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A origem revisitada do Dia Internacional da Mulher

Mulheres samurais

no Japão medieval

Quando Deus era mulher:

sociedades mais pacíficas e participativas

Aserá,

a esposa de Deus que foi apagada da História

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O (in)decênio petista que afundou o Brasil

Como uma imagem vale mais do que mil palavras...


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Bem-vinda Yoani Sanchez! Pela democracia em Cuba e no Brasil!

Yoani tentando falar em Feira de Santana protegida pela polícia
Todos os brasileiros democratas estão mortos de vergonha devido às ações truculentas do bando de fascistas vermelhos do PT, PCdoB e outros trastes da esquerda autoritária no Brasil. Essas ações confirmam a denúncia da revista Veja desta semana de que petistas, comunistas e gente do governo federal estiveram em reunião com o embaixador de Cuba, Carlos Zamora Rodríguez, na embaixada do país, em Brasília, para combinar duas ações contra a visita da blogueira:

1) fazer circular um dossiê na Internet acusando-a, além dos delitos de praxe (ser agente do imperialismo, da CIA), por outros crimes mais graves como ir à feira e à praia, tomar cerveja e comer bananas, atividades exóticas em Cuba:

2) combinar atos de protesto contra ela, em todo o país, de modo a impedi-la de falar e impedir a exibição do documentário Conexão Cuba Honduras, do cineasta baiano Dado Galvão, que a tem como uma das protagonistas. Ouçam a entrevista do cineasta no Estadão. 

E assim tem feito a chusma de canalhas antidemocráticos vermelhos que já no aeroporto de Recife atacaram até fisicamente Yoani (puxaram-lhe o cabelo) e ontem conseguiram boicotar a exibição do citado documentário em Feira de Santana (BA).

Como se não bastasse tem também a direitosa conservadora, tão autoritária e pirada como suas contrapartes socialistas, que consideram Yoani Sánchez agente do regime cubano disfarçada de oposição, já que, num regime totalitário como o de Cuba, não se explica como ela pode ter tanta liberdade. Quando digo que conservadores e socialistas são ironicamente farinhas do mesmo saco patológico e autoritário, muitos me criticam, mas cada vez vejo menos diferenças entre eles no que diz respeito ao respeito que deveriam ter - e não têm - pela democracia e as liberdades individuais.

Por último, o PSDB resolveu tomar um pouco de vergonha na cara, sair da covardia costumeira e convidou Yoani Sánchez para exibir o filme Conexão Cuba Honduras, do cineasta baiano Dado Galvão, em Brasília, nesta quarta-feira (20), ao meio-dia, no plenário 1 da Câmara dos Deputados.

E fiquem abaixo com a ótima fala do Rodrigo Constantino, sobre mais esse imbróglio petralha e congênere, e sua lista de livros sobre o abominável regime cubano que abomináveis brasilis têm a cara de pau de defender.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Minha máxima culpa: documentário sobre casos de pedofilia na Igreja

Cultura da Responsabilidade: Em Los Angeles, a maior arquidiocese do país,
familiares exibem um painel com fotos das vitimas dos pedófilos: ação incansável
Abaixo matéria da Veja desta semana sobre os casos de pedofilia na Igreja que tem sido abafados pela nada santa madre. Ao fim da postagem, o trailer do documentário Mea Máxima Culpa — Silêncio na Casa de Deus (em inglês) sobre os casos de pedofilia na escola Saint John para crianças surdas. Deixo também link para a página do documentário no Facebook para quem quiser se manter atualizado sobre a obra.

Dizem que uma das causas da renúncia de Bento XVI foi exatamente o tema da pedofilia que ele não soube ou não quis resolver. Não se estranha. Basta ver que o cardeal Roger Mahony, de Los Angeles, um dos cardeais habilitados a votar na escolha do novo papa abafou dezenas de crimes sexuais ao longo da carreira. Outro cardeal, Timothy Dolan, de Nova York, até cotado para ser o próximo papa, embora sem chances, passou anos como arcebispo de Milwaukee, onde pagava até 20000 dólares para que os pedófilos deixassem a Igreja. 

