8 de Março:

A origem revisitada do Dia Internacional da Mulher

Mulheres samurais

no Japão medieval

Quando Deus era mulher:

sociedades mais pacíficas e participativas

Aserá,

a esposa de Deus que foi apagada da História

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Novilíngua petista: há risco para a democracia na transmissão ao vivo do julgamento do mensalão


Na novilíngua petista, a transmissão do julgamento do mensalão ao vivo pela imprensa é um "risco para a democracia". Seguramente, um julgamento a portas fechadas é que seria democrático. Sempre pensei que a transparência dos poderes fosse um dos requisitos de uma democracia. 

E continua a petralhada a negar a existência do mensalão e a afirmar que Lula nunca se reuniu com Valério. Ah, Valério, peça proteção da Justiça e bote a boca no trombone! Já lhe fritaram mesmo. Que mais tem a perder?

Para terminar, em protesto contra os orwellianos protestos petistas contra o julgamento do mensalão, lembro que, aqui no meu modesto blog, também retransmito ao vivo (vídeo permanente da TV Justiça na coluna à direita), o julgamento do mensalão. E viva a democracia. Xô, petralhas!

Trechos de PT ataca STF e defende Lula no Congresso (ESP) com as fantásticas declarações dos petistas.  

Secretário de Comunicação do PT, o deputado André Vargas (PR) fez um discurso inflamado. Classificou como "risco para a democracia" o julgamento ser transmitido ao vivo pela imprensa. "Acho um risco para a democracia que nós tenhamos, envolvendo quem quer que seja, um julgamento criminal on-line, quase um Big Brother da Justiça, no qual as questões técnicas nem sempre são levadas em conta, no qual há tentativa de linchamento moral de pessoas e partidos".

O líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), foi outro a protestar da tribuna. "Não vamos aceitar essa ideia de que aqui, neste plenário, deputados do PT compraram ou venderam votos". Ele reverberou declaração que o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), tinha feito à imprensa. "Me chamou muita atenção o fato de voltar a essa tese com muita força do mensalão. Eu, por exemplo, acho isso uma grande falácia", disse Maia.

Os ataques petistas se dirigiram também à revista Veja e a Valério. "Todo mundo sabe que o presidente Lula jamais se reuniu com esse senhor, jamais falou com esse senhor, jamais conversou com esse senhor. Mas a revista Veja faz questão de colocar uma matéria que não tem a fonte, não tem a fita, não tem a prova, que não fala, só tem espuma pra acusar o presidente Lula", protestou Tatto.

Fonte: ESP

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Clipping legal: Religião na Política (não combina)

Iguais no amor pela corrupção e no desprezo pela democracia
A aliança do lulopetismo com pastores evangélicos, como o famigerado bispo Macedo, vem desde a eleição de 2002. Durante o governo de FHC, Edir Macedo e seus bispos vinham sofrendo vários inquéritos e processos movidos pela Polícia Federal e pela Procuradoria da Receita Federal. Edir Macedo inclusive fugiu para Miami, onde ficou até o final do mandato tucano, só voltando ao Brasil quando Lula assumiu a presidência. Não por coincidência, ninguém mais teve notícias dos inquéritos na Polícia Federal contra a Universal, inclusive o processo contra a compra da TV Record por intermédio de duas empresas sediadas em paraísos fiscais. Também sumiu o processo movido em 1998 pela Procuradoria da República, para cassação da licença da rede Record por ter sido comprada com dinheiro de uma religião, portanto com dinheiro isento de tributação.

Agora, Crivella, Ministro da Pesca (sic), sobrinho de Macedo, declarou ao Estadão (16/09/2012) que Lula ajudou a Universal inclusive a expandir seus templos pelo continente africano Embora aparentemente estranha, essa aliança se baseia em sólido terreno comum: ambas as partes amam a corrupção e desprezam a democracia, ambas atentam contra o Estado de Direito, contra a democracia representativa e o Estado laico. Ambas acham que o estado brasileiro, que é dos brasileiros, não de seitas de qualquer espécie, é a casa da mãe joana. Caso Russomano ou Haddad se elejam, essa aliança, interrompida agora pela corrida eleitoral, tende a ser rearrumada. Votar em qualquer um deles é votar neste velho esquema deletério vigente no Brasil. Abaixo editorial do Estadão de hoje falando sobre esse fenômeno preocupante que conspira contra o fundamento constitucional do Estado laico.

