8 de Março:

A origem revisitada do Dia Internacional da Mulher

Mulheres samurais

no Japão medieval

Quando Deus era mulher:

sociedades mais pacíficas e participativas

Aserá,

a esposa de Deus que foi apagada da História

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Melô das eleições. Ouça os conselhos do burrinho!

Não vote 13. Dá azar, dá mensalão, invasão de privacidade, corrupção, ditadura. Vote em quem tem as cores do Brasil no logo e no coração. Não acredite em pesquisa comprada com 60 milhões, entrevistas feitas não se sabe onde, com quem, ou sempre repetidas nos mesmos lugares. Não engula a estratégia do Maria vai com as outras que essas pesquisas fajutas visam impor à sua consciência.

Vote em quem tem histórico de trabalhos prestados ao Brasil. Você contrataria alguém que não conhece para trabalhar em sua casa? Alguém que tem ficha secreta a qual você não tem acesso? Alguém suspeita de envolvimento em atividades criminosas?

O Brasil é nossa casa. Não podemos continuar tolerando bandidos governando o Brasil, senão seremos todos - cedo ou tarde - vítimas de uma terra sem lei e sem ordem, como nos velhos faroestes americanos.

Ouça o divertido melô das eleições e vote consciente. Vote Serra 45. Vote pela democracia!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Meu Mundo É Hoje (eu Sou Assim) – de Wilson Batista

Wilson Batista (03/07/1913 07/07/1968) foi um compositor popular carioca, nascido em Campos (RJ), que se interessou por música ainda criança, quando integrou, tocando triângulo, a banda de seu tio, o maestro Ovídio Batista. Ao final da década de 20,  mudou-se para o Rio de Janeiro, vindo a participar da vida boêmia do famoso bairro da Lapa, frequentando cabarés e bares e se tornando amigo de músicos e malandros locais. Fez vários bicos para sobreviver, mas conseguiu finalmente realizar seu sonho de se tornar músico.

Do seu primeiro samba em 1929  (Na Estrada da Vida) até seu falecimento, em 1968, Wilson produziu inúmeros sambas inspirados, tornando-se, ao lado de Noel Rosa, Assis Valente, Geraldo Pereira, um dos grandes sambistas da boêmia carioca.

Além de haver tido suas músicas gravadas pelos grandes cantores da época como Araci Cortes, Francisco Alves, Castro Barbosa, Murilo Caldas, Linda Batista, Ciro Monteiro, Moreira da Silva, ficou famoso também por sua polêmica musical com Noel Rosa que gerou sambas inesquecíveis de ambos, como Lenço no Pescoço, Mocinho da Vila, Conversa Fiada, Frankenstein da Vila (por causa do queixo defeituoso de Noel), de Wilson, e Feitiço da Vila, Palpite Infeliz, Rapaz Folgado, de Noel. 

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Aloprados 2: a inacreditável história da quebra do sigilo fiscal da filha de Serra

O Contra o Coro dos Contentes não é um blog apenas sobre política, como muitos outros na blogosfera. Abordo em geral temas ligados à cultura, entretenimento, direitos humanos em geral, ambientalismo, ao cotidiano (crônicas), ao humor e até à tecnologia (Web, widegts, etc.). Enfim, trata-se de um blog de variedades para combinar com meu espírito generalista e minha compulsão por escrever. Agora, inclusive, quem me acompanha poderá confirmar o que digo vendo ou revendo postagens antigas, abaixo de cada post,  sobre os diferentes tópicos do blog. Também na barra da wibya, ao pé da página,  poderá checar as últimas postagens e compartilhá-las mais facilmente. Sugiro ainda, para quem gosta de boa música, que ouça a seleção da Diana Krall, no widget da grooveshark, na barra lateral do blog, sob o título Notas Musicais. 

