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quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Eventos em Sampa e documentário homenageiam David Bowie


Multi-instrumentista, compositor, intérprete, performer, ator, produtor musical, fashionista, multimídia (muito antes da palavra ter sido inventada), David Bowie inovou na música, nas artes em geral e no comportamento, com a androginia alucinada de seus primeiros álbuns. Sempre mutante, com suas diferentes personas, passeou pelo hard rock, punk rock, glam rock (que praticamente fundou), folk music, soul music, techno music, neo romantic music, e até jazz, R&B e hip hop. Fez trabalhos bem experimentais e emplacou hits comerciais, mas sempre de boa qualidade. Foi influenciado por outros grandes rock stars, mas influenciou muito mais gente do que foi influenciado. Para muitos, ele foi e continua sendo, a estrela do rock mais influente até hoje. Para quem quer esquecer um pouco da mediocridade atual da música nacional e internacional, nada como ouvir Mister Bowie.

E, para celebrar a genialidade de Bowie, a cidade de São Paulo, tem uma programação variada que vale checar abaixo. Também o documentário sobre seus últimos cinco anos de vida estreia hoje pelo canal BIS (igualmente veja abaixo). Após o texto, confira também algumas músicas de Bowie, como compositor e intérprete, que fazem parte da minha playlist primordial .

7 eventos imperdíveis para quem é fã de David Bowie
No mês em que David Bowie completaria 71 anos, a cidade de São Paulo oferece atrações imperdíveis aos fãs do saudoso cantor, compositor e ator. Janeiro também marca os dois anos da morte e o lançamento de seu último álbum, "Blackstar".

As homenagens ultrapassam o campo da música e incluem uma mostra de filmes estrelados por Bowie, como o clássico de fantasia "Labirinto"; um espetáculo de dança baseado na discografia dele; uma oficina de maquiagens, figurinos e perucas, onde o público é convidado a construir seu próprio Ziggy Stardust, icônico personagem criado pelo artista; e outra de bonecos que vai ensinar a criar um de pelúcia inspirado no camaleão do rock.

Mas é claro que vai ter muita música também, como a apresentação 'Bowie convida Amy' do cantor André Frateschi, vencedor do reality musical PopStar (TV Globo), ao lado da mulher Miranda Kassin; o tributo 'Let's Dance' com artistas que tiveram influência da obra do artista; e um festival de rua no bairro do Bixiga, no centro da cidade.

Veja abaixo 7 atrações:



Data: 9 de janeiro de 2018

Horário: Às 21h

Preço: R$ 10 (meia) e R$ 20 (inteira)

O espetáculo "Ziggy", com a Cisne Negro Cia. de Dança, é baseado na discografia de Bowie. A bailarina e coreógrafa Hulda Bittencourt convidou o renomado bailarino brasileiro Mário Nascimento para um mergulho interpretativo na genialidade do artista. O resultado é um Bowie de personalidade eclética, inovadora e inquieta muito à frente do tempo.

Local: Sesc 24 de Maio - rua 24 de Maio, 109, centro


Data: 9, 10, 13 e 14 de janeiro de 2018

Horário: Das 14h às 17h

Preço: Entrada gratuita

Com uso de maquiagens, figurinos e perucas, o público é convidado a construir seu próprio "Ziggy Stardust" nesta oficina aberta. O personagem criado por Bowie era um ser de outro mundo que veio à Terra para salvá-la, mas em vez disso, encontrou o rock. Ziggy cantava sobre mudança e dor e tocava música muito melhor do que qualquer um. Esse personagem tornou o artista famoso e formou uma comunidade em torno de sua singularidade.

Local: Sesc 24 de Maio - rua 24 de Maio, 109, centro


Data: 10 e 11 de janeiro de 2018

Horário: Quarta às 14h e às 21h; e quinta às 12h

Preço: De R$ 15 (meia) a R$ 30 (inteira)

Show presta homenagem a David Bowie no mês em que ele completaria 71 anos, e que também marca os dois anos de sua morte e o lançamento de seu último álbum, 'Blackstar'. A apresentação vai reunir quatro vocalistas de diferentes estilos e gerações, cujos trabalhos tiveram influência da obra do camaleão do rock. São eles Ritchie, Filipe Catto, Bluebell e Léo Cavalcanti. As canções apresentadas cobrem todas as diferentes fases de Bowie, do som folk do primeiro álbum ao glam dos anos 70, o experimentalismo da fase alemã, a eletrônica dos anos 00 e o pop dançante dos anos 90. A classificação é 16 anos.

Local: Sesc 24 de Maio - rua 24 de Maio, 109, centro


Data: 10, 11 e 12 de janeiro de 2018

Horário: Das 18h30 às 20h30

Preço: R$ 12 (meia) e R$ 24 (inteira)

Nessa oficina os participantes são convidados a soltar a imaginação e criar um boneco de pelúcia inspirado em David Bowie. Após estudo das diferentes fases do artista, seus personagens e figurinos, cada participante com a ajuda dos professores Bololofos vai produzir seu boneco em 3 encontros. Será abordado todo o processo de criação e confecção, desde o desenho do projeto até a costura e enchimento. Inscrições na Central de Atendimento dia 9/01 das 13h às 20h30 para a categoria Credencial Plena, e dia 10/01 das 13h às 20h30 na categoria Credencial Atividade. Vagas Remanescentes dia 11/01.

