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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Cartilha de Serra também pode ser considerada "doutrinação para o homossexualismo"

Serra, o conservador progressista:
Haddad, meu kit gay agrada mais aos "cons" do que o seu
O candidato tucano à Prefeitura de São Paulo, José Serra, aprovou, durante sua gestão como governador do estado, um conjunto de publicações para escolas, Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar,  abordando várias formas de lidar com diferentes tipos de preconceitos. Na parte em que o material se refere aos homossexuais, a abordagem do tema é moderna, tratando a homossexualidade como ela é, ou seja, como uma variante da sexualidade humana, e orientando a combater a discriminação.

Inclusive consta do material de apoio, dois vídeos, Boneca na Mochila e Medo de quê?, que chegaram a integrar o projeto Escola Sem Homofobia apelidado, pelo truculento deputado Jair Bolsonaro, de "kit gay" (parece que não foram confirmados). Da perspectiva conservadora, esse material pode ser considerado tão "doutrinador para o homossexualismo" quanto o projeto petista do Escola Sem Homofobia. O fato do material aprovado por Serra não tratar exclusivamente do preconceito contra a homossexualidade não muda a realidade de que a abordagem da cartilha tucana e a do demonizado kit gay, no referente aos LGBT, é a mesma.

Parece que Serra decididamente resolveu virar um bicho de duas cabeças, o conservador progressista, e fazer aliança com as trevas do reacionarismo para tentar vencer as trevas do mensalão. Que feio! Como eu não gosto de certas incoerências e não sou cúmplice delas, transcrevo abaixo um texto da secretaria de Educação da época do lançamento da cartilha, a cartilha propriamente dita e o vídeo Medo de Quê indicado pelo material de Serra que também seria utilizado no kit anti-homofobia do MEC. E depois me digam qual seria mesmo a diferença entre esse vídeo e os demais do tal kit anti-homofobia.

Secretaria distribui publicações sobre preconceito e discriminação na adolescência
 
Data da Notícia: 21/09/2009

A Secretaria de Estado da Educação iniciou a entrega de um conjunto de publicações para todas as escolas do Estado que discute o preconceito e a discriminação na infância e na adolescência. Os 13 títulos, sendo 11 livros e dois DVD's, foram selecionados pelo Departamento de Educação Preventiva dos projetos Prevenção Também se Ensina e Comunidade Presente e contemplam temas como sexualidade, Aids, uso de álcool, tabaco e outras drogas, bullying diversidade étnica, entre outros.

Dentre os autores dos livros, estão o médico Jairo Bauer, que fala de sexualidade na juventude, e o psicanalista Contardo Calligaris, com uma publicação sobre o período da adolescência. Os alunos terão contato com o material em sala de aula e nas bibliotecas, de acordo com a organização de cada escola, tendo como eixo metodológico ações preventivas referendadas nos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais).

Cada um dos kits acompanha ainda o guia Preconceito e Discriminação no contexto escolar: guia com sugestões de atividades preventivas para os HTPC e sala de aula, elaborado para nortear os educadores com instrumentos que facilitem e favoreçam a transversalidade dos temas nas diferentes disciplinas que compõem os currículos do Ensino Fundamental e Ensino Médio.

"São livros educativos que vão estimular nesses jovens a reflexão sobre assuntos muito presentes no cotidiano. Nossa intenção é informá-los bem para que possam lidar melhor com essas questões", afirma o secretário de Estado da Educação, Paulo Renato Souza.

Além do guia, as Diretorias de Ensino irão agendar as Orientações Técnicas para os professores coordenadores das escolas. Esse material está sendo encaminhado a todas as escolas e Diretorias de Ensino, sendo dois kits para as Oficinas Pedagógicas e 1 por escola.

Prevenção também se ensina
O projeto Prevenção Também se Ensina é desenvolvido pela Pasta desde 1996 e tem o objetivo de orientar o jovem estudante da rede estadual de ensino sobre temas relacionados à saúde e à sexualidade. Por meio da iniciativa, temas como o câncer, gravidez na adolescência, uso de drogas e doenças sexualmente transmissíveis são levados para discussão dentro da sala de aula.Fonte: Secretaria da Educação
 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Se é bom para o José Dirceu, é péssimo para você

Bom clipe da campanha de José Serra sobre Haddad: se é bom para Zé Dirceu, é péssimo para você.