Religião na política

O Estado de S.Paulo

A contaminação das campanhas eleitorais no País pela disputa religiosa é um fenômeno crescente e preocupante que conspira contra o fundamento constitucional do Estado laico. Em São Paulo e em outras importantes cidades brasileiras, como o Rio de Janeiro, esse lamentável fenômeno se agrava nos últimos tempos, e por aqui explode no atual pleito municipal, especialmente em função de uma questão que não tem nada a ver com eleições: o acirramento da disputa entre a Igreja Católica e as confissões evangélicas, à frente a Igreja Universal do Reino de Deus.

Dias atrás o conflito entre católicos e seguidores da igreja do bispo Edir Macedo reacendeu-se por causa da divulgação, pelas redes sociais, de texto publicado em maio de 2011 no blog do pastor da Universal Marcos Pereira, presidente do Partido Republicano Brasileiro (PRB) e atual coordenador da campanha de Celso Russomanno à Prefeitura da capital. O texto continha duras críticas à Igreja Católica por conta da edição, pelo MEC, do chamado "kit gay", manual de orientação didática acusado pelo lobby evangélico no Congresso Nacional de fazer apologia do homossexualismo. A reação foi tão violenta que o então ministro da Educação, Fernando Haddad, mandou suspender a publicação.

O reavivamento dessa polêmica, movido certamente por interesses eleitorais, provocou vigoroso contra-ataque da Igreja Católica: no último domingo a Arquidiocese de São Paulo divulgou longa e dura nota assinada pelo cardeal arcebispo dom Odilo Scherer, lida durante as missas, sob o título Política, com ofensas à Igreja, não!. Afirma o documento que a Arquidiocese, em obediência aos cânones da Igreja Católica e às determinações da Justiça Eleitoral, orienta seus fiéis "para que os espaços e os momentos de celebrações religiosas não sejam utilizados para a propaganda eleitoral partidária, nem para pedir votos para candidatos", embora reconheça que "também deu orientações e critérios sobre a participação dos fiéis na campanha eleitoral e na vida política da cidade e sobre a escolha de candidatos idôneos, embora sem citar nomes ou partidos". Em seguida, afirma que a Igreja Católica foi "atacada e injuriada, de maneira injustificada e gratuita, justamente num artigo do chefe da campanha de um candidato à Prefeitura de São Paulo".

Afirma ainda a nota que "a manipulação política da religião não é um benefício para o convívio democrático e pluralista e pode colocar em risco a tolerância e a paz social". E conclui reiterando "orientação para que os fiéis católicos votem de maneira consciente (...) para que nossa cidade seja governada por autoridades dignas e atentas à promoção do bem da cidade, mais que aos interesses de parte". Forçado pelas circunstâncias, o fato é que o chefe da Igreja Católica em São Paulo acabou misturando política com religião e contribuindo para ampliar a "manipulação" que sua nota condena.

Não deixa de ser irônico, de qualquer modo - e isso, na verdade, reflete o nível rasteiro desta campanha eleitoral -, o fato de que Celso Russomanno, candidato pelo partido comandado pela Universal, faz questão de ostentar sua condição de "católico fervoroso". Na medida em que política e religião não se devem misturar, não há problema no fato de um candidato a prefeito católico ter o apoio de fiéis de outra confissão religiosa. Ocorre que, neste caso, apesar do discurso e da pose, Celso Russomanno, para usar a expressão popular, "não é muito católico" nem seus apoiadores no comando do PRB são simples correligionários, mas hierarcas de uma poderosa organização religiosa que é dona de um partido político.

