.

O Daily Mail ainda relembra o caso de uma turista norte-americana que foi estuprada no Rio de Janeiro em 2013, para justificar a posição do Brasil. O 8º Anuário do Fórum de Segurança, divulgado no ano passado, já apontava o estupro como um problema nacional. A estimativa de 50 mil casos seria apenas a oficial, enquanto o número real seria o triplo.

“As autoridades tentaram melhorar a situação durante a Copa do Mundo de 2014, mas o estupro, a violência de gênero e os roubos a mão armada de turistas permanecem um problema”, concluiu o Daily Mail.

Mas tudo isso deve impedir que mulheres venham ao Brasil ou viajem aos demais países da lista? Todas as entrevistadas pelo jornal britânico dizem que não.

“Eu diria que as mulheres devem ser espertas e ouvir os seus instintos. Não façam nada que você não faria em casa, como beber demais e sozinha, não ficar vagando durante a noite, não ir para a casa de estranhos, e ficar atenta a golpes comuns”, afirmou a viajante e blogueira Amanda Williams.

Fonte: Brasil Post, 24/02/2015

quinta-feira, 5 de março de 2015

Semana da Mulher: Denúncias de violência contra a mulher crescem 40% no Brasil, lideradas pelos casos de estupro

Denúncias de violência contra a mulher crescem 40% no Brasil, lideradas pelos casos de estupro (ESTUDO)

O ano de 2014 registrou um aumento de mais de 40% nas denúncias de violência contra as mulheres no Brasil. Os dados foram divulgados oficialmente na terça-feira (3) pela Secretaria de Políticas para as Mulheresdo governo federal, durante evento de inauguração da Casa da Mulher Brasileira em Campos Grande (MS), mas já haviam saído na coluna da jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo.

A escolha pela capital de Mato Grosso do Sul não foi por acaso. A cidade lidera o número de atendimentos do Ligue 180, serviço telefônico de denúncias de agressões contra mulheres. De acordo com a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) de Campo Grande, foram instaurados 3.245 inquéritos em 2014. A maioria (70 a 75%) das 5.966 ocorrências registradas equivale a medidas protetivas de urgência.

Exclusivamente pelo Ligue 180, no total, 485 mil atendimentos foram realizados no ano passado, dos quais 52.962 envolveram denúncias de agressão, apontadas como física, psicológica, moral e sexual. Um número muito menor foi registrado de fato em 2014: foram 1.606 ocorrências, contra 1.151 denúncias no ano anterior. O Mato Grosso do Sul liderou o número de registros, tendo sido registradas ligações de 65 dos 78 municípios sul mato-grossenses no sistema de denúncias.

O estupro liderou entre as violências denunciadas, com 1.164 casos, enquanto cárcere privado apareceu com 931 denúncias. Outras 262 ocorrências de exploração e de assédio foram registradas pelo Ligue 180. No MS, o problema é tão grave que uma mulher é estuprada a cada sete horas no Estado.

O aumento das denúncias desse tipo de crime não chega a surpreender. Segundo dados do 8º Anuário de Segurança Pública, divulgados no ano passado, 50.320 casos foram registrados, embora a estimativa real aponte para um total de 143 mil, já que boa parte das vítimas, por vergonha ou medo, não denuncia o crime.

“A luta contra a violência precisa de uma ação conjunta”, disse a presidente Dilma Rousseff, durante a inauguração da Casa da Mulher Brasileira em Campo Grande. Todas as capitais deverão ganhar uma unidade do centro, que pretende ser uma rede de atendimento a mulheres em situação de violência, com 19 serviços especializados – contando com policiais, juízes, médicos e psicólogos.

O programa Casa da Mulher Brasileira custará um total de R$ 115,7 milhões. A gestão fica sob responsabilidade das prefeituras.

Fonte: Brasil Post, 04/02/2015

quarta-feira, 4 de março de 2015

Semana da Mulher: sexismo até contra garotas que jogam games

A propósito da passagem de mais um Dia Internacional da Mulher, até o dia 9 de março, a pauta aqui será exclusivamente sobre os direitos das mulheres, em particular sobre a violência sexista e misógina que as mulheres ainda enfrentam em todo o mundo. 

Confesso que me espanta ler, nas redes sociais, um machismo ainda tão violento, pois supunha ter havido uma diminuição dessa doença desde minha adolescência que já vai longe.

Parece, contudo, que muda a tecnologia, mas o sexismo permanece. Aliás, parece que recrudesce à medida em que as garotas e mulheres avançam sobre os feudos masculinos.

Nesta postagem, a partir de matéria do site Garotas Geeks, as meninas abordam a reação pra lá de sexista que garotos tiveram ao saber, segundo pesquisa, que  quase metade dos jogadores de gamers no Brasil já é composta de mulheres.

Abaixo, seguem o vídeo da gamer Cintia Carneiro falando sobre a pesquisa, algumas frases sexistas de mascus gamers desqualificando as garotas que jogam e outro vídeo da Cintia dando aula de feminismo sobre o assunto sem sequer se dar conta. Impressionante ela comentando que, para não serem importunadas pelo machismo dos caras, as jogadoras se fazem passar por garotos. E estamos no século XXI. É mole?
   











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