Concordo!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A encruzilhada de Serra ou os Conservadores precisam de um partido para chamar de seu

A encruzilhada de Serra
Segue o texto na versão escrita e, estreando no blog, também a versão em áudio. 

Aproveito para apontar duas correções no áudio, quando digo, já no finzinho, "sem um partido de centro, democrático, moderno, inclusive, para nos representar", de fato é inclusivo. Também há um "homossexual" a mais após "população" em "De fato, o projeto foi feito por alguns militantes petistas e afins e simplesmente apresentado para a população,..."



Nas grandes democracias ocidentais, o pensamento conservador se expressa em uma ou mais representações partidárias com as quais busca participar do jogo democrático. No Brasil, contudo, ele não tem representação ideológica de peso, à altura do expressivo eleitorado que se identifica com essa visão de mundo, e em condições de ganhar um pleito. O que existem são pequenos partidos de verniz conservador e parlamentares dessa linha espalhados por diversas siglas, sobretudo os conhecidos parlamentares da chamada bancada evangélica que, de qualquer forma, não representam o perfil conservador em geral. Para exemplificar o que digo, basta lembrar que muitos desses evangélicos têm relações para lá de íntimas com o petismo, uma miscelânea de tendências da esquerda autoritária (ainda que pose de social-democrata). Na prática, hoje de fato o PT age como neofascista, com sua política de fusão do Estado com empresas, mas isso não é assunto para este texto.

Retomando, na ausência de um partido que os represente, os conservadores têm pegado carona nas candidaturas do tucano José Serra nos dois últimos pleitos em que ele concorreu: para a presidência, em 2010, e agora para prefeito de São Paulo. Em 2010, conseguiram colocar a pauta do aborto como vedete da eleição. Nesta querem porque querem emplacar contra o candidato petista Haddad a pecha de autor do apelidado kit gay (de fato Escola sem Homofobia), fundamentalmente alguns vídeos sobre a questão homossexual que provocaram a ira conservadora. 

Por razões que só conservadores entendem (não há cenas de sexo nem sequer de carícias nas fitas), os vídeos chinfrins foram considerados chocantes e arma de proselitismo homossexual junto às crianças indefesas. De fato, o projeto foi feito por alguns militantes petistas e afins e simplesmente apresentado para a população, ou vazado para a população em geral, incluindo aí a própria população homossexual, pelo deputado Jair Bolsonaro (boçalnaro para os íntimos). Juntando alhos com bugalhos, o assunto virou mais uma daquelas polêmicas que alimentam as páginas de sites, blogs e redes sociais e, no meio do zum-zum-zum, e por pressão da bancada evangélica, Dilma Roussef acabou vetando o material (segundo Haddad, com sua colaboração).

Histórico de ações de Serra em prol da população LGBT

Mas voltando a Serra e seus caronistas conservadores, acontece que ele nunca foi conservador, embora de formação católica. Ele é social-democrata, de centro-esquerda, inclusive com vários projetos aprovados em prol dos direitos LGBT tanto no Estado quanto na cidade de São Paulo. Fora outras pautas ditas progressistas que apoia (não gosto desse termo progressista, mas assim são definidas certas pautas). Como exemplo, cito texto do núcleo LGBT do PSDB  (Diversidade Tucana) sobre os projetos que Serra aprovou em prol da comunidade homossexual:

- instituiu, em 2005, o primeiro órgão de administração pública brasileira voltado à diversidade sexual na cidade de São Paulo, a Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual;
- instituiu, também em 2005, o Conselho Municipal em Atenção à Diversidade Sexual bem como o Centro de Referência e Combate à Homofobia;
-  criou a Coordenação de Políticas Públicas para a Diversidade Sexual no âmbito da Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo;
-  instituiu o Comitê Intersecretarial de Defesa da Diversidade Sexual e o Conselho Estadual de Defesa da Diversidade Sexual ;
-  realizou a I Conferencia Estadual LGBT de São Paulo;
-  regulamentou a Lei 10.948 (que pune a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero) e publicou decreto acerca do uso do nome social de transgêneros na administração pública;
- criou, para travestis e transexuais,  o Ambulatório de Saúde Integral;
- na reforma do Sistema Previdenciário do Estado de São Paulo, em 2007, instituiu o direito de pensão aos parceiros homossexuais e fundou o Núcleo de Combate à Discriminação, Racismo e Preconceito no âmbito de Defensoria Pública do Estado de São Paulo.