Assim, se não fosse falso e mal-intencionado, soaria apenas como ofensa pueril ao discernimento dos eleitores o argumento usado no maior caradurismo por Russomanno, no debate promovido pelo Estado e pela TV Cultura, para rebater as acusações de que sua candidatura estaria a serviço dos interesses das organizações, religiosa e comerciais, do bispo Edir Macedo: "No meu partido 80% dos membros são católicos; 20% são evangélicos, dos quais 6% seriam da Igreja Universal. Portanto, não existe um partido político comandado por uma igreja". O fato é que a legenda de Russomanno é comandada por uma igreja.

sábado, 15 de setembro de 2012

Nenhuma novidade: Lula foi o verdadeiro chefe do mensalão


A capa da Veja desta semana é essa bombástica aí em cima. Achei que demorou para aparecer algo nessa perspectiva, ou seja, estranhei o Marcos Valério ter ficado de bico calado mesmo depois de sua condenação. Obviamente ele sabe muito, e obviamente o Lula não só sabia de tudo como era o principal condutor do esquema.

A única possibilidade de Lula não saber o que se passava em seu governo era se tivesse se ausentado do mesmo, por bom tempo, em função de alguma doença. Caso contrário, como não saberia? Só ficou no poder porque os tucanos covardemente assim o permitiram, vai lá saber por qual razão (quem sabe um dia não conheceremos os bastidores de tudo isso)!! Os próprios petralhas dizem isso com desdém. O rei sempre esteve nu. Só faltou um menininho para dizer esse óbvio! Aliás, seguramente, em qualquer coisa onde exista PT, haverá corrupção.

Vamos ver agora no que as declarações de Valério vão dar. Devem fortalecer o ímpeto condenatório dos juízes do mensalão, mas será que vão, pelo menos, criar rachaduras na imagem do maior vigarista que já esteve na presidência da República? Por que a cadeia merecida acho difícil ele pegar. Pode também iniciar um processo de independência do povo brasileiro do nefasto lulopetismo que há 10 anos nos degrada. Mesmo que dê só nisso, já terá valido a pena.

Abaixo, trechos da reportagem da Veja com Valério compilados pelo jornalista Reinaldo Azevedo. No mais, é correr para a banca para garantir seu exemplar.

“O CAIXA DO PT FOI DE R$ 350 MILHÕES”

A acusação do Ministério Público Federal sustenta que o mensalão foi abastecido com 55 milhões de reais tomados por empréstimo por Marcos Valério junto aos bancos Rural e BMG, que se somaram a 74 milhões desviados da Visanet, fundo abastecido com dinheiro público e controlado pelo Banco do Brasil. Segundo Marcos Valério, esse valor é subestimado. Ele conta que o caixa real do mensalão era o triplo do descoberto pela polícia e denunciado pelo MP. (…) “Da SM P&B vão achar só os 55 milhões, mas o caixa era muito maior. O caixa do PT foi de 350 milhões de reais, com dinheiro de outras empresas que nada tinham a ver com a SMP&B nem com a DNA”.

LULA ERA O CHEFE DO ESQUEMA, COM JOSÉ DIRCEU

Lula teria se empenhado pessoalmente na coleta de dinheiro para a engrenagem clandestina, cujos contribuintes tinham algum interesse no governo federal. Tudo corria por fora, sem registros formais, sem deixar nenhum rastro. Muitos empresários, relata Marcos Valério, se reuniam com o presidente, combinavam a contribuição e em seguida despejavam dinheiro no cofre secreto petista. O controle dessa contabilidade cabia ao então tesoureiro do partido, Delúbio Soares, que é réu no processo do mensalão e começa a ser julgado nos próximos dias pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa. O papel de Delúbio era, além de ajudar na administração da captação, definir o nome dos políticos que deveriam receber os pagamentos determinados pela cúpula do PT, com o aval do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, acusado no processo como o chefe da quadrilha do mensalão: “Dirceu era o braço direito do Lula, um braço que comandava”.