Agora, após nossos comerciais, explico o porquê do esclarecimento acima. Apesar do blog ser de temática variada, as postagens sobre a política nacional têm prevalecido nos últimos dias porque, além das eleições, os descalabros que vêm ocorrendo no país têm ocupando a minha atenção mais do que outros assuntos, pois configuram uma situação de deterioração das instituições democráticas com reflexos nas vidas de todos nós. A gente levanta e vem dar uma espiada no notíciário dos portais, sites e blogs e raramente não se depara com mais um caso escabroso.

De ontem para cá, a nova é a quebra do sigilo fiscal da filha do candidato à Presidência, José Serra, ocorrida em setembro do ano passado. Antes havia sido a quebra de sigilo fiscal de colegas de partido do ex-governador de São Paulo, entre outras vítimas menos ilustres. Agora é da família desse político .

Como se não bastasse o delito em si, a aparelhada Receita Federal e o Ministério da Fazenda passaram a acusar a vítima pela quebra do próprio sigilo (sic). Ela teria passado procuração para um tal Antonio Carlos Atella Ferreira, um estelionatário, para que este tivesse acesso a seu sigilo fiscal no posto da Receita de Santo André. Para quê? Somos todos idiotas, não? O documento teria “firma reconhecida” no 16º Tabelião de Notas de São Paulo. Obviamente, Verônica Serra negou a história, mas certa imprensa igualmente chapa-branca andou passando a farsa surrealista como se fora possível. Agora, mais à tarde, o 16 Tabelião de Notas de São Paulo veio à público informar que a suposta procuração era fraudulenta, que Verônica nunca sequer teve firma aberta no local (Veja a declaração do tabelião ao fim da postagem). Vamos ver que desculpa rocambolesca o governo do PT vai arrumar para mais esse crime contra a cidadania.

E é exatamente disso que se trata toda essa história asquerosa de quebra de sigilos fiscais, bancários e telefônicos de cidadãos brasileiros. De crime. Por que devemos declarar imposto de renda, se a Receita Federal não protege nossa privacidade como manda a constituição? Esse tipo de crime é típico de regimes autoritários, mais do que autoritários, totalitários, jamais de regimes democráticos. E é um crime que vai além da questão eleitoral, político-partidária. Ele atinge a todos nós, e todos nós devemos repassar informações sobre o assunto para o maior número de pessoas possível de modo a conscientizá-las sobre a importância de não votar 13 em outubro. A vitória de Dilma - agora está óbvio - vai empurrar o país para o buraco sem fundo de um estado policialesco, onde ninguém terá segurança nenhuma.

Atualização do dia 02/09: leia também entrevista de Mônica Serra, mulher de Serra, na Folha de SP, sobre o caso, clicando aqui. Trecho: Quero respeito com minha família. Não admito uma coisa dessas. Já que as instituições não estão funcionando, vamos admitir que estamos numa ditadura disfarçada. Outra atualização: vídeo do Jornal Nacional sobre o Dilmagate ao fim da postagem.

Tabelião de Notas
Fábio Tadeu Bisognin São Paulo

DECLARAÇÃO

FÁBIO TADEU BISOGNIN, brasileiro, 16° Tabelião de Notas de São Paulo, estabelecido à Rua Augusta. 1638, Cerqueira César, São Paulo - SP, declara, a quem possa interessar, que o reconhecimento de firma de VERÓNICA ALLENDE SERRA retratado em cópia de documento a mim apresentado e o qual fica arquivada nesta serventia notarial, referente a uma suposta autorização de Verónica Allende Serra a António Carlos Atella Ferreira, para atuar perante a RFB, é FALSO, não tendo sido realizado pelo 16° Tabelião de Notas de São Paulo.