Enfim, um conservador não aprovaria nada disso, como se sabe, pelo menos não no Brasil, já que, na Inglaterra, o partido conservador de David Cameron encampa abertamente até o casamento homossexual. O conservadorismo brasileiro é contra todas as demandas da modernidade, as quais julga uma ameaça à família tradicional, à cristandade e ao pleno funcionamento da via láctea. Tende para o obscurantismo mesmo.

A Sindrome de Estocolmo eleitoral de Serra e seus sequestradores conservadores

Apesar de seu histórico de homem liberal, Serra temerariamente começou a trilhar os passos do PT (um dos grandes responsáveis pela ascenção dos evangélicos no país, vide suas relações com Edir Macedo, Garotinho, Bispa Sônia, entre outros),  fazendo média com conservadores, além do democraticamente aceitável, para tentar ganhar a eleição.  Parece estar sofrendo de síndrome de Estocolmo eleitoral,  tentando conquistar  a simpatia dos conservadores que  tentam sequestrar sua trajetória política.  Esses conservadores sabem que Serra não é conservador mas estão barganhando voto para que o tucano inclusive contrarie sua natureza política  supostamente como única forma de vencer Haddad. Nas palavras de um conhecido representante dessa vertente, Nivaldo Cordeiro, no vídeo O Desafio de Serra:

 “O espectro esquerdista tem o monopólio do PT. Se José Serra quiser tirar a diferença (positiva em relação a Haddad, no momento) vai ter que imitar o Mitt Romney dos EUA. Vai ter que fazer um discurso conservador, uma mensagem clara , direta, sem subterfúgios. ... É uma coisa muito irônica porque Serra é um homem genuinamente esquerdista, abraçou a causa de esquerda na juventude e nunca largou. E agora se defronta com a situação de que só poderá ser eleito e manter o projeto do PSDB, e defender a sociedade aberta e cumprir uma missão histórica muito importante que está reservada a ele, se fizer um discurso provavelmente contrário a sua crença mais íntima. Mas terá que fazê-lo porque a questão agora é uma única: como ganhar a eleição. E não se ganha eleição  com certos pruridos e excesso de coerência não. José Serra terá que empolgar o eleitorado conservador porque essa gente está doida por um candidato que apele a seu voto. Esses conservadores vão se transformar em cabos eleitorais gratuitos, automáticos, entusiastas. Buscarão voto na rua para elegê-lo. Mas só o farão se ele tiver um discurso para essa gente. Até agora ele não teve. Terá que abraçar bandeiras que ele não gosta pessoalmente provavelmente, mas terá que fazê-lo porque isso é do profissionalismo político: terá que ser contra o aborto, terá que ser contra o gayzismo, terá que denunciar fortemente a tramoia do mensalão , botar isso em evidência, levar para a população mais simples. A classe média está bem informada sobre o mensalão mas a periferia nem sabe o que é... Tem que associar o Haddad àquela proposta maldita do kit gay. Tem que fazer a agenda conservadora, fazer o discurso conservador ... ou faz isso e se diferencia e ganha a eleição... ou não faz e perde a eleição. Essa é a encruzilhada.“

Sério que essa é uma das falas mais inacreditáveis que já ouvi na vida. Seu autor, arauto do conservadorismo, esse mesmo conservadorismo que tanto condena a desonestidade, a falta de ética do PT, quer que o candidato José Serra faça um discurso contrário às suas crenças mais íntimas, que jogue fora sua trajetória política, ou seja, que seja completamente desonesto, para vencer o PT. Além do que a argumentação do tal Nivaldo é uma falácia cabeluda. Vários fatores podem levar Serra a perder as eleições, mas com certeza não será por não encampar a agenda conservadora que isso ocorrerá. Aliás, se o PT ganhar, pode-se atribuir a vitória, entre outras coisas, a incompetência desses conservadores que não conseguem concretizar um partido próprio e parasitariamente tentam desfigurar um candidato de outra corrente política para defender suas bandeiras. Eles de fato estão mais preocupados com suas bandeiras do que com a vitória de Serra. 