VALÉRIO SE ENCONTROU COM LULA NO PALÁCIO DO PLANALTO VÁRIAS VEZES

A narrativa de Valério coloca Lula não apenas como sabedor do que se passava, mas no comando da operação. Valério não esconde que se encontrou com Lula diversas vezes no Palácio do Planalto. Ele faz outra revelação: “Do Zé ao Lula era só descer a escada. Isso se faz sem marcar. Ele dizia vamos lá embaixo, vamos”. O Zé é o ex-ministro José Dirceu, cujo gabinete ficava no 4º andar do Palácio do Planalto, um andar acima do gabinete presidencial. (…) Marcos Valério reafirma que Dirceu não pode nem deve ser absolvido pelo Supremo Tribunal, mas faz uma sombria ressalva. “Não podem condenar apenas os mequetrefes. Só não sobrou para o Lula porque eu, o Delúbio e o Zé não falamos”, disse, na semana passada, em Belo Horizonte. Indagado, o ex-presidente não respondeu.

PAULO OKAMOTTO, ESCALADO PARA SILENCIAR VALÉRIO, TERIA AGREDIDO FISICAMENTE A MULHER DO PUBLICITÁRIO

“Eu não falo com todo mundo no PT. O meu contato com o PT era o Paulo Okamotto”, disse Valério em uma conversa reservada dias atrás. É o próprio Valério quem explica a missão de Okamotto: “O papel dele era tentar me acalmar”. O empresário conta que conheceu o Japonês, como o petista é chamado, no ápice do escândalo. Valério diz que, na véspera de seu primeiro depoimento à CPI que investigava o mensalão, Okamotto o procurou. “A conversa foi na casa de uma funcionária minha. Era para dizer o que eu não devia falar na CPI”, relembra. O pedido era óbvio. Okamotto queria evitar que Valério implicasse Lula no escândalo. Deu certo durante muito tempo. Em troca do silêncio de Valério, o PT, por intermédio de Okamotto, prometia dinheiro e proteção. A relação se tornaria duradoura, mas nunca foi pacífica. Em momentos de dificuldade, Okamotto era sempre procurado. Quando Valério foi preso pela primeira vez, sua mulher viajou a São Paulo com a filha para falar com Okamotto. Renilda Santiago queria que o assessor de Lula desse um jeito de tirar seu marido da cadeia. Disse que ele estava preso injustamente e que o PT precisava resolver a situação. A reação de Okamotto causa revolta em Valério até hoje. “Ele deu um safanão na minha esposa. Ela foi correndo para o banheiro, chorando.”

O PT PROMETEU A VALÉRIO QUE RETARDARIA AO MÁXIMO O JULGAMENTO NO STF
O empresário jura que nunca recebeu nada do PT. Já a promessa de proteção, segundo Valério, girava em torno de um esforço que o partido faria para retardar o julgamento do mensalão no Supremo e, em último caso, tentar amenizar a sua pena. “Prometeram não exatamente absolver, mas diziam: ‘Vamos segurar, vamos isso, vamos aquilo’… Amenizar”, conta. Por muito tempo, Marcos Valério acreditou que daria certo. Procurado, Okamotto não se pronunciou.

“O DELÚBIO DORMIA NO PALÁCIO DA ALVORADA”
Nos tempos em que gozava da intimidade do poder em Brasília, Marcos Valério diz guardar muitas lembranças. Algumas revelam a desenvoltura com que personagens centrais do mensalão transitavam no coração do governo Lula antes da eclosão do maior escândalo de corrupção da história política do país. Valério lembra das vezes em que Delúbio Soares, seu interlocutor frequente até a descoberta do esquema, participava de animados encontros à noite no Palácio da Alvorada, que não raro servia de pernoite para o ex-tesoureiro petista. “O Delúbio dormia no Alvorada. Ele e a mulher dele iam jogar baralho com Lula à noite. Alguma vez isso ficou registrado lá dentro? Quando você quer encontrar (alguém), você encontra, e sem registro.” O operador do mensalão deixa transparecer que ele próprio foi a uma dessas reuniões noturnas no Alvorada. Sobre sua aproximação com o PT, Valério conta que, diferentemente do que os petistas dizem há sete anos, ele conheceu Delúbio durante a campanha de 2002. Quem apresentou a ele o petista foi Cristiano Paz, seu ex-sócio, que intermediava uma doação à campanha de Lula.