Mais um dos aspectos do verdadeiro perfil desta que é uma das instituições mais hipócritas da história humana. Basta ver que, enquanto combate a descriminação do aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo, bancando a grande moralistona para cima dos outros, seus membros estão traçando criancinhas atrás das sacristias e nas escolas. E tudo isso sob obsequioso silêncio. 

A LIÇÃO VEM DO REBANHO

Os americanos fizeram a Igreja ajoelhar e enfrentar os casos de abuso sexual — agora, as punições estão chegando ao alto clero

Tudo começou no dia em que o garotinho Craíg se armou de coragem e contou ao pai que era molestado sexualmente pelo padre Gilbert Gauthe. "Foi o dia mais difícil da minha vida", contou o pai, Wayne Sagrera, criador de crocodilos numa pequena comunidade rural no estado de Louisiana. Em seguida, ele ficou sabendo que três de seus quatro filhos haviam sido abusados pelo padre. Quando mais vítimas apareceram, Sagrera e outros sete pais tomaram uma decisão até então inédita, cujos efeitos são sentidos ainda hoje: entraram na Justiça contra o pedófilo e os superiores. Outro garoto, Scott Gastai, então com 11 anos, depôs sem a proteção do anonimato e chocou os americanos. Contou que fora abusado pelo padre Gauthe dos 7 aos 8 anos e que, numa ocasião, atacado com violência, chegara a ser hospitalizado. Houve jurado enxugando as lágrimas. Em 1985, o padre admitiu ter abusado de 37 meninos. Pegou vinte anos de prisão.

Ao contrário dos brasileiros, que tendem a se lembrar apenas da última tragédia, os americanos são persistentes. Na época, muitos pensavam que o padre Gauthe fosse uma aberração isolada. O então reverendo Kenneth Doyle, falando em nome da Conferência Católica de Washington, disse: "Não queremos passar a impressão de que isso é um problema disseminado na Igreja, porque não é. Mas mesmo um único caso é muito". Como se sabe, os americanos persistiram. Em 2002, explodiram as histórias na arquidiocese de Boston. Eram tantos casos que, nas palavras de um ex-advogado da própria Igreja, a pedofilia parecia ser uma "cultura clerical". O prelado americano mais influente da época, o cardeal Bernard Law, depois de meses de negaças e explicações, foi forçado a renunciar por ter dado proteção sistemática aos pedófilos. Mais tarde, veio a público o caso do padre Lawrence Murphy, que, durante 22 anos, abusou de mais de 200 meninos surdos numa escola de Wisconsin. Virou um documentário, Mea Máxima Culpa — Silêncio na Casa de Deus (ver abaixo), recomendável apenas para quem tem coração forte.

Nos últimos quinze anos, a Igreja Católica nos Estados Unidos pagou 3,3 bilhões de dólares em indenizações (em média, l milhão por vítima) e foi forçada a divulgar milhares de documentos internos, expondo-se a um escrutínio público que a Igreja jamais enfrentou em qualquer outro país. Neste momento, as atenções estão voltadas para a arquidiocese de Los Angeles, a maior do país, com um rebanho de 4 milhões de fiéis. Por ordem judicial, a arquidiocese divulgou 12000 páginas de documentos. São uma vasta crônica de abusos sexuais cuja leitura, segundo o próprio arcebispo de Los Angeles, "é dolorosa e brutal". Nos papéis, um membro do clero aconselhou que os pedófilos não fossem encaminhados à terapia por temer que os terapeutas os denunciassem à polícia. Só em Los Angeles, as indenizações somaram 660 milhões de dólares.

Tudo isso é fruto da ação incansável dos americanos, da força das instituições e da cultura de cobrar responsabilidades. Em centenas de casos, bispos americanos estiveram mais empenhados em proteger padres criminosos do que em amparar crianças inocentes. Fundada em 1988, a entidade conhecida pela sigla SNAP, que defende as vítimas, tem 12000 membros e faz um trabalho permanente de apoio e denúncia. A imprensa americana não dá trégua aos casos de pedofilia. Em alguns estados, os deputados mudaram os prazos legais para que o crime sexual não caia na prescrição—e a Igreja tem feito lobby para que outros estados não sigam o exemplo, Completando o ciclo, a Justiça decide com celeridade.