E como disse antes, Serra parece estar sofrendo de Síndrome de Estocolmo, querendo agradar seus potenciais sequestradores. Sábado, deu entrevista ao Estadão onde afirma que o apelidado kit gay não foi feito para educar e sim para doutrinar. O tal suposto kit é mesmo bem ruinzinho, poderia se discutir sua abordagem, naturalmente, mas essa história de doutrinar é ridícula. A verdade é que as outras variantes da sexualidade humana, a homo e a bissexualidade, são apresentadas nos vídeos do kit como naturais, um conceito que bate de frente com a visão conservadora de que a heterossexualidade é a única forma normal, natural de relacionamento entre seres humanos. Seria o caso de perguntar porque, se é tão natural, a simples menção das outras variantes da sexualidade humana poderia destruí-la, não é mesmo? Será que atestar a existência dos cavalos ameaça a vida dos cachorros? 

Não há como combater a homofobia sem apresentar a homo e a bissexualidade como variantes naturais da sexualidade humana

O fato é que não há como combater a homofobia sem apresentar a homossexualidade ou a bissexualidade como variantes naturais da sexualidade humana. Pela perspectiva conservadora, contudo, qualquer projeto de educação sexual nas escolas que fale de maneira natural da homossexualidade corre o risco de ser vetado sob acusação de fazer proselitismo homossexual, como se fosse possível induzir alguém a ser o que não é (pode-se no máximo forçar alguém, através da repressão, a fingir ser o que não é). Independente de como se aborde a questão, o objetivo é combater o preconceito contra os alunos homossexuais e não arrebanhar criancinhas para o homossexualismo. Como Serra também afirma que é preciso combater a homofobia, resta saber qual solução apresentará para esse impasse, caso eleito.

Agora há um aspecto do discurso do citado conservador com o qual concordo: Serra está mesmo numa encruzilhada. Como também disse editorial da Folha de São Paulo, intitulado Kit Evangélico, fazendo média com conservadores, Serra pode conseguir votos dos mesmos, quem sabe até ganhar as eleições (por essa via torta eu duvido), “mas não há como comer do bolo conservador e, ao mesmo tempo, passar-se por liderança moderna, arejada.” Estaria Serra disposto a jogar fora toda uma trajetória política por uma eleição, mesmo considerando a importância desta atual em São Paulo? Sabe-se que, pelas deficiências da política eleitoral brasileira, as alianças mais insólitas acabam rolando no país (haja vista que gente do PSOL apoiou o ACM na Bahia), mas há barganhas que colocam em risco toda a credibilidade da pessoa. E Serra não tem mais idade para se recuperar de tamanho tombo.

O que é pior, essa situação coloca a todas nós, pessoas moderadas, não autoritárias, igualmente numa encruzilhada entre as viúvas do Muro de Berlim e a Santa Inquisição conservadora, sem um partido de centro, democrático, moderno, inclusivo, para nos representar, já que o PSDB também agora resolveu flertar com coisas do arco da velha.

Pior ainda, o PT, com seu proverbial cinismo, embora tenha inúmeras ligações com evangélicos, embora Haddad, sem qualquer histórico de apoio à comunidade LGBT, tenha inclusive vetado o tal kit gay com Dilma, igualmente com base na falácia da doutrinação, já está atacando Serra como homofóbico por conta de sua declação sobre o kit. Lembremos que a única coisa que petistas sabem fazer bem é mentir. Suas mentiras têm uma cola das mais aderentes. Assim, Serra, apesar de todo seu currículo de políticas contra o preconceito, pode ficar também rotulado como homofóbico por um sujeito que nada fez pelos LGBT. 

Tempos difíceis. Vamos torcer para que a Síndrome de Estocolmo de Serra fique restrita a essa declaração conceitualmente equivocada de que o kit faria doutrinação (?!) da homo e da bissexualidade. Se a síndrome avançar, pessoalmente, mesmo sabendo da importância de se votar contra o PT, vou repensar meu apoio ao tucano, salientando que, meu voto, depois dessa fala sobre doutrinação, já se encontra constrangido. Afinal, trocar 6 por meia dúzia não é escolha verdadeira.

O Fantasma da Ópera!

Minhas paixões musicais ou cinematográficas são assim: à primeira vista ou audição e à segunda ou terceira vista ou audição. No caso do filme O Fantasma da Ópera, de 2004, foi o segundo caso que me ocorreu. Gostei principalmente das músicas, na primeira vez que assisti o filme; na segunda, gostei mais ainda das músicas, mas também dos cenários, do figurino e dos personagens. Gosto de personagens intensos, meio dark, meio outsider, como o gótico fantasma da ópera e sua triste história, um dos maiores sucessos de bilheteria de todos os tempos seja em teatro ou cinema.