EMPRÉSTIMOS DO RURAL FORAM FEITOS COM AVAL DE LULA E DIRCEU

“O banco ia emprestar dinheiro para uma agência quebrada?” Os ministros do STF já consideraram fraudulentos os empréstimos concedidos pelo Banco Rural às agências de publicidade que abasteceram o mensalão. Para Valério, a decisão do Rural de liberar o dinheiro — com garantias fajutas e José Genoino e Delúbio Soares como fiadores — não foi um favor a ele, mas ao governo Lula. “Você acha que chegou lá o Marcos Valério com duas agências quebradas e pediu: ‘Me empresta aí 30 milhões de reais pra eu dar pro PT’? O que um dono de banco ia responder?” Valério se lembra sempre de José Augusto Dumont, então presidente do Rural. “O Zé Augusto, que não era bobo, falou assim: ‘Pra você eu não empresto’. Eu respondi: ‘Vai lá e conversa com o Delúbio’. ”A partir daí a solução foi encaminhada. Os empréstimos, diz Valério, não existiriam sem o aval de Lula e Dirceu. “Se você é um banqueiro, você nega um pedido do presidente da República?”

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O fantasma da direita assombra as viúvas do Muro de Berlim: 3 exemplos!

Búuuu... A direita vai te pegar!
Nas últimas semanas, alguns eventos, registrados pelas redes sociais, me chamaram a atenção por comprovar, mais uma vez, o quanto as extremesquerdas não aceitam MESMO a democracia.  

Exemplo 1 - A ascensão conservadora na USP

No dia 28 de agosto, reuniram-se, na USP, três ditos intelectuais de esquerda, a indefectível Marilena Chauí, André Singer e Vladimir Safatle, para analisar uma suposta ascensão conservadora no Brasil que vem tirando a hegemonia esquerdista. Contrafeitos e constrangidos (gozadíssimo), os três buscam explicar as razões pelas quais estaria ocorrendo essa suposta perda da hegemonia esquerdista na cultura e na sociedade brasileiras. 

O simples fato de acharem que deve haver a hegemonia de uma corrente de pensamento, em uma sociedade dita democrática, já diz muito sobre o apito que tocam essas finas flores. Mas tudo fica até hilário considerando que essa suposta quebra da hegemonia esquerdista se deve apenas à visibilidade crescente de colunistas, na grande imprensa, sites e blogs, que veiculam ideias consideradas de direita.  Na verdade, hoje qualquer um(a) que defenda a democracia  é tachado de direitista. 

Posto abaixo os vídeos com os discursos da turma para quem quiser conferir o que digo. Das falas de Singer e  Safatle ainda se aproveitam algumas coisas, mas a da Chauí é vergonhosa. O maior destaque de seu discurso fica por conta dos impropérios que fez contra a cidade de São Paulo, que chamou de sinistra, autoritária e proto-fascista (definição mais apropriada ao partido dela). Por que então ela não se muda? Marxilena está, desde os tempos da ditadura militar, enfiando esquerdiotices na cultura brasileira e na cabeça dos estudantes da USP. Não sentiremos sua falta. Pode crer, velhaca!