Do referido ato é possível constatar diversos elementos que denotam que o suposto reconhecimento de firma NÃO É AUTÊNTICO, tais como:

a) Verónica Allende Serra não possui cartão de assinatura depositado no 16° Tabelião de Notas de São Paulo;

b) o suposto selo de reconhecimento de firma utilizado não é autêntico, não apresentando característica essencial de segurança, notadamente no que se refere às marcas holográficas;

c) o termo impresso de reconhecimento de firma apresenta divergências em relação ao termo utilizado pelo 16° Tabelião de Notas, como nome do tabelião grafado errado, ausência do número do cartão da pessoa cuja assinatura seria reconhecida e o código de segurança não é reconhecido pelo sistema informatizado do cartório, e,

d) a assinatura feita no termo de reconhecimento de firma não se assemelha com a assinatura da escrevente autorizada do 16° Tabelião de Notas.

São Paulo, 1° de setembro de 2010.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

O fim de agosto - Yanni e a violinista Karen Briggs


E lá se vai agosto, mês difícil. Confesso que incorporei as superstições contra o mês, considerado aziago, azarado, de maus augúrios. Aziagosto, costumo dizer. Ainda mais porque no sudeste costuma fazer um frio danado em agosto.

E a má fama de agosto vem do misticismo, do folclore e do coincidente rol de acontecimentos tristes e inclusive catastófricos associados ao mês. Houve o massacre de São Bartolomeu em agosto, daí que, no folclore cristão, o dia 24 de agosto é quando o diabo sai das profundas e vem à superfície aprontar das dele.

Jogaram as duas bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki em agosto, matando milhares de pessoas, naquele que é o maior crime contra a humanidade de que se tem notícia. Vulcões deram o ar de sua (des)graça em agosto, sepultando, em diferentes épocas, Pompéia e Krakatoa e matando nem sei quantos.

No Brasil, o mês é considerado ruim para política (como se pudesse haver algum que não fosse), pois Getúlio Vargas se suicidou em agosto. Fora isso, muitas declarações de guerra foram feitas em agosto, mergulhando o mundo dos homens em mais um mar de sangue. Por essas e mais outras, agosto também é considerado o mês do cachorro louco e, em sua homenagem, o Play Center realiza as noites de terror.

Apesar dos pesares, dessa carga dramática toda, agosto também é um mês em que se celebra por exemplo a vitória dos aliados contra o eixo nazi-fascista durante a segunda guerra mundial e a assinatura da lei de anistia que trouxe de volta ao Brasil inúmeros exilados políticos no fim da ditadura militar. Agosto também presenciou, em 1994, o fim do totalitarismo comunista da URSS, com sua saída militar da Alemanha Oriental e dos países bálticos após meio século. E, se em agosto, muita gente da melhor cepa se foi, muita gente da melhor cepa também nasceu.

Para nós, lésbicas brasileiras, agosto acabou mostrando suas duas faces. Em 10 de agosto, a primeira lésbica a ter sua biografia publicada em livro, Sandra Mara Herzer, se suicidou em São Paulo, atirando-se de um viaduto. Em 28 de agosto, a pioneira na política de visibilidade lésbica, Rosely Roth (21/08/59- 28/08/1990), suicidou-se também no Rio, sucumbindo a uma doença devastadora. Em compensação, Rosely (foto) também nasceu em agosto e, em sua breve vida, marcou o mês, com sua coragem e idealismo, ao protagonizar a primeira manifestação lésbica contra o preconceito e a discriminação no dia 19 de agosto, em São Paulo, que posteriormente oficializamos como dia do orgulho das lésbicas brasileiras. E em agosto também se comemora a visibilidade das lésbicas.

Por isso, deixo os sentimentos um pouco sombrios que o mês me evoca, e me concentro no seu lado heróico mais do que no dramático, lembrando também que agosto antecede setembro, o mês glorioso da primavera. Daí que como uma homenagem ao lado heróico de agosto e à memória daquelas que marcaram seus dias com tanto brilho, posto o vídeo com a música "O fim de agosto", um dueto belíssimo de piano e violino com o músico Yanni e a violinista Karen Briggs.

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