Durante anos, apenas os americanos expuseram o que a Igreja Católica chama de "pecado" mas a sociedade civil chama de "crime". Em 2009, porém, os irlandeses mexeram no vespeiro dos abusos sexuais e sete bispos renunciaram. Nos anos seguintes, pipocaram casos na Áustria, Alemanha e Holanda. "O desafio da Igreja Católica nos EUA é recuperar a credibilidade perdida com os escândalos sexuais", diz Christopher Bellitto, da Universidade Kean, autor de 10 Perguntas e Respostas sobre os Papas e o Papado. E a falta de credibilidade não é dos pastores locais. É dos bispos. A tendência é que piore antes de melhorar. O longo braço dos escândalos está alcançando o alto clero. Em julho, o monsenhor William Lynn tornou-se o prelado americano mais graduado a ser condenado por proteger pedófilos  Pegou até seis anos de cadeia. Pouco depois, a Justiça condenou o primeiro bispo, Robert Finn, também por acobertamento. Em Los Angeles, num caso raro, o cardeal Roger Mahony, que abafou dezenas de crimes sexuais ao longo da carreira, foi publicamente censurado pelo sucessor. Mahony é um dos cardeais habilitados a votar na escolha do novo papa. Ten mais. O cardeal Timothy Dolan, de Nova York, passou anos como arcebispo de Milwaukee, onde pagava até 20000 dólares para que os pedófilos deixassem a Igreja. Quando surgiu a suspeita, Dolan disse que ela era "falsa, injusta e ridícula". Quando os pagamentos foram confirmados, disse que eram um "ato de caridade". Dolan tem chance quase zero, mas é o americano mais cotado para ser o novo papa.

Fonte: Veja, 20 de fevereiro de 2013

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

O socialismo por Nietzsche. E vídeo sobre Humano, Demasiado Humano

O texto abaixo é do livro Humano, demasiado humano, do filósofo Friedrich Nietzsche, publicado originalmente em 1878, mas, como se pode verificar após sua leitura, premonitório do que viria a ser o flagelo nazicomunista, no século XX, até os dias de hoje. Posto também o vídeo Friedrich Nietzsche - Humano, Demasiado Humano, da BBC, para mais informações sobre o livro e o filósofo.

O socialismo em vista de seus meios

O socialismo é o fantasioso irmão mais jovem do quase decrépito despotismo, do qual quer herdar; suas aspirações são, portanto, no sentido mais profundo, reacionárias. Pois ele deseja uma plenitude de poder estatal como só a teve alguma vez o despotismo, e até mesmo supera todo o passado por aspirar ao aniquilamento formal do indivíduo: o qual lhe aparece como um injustificado luxo da natureza e deve ser transformado e melhorado por ele em um órgão da comunidade adequado a seus fins.

Em virtude de seu parentesco, ele aparece sempre na proximidade de todos os excessivos desdobramentos de potência, como o antigo socialista típico, Platão, na corte do tirano siciliano: ele deseja (e propicia sob certas circunstâncias)  o Estado ditatorial cesáreo deste século, porque, como foi dito, quer ser seu herdeiro.

Mas mesmo essa herança não bastaria para seus fins, ele precisa da mais servil submissão de todos os cidadãos ao Estado incondicionado como nunca existiu; e como nem sequer pode contar mais com a antiga piedade religiosa para com o Estado, mas antes, sem querer, tem de trabalhar constantemente por sua eliminação – a saber, porque trabalha pela eliminação de todos os Estados vigentes -, só pode ter esperança de existência, aqui e ali, por tempos curtos, através do extremo terrorismo.

Por isso prepara-se em surdina para dominar pelo pavor e inculca nas massas semicultas a palavra ‘justiça’ como um prego na cabeça, para despojá-las totalmente de seu entendimento (depois que esse entendimento já sofreu muito através da semicultura) e criar nelas, para o mau jogo que devem jogar, uma boa consciência.

O socialismo pode servir para ensinar, bem brutal e impositivamente, o perigo de todos os acúmulos de poder estatal e, nessa medida, infundir desconfiança diante do próprio Estado.

Quando sua voz rouca se junta ao grito de guerra ‘o máximo possível de Estado’, este, em um primeiro momento, se torna mais ruidoso que nunca. Porém logo irrompe também o oposto, com força ainda maior: ‘o mínimo possível de Estado’.

Nietzsche em Humano, Demasiado Humano

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