Exemplo 2 - Reação ao julgamento do Mensalão

Em mais um dos sites, sustentados por bancos públicos, como o Banco do Brasil e a Caixa Federal, ou seja, com o dinheiro dos pagadores de impostos brasileiros, chamado de Brasil 247, leem-se dois textos, do sábado último (08/09), bem representativos da incapacidade do PT de aceitar a democracia. O primeiro: sob a ameaça de ver vários de seus líderes condenados por corrupção pelo STF,  como já ocorreu com João Paulo Cunha, os petralhas falam em justiçamento do PT e condenação do governo Lula. Como resposta, rejeitam a autoridade do STF e dizem que o "povo" é que é a última instância de decisão no Brasil. Segue trecho.

"A tese dos aliados do presidente é simples. O Supremo Tribunal Federal não é a última instância. Acima dele, está o povo. E o ex-presidente Lula, provocado pelo massacre e pela catarse midiática que haverá com as imagens do “PT na cadeia”, deverá antecipar seu retorno efetivo às urnas, onde será, mais uma vez, absolvido. 

Desenha-se, no horizonte, um embate sangrento entre os meios de comunicação tradicionais e o ex-presidente operário que tentará provar que, apesar do STF, o povo continua com ele – e com o PT."


Exemplo 3 - Combate ao Instituto Millenium

O segundo texto, de um tal de Emiliano José, intitulado Instituto Millenium, mídia e as lições da história, "analisa" o papel do Instituto Millenium na sociedade atual, ao qual atribuem a função de contenção do avanço dos governos de esquerda na América Latina, e que deve ser combatido com "o novo marco regulatório das comunicações", leia-se censura. Abaixo trechos do artigo e o link para a matéria na íntegra.

"O professor Demian Bezerra de Melo, da Universidade Federal Fluminense, diz que a atuação do Instituto tem o sentido histórico da contenção – conter o avanço de governos de esquerda na América Latina, sejam quais forem as formas que eles adquiram. Creio que é uma boa pista. Penso, como acréscimo, que há, por parte do Instituto, uma particular preocupação com o Brasil, por obviedade. Contenção de um projeto político de esquerda que vem se afirmando há praticamente uma década. 

... E o Millenium chega para tentar sustentar teoricamente a luta dos que ainda defendem o neoliberalismo à brasileira... O Millenium acompanha uma tradição golpista existente no Brasil, uma tradição golpista da nossa velha mídia inclusive. Não aceita, não engole um governo que, pela via democrática, e com parâmetros distintos do neoliberalismo, está mudando o Brasil. E fará de tudo para derrotar esse projeto. De tudo.

Assim, face a esse tipo de organização, é fundamental, para além da atuação cotidiana dos partidos políticos que se opõem à ideologia defendida pelo Millenium, que todos nós tenhamos consciência do quanto é essencial a luta pela democratização dos meios de comunicação no Brasil. E luta pela democratização significa garantir a emergência de tantos outros atores sociais que estão excluídos da cena midiática, que não tem a chance de transitar nela, esmagados pelos monopólios. Esta é uma luta política essencial dos nossos dias. Esperamos que brevemente chegue à Câmara Federal o projeto do novo marco regulatório das comunicações para que, com ele, assistamos a emergência de um novo tempo nessa área, que consiga revelar o Brasil diverso em que vivemos, tão rico culturalmente, que permita o trânsito, na esfera midiática, de pensamentos diferentes dos professados pelo Millenium."  (Matéria na íntegra)

Promover outros atores sociais supostamente excluídos da cena midiática, o lulopetralhismo já faz com o nosso dinheiro, haja vista o próprio depósito de brilhantes ideias esquerdistas que é esse Brasil 247. Não há, portanto, razão alguma para marco regulatório da comunicação com esse objetivo. Sabemos todos o que esse jargão petralha de fato significa.

Concluindo, como diz o ditado, o preço da liberdade é a eterna vigilância e o acerto nas urnas. NÃO VOTEM NO PT!  









terça-feira, 11 de setembro de 2012

Petismo, neobolchevismo neofascista





















Toda vez que se fala do nazifascismo em comparação ao comuno-socialismo, a dupla, na verdade a trinca, é colocada como ocupando extremos opostos: o nazifascismo, como extrema-direita, e o comuno-socialismo, como extrema-esquerda.