O filme é baseado na conhecida e bem-sucedida  peça musical de Andrew Llyod Webber que, por sua vez, foi baseada na obra homônima de Gaston Leroux (clique aqui para baixar). No filme, o gênio da música desfigurado, o Fantasma (Gerard Butler), que vive nas galerias do luxuoso Teatro de Paris, tutela, nas sombras, a jovem Christine Daaé (Emmy Rossum),  a fim de torná-la cantora de suas músicas. Quando a diva temperamental La Carlotta (Minnie Driver) abandona os ensaios do espetáculo da ópera em cartaz pouco antes da estreia, Christine é indicada para o papel principal por intermédio do Fantasma.

Na noite da estreia, enquanto o Fantasma assiste ao début de sua protegida em um dos camarotes, um amigo de infância de Christine, o Visconde Raoul de Chagny (Patrick Wilson), que se tornara financiador do teatro, também se encanta com o talento da moça e a reconhece dos tempos de criança. Inicia-se aí uma espécie de triângulo amoroso entre a jovem, o Visconde, moço bonito mas insosso, e o dramático e passional Fantasma da Ópera. Christine acaba descobrindo o rosto desfigurado de seu tutor, que chamava "Anjo da Música", e prefere o moço bonitinho, embora seu coração permaneça meio balançado  até o fim do filme. Enciumado e rejeitado, o Fantasma sequestra a amada, após fazer um dueto com ela, no palco do teatro, quando interpreta Don Juan, uma das cenas mais bonitas e sensuais da história, e literalmente bota fogo no circo. No fim, por amor, ele abdica da moça e a deixa seguir com o Visconde.

Posto abaixo, em vídeo, a cena citada,  de quando o Fantasma interpreta Don Juan num dueto com Christine, na música The Point of No Return, seguida da letra, uma verdadeira alegoria da sedução. E aqui um senão importante que vejo no filme. O Fantasma aparece com uma máscara completa nessa cena, cobrindo os dois lados do rosto, onde se observa, em ambos, uma costeleta bem definida e o cabelo escuro e penteado todo para trás por igual. Ao final do dueto, Christine retira a máscara do Fantasma e, de repente, a costeleta some, parte do cabelo também, devido à face desfigurada do personagem, e ele de bela estampa passa a péssima em alguns segundos. Reparem. Embora o Fantasma usasse uma espécie de aplique para cobrir a parte do couro cabeludo sumida pelo desfiguramento, a transformação não convence! Tanto cuidado com os figurinos e um erro desses. Mas dá para relevar porque a música e a cena são muito bonitas.

Vale a pena ver e rever o Fantasma da Ópera. Belo filme, lindas músicas!



The Point of No Return
Fantasma da Ópera
Composição : Andrew Lloyd Weber / Charles Hart
DON JUAN (PHANTOM )
Passarino - go away!
For the trap is set and waits for its prey . . .

You have come here
in pursuit of your deepest urge,
in pursuit of that wish, which till now
has been silent...
Silent...

I have brought you, that our passions
may fuse and merge - in your mind
you've already succumbed to me
dropped all defences
completely succumbed to me
now you are here with me:
no second thoughts, you've decided...
Decided ...

Past the point of no return -
no backward glances:
our games of make-believe are at an end...
Past all thought of "if" or "when" -
no use resisting:
abandon thought,
and let the dream descend ...

What raging fire shall flood the soul
What rich desire unlocks its door
What sweet seduction lies before us?

Past the point of no return
The final threshold
What warm unspoken secrets
Will we learn
beyond the point of no return?

You have brought me
To that moment when words run dry
To that moment when speech disappears
Into silence...
Silence...

I have come here,
Hardly knowing the reason why
In my mind I've already imagined
Our bodies entwining
Defenseless and silent,
Now I am here with you
No second thoughts
I've decided...
Decided...

Past the point of no return
No going back now
Our passion-play has now at last begun.

Past all thought of right or wrong
One final question
How long should we two wait before we're one?

When will the blood begin to race
The sleeping bud burst into bloom
When will the flames at last consume us?

Past the point of no return
The final threshold
The bridge is crossed
So stand and watch it burn
We've passed the point of no return.

O Fantasma da Ópera (2004)
Atores: Gerard Butler, Emmy Rossum, Patrick Wilson, Miranda Richardson, Minnie Driver, Simon Callow, Ciarán Hinds, Jennifer Ellison, James Fleet, Victor McGuire; Direção Joel Schumacher,  141 minutos, EUA

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