Local: Sesc 24 de Maio - rua 24 de Maio, 109, centro


Data: 13 de janeiro de 2018

Horário: Das 12h às 20h

Preço: Entrada gratuita

Bowie veio dia 8 de janeiro, criou um universo dentro da Terra e se foi dia 10 de janeiro. O festival vai celebrar sua vida e obra em uma grande festa no bairro do Bixiga. As bandas e as atrações serão confirmadas em breve.

Local: Bixiga


Data: 13 de janeiro de 2018

Horário: Das 15h às 21h

Preço: Entrada gratuita

Nesta homenagem a Bowie, o MIS promove uma mostra de filmes em que ele atua. Serão exibidos o clássico de fantasia "Labirinto: A Magia do Tempo", às 15h; o documentário "Ziggy Stardust and the Spiders from Mars", às 17h; e a cópia restaurada de "O Homem que Caiu na Terra", às 19h. Os ingressos devem ser retirados com uma hora de antecedência na recepção do MIS e a sala está sujeita a lotação. A classificação indicativa é 16 anos.

Local: MIS - avenida Europa, 158, Jardim Europa


Data: 18 de janeiro de 2018

Horário: Às 22h30

Preço: R$ 60

No show BOWAMY, o vencedor do reality musical PopStar (TV Globo), André Frateschi interpreta canções de David Bowie ao lado da mulher, Miranda Kassin, que canta hits de Amy Winehouse. Bowie e Amy sempre foram referência para o casal, até que um dia eles resolveram declarar seu amor pelos ídolos em alto e bom som nos palcos.

Local: Bourbon Street - rua dos Chanés, 127, Moema

Fonte: Catraca Livre, 09/01/2018

DAVID BOWIE: THE LAST FIVE YEARS (bom)
Documentário
QUANDO quarta-feira (10), às 21h30, no canal Bis

Nos últimos anos de sua vida, David Bowie revisitou a exuberância de sua juventude, como se tentasse fechar um círculo em que as glórias de um passado de invenções e reinvenções musicais e estéticas serviriam de alicerces de uma despedida calculada.

"Blackstar", seu último álbum, chegou às lojas dois dias antes de sua morte, há exatos dois anos. Foi o suspiro derradeiro –todo construído em segredo– de um dos maiores artistas do século 20.

Um documentário que acaba de estrear na HBO americana e que chega nesta quarta ao Brasil revela os bastidores da criação de seu disco final, do musical "Lazarus", encenado na Broadway, e de seu penúltimo álbum, "The Next Day", gravado no início de uma década passada em reclusão.

Bowie, dizem os músicos de sua banda no filme, nunca pareceu tão jovem quanto no dia em que sofreu um ataque cardíaco em pleno palco num show em Berlim. Ele terminou aquela apresentação, sua última ao vivo, e foi levado direto dali para o hospital.

Esse episódio em 2004, que abortou sua mais longa turnê, foi o estopim de um surto criativo. Bowie voltou depois para Nova York, onde vivia, e passou anos pensando num adeus à vida de estrela do rock que parece ter amado tanto quanto desdenhado.

"David Bowie: The Last Five Years", o filme, vai muito além de seus últimos cinco anos. É uma crônica das obsessões estéticas do músico, desde seus primórdios, na "swinging London", até o auge de sua fama avassaladora, "aquele lugar onde as coisas são ocas", nas palavras dele.

Francis Whately, o diretor, disseca com olhar clínico cada passo de Bowie e se esforça para destrinchar as influências por trás de cada letra e cada decisão visual, mas também se deixa seduzir pelo magnetismo do retratado.

Os closes insistentes nos olhos de cores destoantes de Bowie são um único –e talvez incontornável– aceno à hagiografia num filme que não disfarça a visão de Bowie como pavão misterioso e frágil que arquitetou três de suas obras mais fortes enquanto lutava contra o câncer que acabaria tirando a sua vida.

Bowie é visto como um gênio inabalável, orquestrando faixa por faixa de seus últimos trabalhos como resgates precisos dos personagens que marcaram toda a sua obra –Lazarus, no caso, é o mesmo Thomas Newton de "O Homem que Caiu na Terra", filme estrelado pelo músico em 1976 que explicita a sua sensação de não pertencimento.

Sua experimentação em faixas como "Sue (Or In a Season of Crime)" e "Lazarus", do disco "Blackstar", retomam as inovações de "Sound and Vision" e as performances ultrateatrais de "Diamond Dogs", dos anos 1970.

Mesmo sendo um tanto convencional no formato, o documentário acaba desmistificando o camaleão. É um exame preciso e delicado dos motivos que levaram Bowie a se esconder do mundo para mostrar depois as suas tais "cicatrizes que não podem ser vistas". No fundo, é uma ode ao astro que fez de sua morte um espetáculo cintilante.

Folha de SP, por Silas Marti, 10/01/2018

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