Essa divisão, contudo, corresponde mais às necessidades da esquerda autoritária de desviar a atenção da sociedade, sobretudo do pós II Guerra, da consanguinidade entre os três monstrinhos, do que da realidade propriamente dita. Os três beberam, entre outras, de uma fonte comum, o marxismo, e se diferenciaram, sobretudo no enfoque econômico. No mais, pregavam um estado absoluto, antiliberal, em termos sócio-políticos e econômicos, onde o hábito de matar gente a torto e a direito era rotina. 

Como o nazifascismo combateu o comunismo, porque três bicudos não se bicam mesmo, ficou mais fácil colocá-los como antípodas, mas, de fato, tinham muito mais em comum do que sonham as vãs filosofias. Nesse sentido, vale lembrar que Mussolini começou sua carreira política no partido socialista italiano e socialista permaneceu por muitos anos. Por sua vez, nazismo era a corruptela, em alemão, para nacional-socialismo, ideologia que também pregava uma espécie de semi-coletivização de terras, empresas semi-privadas e uma economia no geral sob a tutela do Estado. De qualquer forma, as controversas semelhanças e diferenças entre os três monstrengos totalitários são muito areia para o caminhãozinho desta postagem, então fico por aqui. Só as abordei como um gancho para o tema deste texto.

Como sabem, dos três protagonistas desses modelos autoritários, o primeiro a dançar foi seu Mussolini, que, em 28 de abril de 1945, acabou pendurado, com a amante, de cabeça para baixo, em praça pública. Mas suas ideias decididamente parecem ter feito escola tanto que hoje o mundo vive às voltas com o chamado capitalismo de estado, na verdade um neofascismo. E uma parte da dita esquerda, aquela mesma que enche a boca para xingar de fascista todo o mundo que dela discorda, é exatamente quem vem se apropriando do modelo do velho Duce.

Na frase da imagem, Mussolini afirma que "O fascismo deveria ser mais apropriadamente chamado de corporativismo, pois trata-se de uma fusão do poder do estado e o poder das grandes empresas." Não muitos repararam nessa situação e deram o correto nome aos bois, mas, de vez em quando, alguém (me incluo entre os "alguéns") aparece para apontá-la na estrutura montada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) desde que chegou ao poder. Neste sábado (08/09), o cientista político Paulo Roberto de Almeida, foi um da turma dos observadores perspicazes a salientar o problema. Segue seu texto, para conhecimento e reflexão:

Reflexao do dia: o fascismo corporativo do Brasil 

Observando o panorama político e associativo no Brasil, nos últimos anos, acho que está se desenvolvendo, mas poucas pessoas percebem o processo, uma espécie de fascismo corporativo que não se distingue mais pelas camisas negras, botas e milícias armadas, mas pela existência de agências estatais superpoderosas que pretendem determinar como organizamos nossas vidas.

Receita e Anvisa, por exemplo, são dois orgaos essencialmente fascistas no comportamento, nas práticas, na vontade de seus dirigentes. Elas existem para servir ao Estado, não aos cidadãos.

Para mim, isso é essencialmente fascismo.

Esse fascismo invisível, insidioso e progressivo vem sendo obviamente facilitado pela preeminência de um partido neobolchevique, que manipula organizações pretensamente sociais, movimentos "populares" e sobretudo sindicatos comprados com o dinheiro público, para impor uma transferência crescente de renda dos setores produtivos da sociedade para os mandarins do Estado, para as corporações organizadas e, com menor peso, para um exército de assistidos que se converteu em poderoso curral eleitoral desse partido proto-totalitário.

Posso estar errado, mas como costumo observar o processo histórico com lentes de longo alcance, é o que vejo no Brasil atualmente.

Vai ser preciso uma fronda empresarial, ou uma revolução "burguesa", ou seja, iluminista e liberal, para reverter esse processo de crescente fascistização da vida social.

Lamento ser portador de más notícias... (na verdade, um processo...).

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