8 de Março:

A origem revisitada do Dia Internacional da Mulher

Mulheres samurais

no Japão medieval

Quando Deus era mulher:

sociedades mais pacíficas e participativas

Aserá,

a esposa de Deus que foi apagada da História

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Vencendo o Medo!

Video sobre filhote de búfalo que é capturado por leões e, depois, ainda por cima, disputado por jacarés. A mãe do filhote que aparentemente fugira do ataque dos felinos, deixando o filho à própria sorte, retorna com uma imensa manada de búfalos. Unidos espantam as feras. O filhote ainda está vivo, ergue-se e se junta à manada. Obviamente a possibilidade de sobrevivência do bufalozinho - provavelmente muito ferido - é pequena, mas o que impressiona é a atitude de seus pares.

Primeiro, nos veem à mente o ditado tão sábio e recorrente, mas frequentemente esquecido pelos humanos, de que a união faz a força. Os mais fracos, quando se juntam, podem derrubar os mais fortes. Segundo, impossível negar como os animais se comunicam e inclusive articulam ações conjuntas de defesa e ataque. Isso exige inteligência, uma inteligência que, nós, humanos, em nossa imensa arrogância, acreditamos ser só nossa propriedade. E tudo isso traz a ideia de que precisamos descer de nosso pedestal antropocêntrico, voltarmos a nos ver como parte da natureza (e não seus dominadores) e, em vez de depredá-la, protegê-la e preservá-la.

Video tocante. Será que humanos teriam o mesmo senso de solidariedade?

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Diana Krall - The look of love!



The look of love is in your eyes
A look your smile can't disguise
The look of love is saying so much more than just words could ever say
And what my heart has heard, well it takes my breath away

I can hardly wait to hold you, feel my arms around you
How long I have waited
Waited just to love you, now that I have found you

You've got the
Look of love, it's on your face
A look that time can't erase
Be mine tonight, let this be just the start of so many nights like this
Let's take a lover's vow and then seal it with a kiss

I can hardly wait to hold you, feel my arms around you
How long I have waited
Waited just to love you, now that I have found you
Don't ever go
Don't ever go

Autores: Bacharach, Burt; David, Hal

Aleluia dilacerada



Que faço eu aqui
Entre essas mulheres vazias,
Em meio a essa conversa estéril,
Em meio a esse papo inútil;
Entre essas mulheres sôfregas,
E sua fala ácida de inveja, de cio?

Que faço eu aqui
Entre essas mulheres tolas,
Essas beldades decadentes,
Como um império que avista seus bárbaros,
Como uma Tróia que abraça o cavalo
Grávido de destruidores?

Que faço eu aqui
A essa hora pensando nela?
Por que o descuido me trouxe essa lembrança?
Ela que só me deixou perplexidade e fel
E roubou as flores da minha primavera.

Ah, sim, tudo que aprendi com o amor
Foi atirar em alguém que sacou primeiro,
Que me acertou em cheio porque eu não esperava
De quem dividia minha mesa e cama
Algo assim traiçoeiro.

Ah, o Amor, essa Aleluia dilacerada,
essa marcha sem bandeira e sem vitória
por uma avenida esvaziada.
Essa lança que trespassa a carne
E atinge a alma que ferida se rende...
E dança.

Míriam Martinho

São Paulo, 11/12/2009
Nota: poesia inspirada em Hallelujah de Leornard Cohen

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A Iluminação de Sidarta

Hoje, 8 de dezembro, comemora-se a Iluminação do sábio indiano Sidarta Gautama, mais conhecido como Buda. Durante oito dias, Sidarta se postou ao pé de uma figueira, e entrou em meditação profunda. Na manhã do oitavo dia, ao ver a estrela da manhã, Vênus, ele atingiu a Iluminação, um estágio de consciência onde se percebe a unidade subjacente a todas as coisas, onde a gente se toca de que tudo é interconectado, que não há de fato separação. Não se trata de uma descoberta intelectual, mas sim de uma descoberta que transcende o intelectual, que vem do âmago do ser.

Durante os dias em que permaneceu em meditação, Sidarta foi acossado por muitos demônios interiores e venceu a todos com a conquista da impassibilidade diante de todos os artifícios que eles usaram para desviá-lo do caminho. O último demônio a ser derrotado foi seu próprio ego. Após esse último embate, Sidarta se tornou Buda, um epíteto que significa aquele ou aquela que despertou ou se iluminou.

Segundo consta, Buda, então, colocou a ponta dos dedos no chão e disse:
“A Terra é minha testemunha. Eu e todos os seres da grande Terra simultaneamente nos tornamos o Caminho.”

Tinha 35 anos. Passou o resto da vida transmitindo seus ensinamentos até falecer, aos 80 anos, de forma prosaica, para um iluminado, de uma intoxicação alimentar. Os discípulos de Buda levaram seus ensinamentos da Índia para outros países da Ásia, onde eles floresceram com as características particulares de cada região.

Em fins do século XIX, missionários cristãos passaram a transportar para o Ocidente sua versão do caminho de Buda Xaquiamuni*, depois seguidos por estudiosos leigos e por monásticos que migraram da Ásia para a Europa, para os Estados Unidos e também para a América Latina. Do século XX em diante, sobretudo de meados do século XX para cá, o Budismo começou a se assentar em terras cristãs, como a nossa, e mestres e mestras, orientais e ocidentais, carregaram as sementes do Darma (os ensinamentos de Buda) para plantá-las também em solo brasileiro. Uma dessas sementes se instalou, por obra do destino, em meu coração cético, e vicejou. Quem sabe eu ainda não consiga sentar sob uma figueira sagrada, vença todos meus demônios interiores e não obtenha um pouquinho da tão sonhada felicidade plena.

* Chama-se Sidarta de Buda Xaquiamuni porque ele era da família dos Shákyas (abrasileirando deu Xaquia, mais muni que quer dizer sábio, daí Xaquiamuni, sábio da família dos Xáquias).
Foto do Buda Iluminado: Keanu Reeves em O Pequeno Buda de Bertolucci. Abaixo trecho do filme, quando Sidarta atinge a Iluminação.

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